Donata Meireles, diretora da Vogue Brasil, em modelito sinhá&mucamas. Reprodução Instagram |
Tão logo começaram a circular na web, as fotos da festa dos 50 anos da Meireles provocaram reações. O regabofe parecia ter o Brasil Colônia como "conceito", como costumam rotular os marqueteiros. Se Debret fosse convidado para a festa, realizada no Palácio da Aclamação, em Salvador, teria se sentido à vontade entre suas fontes de inspiração: só faltou o pelourinho, havia "mucamas", "sinhás", tronos e abanadores.
Como lembrancinha da volta ao passado, convidados posavam em tronos ao lado de "escravas". Aniversariante e convivas talvez esperassem likes e carinhas alegres a enfeitar as postagens rede social afora. Foi aí que entrou areia no coco e o acarajé passou do ponto. O bombardeio foi de críticas que assinalaram teor "racista' da badalação. A aniversariante pediu desculpas. se "causamos uma impressão diferente". Taoquei, mas entre mucamas, abanadores e tronos, que impressão deveria ser passada?
Houve quem gostasse. Segundo a colunista Paula Saldanha, do site GPSLifetime, "a brasilidade vibrou" na noite e "quem embalou os convidados foi o nativo Caetano Veloso". A coluna não informa se Caetano cantou "eu sou neguinha".