segunda-feira, 24 de março de 2014

Televisão precisa divertir e fazer rir sem explorar as desgraças alheias

por Eli Halfoun
Desde que foi implantada por aqui a televisão comete o mesmo e grosseiro erro: embora tenha evoluído muito, continua apelando para a chamada emoção barata, ou seja, a que faz o público chorar com os dramas e desgraças alheias na maioria das vezes sem qualquer respeito humano.  A televisão (pelo menos a nossa) ainda não se convenceu que sua uma de suas principais funções é divertir e fazer o público animar-se e rir ao máximo porque a vida já o faz chorar o suficiente. A exploração de mazelas não acrescenta absolutamente nada a mundialmente reconhecida grandeza da televisão brasileira. Os dramalhões não podem continuar tendo espaço cativo para um público que precisa - e precisa cada vez mais - de diversão, especialmente se levarmos em conta que para a maioria dos telespectadores a televisão é o único lazer que ainda lhes permitem curtir. A queda de audiência do “Caldeirão do Huck” está levando o apresentador a repensar o programa: de agora em diante quer e vai investir mais - muito mais - em entretenimento, ou seja, quadros leves e divertidos que acrescentem para o grande público pelo menos um pouco mais de alegria. Se os quadros apelativos servissem ao menos para ajudar parte da população seriam até necessários, mas não é bem assim: não ajudam em nada nem as pessoas submetidas publicamente a uma desgraça maior através de suas próprias desgraças. Com sensibilidade Luciano Huck percebeu em tempo que o tempo é de avançar, mudar e acrescentar. Não se pode continuar fazendo da televisão uma desgraça maior do que na maioria das vezes ela já é. (Eli Halfoun)

Ator principal também vai para a “geladeira”. Te cuida Gabriel Braga Nunes

por Eli Halfoun
Nos últimos dias a novela “Em Família” tem merecido farto noticiário e comentários não exatamente em torno do desenvolvimento da trama e da qualidade artística, mas sim em torno de uma fofoca interna que parece estar incomodando demais a equipe do folhetim. O que se diz com insistência é que o ator Gabriel Braga Nunes tem criado tantos problemas que o personagem Laerte, do qual é o intérprete pode morrer só para alegrar o restante do elenco. Não cabe aqui julgar o comportamento de Gabriel Braga Nunes em relação aos colegas de elenco. Ele pode até ser, como se diz, pretensioso, mal educado e mal resolvido, o que pode valer um puxão de orelhas da direção da emissora, mas não passará disso. Nos muitos anos acompanhando novelas nunca soube de uma “morte” para eliminar o principal personagem e não acredito que Gabriel Braga Nunes será “condenado” a "pena de morte" - esse tipo de condenação envolve muitas coisas, mas não impede que o personagem perca força e passe a gravar cada vez menos, ou seja, o personagem Laerte pode perder importância e o ator Gabriel Braga ficar mais tempo na “geladeira” sem incomodar ninguém. Pena porque é um bom e jovem ator. Se tudo o que se diz for verdade essa será não a última novela de Gabriel Braga Nunes na Globo mas um alerta para que ele aprenda que para ser admirado, aplaudido e respeitado na vida é preciso respeitar os colegas e o público que é o maior agredido quando um ator tem o suposto comportamento que Gabriel estaria tendo. Esse tipo de profissional (profissional?) não resiste muito tempo: acaba massacrado e engolido pela pretensão. (Eli Halfoun)

domingo, 23 de março de 2014

Deu no Terra: Paloma Bernardi em campanha publicitária

TV Manchete: um documentário...

VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

Deu no Estadão... (para quem acha que tudo está perdido...) e todas são instituições públicas

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Deu no Observatório da Imprensa: o outro lado...

