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segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Primeira capa: 2018 é o Ano do Cão. Mas o mundo continuará fingindo que não vê o elefante na sala


No horóscopo chinês, 2018 é o Ano do Cão. O elemento é a Terra, que indica um período de forças conservadoras ainda prevalecendo no mundo. Mas, por conta do perfil do Cão, as pessoas tenderão a ser mais tolerantes e solidárias. 

Não se sabe se as energias milenares interpretadas pelos sábios da China alcançarão a Casa Branca, com o elefante (o símbolo do Partido Republicano do Tio Trump) dominando as salas, como a New Yorker retrata, plantando guerras e enquadrando o Cão, que vai precisar de muita sabedoria para sair das enrascadas. 
O Cão tentará aproximar opostos, é o que dizem. 
. O Ano do Cão acontece a cada 60 anos. Segundo a tradição chinesa, o animal favorece novos projetos, abre perspectivas em todos os campos. 

Se servir de estímulo, 1958, a última vez que o Cão deu as caras, foi considerado um período favorável ao Brasil. Não que fosse um paraíso, mas a barra estava bem mais leve. A seleção era campeã na Suécia,  João Gilberto lançava "Chega de Saudade" e a Bossa Nova ia junto, a Manchete mostrava ao Brasil as linhas e colunas já definidas do Palácio da Alvorada, Nelson Pereira dos Santos inaugurava o Cinema Novo com "Rio Zona Norte", o Fusca nas ruas anunciado o boom da indústria automobilística, estradas e hidrelétricas em construção, havia denúncias de corrupção, claro, mas sem fotos de malas de dinheiro e apartamentos entupidos de grana, a inflação ficou em menos de 12, 4%, um pouco mais mais baixa do que em 1957...

Se 1968 foi o ano que não terminou, 1958 é comemorado como o ano que acabou bem. 
A tarefa não é fácil, mas bem que o Ano do Cão podia repetir o celebrado alto astral da época.