terça-feira, 21 de novembro de 2023

O petróleo é deles

Reprodução X

por O.V. Pochê

"Otimizar" o gasto de combustível pago pelo contribuinte sempre foi uma prática dos maus políticos. Ultimamente estão exagerando. Alguns deles conseguem abastecer o carro na mesma hora em postos distantes um do outro por até mil quilômetros. A explicação está no voo supersônico das notas fiscais.

Jornal francês classifica Milei, o rei do "gado" argentino, como louco


 L'Humanité chama Javier Milei de "louco perigoso". De fato, a Argentina pode virar um hospício da ultradireita. Milei assume o cargo levando sua "Evita", a irmã, Karina Milei, a quem ele chama de "o Chefe". A musa do antissistema tem ascendência sobre o novo presidente e poderá ganhar um alto cargo no governo. A não ser que prevaleça seu modo de agir discreto como uma "Rasputina" de saias.

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Para a GloboNews Milei não é mais de ultradireita. O canal alivia e ele passa a ser "ultraliberal"

 

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Foi rápido. Um dia depois da eleição de Javier Milei, a GloboNews deixou de chamá-lo de ultradireita e adotou algo mais leve. O gerador de caracteres já rotula o homem agora como ultraliberal.  

Mas não está confirmado se a Globo Play fará uma série com Conan, o cachorro falecido de Miley, com quem ele faz audiências paranormais antes de tomar decisões. O gado mileista, "el ganado", dá  como certo que Conan será um integrante pessoal e invisível do primeiro escalão do  presidente eleito da Argentina.

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Guerras: a indústria da morte está mais viva do que nunca. O pacifismo, cujo símbolo maior completa 65 anos, nunca teve chance. Como em uma série do streaming, sempre haverá uma nova temporada.

 

O logotipo criado por Gerald Holtom em 1958.

Poster pacifista da Arundati Roy

por José Esmeraldo Gonçalves 

O mais famoso logotipo da paz comemorou 65 anos. Foi desenhado pelo inglês Gerald Holtom. Ele participaria de uma passeata pelo desarmamento nuclear, em 1958, e fez um cartaz com um círculo representando planeta e três linhas que, juntos, significavam um N e um D (Nuclear Disarmament). Ironicamente, Holton se inspirou nessas duas "letras" da sinalização militar codificada, Anos depois o movimento hippie adotou o simbolo nas primeiras manifestações contra a Guerra do Vietnã. Longe de prever que o logotipo seria usado pela contracultura em todo mundo, ele nem pensou em registrar o símbolo. Da mesma forma, um slogan igualmente difundido - "Make Love not War" - depois associado ao desenho de Holton, é também de domínio público, este não se sabe com certeza que o criou. Foi usado pela primeira vez durante protestos em Berkeley, na Califórnia, em 1965. Na verdade, ao longo dos anos, apareceram mais autores do que a pequena multidão que costuma assinar os sambas-enredo das escolas de samba cariocas. Vejam só: os ativistas Gershon Legman, Rod McKuen, Penelope e Franklin Rosemont, Diane Newell Meyer tentaram assumir a autoria da frase. O filósofo alemão Herbert Marcuse teria criado o conceito no seu livro "Eros e Civilização", mas tanto a frase não tem dono que John Lennon e Bob Marley a usaram nos anos 1970, respectivamente nas canções "Mind Games" e "No More Trouble". 

"Madame Valéria" da Grécia Antiga"

Infelizmente, os logotipos, as passeatas e a música não conseguiram vencer as armas. Atrocidades na Ucrânia, em Gaza e em Israel, para falar apenas nesses dois conflitos midiáticos (as guerras crônicas em nações pobres da África miserável não rendem notícia), mostram que os líderes, em matéria de deuses e deusas, escolhem o ódio espalhado pelo deus Marte e desprezam Eros, o deus grego (para os romanos era o popular Cupido, o das flechas) que tinha o poder de levar os humanos a encontarem o amor e o desejo em sete dias, como uma "madame Valéria" da Grécia antiga.       