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Barbosa processa Noblat

por Paulo Nogueira (do Diário do Centro do Mundo) CLIQUE AQUI
"A conhecida morosidade da justiça se manifestou mais uma vez no movimento de Joaquim Barbosa contra o jornalista Ricardo Noblat.
Foi uma ação retardada.
Passaram-se sete meses desde que Noblat escreveu, no Globo, um artigo que JB considerou racista e nocivo à sua honra.
No artigo, para muitos um dos raros acertos de Noblat, está dito que JB chegou ao STF por sua cor.
Esta é uma verdade.
Frei Betto já contou o que ocorreu. Lula queria um negro no STF. JB sabia, e um dia viu Betto no aeroporto de Brasília e o abordou.
O resto é história.
Noblat afirmou que JB não é exatamente uma sumidade jurídica. Os especialistas podem falar disso com mais propriedade.
Para nós, leigos, o palavreado titubeante e pouco claro de JB sugere que Noblat está certo – embora os demais magníficos integrantes do STF, salvo exceções, também não provoquem entusiasmo e muito menos admiração.
A coisa que melhor os define me foi contada por um amigo jornalista. Ele estava numa padaria, ao lado de populares que acompanhavam o julgamento do Mensalão.
Um juiz falou, e falou, e falou, e enfim votou. No final, um dos homens que viam o julgamento na padaria perguntou aos que o rodeavam: “Condenou ou absolveu?”
De concreto, o que se sabe é que JB não tem obra relevante sobre direito – nem livros e nem artigos que sejam citados e reconhecidos.
A parte mais complicada do artigo de Noblat diz respeito à raça.
Minha visão é que, por não ser branco, Noblat se permitiu falar coisas que em geral ninguém quer falar.
É mais ou menos como piada de judeu. Só aceitamos que judeus as contem, ou ficamos horrorizados com o que entendemos ser preconceito.
Noblat afirmou que certos negros, em posição de mando, são mais duros do que seria necessário, para se afirmarem.
Não tenho a menor ideia sobre se esta tese faz sentido, mas suspeito que não. Joaquim Barbosa não faz nada que colegas seus brancos como Gilmar Mendes não façam.
A mim, pessoalmente, me parece um mau juiz, pelo instinto de algoz, mas isso nada tem a ver com a cor.
O que a iniciativa tardia de Joaquim Barbosa pode revelar é o fim da lua de mel dele com as Organizações Globo.
Dias atrás, circulou na internet uma foto na qual JB dormia profundamente numa sessão de um órgão que não era o STF.
O que se dizia era que tinha sido publicada pelo Globo, com a informação de que JB recebia jetom pela participação na reunião.
JB teria se vingado?
Noblat não é a Globo, mas é o nome da Globo mais vinculado a uma área estratégica para o futuro (ameaçado) da emissora: a internet.
Isso explicaria a ação retardada?
Talvez sim, talvez não.
O fato é que JB, no final de sua jornada como presidente do STF, já percebeu que nos últimos meses até o cafezinho que servem a quem se vai está frio.
O “menino pobre que mudou o Brasil”, como escreveu a Veja no auge de sua bajulação interessada, não vingou.
Não virou um novo Collor, não virou um anti-Lula e nem mesmo um anti-Dilma.
Não virou nada, na verdade.
Voltou a ser o que era antes do encontro com Frei Betto no aeroporto, com a diferença de que parece ter ficado encantado com os holofotes que vão sumindo."


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O outro lado: o golpe na Ucrânia e a opção da Crimeia pela Rússia.

(da Redação)
Para formar uma opinião, leitores devem buscar informação em várias fontes. Se não fizerem isso, não estarão fixando um ponto de vista próprio mas apenas replicando a parcialidade de determinados meios de comunicação. Ao focalizar fatos ou crises mundiais, a grande imprensa brasileira limita-se a clonar análises da "matriz". É comum - e isso se repete na cobertura do golpe na Ucrânia e do plebiscito que determinou o novo status da Crimeia - o leitor encontrar artigos mais críticos e equilibrados em jornais americanos e ingleses, principalmente, como o The Guardian, do que abaixo da linha do equador. Você pode e deve acessar outras fontes pela internet, além da limitada e comprometida velha mídia brasileira. Um site em português, o Diário da Russia, por exemplo, oferece um perspectiva diferente com atualização dinâmica sobre o assunto. Há certamente muitas outras fontes, como o próprio The Guardian. É o outro lado que é sempre bom conhecer. Vale a pena visitar. Ajudar você a escapar da mainstream.

