quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O outro lado... (Nota oficial do PT sobre a Ação Penal 470)

O PT E O JULGAMENTO DA AÇÃO PENAL 470
O PT, amparado no princípio da liberdade de expressão, critica e torna pública sua discordância da decisão do Supremo Tribunal Federal que, no julgamento da Ação Penal 470, condenou e imputou penas desproporcionais a alguns de seus filiados.
1. O STF não garantiu o amplo direito de defesa
O STF negou aos réus que não tinham direito ao foro especial a possibilidade de recorrer a instâncias inferiores da Justiça. Suprimiu-lhes, portanto, a plenitude do direito de defesa, que é um direito fundamental da cidadania internacionalmente consagrado.
A Constituição estabelece, no artigo 102, que apenas o presidente, o vice-presidente da República, os membros do Congresso Nacional, os próprios ministros do STF e o Procurador Geral da República podem ser processados e julgados exclusivamente pela Suprema Corte. E, também, nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os ministros de Estado, os comandantes das três Armas, os membros dos Tribunais superiores, do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática em caráter permanente.
Foi por esta razão que o ex-ministro Marcio Thomaz Bastos, logo no início do julgamento, pediu o desmembramento do processo. O que foi negado pelo STF, muito embora tenha decidido em sentido contrário no caso do "mensalão do PSDB" de Minas Gerais.
Ou seja: dois pesos, duas medidas; situações idênticas tratadas desigualmente.
Vale lembrar, finalmente, que em quatro ocasiões recentes, o STF votou pelo desmembramento de processos, para que pessoas sem foro privilegiado fossem julgadas pela primeira instância – todas elas posteriores à decisão de julgar a Ação Penal 470 de uma só vez.
Por isso mesmo, o PT considera legítimo e coerente, do ponto de vista legal, que os réus agora condenados pelo STF recorram a todos os meios jurídicos para se defenderem.
2. O STF deu valor de prova a indícios
Parte do STF decidiu pelas condenações, mesmo não havendo provas no processo. O julgamento não foi isento, de acordo com os autos e à luz das provas. Ao contrário, foi influenciado por um discurso paralelo e desenvolveu-se de forma "pouco ortodoxa" (segundo as palavras de um ministro do STF). Houve flexibilização do uso de provas, transferência do ônus da prova aos réus, presunções, ilações, deduções, inferências e a transformação de indícios em provas.
À falta de elementos objetivos na denúncia, deducões, ilações e conjecturas preencheram as lacunas probatórias – fato grave sobretudo quando se trata de ação penal, que pode condenar pessoas à privação de liberdade. Como se sabe, indícios apontam simplesmente possibilidades, nunca certezas capazes de fundamentar o livre convencimento motivado do julgador. Indícios nada mais são que sugestões, nunca evidências ou provas cabais.
Cabe à acusação apresentar, para se desincumbir de seu ônus processual, provas do que alega e, assim, obter a condenação de quem quer que seja. No caso em questão, imputou-se aos réus a obrigação de provar sua inocência ou comprovar álibis em sua defesa—papel que competiria ao acusador. A Suprema Corte inverteu, portanto, o ônus da prova.
3. O domínio funcional do fato não dispensa provas
O STF deu estatuto legal a uma teoria nascida na Alemanha nazista, em 1939, atualizada em 1963 em plena Guerra Fria e considerada superada por diversos juristas. Segundo esta doutrina, considera-se autor não apenas quem executa um crime, mas quem tem ou poderia ter, devido a sua função, capacidade de decisão sobre sua realização. Isto é, a improbabilidade de desconhecimento do crime seria suficiente para a condenação.
Ao lançarem mão da teoria do domínio funcional do fato, os ministros inferiram que o ex-ministro José Dirceu, pela posição de influência que ocupava, poderia ser condenado, mesmo sem provarem que participou diretamente dos fatos apontados como crimes. Ou que, tendo conhecimento deles, não agiu (ou omitiu-se) para evitar que se consumassem. Expressão-síntese da doutrina foi verbalizada pelo presidente do STF, quando indagou não se o réu tinha conhecimento dos fatos, mas se o réu "tinha como não saber"...
Ao admitir o ato de ofício presumido e adotar a teoria do direito do fato como responsabilidade objetiva, o STF cria um precedente perigoso: o de alguém ser condenado pelo que é, e não pelo que teria feito.
Trata-se de uma interpretação da lei moldada unicamente para atender a conveniência de condenar pessoas específicas e, indiretamente, atingir o partido a que estão vinculadas.
4. O risco da insegurança jurídica
As decisões do STF, em muitos pontos, prenunciam o fim do garantismo, o rebaixamento do direito de defesa, do avanço da noção de presunção de culpa em vez de inocência. E, ao inovar que a lavagem de dinheiro independe de crime antecedente, bem como ao concluir que houve compra de votos de parlamentares, o STF instaurou um clima de insegurança jurídica no País.
Pairam dúvidas se o novo paradigma se repetirá em outros julgamentos, ou, ainda, se os juízes de primeira instância e os tribunais seguirão a mesma trilha da Suprema Corte.
Doravante, juízes inescrupulosos, ou vinculados a interesses de qualquer espécie nas comarcas em que atuam poderão valer-se de provas indiciárias ou da teoria do domínio do fato para condenar desafetos ou inimigos políticos de caciques partidários locais.
Quanto à suposta compra de votos, cuja mácula comprometeria até mesmo emendas constitucionais, como as das reformas tributária e previdenciária, já estão em andamento ações diretas de inconstitucionalidade, movidas por sindicatos e pessoas físicas, com o intuito de fulminar as ditas mudanças na Carta Magna.
Ao instaurar-se a insegurança jurídica, não perdem apenas os que foram injustiçados no curso da Ação Penal 470. Perde a sociedade, que fica exposta a casuísmos e decisões de ocasião. Perde, enfim, o próprio Estado Democrático de Direito.
5. O STF fez um julgamento político
Sob intensa pressão da mídia conservadora—cujos veículos cumprem um papel de oposição ao governo e propagam a repulsa de uma certa elite ao PT - ministros do STF confirmaram condenações anunciadas, anteciparam votos à imprensa, pronunciaram-se fora dos autos e, por fim, imiscuiram-se em áreas reservadas ao Legislativo e ao Executivo, ferindo assim a independência entre os poderes.
Único dos poderes da República cujos integrantes independem do voto popular e detêm mandato vitalício até completarem 70 anos, o Supremo Tribunal Federal - assim como os demais poderes e todos os tribunais daqui e do exterior - faz política. E o fez, claramente, ao julgar a Ação Penal 470.
Fez política ao definir o calendário convenientemente coincidente com as eleições. Fez política ao recusar o desmembramento da ação e ao escolher a teoria do domínio do fato para compensar a escassez de provas.
Contrariamente a sua natureza, de corte constitucional contra-majoritária, o STF, ao deixar-se contaminar pela pressão de certos meios de comunicação e sem distanciar-se do processo político eleitoral, não assegurou-se a necessária isenção que deveria pautar seus julgamentos.
No STF, venceram as posições políticas ideológicas, muito bem representadas pela mídia conservadora neste episódio: a maioria dos ministros transformou delitos eleitorais em delitos de Estado (desvio de dinheiro público e compra de votos).

