terça-feira, 7 de junho de 2011
Renato Sérgio lança, no Rio, seu livro sobre Bráulio Pedroso.
Profissão, repórter
As mulheres são, hoje, maioria em todas as redações. E em quase todas as editorias. Talvez, esporte seja uma das poucas áreas onde ainda estão em minoria. Mas, pelo visto, não por muito tempo. E, entre elas, há, claro, excelentes profissionais. Por isso, a capa da Maxim que está nas bancas provocou tanta polêmica entre as repórteres. A maioria critica. "Ela não é jornalista, não é, gente?"; "É por isso que tem tanto assédio em redação"; "Ela não é a primeira a posar assim, alguém se lembra da Doris Giesse"?; "Jornalista ganha pouco, qual é o problema ela faturar algum?". "Isso não é bom para a imagem da profissão"; "As pessoas sabem diferenciar entre quem é profissional e quem não é". E por vão os argumentos e as opiniões. A razão da polêmica é a repórter da RedeTV Monica Apor (que já posou para a Playboy) e agora está na Maxim Brasil. Ao ganhar notoriedade, a bela jornalista foi logo procurada por revistas masculinas. Se hoje o fato gera discussões, imagine há vinte anos atrás.
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| Reprodução |
Código Florestal: licença para (des) matar?
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| Foto: Reprodução/O Globo |
Petra: lágrimas amargas com Vera Fischer no teatro
por Eli Halfoun
Ela-com-ela também é cultura. Na versão que será apresentada pela televisão a cabo o filme “Bruna Surfistinha” (um bom trabalho de Deborah Secco no papel título) terá uma cena inédita, ou seja, que não foi exibida no cinema. É a cena em que Bruna vive uma quente noite de amor com a amiga Gabi, interpretada por Cristina Lago. Já no teatro, o amor entre mulheres ficará por conta da nova montagem de “As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant”, de Werner Fassbinder. No papel título, Vera Fisher revive a personagem interpretada por Fernanda Montenegro nos anos 80. A novidade é que, dessa vez, o espetáculo (a história da paixão de Petra por uma jovem) tem licença, via Lei Rouanet, para captar R$ 527 mil em patrocínio. O que certamente fará menos amargas as lágrimas de Petra. (Eli Halfoun)
Ela-com-ela também é cultura. Na versão que será apresentada pela televisão a cabo o filme “Bruna Surfistinha” (um bom trabalho de Deborah Secco no papel título) terá uma cena inédita, ou seja, que não foi exibida no cinema. É a cena em que Bruna vive uma quente noite de amor com a amiga Gabi, interpretada por Cristina Lago. Já no teatro, o amor entre mulheres ficará por conta da nova montagem de “As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant”, de Werner Fassbinder. No papel título, Vera Fisher revive a personagem interpretada por Fernanda Montenegro nos anos 80. A novidade é que, dessa vez, o espetáculo (a história da paixão de Petra por uma jovem) tem licença, via Lei Rouanet, para captar R$ 527 mil em patrocínio. O que certamente fará menos amargas as lágrimas de Petra. (Eli Halfoun)
Casamento de Kate Moss: três dias de rock
A próxima passarela da modelo Kate Moss será a que a levará para o altar: no próximo dia 2 ela se casa com guitarrista Jamie Hince, da banda The Kills. A cerimônia acontecerá em uma igreja de Oxfordshire, em Londres. É claro que haverá uma grande festa e, para seguir a tradição musical do marido, será uma festança com muito rock e shows das bandas Foo Fighters e King of a Leon. A festa promete durar três dias. Acostumada a fazer ensaios fotográficos para revistas de tudo o mundo, Kate não dispensará que o casamento seja fotograficamente documentado e para isso escolheu quem já conhece bem os seuss melhores ângulos. O fotógrafo peruano Mario Testino, o preferido das celebridades Kate (ele fez as fotos oficiais de Kate Middleton e William). Testino completa 30 anos de carreira - uma carreira reconhecida com um prêmio concedido (dia 26 de maio) pelo Museo de Barrio de Nova York. Testino é dos poucos que realmente saiu do Peru para o mundo. (Eli Halfoun)
Novo documentário sobre Freddie Mercury tem cenas chocantes
por Eli Halfoun
Um material bem chocante, feito quando o artista já estava com a doença (AIDS) bem avançada, é o que promete o documentário “Queen: Days of our Lives” com o cantor Freddie Mercury. O material faz parte do arquivo pessoal do ator Rhys Thomas que só agora aceitou dividir a raridade com aos fãs do artista. As imagens utilizadas no documentário produzido pela BBC mostram o vocalista do Queen trabalhando pouco antes de sua morte. As imagens são de 1991 com cenas registradas nas gravações de “These Are The Days of Our Lives”, último trabalho do cantor que fez o Queen entrar para a história musical do mundo. (Eli Halfoun)