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LEIA TAMBÉM TEXTO SOBRE LIMITAÇÃO DE FONTES DE INFORMAÇÃO PUBLICADO NO OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA. 
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Um podólogo para cuidar na cadeia dos pés doentes de José Dirceu

por Eli Halfoun
O recente e não confirmado comentário de que José Dirceu foi o único preso que conseguiu ser atendidos por um podólogo (calista no popular) na cadeia (ele tem micose e unha encravada) tornou público um dado curioso: dos 550 mil presos que o país tem hoje todos aparam as unhas dos pés e das mãos usando os permitidos e pequenos cortadores levados por familiares. Quem não tem seu próprio aparador de unhas é obrigado a negociar um empréstimo, já que em hipótese alguma é permitida a entrada der tesourinhas para unhas ou instrumentos do tipo. A turma que adora especulações tem comentado também que os mensaleiros presos teriam recebido a visita de uma manicura para cuidar das unhas das mãos sem calos. São mãos leves que precisam estar sempre em forma. (Eli Halfoun)

Quem quer casa tem de comprar fora do Brasil

por Eli Halfoun
O Brasil enlouqueceu também no que diz respeito ao preço dos imóveis em todo o país. Para comprar ou sonhar com um simples aluguel é preciso fazer as malas. Recentes dados mostram que hoje é impossível comprar um apartamento de médio ou alto padrão por menos de R$ 9 mil o metro quadrado. Resultado: quem ainda tem bala na agulha para investir em imóveis está preferindo aplicar o dinheiro fora do Brasil, especialmente em Miami e Orlando, onde os preços não são até agora tão assustadores. Segundo o jornalista Giba Um e Orlando em um condomínio próximo a Disney estão sendo vendidas casas de 124 metros quadrados entre U$ 197 mil e U$ 245 mil, preço bem abaixo do que qualquer imóvel custa por aqui. Incluindo talvez os do “Minha Casa, Minha Vida”. (Eli Halfoun)

Faz 50 anos: Marcha da Família usou até batom para mostrar-se nas ruas

por Eli Halfoun
Cinqüenta anos depois de sua primeira manifestação a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade” volta a ser lembrada (tentou até marchar sem sucesso em Copacabana no Rio), apesar de ter sido de triste memória para a maioria dos brasileiros. Organizada na época pelo deputado Cunha Bueno com apoio de Leonor Mendes de Barros, então mulher do governador de São Paulo Adhemar de Barros, a “Marcha” deu as caras depois do comício da Central. Na época os mais radicais desfilaram com faixas como essas: “Jango no xadrez”, “Verde e amarelo se foice e sem martelo” e “Vermelho bom só no batom”. Será que já estavam querendo sair do armário?  (Eli Halfoun)

Carlos Chagas lança livro no Rio



sábado, 22 de março de 2014

Vai ter Copa! E com Veridiana Freitas de "goleira". A não ser que os manifestantes também não sejam chegados ao esporte

Veridiana nos bastidores do ensaio de fotos para a Duloren. Foto: Divulgação

A modelo na capa da Playboy de janeiro
por Omelete
Como a Duloren, como o resto do Brasil, sabe que vai ter Copa, trata de lançar sua campanha especial na semana que vem. A modelo Veridiana Freiras, que é um das modelos na capa da Playboy de janeiro, é a "goleira" no filme e nas peças impressas dos anúncios.

Tudo muito estranho em Sampa...



Reprodução Facebook

Reprodução Facebook






(da Redação)
São Paulo anda exportando umas modas estranhas... Rolezinho, Marcha da Família, reis do camarote, propineiros do metro, propineiros do ISS, Lobão, Kajuru, black bloc, que deram as caras pela primeira vez lá, encoxadores (os tais anormais que tiram fotos de mulheres, por baixo da saia, e passam a mão em passageiras no metrô. Os taradões têm até páginas no Facebook) e, agora, os "Sem Água" que querem desviar o precioso líquido do Paraíba do Sul, deixando aos cariocas apenas a opção de matar a sede com chope, que o governo vai ter que subsidiar. O blog, que gosta de Sampa, acha que a turma de boa cabeça da "locomotiva" precisa reagir.  