Guerra é a metanfetamina dos líderes 

O deus da guerra da nossa era - os Estados Unidos - é poderoso demais para ceder a frases e desenhos. Precisam de guerras como um viciado precisa de metanfetamina. A guerra move seu PIB. Cerca de 57% das armas vendidas no mundo, no ano passado, foram produzidas nos EUA, segundo o Stockholm Peace Reasearch Institute. Não por acaso, desde a Segunda Guerra Mundial, o país não passou um dia sequer sem que promovesse guerras em algum ponto do planeta. Não precisam de motivos para explodir em sangue algum país. Precisam apenas de interesses econômicos. Fomentam guerras quando não impulsionam golpes e ditaduras. O Brasil conhece bem essa síndrome geopolítica. Os golpes de 1964 e 2016 exibiram digitais comprovadas do Departamento de Estado e da CIA. A campanha contra o governo constitucional de Getúlio Vargas também. 

Para citar uma interferência recente, documentos e outras evidências, incluindo as provas do escândalo  Vaza Jato, a Lava Jato foi um instrumento de Washington com o objetivo de atingir a Petrobras e o pré-sal, no que tiveram êxito. Sérgio Moro e facção foram ferramentas que se relacionaram com instituições estadunidenses. Hoje a famosa "força-tarefa" está sob apuração da destinação de bens  apreendidos, assim como autoridades buscam o destino de quantias e bens milionárias arrecados por multas. 

A guerra inútil

Veja-se o caso do Afeganistão. Foi invadido, os terroristas talibãs foram inicialmente contidos. O dramático capítulo final todos vimos na TV. Fugas desesperadas e o Afeganistão, após as mortes de milhares de civis locais e jovens soldados das força ocidentais foi ridiculamente entregue ao mesmo Talibã terrorista. Manter aquela guerra já não era um bom negócio do frio ponto de vista de despesas versus lucros.

Para ficar apenas em duas guerras atuais e em conflitos alimentados por Washington, estão aí Ucrânia-Rússia e Israel-Hamas. No país do Leste europeu, o golpe de Estado de 2014, que apoiou grupos nazistas e, em seguida, abriu caminho para o avanço territorial dos mísseis da Otan apontados para a Rússia foi o gatilho que levou à resposta violenta do Kremlin. com a cruzada de mortes de civis na Ucrânia. Quem lucra política e financeiramente com essa guerra? Nem Moscou, muito ao contrário; nem a Kiev, nem as populações da União Européia parecem estar felizes. 

Dizem que essa guerra não terá vencedores. Engano. A carnificina já tem um vencedor desde o primeiro tiro: o complexo industrial-militar dos Estados Unidos. Ucrânia é hoje é  campo de testes e um feirão de armas. 

A guerra Israel-Hamas também é uma triste "Black Friday" para vendedores de armas que matam geralmente muitos civis e menos militares. Você já reparou que os países fazem muitos monumentos para soldados mortos e quase nada para os civis sacrificados?  Você conhece um memorial para os sem fardas mortos em centenas de conflitos recentes, dos anos pós-Segunda Guerra Mundial e até hoje? Não? Pois é.

A pauta da morte 

O complexo industrial militar - ao qual servem rigorosamente todos os presidentes estadunidenses - pensa muito à frente. Reúne políticos, militares e corporações especializadas em criar tensões. É o caso da ofensiva dos Estados Unidos contra a China. Criar essa crise já resultou em lucros extraordinários em vendas de armas para o Japão,Taiwan e Austrália. O Irã é outro "investimento", uma crise quase pronta para explodir e gerar mortes e lucros, que andam juntos. Assim como a guerra da Ucrânia potencializou mercados na Finlândia, Suécia, Noruega, Dinamarca, Polônia, República Tcheca e demais nações da Europa Oriental. 

