sexta-feira, 29 de junho de 2012

Rio está rasgando a camisa da violência. O Rio de janeiro continua lindo

por Eli Halfoun
Faz algum tempo, o empresário paulista (carioca de habitação e coração) Ricardo Amaral disse que "o Rio veste a camisa da violência". Foi a melhor definição sobre a fama de violência que persegue a cidade mais bonita e invejada do Brasil e talvez do mundo. O que Amaral quis dizer é que os próprios cariocas se encarregavam de multiplicar essa fama fazendo-a em palavras mais violenta do que foi. Continua violenta sim, mas já não tão apavorante e perigosa quanto em um passado não muito distante. Além da redução (segundo estatísticas oficiais) em assaltos, assassinatos e vários outros tipos de crime é preciso levar em conta que o carioca, agora mais orgulhoso de sua cidade, está contando menos casos de violência, muitas vezes com histórias exageradas. O Rio está deixando de vestir a camisa a violência e o resultado que é a cidade ficou mais segura até verbalmente. Mesmo assim ainda não se pode dar mole. Nos últimos dias, a violência que assusta os paulistas vem merecendo grande espaço na mídia com arrastões em restaurantes, assaltos a condomínios e com ônibus queimados nas ruas. Se as imagens que São Paulo tem mostrado ao Brasil estivessem acontecendo no Rio o noticiário ganharia sem dúvida maior repercussão e a Cidade Maravilhosa voltaria a ser a mais perigosa do país. Não é e nunca foi. Foi apenas a que caiu na boca do povo, simplesmente porque é a mais conhecida mundialmente e a mais sonhada por todos os brasileiros. Quem não pode sonhar bonito transforma seu sonho em pesadelo. Mesmo que não levemos em conta os fatos de agora vale a pergunta: será que um dia a São Paulo dos trombadinhas foi realmente menos violenta do que o Rio. A diferença é que o Rio vestiu a camisa da violência e São Paulo se escondeu atrás de camisas sociais de marca.  (Eli Halfoun)

Lula é o novo “Menino Maluquinho” nos blogs de humor

por Eli Halfoun
Campeão de charges e imitações o ex-presidente Lula voltou a ser personagem de piadas e charges, especialmente depois que juntou "forças" com Paulo Maluf para eleger Fernando Haddad prefeito de São Paulo. Entre as muitas piadas que voltaram a circular na internet uma das que mais caiu no gosto popular é uma charge feita pela cartunista paranaense Paixão que chama Lula de o novo "Menino Maluquinho", com inspiração no famoso personagem de Ziraldo. Só que um tem idade para ser maluquinho e o outro já passou da idade. (Eli Halfoun)

Consumidor está na fogueira: festas juninas ficaram mais caras. É fogo

por Eli Halfoun
Dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário mostram que as festas juninas estão mais caras por conta do aumento nas taxas. O maior aumento está sendo registrado nos vinhos, com 61,56%. Também não será nada doce consumir cocada, paçoca e pé de moleque com taxa tributária de 36,54%. A canjica também engordou com uma taxa de 35,38%. Nem a pipoca conseguiu pular fora e ganhou uma taxa de 34,99% enquanto o pinhão foi taxado em 24,07%. Não será muito fácil passar o chapéu: o tradicional, de palha, tem taxa de 33,95%. Como os fogos foram taxados em 61,56% só quem lucrará com as taxas é que poderá comemorar soltando foguetes. Triste realidade: até para fazer uma festa popular o povo tem que pagar taxas de banquete.

Um alento na fogueira de taxas: se os vinhos aumentaram agora a tendência é que venham a diminuir de preço. É que o Brasil está com a segunda maior supersafra de uvas da história e os vinicultores gaúchos (o Rio Grande do Sul produz 90% do vinho brasileiro) não sabem ainda o que fazer com o superestoque de 313 milhões de litros de vinhos e sucos que terão até o final do ano. Dependendo dos preços o povão bom de copo se encarrega de consumir tudo e tomar um porre histórico. (Eli Halfoun)

Memorial?

