terça-feira, 15 de agosto de 2023

Os podres poderes do caricato "parlamentarismo" brasileiro

 

Reproduzido do X (ex-Twitter)

O ministro Fernando Haddad tem dedicado grande parte do seu tempo a difíceis negociações com o Congresso. O jogo é mais duro com a Câmara dos Deputados que quer levar vantagem em tudo, o tempo todo. 

Muitos deputados parecem partir de um estranho princípio: legislar é business.

Desse o golpe que derrubou Dilma Rousseff , a democracia está sob constante ameaça.  O Legislativo, com o golpista Michel Temer e com Bolsonaro do Rolex, ganhou podres poderes, entre os quais os bilhões destinados às emendas na rubrica secreta sob frouxos controles.

Sob a chefia do notório Arthur Lira, a Câmara interfere no Executivo e estende suas garras insaciáveis sobre o orçamento da União. 

A Câmara dos Deputados, aliás, vive o melhor dos mundos: ganhou um poder que é quase um simulacro do parlamentarismo digno do Zorra Total ou da Praça  é Nossa, sem os mecanismos de controle desse regime. Exemplo: em países que adotam o parlamentarismo o Legislativo indica o primeiro-ministro, que governa de fato e de direito, mas o presidente tem o poder de dissolver o Congresso e convocar novas eleições. No atual e tosco "parlamentarismo" que a Câmara conquistou na sequência do golpe contra Dilma Rousseff, os deputados não correm esse risco, podem mandar e desmandar, bancadas chantageiam politicamente o Executivo e, se não forem atendidos, podem até paralisar o governo.

Haddad identificou o desequilíbrio entre os poderes ao dizer que a Câmara, com a força conquistada durante os erráticos governos Temer e Bolsonaro do Rolex, "não pode humilhar o Senado e o STF".  

Bastou isso para a tropa legislativa cancelar reunião sobre projeto de importância para o país. 

O que, ironicamente, só provou a exatidão da frase de Haddad.

Um comentário:

J.A.Barros disse...

O nível intelectual do congressista brasileiros é muito baixo. A rotina de seu trabalho e presença na Câmara e no Senado, se resume em criar e chantagear o governo, para atingir seus objetivos, que se limitam a ganhar mais 10 reais nas suas jogadas políticas. Na verdade, esse congressistas não estão fazendo oposição ao presidente do país, estão, de todas as maneiras, se opondo ao brasil. Ora, temos um presidente do Banco central - presidente este nomeado pelo ex-presidente - que não está sabotando o presidente Lula, está sabotando o brasil, ao manter a taxa de juros no nível em que está. É este o clima político, que incompetentes e partidários congressistas, chegaram levar este país a esta situação.