A ocupação de parte da Síria, os combates por procuração no Iêmen, os estragos feitos no Iraque (para cuja guerra inventaram as "armas de destruição em massa", que nunca existiram), Afeganistão (para eliminar os autores  do atentado das Torres Gêmeas, sendo que os responsáveis eram da Arábia Saudita, uma ditadura até  hoje aliada dos Estados Unidos), Líbia, Líbano, são outros exemplos de conflitos úteis. Uma crise que poderá  ser devastadora é a que Washington tenta montar opondo Índia e China. Não é possível saber como reagirá a China ao ver que os Estados Unidos plantaram mísseis na fronteira do país, como fizeram em relação à Rússia. O Mar da China é hoje um palco de vigilância por parte de navios, submarinos e jatos chineses e estadunidenses com registro de alguns perigosos incidentes.

Busque um abrigo

Há fome no mundo, muitos países enfrentam problemas financeiros, a crise climática se agrava enquanto a indústria militar cresce a um ritmo médio de 7% ao ano desde 2021.  Ao fechar 2023 deverá bater recordes de lucros.

O desequilíbrio fiscal dos Estados Unidos é medido em trilhões de dólares. Dívida impagável e que, para ser rolada, depende, ao fim, das esteiras dos tanques.

E, claro, quando você ouvir falar em crise econômica nos pilares da Casa Branca busque um abrigo. Uma próxima guerra virá. Poderá ser sobre a sua cabeça.

O pacifismo, cujo símbolo completa 65 anos, nunca teve chance. 

Chica Norris vira ré

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 O ministro Alexandre Moraes confirma que a deputada Carla Zambelli é ré por ter ameaçado com arma em punho um eleitor contrário ao seu chefe Bolsonaro. Falta enquadrar a Zambelli em outro crime grave. O Brasil não merece ver repetida toda hora a cena da Zambelli correndo em má forma, calça justa, pernas travadas, glúteos prejudicados pela gravidade, praticamente uma Chica Norris decadente. O Código Penal não pune isso? Devia.

A bíblia tá certa: o apocalipse saúda a imprensa e pede passagem só de ida

 




quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Mídia: o novo júri da TV

Júris em programas de TV eram coisa dos anos 1960. Depois caíram em desgaste mas não em desuso. Atualmente, Luciano Huck, Marcos Mion, SBT etc ainda usam a velha fórmula. Silvio Santos foi um notório condutor de jurados, Flávio Cavalcante e Chacrinha também consagraram bancadas de julgadores. 

Não se esperava que o jornalismo fosse buscar no passado um corpo de jurados para liofilizar e deturpar as notícias. A diferença é que em emissoras como a GloboNews, CNN Brasil e Jovem Pan a nova bancada de jurados não se apresenta em programas fixos de auditório. Os juízes perpassam a grade dia e noite julgando as notícias, que geralmente interpretam aos seus modos, nem sempre comprometidos com os fatos. Especulam, parecem se orgulhar da capacidade de prever os fatos. Gostam de pregar o caos também. Não importa se acertam o futuro ou não. Quando as interpretacões não se confirmarem eles já estarão fazendo outras adivinhações para um público esquecido. 

Os novos jurados acham que o povo é imbecil. Eles não, são seres multipropósito que "contextualizam", adoram usar essa palavra, desde o caso Ana Hickmann à guerra no Oriente Médio, a mulher que quebrou janela de ônibus para salvar seu bebê. O que vier eles tracam. São capazes de falar durante horas sobre qualquer coisa que viralize nas redes sociais. São meio messiânicos. Estão convictos que prestam serviço de auto-ajuda jornalística a quem não está entendendo porra nenhuma de nada. Não há jornalismo investigativo nesses canais. Eles sabem disso, aparentemente. Uma prova é que diante da repercussão de um furo da concorrência pegam carona no trabalho de campo de um repórter a bordo de um artifício. A âncora, qualquer uma delas, diz, malandramente, algo assim "a Folha publicou e eu confirmei o seguinte...". 

