Reprodução Twitter |
Luiz Carlos Azenha, que foi repórter da Rede Manchete nos Estados Unidos, compartilhou no Twitter uma observação sobre a deformação da apuração em telejornais. Especialmente na Globo News é comum o uso e abuso de fontes secretas. Aparentemente, as pessoas ouvidas não têm CPF ou talvez os pais não as registraram em cartório. Além disso, o canal evita fontes independentes e seleciona aquelas cuja opinião sobre o assunto em pauta é conhecida. Para piorar, geralmente após a entrada do repórter com profusão de fontes anônimas não confirmadas um comentarista embriaga a audiência com teses pessoais. Para mostrar que tem fontes "quentes", um analista pontua algo assim: "fulano é interessante seu relato porque eu conversei hoje com uma "importante fonte" do Itamaraty que desenvolveu um raciocínio semelhante". Acaba banalizando seus deep throat já que eles revelam geralmente uma irrelevância qualquer que não comprometeria ninguém. Bob Woodward e Carl Bernstein ficariam surpresos com a gourmetização de instrumento do jornalismo realmente investigativo. Por fim, uma curiosidade é o vício do uso de "fontes" inanimadas. Para a Globo, "ministério da Fazenda diz", "Lojas Americanas confidencia", "o condomínio revela que entregador", "Caixa nega assédio", "Palácio Guanabara demonstra irritação", narra o jornalista enquanto os respectivos prédios falantes aparecem ao fundo e em destaque. São os avatares da Globo News. É, digamos, uma prática cômica.
Um comentário:
Monica, Camarotti, Guga, Camila, Ana Flor, impressionante, o que um diz o outro repete sobre esse caso de Rússia e Ucrânia. E estão todos e todas excitados falando nervosos acima do tom. Exaltados. Eu, hein?
Postar um comentário