Um material bem chocante, feito quando o artista já estava com a doença (AIDS) bem avançada, é o que promete o documentário “Queen: Days of our Lives” com o cantor Freddie Mercury. O material faz parte do arquivo pessoal do ator Rhys Thomas que só agora aceitou dividir a raridade com aos fãs do artista. As imagens utilizadas no documentário produzido pela BBC mostram o vocalista do Queen trabalhando pouco antes de sua morte. As imagens são de 1991 com cenas registradas nas gravações de “These Are The Days of Our Lives”, último trabalho do cantor que fez o Queen entrar para a história musical do mundo. (Eli Halfoun)
Com fotos de Steven Meisel, Vogue italiana tem capa com modelos plus size
A edição Vogue Itália, de julho, está mais robusta do que nunca: circula com capa de modelos “plus size”, ou seja, as gordinhas da moda. A publicação reuniu Tara Lynn, Candice Huffine e Robyn Lawley em ensaios coletivos e individuais assinados pelo fotógrafo Steven Meisel. As fotos mostram as modelos usando sensuais lingeries (sutiãs e calcinhas) GG e também exibindo bustos e bundas sem roupa. Franca Sozanini, editora da revista, diz que fez a opção pelas gordinhas para incentivar a campanha contra a anorexia. Se dúvida um prato cheio para quem gosta de muita carne e, no caso, rodízio. (Eli Halfoun)
Volta, Dunga
por Eli Halfoun
Agora que o descrédito novamente se instalou em relação a essa “nova” seleção brasileira e que o torcedor não anda nada otimista como a participação do Brasil na Copa América, faz-se necessário reconhecer que o execrado Dunga entrou duas vezes para a história do futebol brasileiro e quero crer mundial: a primeira quando comandou como jogador a seleção que venceu uma Copa do Mundo e a segunda como o maior injustiçado da história esportiva quando foi técnico da seleção que não conquistou a Copa, mas ganhou quase todo o resto. O pecado de Dunga todo mundo sabe qual foi: não ter caído nas graças de uma imprensa que jamais conseguiu ser imparcial em relação ao seu trabalho. Dunga contrariou interesses e acabou destruído. A mídia, a mesmo que derrubou o vitorioso Dunga praticamente escolheu Mano Menezes como seu substituto depois da recusa do Muricy Ramalho que não quis cair na boca do lobo. Pode ser que Mano Menezes venha a formar uma seleção competente e até ganhe a Copa América, mas por enquanto está sendo apenas a demonstração do quanto alguns setores interesseiros do futebol brasileiro foram injustos com Dunga. Como em futebol tudo é possível (até o Ricardo Teixeira monopolizar a CBF) não duvido nada se não demora muito imprensa e torcida façam, o mesmo coro: “volta, Dunga”. (Eli Halfoun)
Agora que o descrédito novamente se instalou em relação a essa “nova” seleção brasileira e que o torcedor não anda nada otimista como a participação do Brasil na Copa América, faz-se necessário reconhecer que o execrado Dunga entrou duas vezes para a história do futebol brasileiro e quero crer mundial: a primeira quando comandou como jogador a seleção que venceu uma Copa do Mundo e a segunda como o maior injustiçado da história esportiva quando foi técnico da seleção que não conquistou a Copa, mas ganhou quase todo o resto. O pecado de Dunga todo mundo sabe qual foi: não ter caído nas graças de uma imprensa que jamais conseguiu ser imparcial em relação ao seu trabalho. Dunga contrariou interesses e acabou destruído. A mídia, a mesmo que derrubou o vitorioso Dunga praticamente escolheu Mano Menezes como seu substituto depois da recusa do Muricy Ramalho que não quis cair na boca do lobo. Pode ser que Mano Menezes venha a formar uma seleção competente e até ganhe a Copa América, mas por enquanto está sendo apenas a demonstração do quanto alguns setores interesseiros do futebol brasileiro foram injustos com Dunga. Como em futebol tudo é possível (até o Ricardo Teixeira monopolizar a CBF) não duvido nada se não demora muito imprensa e torcida façam, o mesmo coro: “volta, Dunga”. (Eli Halfoun)
A volta da ex-bbb Mayra Cardi
A ex-bbb Mayra Cardi está de volta aos ensaios fotográficos. Dessa vez, para o Paparazzo. As fotos são assinadas por Marcos Serra Lima.