Embora realizado nos marcos do Estado Democrático de Direito sob o qual vivemos, o julgamento, nitidamente político, desrespeitou garantias constitucionais para retratar processos de corrupção à revelia de provas, condenar os réus e tentar criminalizar o PT. Assim orientado, o julgamento convergiu para produzir dois resultados: condenar os réus, em vários casos sem que houvesse provas nos autos, mas, principalmente, condenar alguns pela "compra de votos" para, desta forma, tentar criminalizar o PT.
Dezenas de testemunhas juramentadas acabaram simplesmente desprezadas. Inúmeras contraprovas não foram sequer objeto de análise. E inúmeras jurisprudências terminaram alteradas para servir aos objetivos da condenação.
Alguns ministros procuraram adequar a realidade à denúncia do
Procurador Geral, supostamente por ouvir o chamado clamor da opinião pública, muito embora ele só se fizesse presente na mídia de direita, menos preocupada com a moralidade pública do que em tentar manchar a imagem histórica do governo Lula, como se quisesse matá-lo politicamente. O procurador não escondeu seu viés de parcialidade ao afirmar que seria positivo se o julgamento interferisse no resultado das eleições.
A luta pela Justiça continua
O PT envidará todos os esforços para que a partidarização do Judiciário, evidente no julgamento da Ação Penal 470, seja contida. Erros e ilegalidades que tenham sido cometidos por filiados do partido no âmbito de um sistema eleitoral inconsistente - que o PT luta para transformar através do projeto de reforma política em tramitação no Congresso Nacional - não justificam que o poder político da toga suplante a força da lei e dos poderes que emanam do povo.
Na trajetória do PT, que nasceu lutando pela democracia no Brasil, muitos foram os obstáculos que tivemos de transpor até nos convertermos no partido de maior preferência dos brasileiros. No partido que elegeu um operário duas vezes presidente da República e a primeira mulher como suprema mandatária. Ambos, Lula e Dilma, gozam de ampla aprovação em todos os setores da sociedade, pelas profundas transformações que têm promovido, principalmente nas condições de vida dos mais pobres.
A despeito das campanhas de ódio e preconceito, Lula e Dilma elevaram o Brasil a um novo estágio: 28 milhões de pessoas deixaram a miséria extrema e 40 milhões ascenderam socialmente.
Abriram-se novas oportunidades para todos, o Brasil tornou-se a 6a.economia do mundo e é respeitado internacionalmente, nada mais devendo a ninguém.
Tanto quanto fizemos antes do início do julgamento, o PT reafirma sua convicção de que não houve compra de votos no Congresso Nacional, nem tampouco o pagamento de mesada a parlamentares. Reafirmamos, também, que não houve, da parte de petistas denunciados, utilização de recursos públicos, nem apropriação privada e pessoal.
Ao mesmo tempo, reiteramos as resoluções de nosso Congresso Nacional, acerca de erros políticos cometidos coletiva ou individualmente.
É com esta postura equilibrada e serena que o PT não se deixa intimidar pelos que clamam pelo linchamento moral de companheiros injustamente condenados. Nosso partido terá forças para vencer mais este desafio. Continuaremos a lutar por uma profunda reforma do sistema político - o que inclui o financiamento público das campanhas eleitorais - e pela maior democratização do Estado, o que envolve constante disputa popular contra arbitrariedades como as perpetradas no julgamento da Ação Penal 470, em relação às quais não pouparemos esforços para que sejam revistas e corrigidas.
Conclamamos nossa militância a mobilizar-se em defesa do PT e de nossas bandeiras; a tornar o partido cada vez mais democrático e vinculado às lutas sociais. Um partido cada vez mais comprometido com as transformações em favor da igualdade e da liberdade.