Dilma já ganhou. É o que diz primeira pesquisa 2014 do Ibope

por Eli Halfoun
Por mais que tentem desestabilizar o governo e agora, muito mais, a candidatura de Dilma Rousseff, a presidente continua liderando as pesquisas de intenções de voto e mostrando que será eleita com facilidade no primeiro turno. Todo mundo sabe que pesquisa não é urna e, portanto, não é eleição, mas exerce uma forte influência no voto do eleitor indeciso, que acaba entrando no time de quem vai ganhar que é, segundo as pesquisas, o caso de Dilma: a primeira pesquisa do Ibope em 2014 (publicada pelo jornal O Dia) mostra a presidente com 43% das intenções de voto confirmando o mesmo índice obtido na última pesquisa de 2013, embora de lá para cá muita coisa tenha acontecido. A nova pesquisa registra aumento de 1% para Aécio Neves que subiu de 14% para 15%, enquanto Eduardo Campos teve os mesmo 7%. Embora a pesquisa sinalize pra uma fácil vitória de Dilma no primeiro turno, o Ibope simulou um segundo turno e a presidente foi novamente a campeã de votos: em um pouco provável segundo turno Dilma teria 47% e Aécio 20% dos votos. Contra Eduardo Campos a vitória seria de 47% contra 16 % dos votos. O dado mais importante da pesquisa é o que mostra que qualquer que seja o novo presidente o eleitor espera que mude muita coisa. São mudanças que também favorecem Dilma que, para realizá-las, pode tomar como base os erros cometidos em sua atual gestão. Por enquanto são números hipotéticos já que nenhum nome é de candidato oficial, o que só acontecerá a partir de junho quando os partidos terão de realizar convenções para definir e confirmar os nomes. Total perda de tempo já que os nomes anunciados e pesquisados até agora já são oficiais mesmo sem estarem oficializados. Não á mais tempo para nenhuma mudança significativa. (Eli Halfoun)

Manchete 45 anos, uma revista especial que deveria ser reeditada








por Nelio Barbosa Horta
De todos os documentos guardados com muito carinho, nestes quase 60 anos de atividade em jornais e revistas (de 21/08/1953, no Diário da Noite, até 2011 quando fui afastado do JB. Em Bloch Editores, de 1º de julho de 1963 até o fechamento da empresa)  existe um que é uma verdadeira obra prima, uma relíquia, tamanha sua qualidade editorial. É uma edição histórica fartamente ilustrada que poderia perfeitamente fazer parte do currículo obrigatório para os que se aventuram no jornalismo e para  consulta de qualquer pessoa que quiser se informar. É uma enciclopédia do meio século que mudou o mundo,  uma edição completa! Foi editada em 1997, e  acreditem,  sobrevive até hoje. Fiquei três dias debruçado em suas páginas, num misto de saudade e reflexão. Merecia ser reeditada como livro. Até os anúncios são de bom gosto e poderiam permanecer. Fiz um resumo da histórica edição, desde os anos 50,  até os anos 90, tudo muito bem ilustrado, passando por Moda, Política, Futebol, Automóvel, o  Cotidiano no mundo etc. O dia em que Manchete nasceu, edições internacionais, os dez fatos que mudaram o mundo, as histórias das capas, enfim uma edição completa!
Anos 1950
*JK muda a capital para o Planalto Central. O Presidente com Dorival Caymmi, Louis Armstrong, Fidel Castro, Marlene Dietrich e Lamartine Babo.
*Nos anos dourados, o Brasil também foi bom de beleza e brilhou nas passarelas do Miss Universo. Sucesso com Marta Rocha!
*Vitória da seleção no Mundial de1958, Garrincha, Pelé Nilton Santos, Zagalo e Bellini..
*A bossa nova, em 1959, tomou conta do país, João Gilberto, Roberto Menescal  Ronaldo Bôscoli, Tom e Vinícius.
*A morte de Francisco Alves, e de Eva Perón, o casamento da índia Diacuí com o sertanista Ayres da Cunha.
*O cinema lança a terceira dimensão
*O suicídio de Vargas deixa o Brasil em estado de choque.
* O casamento de Grace Kelly com o príncipe Rainier III.
*O incêndio na Boate Vogue.
*A morte de Carmen Miranda.
*Fidel desce de Sierra Maestra, entra em Havana e instaura o governo revolucionário que dura até hoje

