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Gregos dão ao mundo uma lição de resistência à especulação financeira. Foto Makis Sinodinos |
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Nas ruas, população festeja a vitória do Não ao FMI, ao Banco Central europeu e ao conselho da UE. Foto Makis Sinodinos |
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Com respaldo ainda maior do povo grego, o país que retomar negociações. Foto Makis Sinodinos |
Os gregos dizem "Não" em referendo à pressão dos credores e especuladores e às exigências da União Europeia, com a Alemanha à frente, para que o país faça um violento ajuste fiscal, aumente o desemprego e corte programas sociais. O resultado não neutraliza a crise que a Grécia vive desde 2008 quando passou a praticar um arrocho fiscal sobre pressão dos credores - como resultado, o país ficou estagnado e a dívida aumentou - mas pode dar ao país posição mais forte na mesa de negociações. O governo grego, que é vítima de chantagem por parte da UE - uma afirmação que economistas renomados endossam - diz que pretende retomar as negociações, agora com um respaldo ainda maior da população. Diante do resultado, aguarda-se agora a reação da Alemanha e da França, especialmente. A julgar pelo autoritarismo demonstrado por Angela Merkel, a UE deve querer transformar em chucrute com patê o fígado do primeiro-ministro Aléxis Tsípras."O referendo de hoje não teve ganhadores nem vencedores. É uma grande vitória em si mesma. Mesmo nas circunstâncias mais difíceis, a democracia não pode sofrer chantagem", disse Tsípras.