São Paulo, 14 de novembro de 2012.

Comissão Executiva Nacional do PT.

Calvin Klein pode comemorar seus 70 anos no Rio. Cercado de brasileiros

por Eli Halfoun

As boas relações que mantém no Brasil e o demonstrado entusiasmo que tem por nossas badaladas boates gays podem fazer com que o estilista Calvin Klein venha comemorar no próximo dia 19 seus 70 anos no Rio. Além da idade CK comemora também os 30 anos de sucesso de sua linha esportiva masculina. A linha underwear foi lançada em 1982 e inicialmente chamou atenção com um outdoor exibido em Times Square (Nova York), com um modelo só de cueca. O modelo era o brasileiro Tomás Valdemar, na época atleta de pólo. Valdemar virou Tom Mintnaus e mora até hoje nos Estados Unidos. CK sempre chamou atenção com publicidade: para lançar sua linha feminina espalhou ousados outdoor da modelo Kate Moss em vários pontos de Nova York. Curiosamente ele tem predileção por brasileiros (visita o Rio pelo menos duas vezes por ano) e escolheu como diretor de sua linha feminina o brasileiro Francisco Costa.  (Eli Halfoun)

Militares de Deodoro não perdem um capítulo de ”Salve Jorge”. E Nanda Costa deixa?