por deBarros
O PT, esse partido criado pelos sindicatos que vivem às custas do trabalhador brasileiro, agora quer construir um Memorial que vai custar  100 milhões de reais ao povo brasileiro para guardar o “acervo” do governo Lula.  “Acervo” do governo Lula? Que “acervo”? Normalmente, todo presente ou lembrança que um presidente ganha durante o seu mandato passa a fazer parte do “acervo” do país e não da pessoa do presidente.
Pela definição do Google: Acervo é o conteúdo de uma coleção privada ou pública, podendo ser de caráter bibliográfico, artístico, fotográfico, científico, etc.
Neste caso este ”acervo” é público e não pessoal como se pretende classificar os presentes recebidos pelo ex-presidente enquanto exercia o seu mandato. Inventar um Memorial mesmo sem ter cabedal para isso que o faça mas às suas próprias custas e não às custas do povo. Um ex-presidente – de triste memória – criou o seu “Memorial”, no seu Estado se apossando de um próprio estadual. O PT quer ir mais longe, quer construir um palácio tirando do bolso do povo brasileiro os seus pobres reais que lhe restam do seu dia-a-dia. Por que não constrói esse Memorial com o dinheiro dos seus governadores, prefeitos, senadores, deputados e vereadores, que ganham muito dinheiro para não fazerem nada em favor do país. Se ao menos eles trabalhassem. Em vez de ficarem viajando e passeando pelo mundo afora enfeitando suas cabeças com guardanapos de restaurantes famosos em Paris.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Colunistas políticos que amam uma ditadura...

Até agora só a Folha deu o detalhe que faz toda diferença. Só poucas horas antes de votar a derrubada do presidente Lugo, o Congresso paraguaio regulamentou o rito sumério do processo de impeachment. Só isso caracterizaria que a manobra foi um golpe parlamentar e não uma lição de democracia, como quer fazer crer a imprensa brasileira. Desinibidos colunistas de extrema direita tentam relacionar nos jornais e revistas o caso Lugo com os impeachments de Collor e Nixon, que tiveram amplos direitos de defesa em processos longos e minuciosos. Se Lugo é um bom presidente, se não é, a questão não está em jogo. O que está em risco é a democracia em um continente que se notabilizou por golpes e ditaduras. A registrar o fato de parte da mídia brasileira continuar a sofrer da síndrome de apoiar golpes. Foi assim no Brasil de Jango, no Chile de Allende, no Peru de Fujimori e, mais recentemente, no golpe em Honduras.

Um Flamengo sem crise é bom pra o futebol de todos

por Eli Halfoun
O Flamengo está tentando sair da crise em que se afunda cada vez mais buscando, por enquanto extra-oficialmente, um novo técnico. O nome especulado é o de Dunga que todos lembram foi injustamente massacrado pela imprensa quando comandou a seleção brasileira fazendo, queiramos ou não, um bom trabalho. Perdeu no fim, mas perder faz parte do jogo. É a vez de massacrarem o técnico do Flamengo (a bola da vez é Joel Santana, como antes dele foram todos os que por ali passaram). Não me parece que a crise do Flamengo tenha o técnico como culpado, aliás, técnico de futebol sempre paga a conta da incompetência dos cartolas. Quem me acompanha no blog sabe que sou torcedor do Vasco, mas isso não me impede de torcer para que o Flamengo volte a mostrar-se em campo como um grande clube com um grande futebol. Um Flamengo competente é bom para o Vasco (a competição entre os dois times fica mais emocionante) e bom principalmente para o futebol carioca e todos os torcedores que poderão ver melhores espetáculos e não mais esse futebolzinho medíocre que com raras exceções temos visto no Rio. Nunca acreditei na lenda de que os vascaínos aceitam tudo menos que o Flamengo esteja bem. Aceitam sim: torcedor que é torcedor gosta é de futebol e o bom futebol sempre será aplaudido por todos quaisquer que sejam as camisas em campo. Se for o Vasco da um show, melhor ainda. (Eli Halfoun)

