Revistas fazem listas. A Time lançou sua relação anual de influentes. A Newsweek também, há poucas semanas. A People acaba divulgar os atores e atrizes americanos mais bonitos. A Forbes anunciou recentemente os mais ricos. O Globo lista os que "fazem diferença" na opinião do jornal. E por aí vai. Costuma ser um recurso da mídia para associar a própria marca a um "evento" e criar um fato. Listas não são importantes e pouco significam, não têm nada de "científico". Importante, por ser digna de uma breve análise, é a reação da imprensa à inclusão do nome do presidente Lula na lista da Time. E de como a mídia deu importância ao fato. Ontem, as agências divulgaram a relação destacando Lula como "o mais influente" em uma lista de 25 personalidades. No ano passado, este posto foi do Dalai Lama. Confira no google ou nas coleções de revistas e jornais: o líder religioso foi destacado como "o homem mais influente do mundo". Este ano, deu Lula na cabeça. E aí virou peça de contra-informação de campanha política. Se Serra e Dilma estão no palanque há alguns meses, os grande grupos de comunicação brasileiros, basta lê-los, jamais descem do palanque. Após o "impacto" da lista da Time, possivelmente preocupados com mais uma demonstração de prestígio do torneiro mecânico, buscaram uma apressada saída casuística: passaram a interpretar que a lista da Time não aponta " o mais influente" mas apenas os "25 mais influentes". Uma interpretação que não foi válida no passado e que certamente não será válida no ano que vem. O detalhe é que em 2008 e 2009 a lista foi numerada pela Time: Dalai Lama número 1 em um ano, Edward Kennedy em outro. Este ano, após a polêmica transmitida pelo correspondente, os números viraram bolinhas. A lista é uma bobagem, como todos os rankings que a imprensa cria, mas a reação à lista é significativa e reveladora. Vejam as reproduções do site da revista. A relação não é em ordem alfabética mas Lula a lidera. Mas a Time sumiu com a numeração. Conclusão: "o cara" é influente. Influenciou a Time.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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sexta-feira, 30 de abril de 2010
Lula, o sem-número, influencia a Time...
por Gonça
Revistas fazem listas. A Time lançou sua relação anual de influentes. A Newsweek também, há poucas semanas. A People acaba divulgar os atores e atrizes americanos mais bonitos. A Forbes anunciou recentemente os mais ricos. O Globo lista os que "fazem diferença" na opinião do jornal. E por aí vai. Costuma ser um recurso da mídia para associar a própria marca a um "evento" e criar um fato. Listas não são importantes e pouco significam, não têm nada de "científico". Importante, por ser digna de uma breve análise, é a reação da imprensa à inclusão do nome do presidente Lula na lista da Time. E de como a mídia deu importância ao fato. Ontem, as agências divulgaram a relação destacando Lula como "o mais influente" em uma lista de 25 personalidades. No ano passado, este posto foi do Dalai Lama. Confira no google ou nas coleções de revistas e jornais: o líder religioso foi destacado como "o homem mais influente do mundo". Este ano, deu Lula na cabeça. E aí virou peça de contra-informação de campanha política. Se Serra e Dilma estão no palanque há alguns meses, os grande grupos de comunicação brasileiros, basta lê-los, jamais descem do palanque. Após o "impacto" da lista da Time, possivelmente preocupados com mais uma demonstração de prestígio do torneiro mecânico, buscaram uma apressada saída casuística: passaram a interpretar que a lista da Time não aponta " o mais influente" mas apenas os "25 mais influentes". Uma interpretação que não foi válida no passado e que certamente não será válida no ano que vem. O detalhe é que em 2008 e 2009 a lista foi numerada pela Time: Dalai Lama número 1 em um ano, Edward Kennedy em outro. Este ano, após a polêmica transmitida pelo correspondente, os números viraram bolinhas. A lista é uma bobagem, como todos os rankings que a imprensa cria, mas a reação à lista é significativa e reveladora. Vejam as reproduções do site da revista. A relação não é em ordem alfabética mas Lula a lidera. Mas a Time sumiu com a numeração. Conclusão: "o cara" é influente. Influenciou a Time.
Revistas fazem listas. A Time lançou sua relação anual de influentes. A Newsweek também, há poucas semanas. A People acaba divulgar os atores e atrizes americanos mais bonitos. A Forbes anunciou recentemente os mais ricos. O Globo lista os que "fazem diferença" na opinião do jornal. E por aí vai. Costuma ser um recurso da mídia para associar a própria marca a um "evento" e criar um fato. Listas não são importantes e pouco significam, não têm nada de "científico". Importante, por ser digna de uma breve análise, é a reação da imprensa à inclusão do nome do presidente Lula na lista da Time. E de como a mídia deu importância ao fato. Ontem, as agências divulgaram a relação destacando Lula como "o mais influente" em uma lista de 25 personalidades. No ano passado, este posto foi do Dalai Lama. Confira no google ou nas coleções de revistas e jornais: o líder religioso foi destacado como "o homem mais influente do mundo". Este ano, deu Lula na cabeça. E aí virou peça de contra-informação de campanha política. Se Serra e Dilma estão no palanque há alguns meses, os grande grupos de comunicação brasileiros, basta lê-los, jamais descem do palanque. Após o "impacto" da lista da Time, possivelmente preocupados com mais uma demonstração de prestígio do torneiro mecânico, buscaram uma apressada saída casuística: passaram a interpretar que a lista da Time não aponta " o mais influente" mas apenas os "25 mais influentes". Uma interpretação que não foi válida no passado e que certamente não será válida no ano que vem. O detalhe é que em 2008 e 2009 a lista foi numerada pela Time: Dalai Lama número 1 em um ano, Edward Kennedy em outro. Este ano, após a polêmica transmitida pelo correspondente, os números viraram bolinhas. A lista é uma bobagem, como todos os rankings que a imprensa cria, mas a reação à lista é significativa e reveladora. Vejam as reproduções do site da revista. A relação não é em ordem alfabética mas Lula a lidera. Mas a Time sumiu com a numeração. Conclusão: "o cara" é influente. Influenciou a Time.
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