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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Manifestações: a escalada da violência


Foto reproduzida da Folha de São Paulo on line
(da redação da JJcomunic)
Como previsto, as manifestações e passeatas "contra tudo o que está aí" entram em uma escalada de violência. Ontem, no Rio, além do quebra-quebra e destruição de equipamentos públicos, um grupo numericamente não muito expressivo (embora convocado para a hora de saída do expediente comercial, quando há um aumento natural do fluxo de pedestres, o protesto não reuniu, segundo informações de ambos os lados, mais do que mil pessoas). O número foi suficiente, contudo, para marcar presença no centro da cidade, não só em termos de reivindicações (o foco principal era o aumento do preço das passagens) mas em relação à destruição. Houve vários transeuntes feridos. O caso mais grave foi o de um cinegrafista da Band atingido por uma bomba. Segundo um repórter da BBC, a bomba foi lançada por manifestantes. Já um jornalista da Globo News garantiu no ar que a polícia lançou a bomba. Investigações reúnem vídeos do local. Um fotógrafo do jornal O Globo revelou que viu um homem de calça jeans, blusa preta e máscara tentando abrir um artefato. Em certo momento, ele conseguiu acionar o objeto e correu. A bomba ou foguete explodiu pouco depois atingindo cinegrafista. A polícia analisa vídeo e tenta identificar o homem. O fotógrafo será ouvido pelos investigadores. As roupas do cinegrafista, que está em estado grave, serão analisadas em busca de vestígios químicos. Um perito independente ouvido  pelo RJTV afirmou que fogos de artifício atingiram o profissional. Foi levantada também a possibilidade de que era uma bomba caseira. Todas as hipóteses estão sendo consideradas. Independentemente do resultados das investigações, a violência está em alta nas ruas. O governador Sergio Cabral afirmou que a polícia fará todo o esforço para identificar quem lançou a bomba ou foguete. Se policial ou manifestante, será punido, diz ele. Se for caracterizado o uso de uma bomba por parte de um manifestante, o fato acionará mais um alerta nos setores responsáveis pela segurança durante a Copa. Nesse caso, a utilização de explosivos assusta e preocupa. Como está em curso a campanha "Não vai ter Copa", possíveis atos similares a terrorismo constituem um temor entre os órgãos nacionais e estrangeiros responsáveis pela segurança das suas delegações em grandes eventos.  

Atualização: A TV Globo, na edição do Jornal Nacional de ontem (7/2), desmentiu a Globo News que havia afirmado categoricamente que o rojão havia sido lançado pela polícia. Profissionais de outros veículos testemunharam a cena em que um manifestante mascarado manipula a bomba. O sequência foi registrada em vídeo por pelo menos duas agências internacionais e a TV Brasil.