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segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Show de abertura das Olimpíadas terá cena em que um "menino de rua" "assalta" Gisele Bundchen no ritmo de funk carioca. É sério? É trolagem? Ou é provocação preconceituosa de coxinha da Avenida Paulista?

por Omelete
Difícil de acreditar que isso realmente vá acontecer.   Mas a mídia está repercutindo uma bola fora que está para rolar na Rio 2016.

A modelo Gisele Bundchen foi convocada para participar da cerimônia de abertura das Olimpíadas, protagonizando uma "vítima de assalto". A cena prevista no roteiro não foi bem recebida pelo público presente ao ensaio, ontem, e nem por participantes do espetáculo. Há vários preconceitos embutidos na ideia, seja lá quem tenha sido o seu autor. O "assalto" acontece no momento em que o funk carioca é "homenageado". Isso quer dizer que o funk é trilha sonora de meliante? E, de quebra, estigmatiza meninos de rua. Um pivete "'ataca" Gisele enquanto ela caminha por um "calçadão". Diria que vai pegar mal até para a bela Bundchen. É fria. Pode sobrar uma vaia olímpica para ela.

O mundo está careca de saber que o Rio é um cidade, infelizmente, com altos índices de roubos e assaltos. O que não se sabe é qual a intenção dos criadores do show de abertura: fazer uma denuncia social? Não seria melhor organizar um seminário em São Paulo, na USP, para discutir o assunto?

De qualquer forma, os "geniais" criadores do quadro do "assalto" podem oferecer seu estilo engraçadinho de festejar uma abertura olímpica a outros países. Por exemplo, no Japão, fazer uma coreografia retratando o acidente nuclear de Fukushima. Nos Estados Unidos, lembrar os massacres em escolas e universidades; Em Roma, celebrar a comilança de cristãos por leões no Coliseu e bolar uma quadro sobre os assassinatos da máfia. Vai ver eles emplacam isso no exterior. Ou alguém vai botá-los pra correr rapidinho. Não se sabe se também haverá quadros no Maracanã sobre "saidinha" de banco, estupro coletivo, arrastão em túnel e explosão pirotécnica de caixa forte. E vai ficar faltando fantasiar Gisele de vítima de zika.

Melhor pensar que isso foi apenas uma trolagem no ensaio e que não fará parte do show.

E a perguntinha que não quer calar: terá sido um carioca traíra que bolou isso ou um gênio importado pelo Comitê Olímpico do Brasil?

ATUALIZAÇÃO em 2/8/2016 - Diante das reações negativas e das manifestações indignadas dos cariocas nas redes sociais, o tal quadro teria sido cancelado pelos organizadores. O italiano Andrea Vanier, da empresa ironicamente chamada de "Cerimônias Cariocas", responsável pelo evento, não comentou a polêmica. O cineasta Fernando Meireles, um dos diretores do show, criticou quem divulgou a suposta cena do assalto e, na opinião dele, estragou a festa.
Circulou na internet uma argumentação de quem defende a cena. Diz-de que o "assaltante" não é "assaltante", mas um "ambulante" que é perseguido pela polícia e protegido por Gisele Bundchen.
Se for isso, a cena é também meio repetitiva. Em 2002, em Londres, no show de encerramento dos jogos e na apresentação do Brasil como a sede de 2016, o gari Renato Sorriso entra no palco sambando em câmara lenta e é repreendido por um segurança que tenta tirá-lo de cena. A modelo da vez era a Alessandra Ambrósio.