sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A guerra urbana

deBarros
O que estamos assistindo nas ruas e bairros do Rio de Janeiro é apenas o efeito de uma causa de alguns anos atrás quando as autoridades normativas e disciplinares se deixaram corromper, em muitos casos se igualando aos bandidos e traficantes, que diante de uma polícia ineficiente foram crescendo finaceiramente, com o dinheiro arrecadado – muito dinheiro – no tráfico de drogas e se armaram com poderosas armas importadas no mercado negro mundial de artefatos bélicos.
No Rio, tivemos até chefe de polícia envolvido – hoje preso julgado e condenado – com notórios
membros das máfias que tomaram conta desta cidade.
Agora, só resta a guerra total. E guerra pra vencer o inimigo que passeia, arrogante, embaixo de nossas janelas. A Itália, para vencer as poderosas máfias, suspendeu direitos de bandidos afirmando que o bandido tem direito sim, mas de ir pra cadeia e levar bala se enfrentar a polícia à mão armada. A polícia tem de recuperar a sua moral vencendo esses bandidos e traficantes de uma vez por todas. Não deixar pedra sobre pedra e voltar a ser a polícia das décadas de 40 e 50, patrulhar as ruas e proteger os cidadãos.

Perdeu, bandido

A fuga dos bandidos
O terror se espalha na cidade.
Mesmo bem armados, os bandidos tiraram o time de campo.
A capa do caderno especial do Globo.
por Gonça
Se a guerra ainda não foi vencida - falta muito - o Rio, pelo menos, deixou o canto do ringue e começou a se livrar do mata-leão que o crime lhe impõe há décadas. A varredura policial, além de coibir a violência e o cruel domínio que o tráfico exerce sobre as comunidades, vai, a médio prazo, tornar possível a implantação de políticas sociais que essas áreas tanto reclamam e precisam. A imagem dos blindados entrando em Vila Cruzeiro é simbólica. Mostra o acerto do apoio das Forças Armadas, que embora já tenham participados de operações urbanas esporádicas relutavam em ajudar a resolver um conflito que esmaga a  cidade que vai sediar uma Copa e um Olimpíada. A repercussão internacional, na maioria dos jornais, é significativa: ao mesmo tempo em que as fortes imagens surpreendem, o fato de a cidade ter se decidido a resolver um dos seus mais graves problemas é comemorado. O que o Rio assiste hoje é a resistência do crime nos territórios que as UPPs ainda não ocuparam. E ficou claro definitivamente que problema social é uma coisa - e eles existem e precisam ser resolvidos - bandido com fuzil na mão é outra. Ao contrário dos "especialistas", os cariocas das comunidades dominadas pelos criminosos já sabiam disso há muito tempo. Os aplausos à chegada dos blindados traduzem ao mesmo tempo o drama que vivem e o que parece ser a porta para a reconquistas dos seus direitos humanos. A violência não vai acabar - mas pode chegar a níveis normais para um grande centro urbano - o tráfico de drogas também não (isso depende de outras soluções, entre as quais um debate sério sobre a legalização e políticas de saúde para os dependentes) mas o domínio de territórios por grupos armados e a subjugação de comunidades pode ter um fim. O Rio merece que o dia de ontem signifique um marco na recuperação da cidadania de todos os cariocas.  Que a cidade partida enfim se una. Em torno da paz.

Caminho mais curto para o sonho de uma carreira

por Eli Halfoun
Uma reclamação sempre presente em quem sonha com a carreira artística é a de que faltam oportunidades na televisão. É verdade que a televisão não tem espaço para tantos jovens sonhadores e que, por isso mesmo, as oportunidades são reduzidas, raras até. Não se pode deixar de reconhecer que a TV, que é uma “fábrica” de sonhos e de talentos, tenta, embora nem sempre consiga. Os programas musicais para calouros raramente são uma porta para a carreira. Para os atores, a Globo criou “Malhação”, novela adolescente com a qual realmente conseguiu “pescar” vários atores. “Malhação” está em um puxa-estica que dura anos e hoje não é mais o que se espera, mas continua sendo uma esperança para jovens talentos. Se outra qualidade não tivesse (e tem muitas) a série “Clandestinos’ terá valido a pena porque está dando oportunidades para jovens talentos de todo o país, o que é fundamental para um país que quer olhar e caminhar para o futuro. Não sei se depois a Globo aproveitará alguns desses “clandestinos” (acredito que sim), mas mesmo que isso não aconteça o programa criado por João Falcão (aliás, o talento desse baiano ultimamente está em todas) já cumpriu um bom e fundamental papel: o de mostrar que em um país tão grande os sonhos sempre são possíveis. E a televisão está aí para diminuir a distância entre longínquas cidades e as chamadas capitais culturais, como São Paulo e Rio de Janeiro. Afinal, concretizar o sonho de uma carreira vence qualquer obstáculo e qualquer distância.