Imaginem um repórter do New York Times dizendo uma babaquice dessas a propósito do furo da dupla Bob Woodward e Carl Bernstein, do Washington Post, que cobriu o famoso Caso Watergate. "O Washington Post revelou e o New York Times  confirmou que Nixon... Seria um vexame, concordam?

Outra intervenção dos novos jurados é a corrida para mostrar à direção que eles também apuram. O que mais se ouve é "fiz uma apuração agora com a Polícia Federal e soube que... Nisso, admita-se, eles são bons. Geralmente a apuração que fazem é um exemplo do jornalismo mais barato, o jornalismo declaratório. Uma espécie de prostituição da notícia sempre apurada nas assessorias de imprensa que não  praticam jornalismo mas apenas divulgam o que lhes interessa. E o júri acredita. Alguns abusam tanto do jornalismo declaratório que até parecem porta-vozes das instituições onde fazem "apuração".

Para usar outra expressão que eles usam com frequência: não é possível confirmar com fontes independentes o que dizem as bancadas de jurados dos canais de notícias. 

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Na Folha, Ruy Castro responde aos bolsonaristas

 

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O novo futebol: bola ou business?

por Niko Bolontrin

A transformação de clubes de futebol associativos em sociedades anônimas, as SAF, seduziu a mídia esportiva. Atualmente, há colunistas nos cadernos esportivos especializados em business. Falam da bola como se estivessem na bolsa de valores. Defendem resultados a médio e longo prazo. Implicam com as trocas frequentes de técnicos quando as vitórias escasseiam. É inevitável: futebol e dinheiro jogam mais juntos do que nunca. 

A mistura de uma paixão popular com lucros e investimentos implica em movimentos que as torcidas jamais entenderão e os executivos nunca controlarão 100%. Torcedor, é claro, quer resultados.  Bola na rede. O mais empolado CEO do mundo vira cartola quando assume um time. Será vaiado e criticado se pisar na bola.

As SAF ainda estão em lua de mel com a realidade. São poucas e recentes. Cambaleiam. Uma delas, a do Cruzeiro, está em recuperação judicial para renegociar dívidas. Em campo, junto com a do Vasco, corre risco de rebaixamento no Brasileirão. Outra, a do Botafogo, perdeu a liderança isolada após acumular mais de 10 pontos de vantagem na tabela. Vive crise. América Mineiro já está rebaixado. Coritiba, Cuiabá, Bahia, cada uma com seu nível de problema e risco, brigam pela sobrevivência. 

Fora de campo, as novas SAF têm força política como o velho futebol: a bancada da bola no Congresso conseguiu incluir benesses para essas empresas privadas na atual reforma tributária. 

Por enquanto, um caso de sucesso é o Bragantino Red Bull que é empresa,  mas tem modelo diferente. Formalmente não é SAF. A multinacional de energéticos adquiriu a totalidade de títulos dos sócios como parte de um projeto de marketing. No momento, o time divide a liderança do Brasileirão com gigantes do futebol brasileiro. Gigantes, aliás, que até aqui não querem ouvir falar em SAF. Flamengo, Palmeiras, Grêmio, Internacional, Fluminense, São Paulo, por exemplo, ainda preferem controlar seus negócios. O que se desenha na transformação do futebol brasileiro é a formação de uma liga nacional nos moldes da Espanha e Inglaterra. O processo ainda não se completou, envolve enormes interesses, mas não demora a se concretizar. Em paralelo, o governo busca regulamentar a milionária indústria de apostas esportivas nos campos econômicos, éticos e esportivos. A manipulação resultados, como foi denunciado recentemente, será sempre uma ameaça ao futebol. É preciso atenção permanente ao desempenho de árbitros,  jogadores e do VAR como alvos de esquemas criminosos. Não é um problema apenas brasileiro. 