Novas regras de aposentadoria devem valer para o futuro e o passado. Só assim haverá justiça

por Eli Halfoun
Demorou (demorou até demais), mas enfim o governo estuda a possibilidade de acabar com o misterioso fator previdenciário (criado em 2000) que calcula sempre para baixo a aposentadoria. Todas as medidas propostas (ainda não aprovadas) até agora estão preocupadas em beneficiar os aposentados do futuro – um futuro que, aliás, ficará mais distante já que idade e tempo de serviço para a aposentadoria caminharão junto evitando que qualquer trabalhador se aposente antes dos 65 anos de idade, mesmo que tenha começado a trabalhar praticamente na infância, que é a realidade da maioria dos sacrificados trabalhadores brasileiros. Se o fator previdenciário que sempre deixou os aposentados a pão e água vier mesmo a ser esquecido, os próximos aposentados poderão ganhar mais (nunca realmente o que merecem). A pergunta agora é essa: como é que ficam os já aposentados que sempre foram as massacradas vítimas de um fator previdenciário que só beneficiou a Previdência e que nunca foi muito bem explicado. Os aposentados sempre pagaram uma conta sobre a qual não tinham e não tem a menor responsabilidade. Se não houver medidas que também revejam o valor de suas aposentadorias sem levar em conta o prejudicial fator previdenciário os aposentados continuarão recebendo pouco. Bem menos do que com seu trabalho fizeram pelo país. A verdade é que quem está aposentado recebe cada vez menos. Se nada for feito pra rever os atuais benefícios não demora muito os aposentados ficarão devendo, inclusive ao INSS já que com o salário que recebem devem para tudo e todos. (Eli Halfoun)

Corinthians faz até brasileiro torcer pelos argentinos. Isso é que é ser torcedor meia-boca

por Eli Halfoun
Futebol tem comportamentos tão estranhos que chama atenção perceber agora que torcedores de vários times estão torcendo, mesmo que discretamente, para que o Boca Juniors seja o campeão da Libertadores. Não torcem pelos argentinos, mas sim contra o Corinthians. É impressionante como a popularidade do "timão" e a arrogância de sua torcida exacerbam a antipatia de torcedores de outros times em todo o Brasil. Mesmo agora que torcer pelo Corinthians é torcer pelo Brasil, o timão não tem conseguido a torcida total dos brasileiros e olha que tem argentinos, que sempre foram um calo para nós em campo, na jogada. A vitória do Corinthians será mais uma vitória do futebol brasileiro e convenhamos que, como se diz popularmente, é sempre um prazer redobrado. Não adianta torcer contra porque o Corinthians continuará sendo o time de maior torcida de São Paulo, o que foi confirmado há dias em pesquisa do "Datafolha" que colocou o São Paulo como o segundo time em número de torcedores, o Palmeiras em terceiro e o Santos em quarto. Talvez seja essa indigesta popularidade que faz agora muitos brasileiros virarem apaixonados torcedores do Boca e por tabela da Argentina, o que é triste e lamentável para o nosso futebol campeão. (Eli Halfoun)

Hebe pode voltar ao SBT para aposentar-se com dignidade



por Eli Halfoun
Quando as coisas não dão certo em qualquer tipo de negócio que se tenta implantar em determinado endereço, a lenda popular costuma dizer que o “lugar tem caveira de burro”. Caveira de burro parece estar no caminho da Rede TV que enfrenta dias cada vez mais complicados, principalmente financeiros. O canal que já abrigou TV Tupi de longa história e a Rede Manchete de triste trajetória (a primeira falida e a segunda vendida pela Bloch após insolvência financeira) parece estar predestinado a conviver com a “caveira de burro”, embora em muitos casos a caveira seja a dos funcionários e a burrice dos donos. Agora a Rede TV, que parece mesmo estar no caminho do fim, pode perder Hebe, que se não chega a ser mais uma campeã de audiência é um nome de prestígio para a emissora. Hebe pode voltar ao SBT atendendo ao convite de Silvio Santos que conduz pessoalmente as negociações na tentativa de tirar Hebe da Rede TV (onde está muito insatisfeita) antes do final de seu contrato em dezembro. Hebe está visivelmente cansada e precisa aposentar-se com dignidade. Certamente conseguirá isso no SBT, emissora que saberá respeitar seu tempo, sua carreira e sua importância na televisão. (Eli Halfoun)

