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quarta-feira, 8 de março de 2017

"Meu paipai": os economistas que fecundaram a recessão...


por Luís Nassif ( para o GGN)

3,6% de queda do PIB em 2016 não é culpa de Dilma Rousseff. Arriscaria a dizer que nem é culpa de Michel Temer. Quem levou o país à maior recessão desde 1930 é uma subciência econômica, uma submissão atrasada a um pensamento econômico equivocado, raso, que transformou o conhecimento científico em matéria de fé, abolindo princípios básicos de uma economia de mercado.

A culpa de Dilma e Temer foi a da semi-ignorância de uma, da ignorância ampla de outro, deixando a condução do país nas mãos de técnicos e Ministros de pequena estatura, escasso conhecimento geral.

A tragédia brasileira pós-redemocratização é fruto direto da ação deletéria dos economistas brasileiros, alguns com interesses financeiros explícitos – como a geração do Plano Real -, outros com a ignorância fatal dos falsos especialistas, os que confiam cegamente em respostas de manuais, com total incapacidade de enxergar o todo.


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A economia sempre foi uma ciência auxiliar das políticas públicas, assim como o financeiro é auxiliar dos projetos de uma empresa. Cabe ao financeiro avaliar os custos, as formas de financiamento, apontar os limites, mas sempre se subordinando à estratégia definida pelo Board da companhia.

Os erros de Dilma em 2014 foram fruto da sua cabeça. Os desastres de 2015 se deveram à pressão suicida do mercado/mídia e a erros trágicos de diagnóstico de Joaquim Levy, que persistiram na gestão Henrique Meirelles.

1o Passo – a crise fiscal
A crise fiscal do governo Dilma Rousseff foi fruto direto de um erro de diagnóstico dos economistas.

Basearam-se em estudos dos anos 90 – que haviam sido revisados pelo FMI em 2012 – segundo os quais subsídios fiscais tinham Impacto positivo no PIB. A enxurrada de subsídios se somou à compressão das tarifas de energia, visando conter a inflação. Havia um quadro externo de queda nos preços internacionais de commodities, prenunciando reflexos negativos sobre o país. E a Lava Jato cumprindo sua missão de destruir a economia brasileira.

A pobreza institucional e política do país permitiu que toda a estratégia fosse comandada de forma autocrática por Dilma e Guido Mantega, abrindo mão de qualquer consulta a outras cabeças.

2o Passo – o ajuste fiscal radical
Joaquim Levy encontrou ela frente o seguinte quadro:

1.     Crise fiscal, decorrente da queda da atividade econômica e do exagero dos subsídios concedidos na gestão Mantega.

2.     Problemas no front externo com a compressão do câmbio.

3.     Aceleração da Selic impactando profundamente a dívida pública.

4.     Desmonte da cadeia do petróleo e gás pela compressão das tarifas e pelo missão internacional da Lava Jato.

A estratégia desenhada por Levy/mercado  consistia em um choque tarifário gigantesco, um profundo arrocho fiscal e uma desvalorização cambial.

A tática consistia em equilibrar rapidamente as contas públicas, através dessa dupla investida, equilibrar a relação dívida/PIB (principal indicador de solidez fiscal). E, com isso, despertar a fé dos empresários na solidez fiscal. Bastaria para trazer de volta os investimentos em um prazo exíguo. Com os investimentos de volta, haveria a volta do crescimento e, consequentemente, da arrecadação fiscal.
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