Anouk Aimée em "Um homem, uma Mulher". Foto Divulgação |
por José Esmeraldo Gonçalves
A notícia do falecimento da Anouk Aimée, ontem, em Paris, aos 92 anos remeteu a memória de uma geração a um ano (1966) e a um filme "Um homem, uma mulher". A atriz atuou em clássicos como "A Doce Vida" e "Oito e Meio", mas seu sucesso mais popular foi mesmo o filme dirigido por Claude Lelouch. Além da fama internacional, a história de um amor que nasceu na Normandia a levou ao tapete vermelho das premiações como a Palma de Ouro em Cannes, em 1966, ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Roteiro, em 1967, uma indicação na categoria Melhor Atriz, também no Oscar e um Globo de Ouro. Para as plateias brasileiras, a trilha sonora oferecia uma atração a mais: a música “Samba da Bênção”, de Vinicius de Moraes e Baden Powell.
Trintignant e Anouk Aimée: cena do filme, na praia. Foto Divulgação |
O set ainda inspira casais de turistas. Foto de J.Esmeraldo |
Les Plantes: o cinema desfila na passarela de madeira em Deauville. Foto de Jussara Razzé |
Em 2016, 50 anos depois das filmagens, de alguma forma refiz os passos do casal Jean-Louis Duroc (Jean-Louis Trintignant) e Anne Gauthier (Anouk Aimée) em Deauville, o elegante balneário francês à margem do Atlântico Norte. Viúvos recentes, os personagens do filme se encontram na pequena cidade durante uma visita ao colégio interno dos respectivos filhos. Inicialmente ficam amigos, mas a saudade dos ex-parceiros adiciona alguma dor à passagem para o status seguinte, o de amantes.
Deauville: placa em homenagem ao filme. Foto de Jussara Razzé |