Passado de Xuxa estará sempre presente no Google



por Eli Halfoun
De uma forma geral soa muito estranho saber que uma pessoa, qualquer pessoa, quer esconder o seu passado, do qual, certamente, se envergonha, mesmo que, na maioria das vezes, não tenha nenhum motivo para renegar e esconder antigas condutas, especialmente profissionais. Não são poucos os hoje artistas famosos que em nome do presente e pensando no futuro fingem não ter passado, como se sem ele, o passado, fosse possível ter presente e futuro. Xuxa é quem mais tem brigado para jogar no baú do esquecimento a época em que posou nua (para a revista Ele&Ela) e participou do filme “Amor Sublime Amor” no qual protagonizou cenas de sexo com um menino de, na época, 12 anos. Não entendo o motivo que tem levado Xuxa com uma vida pessoal e profissional correta, a tentar apagar um passado do qual não tem nada para envergonhar-se: ao posar e filmar nua ela nada mais fez do que um trabalho profissional que na época foi muito importante e interessante para a sua careira. Agora Xuxa esta se transformando também em uma espécie de “rainha da Justiça”: vira e mexe seus advogados entram com processos tentando impedir a divulgação de sua biografia. Biografia sim porque as fotos da nudez e o filme fazem parte de sua história pessoal e artística. Não é sempre que o martelo é batido a seu favor: agora mesmo o Superior Tribunal de Justiça deu sentença favorável ao Google no processo (instaurado em 2010) que tentou impedir que o site de buscas incluísse nas pesquisas as fotos e o filme dos quais aparentemente Xuxa se arrepende. O STJ concluiu que “os sites de busca não podem ser obrigados a omitir resultados já que são apenas um meio de acesso ao conteúdo e não os responsáveis sobre o conteúdo”. Se os sites de buscas forem obrigados a retirar conteúdos não mais servirão para que permitam uma pesquisa realmente completa sobre qualquer assunto ou sobre quem quer que seja. Talvez o melhor caminho para Xuxa não seja exatamente o judicial, mas sim o seu novo comportamento: não permitir que o passado esteja sempre presente através de discussões judiciais que só servem para colocar o que já foi como ainda é. Xuxa pode e deve silenciar porque sabe que jamais conseguirá apagar, por mais que tente o seu passado. Ainda mais um passado do qual não tem absolutamente nada do que se envergonhar. (Eli Halfoun)

terça-feira, 26 de junho de 2012

Designer gráfico ou paginador?


`Paginação
Tipômetro
Lápis, lapiseira e borracha
por Nelio Barbosa Horta
Sou de uma época em que a paginação de uma matéria em jornal ou revista era feita de forma bastante artesanal. Usavam-se as famosas folhas de diagramação (lay-outs), lapiseira, borracha, esquadro, as tabelas para calcular o espaço dos textos ou régua e, muita, muita criatividade para inserir nas páginas o texto, as fotos, as ilustrações, os gráficos, e uma apresentação que agradasse ao editor, ao repórter, autor da matéria, ao fotógrafo, que ficava caitituando maior destaque das fotos e a redação, que participava do fechamento das edições. Era um corre-corre contra o relógio porque a gráfica estava esperando e tinha horário para "baixar" as páginas. As fotos eram projetadas, tinha arte-final e produção.  A Bloch tinha uma excelente equipe de arte finalistas e uma produção participante.
Lembro que, no Rio de Janeiro, os precursores da paginação ou diagramação foram os "hermanos" argentinos Mário e Ricardo Parpagnólli, que passaram sua arte para o Wilson Passos, da Manchete, e o  Ezio Speranza, um italiano "boa-praça", no Diário da Noite e na Fatos & Fotos, que, antes de ser paginador, fez uma ponta no clássico filme italiano "O ladrão de bicicletas" (poucas pessoas sabem disso). No Diário da Noite, onde comecei minha longa carreira pelas Redações, havia o atual crítico de cinema, José Carlos Avellar, que era retocador de fotografias, onde ele destacava os contrastes da fotos em pb com pincel e guache. Nesta época, fomos companheiros do Brício de Abreu, o Briabre,do Austregésilo de Athayde, do Álvaro Lins, o escritor, do Carlos Estevão, do José Carvalho Heitor, desenhistas, do Evandro Teixeira, do Fernando Bruce, editor de esportes, do Sandro Moreyra e do Nelson Rodrigues.  Mas isto é outra história...
Hoje, os tempos são outros e a forma e a apresentação das matérias em jornais e revistas usam e abusam dos artistas gráficos e dos infografistas. O Photoshop foi super-valorizado (não existe mais mulher feia...) e os recursos da computação gráfica usam as tecnologias de ponta em alto nível onde os equipamentos das unidades traçam um perfil dinâmico e inovador.  Em cada filme que assistimos vemos o desdobramento de um trabalho de arte inacreditável,verdadeiro milagre para os nossos olhares perplexos e incrédulos diante de tanta beleza e grandiosidade. Eu poderia citar dezenas de filmes em que os efeitos de computação gráfica se destacam e nos fazem pensar que não há mais limites para a criatividade desses verdadeiros gênios do design. Mas não acabaria nunca, devido a grande quantidade de trabalhos apresentados.
Meu primeiro emprego foi num escritório de arquitetura, com meu professor de matemática Odracyr Valiengo. Eu desenhava projetos de arquitetura com nanquim. Anos depois, encontrei com um colega que ainda era do mesmo escritório. Ao visitá-lo, fiquei surpreso com o avanço da tecnologia. Tudo que eu fazia com o tira-linha e o nanquim agora era feito por computador. Uma tranquilidade... 
Fui de Bloch Editores por 38 anos e do Jornal do Brasil por 45 anos, até janeiro de 2011, quando me avisaram que eu tinha que pendurar as "chuteiras", mas, segundo a Adriana Colpas, chefe do RH do JB, eu iria conseguir uma colocação em outro jornal facilmente devido à "minha grande experiência". A idade é um empecilho intransponível. Estou esperando até hoje respostas para meus currículos. Nada... Dos programas que usei, o último foi o GN3, no JB. Ótimo, mas impossível de ser usado fora das especificações do programa.
Resta um consolo: Ganhei o último "Prêmio Esso" do JB, em 2004, com a primeira página.  Na entrega do prêmio, revi muitos colegas das redações onde trabalhei que me abraçaram. Eu tinha mais saúde...
No dia 27 de abril comemora-se o "Dia Mundial do Designer Gráfico", uma justa homenagem àqueles que usam as tecnologias emergentes com incrível habilidade. É bem verdade que as equipes são grandes e que não podem ser comparadas com os "paginadores" dos anos 50, que também eram criativos,  mas com muitas limitações. (Nelio Barbosa Horta, de Saquarema)

