O Apple Park, onde trabalharão cerca de 12 mil pessoas, será inaugurado em abril. Reprodução |
por Niko Bolontrin
Durante a campanha, Donald Trump revelou em palanque sua visão de imigrante. Trata-se de um sujeito que é potencialmente suspeito de vários crimes. Terrorismo, tráfico de drogas, estupro e assalto, entre outros. É, ainda, alguém que desconhece os "valores" americanos e é "ladrão de empregos" no país.
Chega a quase 130 o número de empresas que discordam do empreiteiro-presidente. Isso se for considerado apenas um setor, precisamente, o que reúne corporações inovadoras: o mundo da alta tecnologia.
Apple, Facebook, Google, Intel, Microsoft, Netflix e Twitter são alguns desses gigantes que acusam Trump por violar a Constituição e as leis de imigração. Além do dano moral e ético da campanha contra imigrantes, as empresas denunciam que a mudança de regras que legalizam a entrada de imigrantes já está causando prejuízos à indústria.
E essas corporações estão se referindo a imigrantes perfeitamente legalizados e que serão postos em risco em função da legislação que o novo governo começa a introduzir.
Calcula-se que há, nos Estados Unidos, 11,3 milhões de imigrantes não autorizados. Mesmo estes, embora fora do imposto de renda oficial, contribuem para o caixa do Tio Sam com cerca de 12 bilhões de dólares anuais em pagamentos de taxas locais e 13 bilhões de dólares, também anualizados, ao Social Security.
Em abril, a Apple inaugura sua nova sede e campus em Cupertino, na Califórnia. Se Trump não os expulsar até lá, o Apple Park será o posto de trabalho de 12 mil pessoas, entre as quais centenas de especialistas oriundos de dezenas de países.
Steve Jobs concebeu o Apple Park, que terá um teatro em sua memória, como uma casa de inovação para gerações futuras. Um centro de criação inspirado pela diversidade, sem que passaporte, gênero, raça e credo sejam requisitos.
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