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segunda-feira, 17 de maio de 2021

Meia Noite no Rio - À maneira de Woody Allen

Odete Lara canta no Bacará. Foto de Helio Santos/Manchete


Nara Leão em um dos seus shows no Bottle's. Foto de Hélio Santos/Manchete

por Ed Sá 

A Toca do Vinicius, em Ipanema, fechou logo no começo da pandemia. Há umapequena esperença de que reabra após a crise. Até lá, ficou mais difícil ainda encontrar um Rio um bar que que tenha pocket shows de bossa nova. 

Muitos turistas americanos, franceses e japoneses que procuram ouvir "Garota de Ipanema" e outros sucessos de Tom, Vinicius, João Gilberto, Roberto Menescal etc na cidade-berço da bossa nova vão parar em inferninhos movidos a funk. Isso até que descobrem o Bottles's, no histórico Beco das Garrafas, transversal da Rua Duvivier, em Copacabana. Lá, a depender da noite, é possível ouvir bossa nova. A casa foi revitalizada em 2017. Passaram por lá Marcos Valle, LanLan, Emanuelle Araújo, Joao Donato, Leny Andrade e outros. Não sei como está agora, quando a pandemia desafinou a noite carioca. Poderia ser o nosso Blue Note, o templo do jazz em Nova York. 

Se Woody Allen quisesse fazer no Rio um spin-off da sua fantasia "Meia Noite em Paris", o Beco das Garrafas e suas estrelas, como as duas vistas acima, seria o set de uma revisita romântica na noite carioca.

No auge do Beco das Garrafas, nos anos 1960, o fotógrafo Helio Santos, de Manchete, registrou, na mesma noite, shows com estrelas da bossa nova. Segue o fio, abaixo.  




domingo, 7 de julho de 2019

Fotomemória: nesta foto histórica da Bossa Nova está faltando ele...

Beco das Garrafas, 1969: a Bossa Nova comemora 10 anos e Manchete reúne compositores, cantores e instrumentistas.
Foto de Gil Pinheiro 


Manchete publicou essa foto em 1969. Foi feita por Gil Pinheiro. A Bossa Nova comemorava 10 anos e a revista reuniu cantores, compositores e instrumentistas que faziam o Brasil e o mundo cantar.

Neste 2019, completam-se 60 anos de uma data marcante da cultura brasileira, que, quis o destino,  coincide com a partida de João Gilberto, sua pedra fundamental.

O texto de abertura da matéria (de Renato Sérgio e João Luiz Albuquerque) vaticinava a força histórica daquela imagem.

"Esta foto será preciosa no futuro. Ela mostra vários dos principais responsáveis pela mais importante revolução já feita na música popular brasileira - a criação, a consolidação e o desenvolvimento da Bossa Nova. Ao completar 10 anos de vida, já alcançou uma rápida maturidade, abriu o mercado internacional aos artistas brasileiros e deu origem a outros movimentos jovens. Três gerações reuniram-se no Beco das Garrafas, em Copacabana, e relembraram os tempos em que ali e na casa de Nara Leão,a madrugada carioca começou a ouvir a batida diferente do violão de João Gilberto, a música gostosa de Antônio Carlos Jobim e os versos claros de Vinícius de Moraes - a gênese da Bossa Nova". 

Os três últimos estão na matéria, mas não aparecem na foto antológica - era uma época em que os compromissos internacionais eram intensos. A reunião do exército da BN também valorizava os instrumentistas, menos conhecidos do grande público, mas essenciais ao movimento musical.

A legenda da foto que a Manchete publicou em página dupla registra as presenças: Elis Regina, Menescal, Marcos e Paulo Sérgio Vale, Tito Madi, Chico Feitosa, Luizinho Eça, Luís Carlos Vinhas, Candinho, Mário Castro Neves, Dóris monteiro, Durval Ferreira, Luís Freire, Miéle & Bôscoli, Mário Telles, Giovanni, Egberto Gismonti, Dori Caymmi, Antonio Adolfo, Tibério Gaspar, Edson Machado, Maciel do Trombone, Roberto Nascimento, Maurício Einhorn e Armando Pittigliani, este o produtor musical que era um descobridor de talentos.