Ronaldo é da Ambev até 2020. Mesmo sem jogar

por Eli Halfoun
Mesmo “pendurando as chuteiras” no final de 2011 (deve continuar no Corinthians com outras tarefas), Ronaldo Fenômeno Nazário continuará sendo o “garoto-propaganda” da Ambev. Está renovando seu contrasto até 2020 até porque criou uma, digamos, espécie de estabilidade: ele participa de campanhas publicitárias da Ambev desde os 16 anos quando ainda era apenas um promissor craque do Cruzeiro. O novo acerto de Ronaldo é de 2,5milhões de dólares e a novidade é que de agora em diante sua empresa é que cuidará de tudo o que se relacione a sua participação. Quando o contrato terminar, em 2020, Ronaldo estará com 44 anos, mas ainda com o prestígio e o carinho conquistados em uma carreira vitoriosa em campo e fora dele. (Foto: Reprodução TV)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Na capa 1


Priscila Fantin é capa da Vip de dezembro.

Na capa 2


Irina Shayk, modelo e namorada do jogador Cristiano Ronaldo, é a capa da revista GQ de dezembro.

“Prince é um babaca e Pavarotti um chato”. Tá no livro de Ricardo Amaral

por Eli Halfoun
Ricardo Amaral deixou claro desde o início que “Vaudeville”, seu primeiro livro (ele garante que outros virão), não desrespeitaria ninguém e não teria nenhum grande escândalo para alavancar as vendas que, aliás, vão bem. Mesmo sem histórias escandalosas, o livro tem fatos curiosos e o autor fala com franqueza de muitas celebridades consideradas intocáveis. Exemplos: sobre o cantor Prince, Amaral diz: “é um babaca”. A cantora Grace Jones merece adjetivos mais contundentes: “é uma idiota, uma imbecil”. Nem Luciano Pavarotti escapa da franqueza de Ricardo Amaral: “é um chato, cheio de frescura. Achou que seu camarim ficava longe do palco e queria um carrinho de golfe para transportá-lo”. Amaral conta também que nos anos 70 e 80 problemas de drogas nas boates eram muito menores do que hoje e que os seguranças ficavam de olho. Mesmo assim, muitos clientes freqüentavam o banheiro para cheirar. Amaral lembra: “um amigo meu decorador dizia que o exaustor do banheiro tinha de ser forte o suficiente para tirar o cheiro da maconha, mas não forte demais para não levantar o pó”.

Musicais podem fazer EUA morrerem de inveja do Brasil

por Eli Halfoun
São tantos os musicais na pauta de produções brasileiras que não demora muito os Estados Unidos, campeões mundiais de espetáculos musicais, morrerão de inveja do Brasil. Anote aí o que nossos produtores prometem para 2001: além das confirmadas estréias de ”Baby’ e de “Cabaret”, mais cinco superproduções estão a caminho. São: “A Vida de Marilyn Monroe”, “Revista do Rádio” “Dança dos Vampiros", baseado no filme de Roman Polanski, “Quem Inventou o Amor Foi Roberto Carlos” e uma remontagem de “Ópera do Malandro”, de Chico Buarque. Como se vê é cantando (e dançando) que o Brasil espera espantar os seus males.

Lula recebe blogueiros e irrita a velha mídia

Lula recebe blogueiros. Foto de Ricardo Stuckert/Presidência da República
por JJcomunic
Não deixa de ser histórico. Pela primeira vez ("e nunca antes na história desse país"), um Presidente da República recebe jornalistas de blog independentes para uma coletiva. Lula, aliás, garante que vai ter blog e twitter pessoais. Foram duas horas de entrevistas com veículos como Blog do Rovai, Blog Maria Frô, Blog Brasília, Eu Vi, Cloaca News, Blog da Cidadania e outros. Lula tratou de temas como, o controle dos meios de comunicação (empresas e não conteúdo), as reformas trabalhista e política, a banda larga e a reforma da ONU.Ainda afirmou que o derrotado José Serra deve desculpas à população por ter encenado uma agressão durante passeata no Rio de Janeiro, em que foi atingido por uma bolinha de papel. Para ele, não existe maior censura do que "a ideia de que a mídia não pode ser criticada". Veja nos jornais de hoje, a velha mídia está incomodada com os blogueiros.

A "bomba" de Ipanema

por Gonça
Esclarecido o "mistério". Noticia-se hoje que a "bomba " de Ipanema (veja post mais abaixo) era uma ação de marketing da empresa Procter&Gamble sem noção do momento que o Rio vive. A P&G pretendia divulgar uma promoção vinculada ao programa “Domingão do Faustão”, da TV Globo. A polícia vai cobrar da empresa os custos da operação que provocou transtornos em Ipanema. Em nota, a empresa suspendeu a ação e afirmou “lamentar profundamente pelo desconforto causado à população”. O Globo de hoje dá essa informação mas omite a P&G e o programa do Faustão e cita apenas a empresa de marketing Moda Promoções e Eventos, que produziu a ação.

