Mostrando postagens com marcador arqueologia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador arqueologia. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Vai visitar Pompeia? Um alerta: roubar pedaços de azulejos, cacos de ânforas e lascas de cerâmica dá azar.

O trabalho paciente dos arquélogos é permanente em Pompeia. Cada lasca de azulejo ou cerâmica levada como souvenir pode ser uma peça do quebra-cabeças que a cidade ainda esconde. Foto: J.E.Gonçalves 

Percorrer as ruas de Pompeia é, ao mesmo tempo, conhecer o urbanismo romano e ver os sinais de uma catástrofe que matou milhares de habitantes e deixou um dramático testamento do modo de vida da população. 
Foto: J.E.Gonçalves


Um simpático pé sujo em plena Pompeia. A mais recente descoberta do pesquisadores indica que a cidade praticava um tipo de reciclagem. Ânforas quebradas em uma sexta-feira mais quente, a Veneri Dies, não por acaso em homenagem à deusa Vênus, isso mesmo, a do amor, que sextava na época como até  hoje, viravam matéria prima. Foto: Jussara Razzé

 
Parte da mansão de um privilegiado. Talvez de um comerciante ou de um funcionário comissionado de Roma. 
Foto; J.E.Gonçalves 


Uma das vias da cidade. Seria a Dias Ferreira de Pompeia? Foto de J.E.Gonçalves

A Arena de Pompeia. Não foi obra dos turistas larápios, mas observe que o lado esquerdo da arquibancada perdeu todos
os degraus. Foto de J.E.Gonçalves


por José Esmeraldo Gonçalves

O jornal La Reppublica publicou há poucos dias uma curiosa reportagem sobre um pacote enviado ao Parque Arqueológico de Pompeia, no sul da Itália. Dentro da caixa que cruzou o Atlântico, pedaços de mosaicos, parte de uma ânfora e algumas peças incompletas de cerâmica. O material correspondia a objetos roubados anos atrás. Os dois canadenses que remeteram o pacote anexaram cartas onde explicaram que eram jovens ao roubar as peças. Na época, queriam apenas ter raras lembranças da visita a um local histórico. Só que o souvenir, segundo eles, fez suas vindas entrarem em uma maré de azar de doenças e perdas financeiras. Por terem sido recolhidas em um local onde milhares de pessoas enfrentaram sofrimento e morte, as peças carregavam muita energia negativa, na visão dos canadenses azarados. As populações de Pompeia e Herculano foram soterradas por uma erupção do Vesúvio de proporções catastróficas, em 79 dC.

Os arqueólogos agradeceram e adorariam que muitos outros turistas seguissem o exemplo dos canadenses arrependidos, que pediram perdão às autoridades, "aos deuses romanos", e devolveram a muamba. 

Qualquer lasca de pedra de Pompeia conta uma história. Também há poucos dias The Guardian ouviu pesquisadores italianos que encontraram evidências de locais que reciclavam material. Pompeia tinha até seus catadores. A descoberta de uma espécie de aterro sanitário fora das fortificações da cidade reforçou essa tese ambiental de reutilização de material. 

À parte a experiência única de caminhar sobre um passado remotíssimo, percorrer as ruas de Pompeia é encontrar em vários sítios grupos de pesquisadores de universidades de vários países em permanentes escavações. Para eles, muito além dos que os turistas podem ver - e, de preferência, não roubar - as ruínas e o subsolo ainda escondem muitas respostas. 

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

De um pendrive de viagem: cena comum em Roma, Pompéia ou Istambul...

Arqueólogos trabalhando. Há muito a descobrir... Em Pompéia, por exemplo, toda a parte leste da cidade ainda está soterrada. Em Istambul, ao lado da Av. Kennedy (caminho do aeroporto), foi aberto recentemente um sítio arqueológico do tamanho de um quarteirão.