Anos 1960
Num sábado chuvoso de agosto, um retrato em branco e preto da MPB: Tom, Vinícius, Chico Buarque, Braguinha, Paulinho da Viola, Dircinha Baptista, Edu Lobo,  Zé Keti etc.
*O calor dos Festivais, a Tropicália Mutante...
*Cem mil pessoas saem às ruas do Rio contra a Ditadura. Vão começar os “Anos de Chumbo”
*Foto histórica em dupla página  de Drummond, Vinícius, Manoel Bandeira, Mário Quintana e Paulo Mendes Campos.
*A posse de John Kennedy e o casamento da princesa Margareth com o fotógrafo Tony  Armstrong  Jones.
*Os Beatles em Londres , com o reporter Janos Lengyel.
* Em 1661 Jânio Quadros renuncia.
*O ouro em Cannes com o “Pagador de Promessas”.
*Yeda  Vargas ganha o título de Miss Universo.
*E 1964, a democracia dos canhões e Jango no exílio.
* O Rio completa 400 anos.
* Em 1967 a “Guerra Relâmpago” no Oriente Médio, na tarde do dia 8, todo o Sinai é israelense.
*Em 1969, prisioneiros políticos são trocados pelo embaixador Charles Burke  Elbrick.
*Pela primeira vez, o  homem põe os pés na lua.

Anos 1970
*A conquista do tri pela seleção brasileira. É a “Pátria de chuteiras”!
*Médici, Geisel e Figueiredo, os generais que mandam na década.
*Índios no Xingú, engolidos pelo Milagre Brasileiro, usam sandálias havaianas e relógios orientais.
* As fotos do edifício Andraus,  em São Paulo, onde dezenas de pessoas morrem calcinadas.
*Em 1973, Perón volta à Argentina e Salvador Allende é encontrado morto.
*Em 1974, mais um incêndio em São Paulo, no edifício Joelma onde morrem 179 pessoas.
*Inaugurada a Ponte Rio-Niterói, uma proeza da engenharia.
* O fim político de Nixon.
*Em 1975, termina a guerra do Vietnã.
*O jornalista Vladimir Herzog é encontrado morto nas dependências do Doi-Codi, em São Paulo.
*Pelé é contratado pelo Cosmos dos EUA e João do Pulo arrasa nos Jogos Pan-americanos , no México.
*Cláudia Lessin Rodrigues é encontrada morta na Av. Niemeyer.
*O primeiro bebê de proveta pesa 2,7kg.  Quem é a mãe?.

Anos 1980
*Em 21 de abril, a morte de Tancredo Neves e a posse de José Sarney.
*A “Casa da Dinda” festeja a vitória de Collor. Tudo vai implodir em menos de três anos.
* O eldorado de Serra Pelada, um formigueiro humano, no Pará em busca de ouro.
*A bênção de João de Deus, no Aterro do Flamengo, apaixona milhões de brasileiros.
*Em 1981, a Inglaterra e o mundo vivem um conto de fadas com o casamento do Príncipe Charles com Diana.
*Atentado frustrado, uma bomba explode  no Riocentro, em 1º de maio e mata sargento
*No dia 19 de janeiro morre Elis Regina, aos 36 anos.
* Luto em Mônaco com a morte de Grace Kelly em acidente de carro.
* Em 5 de julho de 1983 entra no ar a TV Manchete.
*Por trás da sigla AIDS, agiganta-se uma epidemia que somente em 1983 começa a manifestar-se seriamente.
*Em 1984 Figueiredo escancara as portas do governo e diz que já é hora de entregar o poder aos civis.
*Terremoto destroi 30% da cidade do México, em 19 de setembro de1985.
*O ônibus espacial Challenger, sobe em 28 de janeiro. Quatorze  minutos depois, explode , matando seus sete astronautas.
* No réveillon, o Bateau Mouche naufraga perto do pão de açúcar. 55 pessoas morrem no acidente.