Site da revista LIfe tem canal de foto raras

por Gonça
Se a era de ouro das revistas ilustradas passou, os leitores não perderam o gosto por fotos. Ao contrário, essa preferência ampliou-se nos jornais, em sites e, principalmente, na mídia social. Vale visitar o site da Life, uma gigante no gênero. Usando seu enorme acervo, a Life criou álbuns de fotos raras. Kennedy, Marilyn Monroe, Elvis Presley, guerra da Coréia, bastidores de Hollywood etc são mostrados em fotos inéditas, a maioria em preto e branco. No momento, entre outros temas. o site exibe fotos coloridas de antes e depois do dia D, a épica invasão da Normandia pelas tropas aliadas na Segunda Guerra Mundial.
As tais fotos raras são, na verdade, cenas que por um motivo ou outro a revista não usou naquele momento. Eram as "sobras", como as redações chamavam o material não publicado que ia para os arquivos. Era "sobras" naquele momento, mas poderiam ser fundamentais anos depois e eram sempre essenciais para a memória de todas as épocas. É bom lembrar que a famosa foto de Che Guevara, aquela que estampou camisetas no mundo inteiro estava nos contatos que o fotógrafo Korda entregou à redação do Granma mas não foi aproveitada em um primeiro momento. Guardar todas as "sobras", além das publicadas, era a norma na Manchete e em todas as revistas da extinta Bloch. Por isso, seu acervo em cores e preto e branco  - hoje oficialmente desaparecido - ocupava todo um imenso andar do prédio do Russell.
Tudo isso para dizer que a chegada da tecnologia fotográfica digital pode ter um impacto, no futuro, em termos de preservação da memória. A política de pelo menos uma grande editora de revistas no Brasil é deletar todas as fotos não publicadas. São guardadas na memória do sistema apenas as duas ou três editadas, em média, entre cada leva de 100 ou duzentas, às vezes até mais, imagens feitas usualmente por um fotógrafo em determinadas coberturas. O resto, segundo a política de economizar megas e gigas, simplesmente desaparece.
O que quer dizer que o que a Life está fazendo - mostrar seus fantásticos arquivos, e ainda, imagens inéditas desses acervos - tende a ser impossível às publicações atuais.    
Visite o site da Life. Clique AQUI 