domingo, 5 de junho de 2011
João Gilberto, de pijama, por Dario Zalis
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| A coluna Gente Boa, Globo de hoje, de Joaquim Ferreira dos Santos e equipe, excelente edição, por sinal, é sobre os 80 anos de João Gilberto, que nasceu em 10 de junho de 1931. No destaque, um fato curioso que envolve um fotógrafo que atuou na Manchete: Dario Zalis. Há pouco mais de dez anos, João voltava a se apresentar em Nova York. Dario, que ja havia conquistado a confiança do compositor quando o fotografou anos antes nos estúdios da Polygram, viu aí uma possibilidade de matéria. Na época, conversou sobre isso com os editores da Caras, que toparam o risco de enviar o fotógrafo para Nova York, mesmo sabendo da baixa probabilidade de sucesso. Hospedado no mesmo hotel, Dario chegou a falar por telefone com JG. Passaram-se dois, três dias, e nada. Até que o secretário do compositor chamou o fotógrafo ao apartamento do João Gilberto. E deu-se a matéria exclusiva que a revista Caras publicou na época. Uma das fotos, o Gente Boa reproduz hoje, mas foi feita uma sequência inteira que mostra o compositor... de pijama, à vontade, sorrindo em quase todas as imagens. Provavelmente, foram as últimas fotos posadas de JG, que hoje vive recluso no Leblon, publicadas pela imprensa. |
Implosão do prédio da Brahma no Sambódromo
A antiga fábrica da Brahma, que ficou mais famosa por abrigar na ala voltada para o Sambódromo o Camarote de Brahma, foi implodida nesta manhã de domingo. Com o ok do arquiteto Oscar Niemeyer, os camarotes do lado direito da pista já foram demolidos. No local serão construidas arquibancadas e novos camarotes, no estilo do que é hoje o setor esquerdo. É o que previa o projeto original. A capacidade do Sambódromo, que também será preparado para receber os maratonistas da Olimpíada de 2016, na reta de chegada (o pódio ficará na Praça da Apoteose), será aumentada. O Camarote da Brahma comemou 20 anos. Milhares de artistas e personalidades - muitos internacionais - frequentaram o espaço. Com a reforma desaparece também um point muito conhecido dos jornalistas: a "grade". Era o corredor à beira da pista de onde um grande número de repórteres e editores cobria os desfiles. Virava um ponto de encontro de colegas de todas as redações.
Veja as imagens da implosão. Clique AQUI.