Nanda Costa em "Salve jorge". Foto: TV globo/Divulgação
por Eli Halfoun
Pelo menos entre os militares que servem em Deodoro a novela "Salve Jorge", que ainda não está bem em audiência (a média é de 29.0, mas a tendência é subir da metade em diante) tem público garantido. A maioria dos militares faz questão de acompanhar a novela porque existe sempre a possibilidade de aparecerem em cena. É que muitos capítulos são gravados em Deodoro e alguns militares são convocados para entrar em cena, às vezes até com imagens em destaque. Também por conta da novela o ator Rodrigo Lombardi (Teo) parece estar encantado com o digamos amor suburbano que seu personagem vive com Morena (Nanda Costa, que, aliás, até agora não deixou a desejar com sua atuação). Agora Lombardi está convencido que existe diferença entre o amor no subúrbio e na Zona Sul: "Mulher como a Morena da novela parece que é movida a testosterona, derruba paredes e vai atrás do que quer. Já o amor da Zona Sul é aquele que lê revista de moda". Lombardi está precisando conhecer melhor a Zona Sul e suas gatinhas. (Eli Halfoun)

Sentenças o STF no mensalão só valem mesmo depois da publicação dos acórdãos

por Eli Halfoun

Ainda levará um tempo para que os condenados no julgamento do mensalão cumpram pelo menos uma parte de suas penas em regime fechado, ou seja, na cadeia, como determina o Código Penal. As sentenças só podem ser cumpridas após a publicação dos acórdãos com o detalhamento das penas. Esse é um processo demorado como mostram com clareza os números: o Supremo Tribunal Federal tem hoje exatas 2.632 ações sem acórdão publicado.  Em compensação, sem a publicação dos acórdãos os advogados dos mensaleiros condenados (mesmo condenados os punidos continuarão em liberdade e sem pagar as multas) não podem recorrer das sentenças.  Os acórdãos podem levar um bom tempo para ficar prontos e dar validade para as sentenças. Bota tempo nisso: existem no STF acórdãos engavetados há dois anos e meio e esperando na fila. Parece que nesse caso a fila também não anda. (Eli Halfoun) 

Agora, julgamento no STF dos mensalões tucano e demo e Caso Cachoeira. Será? Será?

A frase é do deputado Chico Alencar no Globo de hoje. Reprodução

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Aconteceu em Punta del Este...

Moyses Fuks, ex-militante da Manchete, Fatos & Fotos, entrevistado por Amaury Jr. Confira. Clique AQUI

Rihanna na capa...

Tudo isso na GQ de dezembro.

Memórias da redação: aconteceu na...


por Nelio Barbosa Horta
Ainda na Frei Caneca, no prédio que foi implodido sábado passado,  aí está a redação da Enciclopédia
Bloch, quando começou. Ficava no sexto andar, numa saleta ao lado da redação da Manchete.
Foi uma revista inspirada inicialmente na famosa ”National Geographic”, mas que acabou  tendo
personalidade própria, com matérias exclusivas e uma tiragem bastante considerável. Era disputada
por estudantes. Em uma de suas edições, publicamos, na capa, uma embalagem com a terra santa
de Israel, especialmente importada com esta finalidade. Na redação, além do José-Itamar de Freitas,
editor, tinha o Moacir Japiassu, redator-chefe, eu, Nelio Horta (sentado), editor de arte. Estamos na foto em no tempo em que nós tínhamos cabelo... Havia também a Célia Maria Ladeira, a Maria Eduarda Alves
de Souza e o Flávio de Aquino. Mais tarde, formaram também na equipe o Luiz Roberto Porto, o Robertão, o José Inácio Werneck e o João Máximo.  Quanta saudade... (Nelio Barbosa Horta, de Saquarema)




Ladrão rouba câmera enquanto repórter falava ao vivo...


A repórter Anne Makovek participava de um transmissão ao vivo na emissora norte-americana "KPIX" quando saiu do ar subitamente. Um ladrão roubou a câmera do cinegrafista avaliada em mais de 10 mil reais. Se é aqui, hein? A ousadia dos bandidos mostra que a terra do Obama está precisando de... UPP.
Veja o vídeo, clique AQUI

Matéria sobre o desaparecido arquivo de fotos da Manchete reproduzida em blogs

Alguns sites repercutem matérias aqui publicadas, o que só amplia o alcance dos fatos e opiniões veiculadas no blog que virou manchete. Este blog não deixa de repetir indignação com o desaparecimento do arquivo fotográfico que pertenceu à extinta Bloch. E também não deixa de se surpreender com o extremo descaso de instituições públicas como A Biblioteca Nacional, o Ministério da Cultura, Museu da Imagem e do Som, Arquivo Nacional com o destino de mais de 10 milhões de fotos que retratam personalidades e acontecimentos marcantes para a história do Brasil e do jornalismo.
Veja um dos blogs que reproduzem matéria do paniscumovum sobre o tema. Visite o Balaio de Fatos. Clique AQUI 