Anos 1990
*O Brasil caiu no Real, O fim da inflação foi o começo da reeleição de FHC.
*Numa curva de Ímola, foi-se para sempre  Ayrton Senna, a alegria das manhãs de domingo.Nem o tetra consolou o país.
*O mundo se emociona em 11 de fevereiro quando Nelson Mandela é libertado  depois de  27 anos de cativeiro.
*Zélia Cardoso de Melo casa-se com Chico Anísio.
* O basquete brasileiro no topo do mundo com Hortência e Paula dando show nas quadras.
*País indignado com a corrupção, Congresso derruba Fernando Collor.
*O assassinato de Daniela Perez à tesouradas por Guilherme de Paula e sua mulher Paula Thomaz. A tragédia comove o país.
*A polícia captura Paulo Cesar Farias e a CPI dos anões do orçamento expõe um vergonhoso esquema de corrupção.
*No dia 1º de julho o ministro Rubens Ricúpero e Itamar Franco exibem as notas  do Real, nova moeda brasileira.
*No dia 19 de novembro , Manchete perde Adolpho Bloch o homem que a criou em 1952. Aos 87 anos.
Uma edição para ler e guardar!

O editor foi o Roberto Muggiati, tendo o Murilo Melo Filho como diretor-responsável, o Moisés Fuks como gerente. Na Arte, o Wilson Passos, o J. A. Barros e a Janete Cozer. A Diagramação Eletrônica foi da Carmen Sánchez. A Produção de Carlos Affonso Lima, Célio Fernandes e Hélio Muzis. Computação Gráfica de Ricardo Trzmelina e Vaney Fornazieri. Na Redação, no Rio, a Deborah Berman,  Loren Falcão Armindo e Ney Bianchi. Em São Paulo, Celso Arnaldo Araújo e Durval Ferreira. Reportagens de Beatriz Cardoso, Eva Sacramento e José Rezende Mahar. A capa, de Frederico Mendes, teve efeito em 3D: Geo-Graphics Spegram, Inc., Connecticut, EUA.
Fiz questão de nominar os que fizeram esta edição, para que fique registrada a competência de toda equipe e a capacidade empreendedora  de um projeto dificílimo de se realizar,  das pesquisas sem o Google, para que os jovens e leitores de um modo geral que certamente vão se deliciar com este trabalho, vendo as fotos  dos fatos, no caso de uma reedição. Como disse o Muggiati  “a Manchete veio com um jornalismo fotográfico colorido, moderno, dinâmico e ousado, vitrine do Brasil para o mundo, aproximando o público das grandes questões internacionais, na política e na cultura com uma qualidade gráfica impecável”.
Os colunistas, Rubem Braga , Carlos Chagas, Nelson Rodrigues, Antonio Maria, Murilo Melo Filho, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Sérgio Porto, Ruy Castro, Carlos Heitor Cony e Pedro Bloch, mostravam suas visões na época e que são bastante atuais. (Nelio Barbosa Horta, de Saquarema)

Nota da Redação: Manchete 45 anos é, como diz Nelio Barbosa Horta, uma edição especialíssima. Ao longo de 50 anos, muitas outras foram produzidas, como Manchete 2000 (referia-se ao número redondo da revista, não ao ano), Manchete 30 anos, Manchete 1000, além das famosas edições temáticas (Papa, Amazônia, Pantanal, Eco 92 etc). Outras revistas da Bloch, como Fatos & Fotos, Desfile, Amiga e EleEla também produziram edições de aniversário que reuniam matérias destacadas desde os seus lançamentos. Uma coisa tais publicações tinham em comum; as fotos utilizadas eram parte de um arquivo com 12 milhões de imagens que pertenceram à extinta Bloch. Tal acervo encontra-se virtualmente desaparecido. Depois de leiloado pela Massa Falida, diante de total e surpreendente desinteresse dos órgãos públicos e privados de preservação da memória, como a Biblioteca Nacional, Arquivo Nacional, Ministério da Cultura, Museu da Imagem e do Som, Fundação Getúlio Vargas, entre outros, o arquivo estaria em local incerto e não sabido assim como são ignoradas as condições de armazenamento de negativos, cromos e ampliações. Alguns fotógrafos que trabalharam na Bloch entraram com uma ação judicial, sem sucesso, na tentativa de localizar o material e conhecer as condições em que está armazenado, se é que está. Quando se lê que o Ministério da Cultura, através da Lei Rouanet, patrocina com dinheiro público dezenas de projetos conduzidos por empresas milionárias (entre os quais shows privados e dvds comerciais ou iniciativas de marketing corporativo), torna-se ainda mais lamentável a omissão com a memória nacional em casos como esse do acervo da Manchete.  