Voto secreto pode salvar Demóstenes de afogar-se na cachoeira

por Eli Halfoun

O Conselho de Ética do Senado aprovou por unanimidade o pedido de cassação do mandato do ainda senador Demóstenes Torres, mas esse não é ainda o capítulo final de uma "novela" que uma vez mais envergonha o país: agora a decisão da Comissão de Ética será analisada pela Comissão de Justiça (aliás, comissão é o que não falta no dia a dia do Senado) e depois será votada em plenário por todos os senadores. É aí que mora perigo da impunidade: a votação é secreta, o que, sabemos todos, é uma maneira covarde de não assumir o voto e, o que é pior, esconder-se atrás de um escudo para não fazer o que o povo espera: cassar o mandato do senador (e não só desse), o que convenhamos é pouco. Não demora muito ele arranja um jeitinho bem brasileiro de continuar atuando de alguma forma e derramar mais água insalubre nessa cachoeira de desonestidade. (Eli Halfoun)

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Ler certo, escrever errado

por Eli Halfoun
Estamos cansados de saber que a língua portuguesa (no nosso caso "brasileira", porque é muito diferente do falatório de Portugal) é extremamente difícil e talvez uma das mais complicadas do mundo. Não é difícil aprender a falar "brasileiro", mas é muito difícil aprender a escrever corretamente porque o som das palavras pode ser igual de duas formas, embora só uma esteja corretamente escrita. Alguns exemplos (poderia ser "ezemplos") são comuns: se a palavra escrita for "caza" com Z todos lerão corretamente embora casa se escreva (não sei por que) com S. Se a palavra escrita for "assucar" com dois exagerados S todo mundo também lerá corretamente, embora a palavra escrita certa seja com Ç; se você estiver cansado com Ç estará cansado de qualquer jeito, embora a escrita correta seja cansado com S. São muitas as palavras ("xuxu" com X e chuchu CH, xícara com X e "chícara" com CH) e por aí vai). Com a desculpa de que criamos um tal de "vício de linguagem" cometemos absurdos lingüísticos como, entre muitos outros, referir-se ao passado dizendo "há quinze anos atrás", como se fosse possível existir há quinze anos na frente falar do passado como futuro. Quando o há entra na frase já significa passado e é absolutamente dispensável quando se diz corretamente apenas quinze anos atrás. A era da comunicação via internet complicou ainda mais o "português-brasileiro". Em e-mails, twitter, facebook e outros meios de comunicação disponibilizados pela internet ninguém escreve, por pressa ou por uma regra imposta pelo mundo virtual, corretamente: economizamos palavras ou simplesmente usamos apenas letras porá dizer o que queremos: porque vira pq, cacete vira kct, abraço é abs e por aí vai. Isso sem contar o grande número de placas e letreiros que fazem brilhar ainda mais o português que não sabemos e se sabemos nos confunde ou não queremos escrever corretamente. Talvez esse não seja um defeito só dos brasileiros : americanos e ingleses falam a mesma língua, mas é complicado um americano entender o que um inglês diz e um inglês entender o idioma dos americanos embora os dois sejam absolutamente iguais pelo menos gramaticalmente. Somos um povo tão criativo que acabamos inventando o nosso próprio idioma: o "brasileiro" que só se fala por aqui e que na maioria das vezes não tem nada a ver com o português de Portugal ou português castiço. Aliás, castiço se escreve com Ç embora fosse compreendido com dos S. De uma forma ou de outra a palavra será lida corretamente. O mais importante é que caminhemos para a frente, mesmo que caminhar para trás não esteja errado. Mas convenhamos que caminhar para trás pode até não ser errado, mas sem dúvida é burrice. (Eli Halfoun)

Exposição reúne 12 mil pares de sapatos para enlouquecer as mulheres

por Eli Halfoun
Não dá para garantir, mas é muito provável que não exista no planeta uma mulher que não tenha verdadeira adoração por pares de sapatos. Parece até que mulheres e sapatos estão intensa e intimamente ligados desde que a menininha começa a formar-se no ventre materno. A, digamos, paixão sapateira se desenvolve desde a infância (toda menininha de cinco anos sempre quer os calçados da moda e não apenas um par, que é pouco para a vaidade feminina que começa nos pés). Embora só tenham dois pés mulheres precisam de vários pares de sapato e algumas colecionam nos abarrotados armários geralmente mais de 10 pares (Claudia Raia tem 400 pares). Diante de tanta paixão por saltos, solados e cores qualquer mulher ficará perdidamente deslumbrada diante dos 12 mil pares que integram a exposição realizada em Nothampton, na Grã-Bretanha. A mostra reúne desde sapatos femininos e masculinos usados no Egito Antigo até os mais modernos e extravagantes criados pelos atuais estilistas de calçados. A cidade de Nothampthon é considerada a metrópole dos calçados com tradição em pesquisa e criação de produtos da indústria de couro. É a nossa Nova Hamburgo gaúcha mais valorizada só porque fala inglês. (Eli Halfoun)