Brasil abre a porta do sucesso para novos talentos nacionais

por Eli Halfoun
Paulo Borges, o criador e diretor (hoje é apenas diretor porque vendeu os direitos) do São Paulo Fashion Week, está empenhado em conseguir R$7,2 milhões em patrocínio (pretendia verba de R$ 13 milhões, mas o Ministério da Cultura só autorizou menos da metade) para realizar o que promete ser o maior e mais variado festival artístico do Brasil. Borges está organizando o encontro nacional para novos talentos artísticos em todas as áreas. A idéia inicial é realizar eliminatórias do evento em todo o país (o Brasil realmente tem talentos artísticos para dar e vender). Depois das eliminatórias estaduais os escolhidos ficarão na ”geladeira” por um período para só aparecer na etapa final concurso. A grande final será realizada, provavelmente em São Paulo, em uma única noite e não há dúvidas de que quem chegar lá estará com a carreira muito bem encaminhada.

A vida é bela para ex-fugitivo...

por Gonça
O banqueiro condenado Salvatore Cacciola ganhou o direito de cumprir o restante da sua pena de 11 anos em regime semi-aberto. Um prêmio ao dono do Banco Marka, em 2000, que deu um prejuízo de 1 bilhão e meio de reais aos cofres públicos, e fugiu do país. Sem falar que o banqueiro responde a mais dois processos. Trabalho perdido para a polícia, a Interpol e até para as autoridades de Mônaco que se deram ao trabalho de capturar o condenado. Supresa? Não. Muitos desses traficantes que infernizam o Rio nesse momento ganharam benefícios semelhantes e retomaram a atividade.

Mais um prêmio para nossos heróicos escritores

por Eli Halfoun
Mais um prêmio literário para animar nossos heróicos valentes escritores (viver de literatura no Brasil não é mole não) a Autêntica Editora acaba de criar o Prêmio José Middlin ao qual concorrerão escritores de todo o país. Já no próximo ano, o prêmio estará sendo entregue e, em sua primeira edição, planeja prestar uma grande (e justa) homenagem àquele que dá nome ao troféu: José Midlin foi um apaixonado por literatura e firmou uma biblioteca com mais de 40 mil títulos, que foram doados ao Estado de São Paulo. Escritores esperam que o Prêmio José Midlin seja levado tão a sério quanto Midlin levou a literatura durante uma vida dedicada aos bons livros, que ele fazia questão de emprestar porque acreditava que livros não são escritos para serem guardados, mas sim para passarem de mão em mãos. De cabeça em cabeça.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A guerra do Rio nas primeiras páginas...

O governo parte para uma forte reação. E não resta outra saída. A palavra de ordem dos traficantes é clara: com UPP não tem Olimpíada nem Copa. Quer dizer: ou o governo devolve as favelas ao crime organizado ou os bandidos garantem que o "bicho vai pegar".

Jornais tentam descobrir como ganhar dinheiro na Internet

por JJcomunic
Não tem sido fácil a vida dos grandes jornais nessa fase de transição ou de convivência entre as mídias impressas e digitais. Se oferecem sites gratuitos, o prejuizo é quase certo; se cobram o acesso, os leitores somem. A publicidade é cada vez mais atraida pelas versões digitais mas o volume, embora crescente, ainda não se compara ao dos veículos digitais. Rupert Murdoch, o poderoso dono News Corp, uma das maiores empresas de mídia do mundo, resolveu agora lançar o The Daily, um jornal exclusivamente para aplicativos de Ipads. Não estará disponível na Internet. Custará 99 centavos de dólar por semana. A informação foi publicada no The Guardian.

Rio, Ipanema: suspeita de bomba na Praça General Osório seria promoção comercial ou trote

A falsa bomba de Ipanema. Foto Jussara Razzé
A polícia chegou a isolar a área. Foto Jussara Razzé.

E a interditar a Visconde de Pirajá. Mas tudo não teria passado de um "promoção" comercial. Foto: Jussara Razzé
As equipes do Esquadrão Anti-Bombas abriram buracos nas caixas antes de constatar que não passava de uma falsa bomba. Foto Jussara Razzé
por Gonça
Bomba? Duas caixas abandonadas a cerca de dez metros da cabine da PM, esquina de Teixeira de Melo com Visconde de Pirajá, amarradas com correntes e cadeado levou a polícia a interditar agora há pouco a Praça General Osório, em Ipanema. O Esquadrão Anti-Bombas foi acionado. O metrô funcionava normalmente mas parte da Visconde de Pirajá foi fechada. Ontem, a Polícia Rodoviária Federal parava veículos na Via Dutra e outras estradas de acesso ao Rio em busca de um caminhão que supostamente transportaria 600 quilos de dinamite segundo informações colhidas por setores de inteligância da polícia. O clima na cidade é pesado. Mas a "bomba" da General Osório seria apenas uma promoção de biscoitos, segundo informações iniciais. Em seguida policiais revelaram que as caixas estavam vazias. Se for trote ou promoção comercial, é de péssimo gosto.
por JJcomunic
Na redação do New York Times não há mais qualquer divisão entre jornalistas que escrevem para a versão impressa ou para o site do jornal. Todo mundo junto. Isso, desde a semana passada. Cada repórter responde a uma editoria só, que decide se o seu material vai para o impresso ou digital. Muda também o papel do editor de conteúdo geral: ele direciona a reportagem para o meio mais adequado, avisa quando e onde ser publicada e o que vídeo e mídias sociais podem acrescentar ao tema. A informação foi veiculada pelo Yahoo News.