Woody Allen pode ter uma musa marroquina
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| Ruby em matéria na revista Novella. Foto:Reprodução |
Dessa vez Woody Allen pode ir mais longe em buscar da sua nova musa, por enquanto apenas cinematográfica: a marroquina Karima El- Mahroug, que ganhou fama como Ruby ao ser apontada como pivô do escandaloso processo envolvendo o italiano Silvio Berlusconi, aquele que não abre mão de ser primeiro ministro da Itália de jeito nenhum. Foi Ruby quem pediu para trabalhar com Allen depois que teve seu nome citado pelo ator no Festival de Cannes. A atriz aproveitou a deixa e enviou carta ao diretor pedindo um papel. Como sempre Woody Allen não levou as especulações a sério e brincou: “Só vi Ruby em fotos e ela me pareceu atraente e fascinante. Talvez até saiba atuar”. Na carta que enviou para Allen, Ruby se mostra bem disponível e diz: “Quero encontrá-lo o quanto antes para tomar um chá juntos e discutir nosso futuro profissional. Tenho um sonho: tornar-me a sua nova musa”. Berlusconi caiu nesse papo e quase dançou. (Eli Halfoun)
Viva o Modismo
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| Revista especializada em tatuagens. Foto: Reprodução |
Começa como moda e acaba virando "modismo". Os jogadores europeus de futebol, na sua maioria, aparecem nos campos com os braços tatuados, quando não a cara, nuca e tórax. O cracão de futebol inglês, o lindinho G. Beckam, não tem mais nos seus braços espaço pra tatuar uma virgula. A nuca tem uma tatuagem antiga. Até onde mais estão se tatuando, podemos até imaginar, mas não ficará muito fácil vê-las cara a cara,
O interessante é que essa febre de tatuar todo o corpo é muito antiga no Japão. Existiam seitas de tatuagem, assim como as poesias caligráficas, secretas e invioláveis. Os membros – vamos dizer clubes – desses grupos, faziam juramento de silêncio e de jamais se exporem em público. Mas os tempos modernos chegaram e a fidelidade aos juramentos se tornou inválida e esses membros dos clubes de tatuagem começaram a se revelar em exposições e em reportagens e na televisão. Eles se tornaram artes vivas expondo os seus corpos, inteiramente nus, em salões de exposição, em teatro, cinemas, em praça pública, criando uma nova moda de expor o corpo, que logo se tornou modismo. Hoje, facilmente você esbarra – de preferência nas praias – com jovens, alguns timidamente, outro mais corajosos, com o corpo todo tatuado.
Falta as mulheres aderirem, ainda com mais audácia, a esse novo modismo.
sábado, 4 de junho de 2011
Ainda querem ficar 20 anos no poder
deBarros
Gente, é preciso parar pra pensar. Vejamos então:
Primeiro vieram os mensalões e com eles o envolvimento das mais altas figuras do partido no poder, com a justificativa de que era, no país, uma norma corrente.
Depois sugiram os aloprados carregando nas costas, pelas ruas de São Paulo mais de um milhão de reais, dinheiro vivo para comprar um dossier, mais tarde comprovado que era falso, destinado a incriminar um candidato da oposição. Os aloprados foram presos, soltos logo depois e estão hoje, em posições de mando em repartições públicas. Nada aconteceu com eles.
Logo depois, um membro poderoso do PT é preso com alguns milhares de dólares ocultos na própria cueca. Hoje está solto, continuando no partido em posição privilegiada, sem sofrer punição alguma.
De repente, no governo atual, um jornal descobre, que um dos mais altos cargos ocupado por um dignatário do partido, multiplicou seu patrimônio por 2o nos últimos quatro anos.
Diante desses descalabros, não acham que tá na hora de parar e pensar e revisar toda essa tendência política de apoiar e aplaudir esse partido que ainda pensa ficar no poder os mais longos 20 de história política brasileira?
seleção em baixa...
É fácil ser treinador da seleção brasileira? Claro que não. O cargo já derrubou treinadores bem sucedidos. Dunga, o penúltimo, não se pode negar, teve uma boa trajetória pela seleção, ganhou tudo, menos o principal: a Copa do Mundo. Foi traido em um lance. no campo, em um jogo, e foi intensamente perseguido pela mídia, fora do campo, em todos os jogos, desde que assumiu. Falavam que o Dunga não tinha boas maneiras. Danem-se. Treinador tem que dar aula de estratégia no futebol não de etiqueta. Prefiro um vencedor zangado do que um perdedor gentil. Na verdadee, Dunga quis eliminar privilégios conferidos a certas mídias e o pesado confronto, junto com o corporativismo endêmico dos jornalistas, acabou vitimando o treinador. Parte da mídia, em função da cerrada oposição ao antigo técnico, criou um clima tenso na África do Sul e acabou abalando os jogadores. Curiosamente, até mesmo TVs que reclamavam, na época, dos tais privilégios a uma determinada rede, entraram no coro anti-Dunga. O servilismo explica. Mano Menzes, independentemente do seu talento como técnico, é o queridinho da mídia. Já está há quase um ano na seleção, não tem um time e não ganhou um só jogo de adversário de médio pra cima. Catar não vale.A seleção não tem time nem padrão de jogo. A Copa América que vem aí, na terra dos rivais hermanos, se antecipa um belo desastre. A seleção tem o treinador que a mídia quer, mas será que é técnico que a seleção precisa?