Vazou: bastidores da sessão de fotos de Mari Paraiba


A jogadora de vôlei Mari Paraiba, que estará na Playboy de julho, especial das Olimpíadas, postou no twitter fotos dos bastidores da sua sessão de fotos para a revista.

Encontro com Fátima Bernardes foi total perda de tempo

por Eli Halfoun
A Globo apostou alto e pelo visto errado: não foi das melhores a audiência e a crítica do novo programa de Fátima Bernardes. A crítica achou o programa morno, para não dizer ruim e com assuntos desinteressantes que não chamaram a atenção do público. Embora tenha ficado na liderança de audiência O "Encontro" foi em, termos de qualidade, muito menos do que se esperava e só ganhou do desenho "Tom & Jerry", exibido pelo SBT, por uma pequena diferença de pontos, o que a Globo geralmente consegue até fora do ar. A essa altura não tenho dúvidas de que a própria Fátima e a direção da emissora já pensam em mudanças urgentes até porque por enquanto, o "Encontro" é apenas um mistura de vários programas da Globo, ou seja, ainda não conseguiu inovar. Resultado: não acrescentou absolutamente nada à programação matutina da televisão. Aliás, televisão pela manhã só é boa mesmo desligada. (Eli Halfoun)

Rádio faz 90 anos de Brasil e ganha livro de presente

por Eli Halfoun
Nem o progresso tecnológico e a força de audiência da televisão e nem a febre da informática conseguem mesmo juntas superar o rádio como o nosso ainda mais importante veículo de comunicação. O rádio está completando 90 anos no Brasil e continua sendo o mais procurado e rápido meio de informação e entretenimento. O aniversário da implantação do rádio no Brasil ganha um presente importante para sua história: o lançamento do livro "História do Rádio no Brasil", escrito pela pesquisadora e professora universitária Magaly Prado. O livro é uma espécie de audição de gala do único meio de comunicação ao qual qualquer brasileiro e em qualquer canto do país tem acesso e passeia pelos momentos fundamentais da história radiofônica brasileira ilustrada também com imagens inédita. Para a autora "o rádio é o veículo do tempo por excelência. Escrever sobre esse meio é incluí-lo em um tempo histórico que lida com o tempo de emissões, o que torna essa trajetória mais interessante ainda.". Além dos momentos históricos o livro não esquece de homenagear os profissionais que fizeram do rádio uma incontestável realidade na comunicação do Brasil. (Eli Halfoun)

É a política, estúpido...



A colunista Monica Bergamo mostra hoje na sua página na Folha um quadro significativo. Juntas e misturadas, algumas das figuras acima reproduzidas resumem a política nacional. Há anos, a sociedade pede reformas que acabem com o financiamento privado das campanhas. A maioria dos candidatos já está viciada nessa "droga" - as doações - que recebe de bancos, empreiteiras, exportadores, importadores, ruralistas, multinacionais e até do crime organizado, como mostram as investigações do Caso Cachoeira. É preciso abrir a legislação para candidaturas independentes, impôr maior rigor na autorização de coligações, completa investigação de cada um e um dose cavalar de Ficha Limpa em todos. Somando-se a isso, que o eleitor pesquise bem o seu voto e ajude a faxinar o Congresso e governos federal,.estaduais e  municipais A mídia partidária explorou um lado só do episódio, mas veja acima quantos abraços e apertos de mão Maluf já distribuiu: Covas, FHC (sorrisos aliados na época da emenda da reeleição), o Papa, Lula, Rivelino, Pelé e José Dirceu. A lista seria grande. Reprovável com Lula, reprovável com todos. Que coisa! Foto: Reprodução


R. Magalhães Jr. na Manchete, segundo Ruy Castro


Na Folha de hoje, Ruy Castro relembra Magalhães Jr na revista Manchete. Clique na imagem para ampliar e confira na reprodução acima.