Há tempos, o jornal alemão  Sueddeutsche Zeitung", de Munique,  denunciou um escândalo de manipulação de jogos que envolvia 200 partidas, entre elas 12 da Liga Europa e três da Liga dos Campeões na Bélgica, Suíça, Croácia, Eslováquia, Bósnia, Turquia e Áustria. O esquema foi desmascarado, mas de lá pra cá, a indústria de apostas legais e ilegais cresceu exponencialmente.

No plano internacional, há novas forças que atuam para controlar o futebol como esporte e como negócio. Os dólares dos árabes já são uma forte influência. A FIFA, que teme o poder crescente da UEFA, tem se aproximado dos Estados Unidos, do Catar e da Arábia Saudita como forma de resistir à união dos poderosos times europeus e procura valorizar seu próprio campeonato mundial de clubes.

A paixão do torcedor não muda. O atual Brasileirão lota estádios. A Libertadores empolga a América do Sul tanto que, nos próximos anos, aumentarão as pressões para que receba times das Américas Central e do Norte.

Resta torcer para que a magia do futebol tenha uma convivência saudável com tantos dólares, euros e petrodólares. 

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Duelo na GloboNews: Valdo Cruz leva drible e perde o rumo

 

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Prefeito de São Paulo pede Pix aos moradores para resolver apagão

por Ed Sá

Um dia depois do apagão na Paulicéia uma âncora da Globo News - que aparentemente não é advogada da Enel - usou um argumento que deve ter deixado em êxtase o jurídico da empresa italiana distribuidora de energia elétrica: ela citou a mudança climática como culpada pelo caos instalado em milhões de residências e estabelecimentos comerciais que perderam produtos, vendas e equipamentos. Uma chance para escapar ou reduzir as indenizações devidas à população. 

Como toda concessionária, a Enel usa demissões e baixo gasto com investimento para potencializar lucros remetidos para o exterior e engordar bônus dos diretores e conselheiros. No caso, ela teria mandado embora nos últimos anos 30% da força de trabalho. Desfalcada, a empresa levaria dias para regularizar o fornecimento de energia. 

Em defesa da âncora, ela apenas se apressou em antecipar as mudanças climáticas como suposta causa do apagão. O desarranjo de planeta virou justificativa para tudo. Minha sogra pediu a um pastor para tirar um capeta que adentra seu corpo sempre que o calor ultrapassa 40° graus celsius. Ela diz que o demônio penetra pelo suvaco que, sem aviso, passa a despejar rios de suor nauseabundo.  O pastor falou que quebrava o galho mas pediu em troca um aparelho de ar condicionado de 30  mil BTUs com a graça de deus. As empresas fornecedoras de gás podem reivindicar que o governo lhes dê um subsídio para compensar a queda de consumo, porque a água naturalmente já sai morna do chuveiro e dispensa aquecimento, o que reduz o faturamento.  O agro vai aproveitar o embalo para pedir subsídios além dos que já recebe. 

Meteorologistas anunciam que 2024 será um ano recordista em altas temoeraturas. Assim valorizados, chope estupidamente gelado, sorvete, gelo e sacolé vão aumentar de preço. 

Mas ninguém está mais eufórico do que os prefeitos: alagamentos, ruas esburadas por enxurradas, casas que são arrastadas, pontes que desabam, deslizamentos de encostas ganham um culpado "científico", a degradação do planeta.

A ameaça maior para os contribuintes é uma ideia do criativo prefeito de São Paulo. O sujeito, à maneira de Odorico Paraguaçu, encontrou uma solução para os custos do enterramento da rede elétrica da cidade para acabar com o problema das árvores que caem e arrastam a fiação. Ele propõe que os moradores das ruas afetadas e que pedem redes eletricas subterrâneas façam uma vaquinha para pagar a obra nos seus quarteirões. Se a moda pegar vai ter prefeito pedindo Pix para reformar praças, reforçar as guardas municipais, pagar a harmonização facial da primeira-dama e a viagem a Paris para ver o que capital francesa está fazendo para se adaptar às mudanças climáticas. O prefeito Ricardo Nunes ainda bolou um nome cinico para a vaquinha safada: taxa de melhoria.