Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
Mostrando postagens com marcador trump responde. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador trump responde. Mostrar todas as postagens
quinta-feira, 16 de agosto de 2018
Donald Trump: o "citizen hate" responde ao editorial-manifesto dos jornais norte-americanos
Ontem, liderados pelo Boston Globe, mais de 300 jornais dos EUA denunciaram ataques de Trump à imprensa. A hastag #EnemyOfNone (“inimigo de ninguém”) viralizou na web.
Hoje, o magnata recarregou seu twitter (reproduzidos acima( e disparou os insultos de sempre contra a mídia norte-americana. "Eles são todos corruptos. Todos eles abusaram de seu poder. Todos eles traíram o povo americano com uma agenda política. Eles tentaram roubar e influenciar uma eleição nos Estados Unidos", escreveu.
Depois de afirmar que "uma imprensa livre precisa de você", trechos do editorial conjunto defendem que "criticar a mídia noticiosa - por subestimar ou exagerar nas histórias, por entender algo errado - está inteiramente certo. Repórteres e editores de notícias são humanos e cometem erros. Corrigi-los é fundamental para o nosso trabalho. Mas insistir que verdades das quais você não gosta são "notícias falsas" é perigoso para a alma da democracia. E chamar jornalistas de “inimigos do povo” é perigoso, ponto final".
O embate Mídia X Trump amplia um debate em curso em todo o mundo. Pressões políticas, econômicas, corporativas, jurídicas, religiosas e tecnológicas ameaçam a comunicação em vários países. Os Estados Unidos exibem uma robusta e histórica pluralidade na mídia. Não é exatamente uma estrutura 'contestadora do sistema', faz parte dele, mas abriga as mais diversas opiniões. Muitos veículos apoiam Trump, como a rede Fox identificada com a direita. O presidente, lógico, aponta sua metralhadora para os que estão fora do jogral adesista, como o próprio Boston, o Washington Post, o New York Times, além de jornais de porte médio em centenas de cidades da "América profunda".
Há diferenças fundamentais entre a mídia americana - que tem até grandes jornais de centro-esquerda, como o próprio Boston Globe, coisa inimaginável aqui - e a grande imprensa cartelizada e uniforme do Brasil. Aqui, dependendo do adversário nas próximas eleições, a grande mídia até topará gestar o "Trump" tropícal e conservador, identificado com o mercado, com a direita, com o neoliberalismo e, em muitos pontos, até com ela própria.
Assinar:
Postagens (Atom)