Uma saudável visão do futuro com a bola rolando fácil na Copa da vida

por Eli Halfoun
Nossos criativos publicitários (a publicidade brasileira é, não tenham dúvidas, uma das melhores do mundo) terão de ser mais criativos do que nunca para buscar anúncios diferenciados em torno de um mesmo e repetitivo tema: a Copa do Mundo. Do está sendo mostrado até agora o melhor e mais emocionante anúncio é o da Sadia que reuniu crianças pedindo, sonhando e esperando ver pela primeira vez o Brasil ser campeão mesmo ganhando o título pela sexta vez. Crianças costumam ser sinceras e intensas em seus pedidos e por isso mesmo mobilizam torcedores, atletas e até os frios dirigentes de futebol que pelo visto só se emocionam com o volume de dinheiro que uma Copa pode proporcionar ao país e para cada um dos dirigentes individualmente. Como a Copa do Mundo promete deixar um legado para o futuro e como as crianças representam a força máxima do futuro nada mais justo que peçam que a seleção conquiste o título para elas, crianças, que são inegavelmente as que devem ser mais beneficiadas no futuro. Para isso aconteça é preciso que em todos os aspectos e sentidos o Brasil bote a bola no chão e mostre toda a sua força. Não ó no futebol. (Eli Halfoun)
VEJA O VIDEO, CLIQUE

Queda de audiência confirma que o BBB já era. Só a Globo não quer perceber

por Eli Halfoun
O interessa maior para que o Big Brother Brasil continue no ar por muito tempo (e tudo indica que infelizmente continuará) é das emissoras concorrentes. Com base em pesquisas de audiência dos últimos dez anos fica claro que quando o BBB está no ar as concorrentes SBT, Bandeirantes tem um significativo aumento de público no horário, confirmando que nos últimos dez anos o programa perdeu 50% de audiência, o que ainda não é suficiente para Globo (que certamente faz um outro tipo de análise) pensar em abrir mão de um alto faturamento via telefone e patrocínios milionários. Não cabe mais discutir a qualidade do BB que é sem dúvida uma atração medíocre que tenta manter-se viva com intrigas entre os participantes que não são e nunca serão absolutamente nada além de prisioneiros de suas vaidades e ganância correndo atrás de um prêmio milionário. As pesquisas mostram também que 43 entre 100 aparelhos deixaram de sintonizar o BBB, o que é ótimo para a concorrência. Os números revelam que o BB só foi um assombro em 2004 quando conquistou 45,3 no Ibope e no ano seguinte com o recorde de 47,5 de audiência. Depois a audiência começou a despencar aos poucos e pelo andar da carruagem desabará não demora muito. A Globo ainda não, mas o público está criando juízo e bom gosto. (Eli Halfoun)

sexta-feira, 21 de março de 2014

Marcha dos desorientados com os zumbis e os mortos-vivos pela ditadura

por Omelete
Fala sério, alguns zumbis resolveram refazer a execrável Marcha da Família de 1964, que foi uma espécie de suruba política conservadora organizada a peso de dólares pelos conspiradores aliados à imprensa da época. Na época, as carolas ficavam molhadinhas só de ouvir falar em comunismo. Cinquenta anos depois, uma bando de desnorteados fugiu do psiquiatra para pedir a volta da ditadura. Mas viraram deboche... ainda bem. A rede está cheia de gozações contra esse anormais. Dizem que em algumas cidades produtores americanos vão aproveitar para fazer cenas dos mortos-vivos para usar no próximo filme da série: "A volta dos mortos-vivos" estrelado por Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo




Bellini, capitão para sempre...