Polêmica na ABL
por Gonça
Quem merece ser imortal da Academia Brasileira de Letras. Um autor reconhecido, com 17 obras publicadas, ou um colunista que lançou dois livros (uma coletânea de artigos publicados em O Globo e uma série de reportagens, este em co-autoria)? Para 25 acadêmicos, o segundo. Antonio Torres (que recebeu 13 votos) já causou impacto ao lançar seu primeiro livro, "Um cão uivando para a Lua". Mas foi com "Essa terra", de temática nordestina, considerado uma obra prima, em 1976, que o escritor baiano se consagrou. Torres tem obras publicadas na Alemanha, França, Itália, Inglaterra, Estados Unidos, Israel, Holanda e Portugal. Entre outros livros, é autor de "Os homens dos pés redondos" e "Um táxi para Viena d’Áustria".
A ABL não o quis.
Ontem, o colunista Merval Pereira, agora acadêmico, foi um campeão nos trend topics da rede. Indignação, críticas à ABL, homenagens a Antonio Torres davam o tom da maioria. Houve quem lembrasse que na Academia o conchavo político quem manda. JK, por exemplo, teria sido derrotado porque sua eleição não interessaria à ditadura. Como um dos dois livros de Merval, jornalista identificado com a direita, é "Lulismo no Poder", que reune seus artigos na imprensa, a decisão da ABL também foi vista como uma opção política, não um reconhecimento a uma bagagem literária. O fato é que, seja a votação literária ou ideológica, Merval vai sentar na cadeira que pertenceu a... Moacyr Scliar. O gaúcho, falecido em fevereiro deste ano, estava na ABL com o respaldo de 13 livros de contos, 20 romances, 23 de obras de ficção infanto-juvenil, seis livros de crônicas, quatro ensaios, três prêmios Jabuti e um Casa de Las Américas. Tudo isso e mais uma láurea especial: era Moacyr Scliar.
Quem merece ser imortal da Academia Brasileira de Letras. Um autor reconhecido, com 17 obras publicadas, ou um colunista que lançou dois livros (uma coletânea de artigos publicados em O Globo e uma série de reportagens, este em co-autoria)? Para 25 acadêmicos, o segundo. Antonio Torres (que recebeu 13 votos) já causou impacto ao lançar seu primeiro livro, "Um cão uivando para a Lua". Mas foi com "Essa terra", de temática nordestina, considerado uma obra prima, em 1976, que o escritor baiano se consagrou. Torres tem obras publicadas na Alemanha, França, Itália, Inglaterra, Estados Unidos, Israel, Holanda e Portugal. Entre outros livros, é autor de "Os homens dos pés redondos" e "Um táxi para Viena d’Áustria".
A ABL não o quis.
Ontem, o colunista Merval Pereira, agora acadêmico, foi um campeão nos trend topics da rede. Indignação, críticas à ABL, homenagens a Antonio Torres davam o tom da maioria. Houve quem lembrasse que na Academia o conchavo político quem manda. JK, por exemplo, teria sido derrotado porque sua eleição não interessaria à ditadura. Como um dos dois livros de Merval, jornalista identificado com a direita, é "Lulismo no Poder", que reune seus artigos na imprensa, a decisão da ABL também foi vista como uma opção política, não um reconhecimento a uma bagagem literária. O fato é que, seja a votação literária ou ideológica, Merval vai sentar na cadeira que pertenceu a... Moacyr Scliar. O gaúcho, falecido em fevereiro deste ano, estava na ABL com o respaldo de 13 livros de contos, 20 romances, 23 de obras de ficção infanto-juvenil, seis livros de crônicas, quatro ensaios, três prêmios Jabuti e um Casa de Las Américas. Tudo isso e mais uma láurea especial: era Moacyr Scliar.
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