Quando completou 80 anos, há três meses, o brasileiro Sebastião Salgado foi comparado pelo The Guardian a gênios do fotojornalismo como Robert Capa, Eugene Smith, Margaret Bourke-White, Henri Cartier-Bresson, James Nachtwey e Steve McCurry. Na entrevista, anunciou novas exposições em Londres, São Paulo e Los Angeles e revelou que prepara um evento especial para a Cop30 ( a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a ser realizada em Belém em novembro de 2025. Na ocasião, serão expostas 255 fotos gigantes do seu projeto Amazônia, acompanhadas de um espetáculo com composições do Heitor Villa-Lobos.
Apesar de tanta atividadee, Salgado confirmou que está aposentado do seu trabalho em campo. "Eu sei que não viverei muito mais tempo. Mas não quero viver muito mais. Já vivi tanto e vi tantas coisas”, disse ele ao jornal inglês.
O fotógrafo costuma pedalar e caminhar vários quilômetros por dia, mas guarda sequelas das suas jornadas por mais de 100 países. Convive com uma doença sanguínea provocada por uma málaria contraída na Indonésia e, segundo contou ao Guardian, sofre de problemas na coluna causados por uma mina que explodiu o seu veículo em 1974.
Com as longas e exaustivas expedições agora descartadas, ele tem tempo para se dedicar à edição do seu arquivo - que há 15 anos já contabilizava mais de 500 mil fotos - e à produção de livros.
Um comentário:
Sebastião Salgado documenta a crise da humanidade, o dramas de centenas de povos em todos os continentes. Vendo a crise do clima nesse momento abalando o Rio Grande do Sucejo como é fundamental seu casto registro do impacto humano do planeta que se debate ante a ambição material
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