Em 1959, a Manchete Esportiva lançou edição especial que registrava detalhes do título de 1958, que o Brasil ainda comemorava. Bellini e a Jules Rimet na capa.

Bellini também escreveu sua história no Vasco, campeão de 1958. Reprodução Manchete Esportiva

A troca de flâmulas antes do jogo final Brasil e Suécia, 1958. Reprodução Manchete Esportiva

O escrete - Suécia, 1958. Reprodução Manchete Esportiva


A seleção desembarca do avião da extinta Real Aerovias. Bellini é o segundo depois de Djalma Santos e antes de Mazzola e Zito. Reprodução Manchete Esportiva

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Garrincha, Bellini e a Taça, já no Brasil. Reprodução Manchete Esportiva

Bellini, o treinador Vicente Feola e Gilmar logo após a conquista da Copa. Reprodução Manchete Esportiva


Bellini, o então vice-presidente João Goulart e Nilton Santos. Reprodução Manchete Esportiva

Bellini ergue a Jules Rimet. Reprodução de edição especial de O Cruzeiro

Adalgisa Colombo, miss Brasil 1958, posa com o capitão Bellini e a Jules Rimet. Foto reproduzida de edição especial de O Cruzeiro. 
(da Redação)
Hideraldo Luiz Bellini se retirou de campo, ontem, ao 83 anos. Mas não sai da história do futebol brasileiro. Alguns cronistas metidos a construir "verdades" escrevem hoje que o zagueiro Bellini nunca foi um craque. Melhor ficar com a opinião de Nilton Santos que em seu livro "Minha Bola, Minha Vida" escalou o capitão de 1958 como um dos maiores jogadores que já viu atuar. Nilton sabia do que falava, alguns desses cronistas mal chegaram perto de uma bola quando crianças. Pois bem, a "Enciclopédia" colocou o zagueiro central no seu "time dos sonhos" (na verdade, escalou mais do que um time ao listar quatro jogadores por posição) ao lado de mitos como Banks, Gilmar,Yachim, Djalma Santos, Bobby Moore, Beckenbauer, Nestor Rossi, Garrincha, Pelé, Puskas, Vavá, Kopa, Di Stefano e Kokis, entre outros de igual genialidade. Com isso, Nilton quis dizer que Bellini era igual a Pelé ou Puskas? Claro que não. Mas como zagueiro central Nilton o considerou um dos maiores da sua época. Bellini cumpriu uma função decisiva tanto no Vasco dos anos 50 (sua atuaçãoem toda a jornada da conquista do Super-Super de 1958 foi antológica) quanto na Copa da Suécia, quando, pela primeira vez na história, um brasileiro levantou a Jules Rimet. Bellini eternizou o gesto e eternizou-se no "hall of fame" do futebol mundial. Era duro, às vezes. Nelson Rodrigues ao escrever sobre um dos um jogos da Copa de 1958 mandou essa sobre Bellini, referindo à sua extraordinária garra:"Bellini chutou até a bola". Verdade: beque dos anos 50/60 não aliviava nem a senhora sua (dele) mãe se esta quisesse fazer graça na grande área. E Bellini destruía mas saía jogando, sim, Nilton, ali do lado esquerdo, recebia de Bellini muitas das bolas que levava adiante com a sua extraordinária habilidade de alimentar o ataque. No livro, aliás, Nilton Santos conta que Garrincha apelidava todo mundo. Bellini era "Marta Rocha" ou "Boi". O gesto que Bellini imortalizou - erguendo a Taça Jules Rimet foi, como se sabe, provocado pelos fotógrafos brasileiros que estavam na fila de trás da turma de "retratistas" que brigava para registrar a cena. Um deles (a Manchete e Manchete Esportiva estavam lá representadas pelo repórter Ney Bianchi e pelo fotógrafo Jáder Neves) pediu a colher-de-chá e Bellini levantou o caneco. É a imagem que ficou para sempre na memória do futebol e na célebre "Estátua de Bellini" no templo da bola, o velho-agora-novo Maraca.