Estrelas de Hollywood pagam micos em comerciais bizarros... mas bem longe de casa...

por JJcomunic
Viajando pelo Brasil, é comum você se deparar com outdoors que mostram algumas atrizes ou atores globais anunciando produtos extremamente, digamos, populares. De catuaba em pó a unguento contra calos. Claro, em rede nacional os empresários das tais celebridades selecionam com maior rigor os produtos a associar aos seus contratados. Mas no interiorzão não custa nada ganhar uns trocados com cartazes e pequenas campanhas locais que serão vistas por segmento mais reduzido. Não pagam mico nacional e não se desvalorizam por ter a imagem associada a produtos menos nobres já que os grandes centros não verão tais campanhas. Curiosamente, a mesma estratégia é adotada por astros e estrelas hollywoodianos. Só que, no caso, o liberou geral para pagar micaços e ganhar bons ienes acontece no Japão. O consumidor americano é poupado de ver seus ídolos em total vexame.
Vá ao site Mashable e veja alguns desse bizarros comerciais. Clique AQUI

Imprensa livre, sempre


por Eli Halfoun
Se depender da presidente Dilma Roussef a tentativa de alguns partidos em cercear a liberdade democrática de imprensa, nunca dará em nada. A presidente é taxativa sobre o assunto: “É preferível o ruído da imprensa livre ao silêncio da ditadura”. Até porque sem liberdade de imprensa não existe democracia. (Eli Halfoun)

Justiça precisa correr para ter o parecer dos juizes


por Eli Halfoun
É tão grande o número de processos na Justiça que é quase impossível para os juízes julgar todos com a agilidade que se espera. Dados da revista “Justiça em Número”, publicada pelo Conselho Nacional de Justiça, mostram que cada juiz de São Paulo deu em média no ano passado 1.779 pareceres enquanto no Rio o número de pareceres chega aos 2.913. Em Minas e em Goiás os pareceres não passam de mil, mas é no Ceará e no Piauí que está o menor número com 451 e 396 respectivamente. Se quiser dar total conta do recado qualquer juiz tem de passar o dia e a noite lendo processos. Alguns muito divertidos. (Eli Halfoun)

Brasil é mesmo o país dos “noveleiros”


por Eli Halfoun
As novelas continuam sendo as atrações mais vistas da nossa televisão e também o programa que exerce maior influência no consumo e comportamento do público. O que todo mundo sabia foi confirmado uma vez mais em pesquisa realizada pela Sophia Mind. A pesquisa concluiu que 87% dos brasileiros assistem novela enquanto 64% são fiéis telespectadores. A pesquisa revela também que 76% dos telespectadores adiantam os afazeres e 30% alteram horários só para poder ver a novela. Em alguns aspectos as novelas são grande força de venda e de mudança de hábitos. Exemplos: 76% dos “noveleiros” passam a usar as roupas de personagens e 59% copiam os cabelos. Ainda bem que ninguém copia os absurdos. (Eli Halfoun) 

Ministro Ayres Britto fica em Brasília e pode ser senador


por Eli Halfoun
A aposentadoria no Supremo não tirará o ministro Ayres Britto de Brasília. Ele continuará morando na capital e existe uma grande possibilidade de entrar para a política. O PSD de Gilberto Kassab tem sondado o ex-presidente do STF para que se candidate a senador pelo partido e por Brasília. Acredita-se que o ministro Ayres Britto será eleito com facilidade para ser o representante de Brasília no Senado. Que com sua presença será sem dúvida enriquecido de cultura e justiça. (Eli Halfoun)

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Marcos Paulo, vida, sucesso, capas e imagens

A revista Amiga registrou como poucas a longa carreira de Marcos Paulo. Depois de vencer um câncer, o ator e diretor faleceu, ontem, no Rio, vítima de uma embolia pulmonar. Fez história na TV e sua trajetória foi registrada em muitas capas. Reveja algumas.

Ser negro não é referência. É apenas uma simples questão de raça

por Eli Halfoun

Toda vez que se lê uma notícia envolvendo os nomes de Joaquim Barbosa ou de Barak Obama a informação vem acompanhada da referência do "é o primeiro negro do STF ou é (pela segunda vez) o primeiro negro a governar os Estados Unidos". Não entendo porque não se fala em Barbosa ou em Obama da forma natural como se fala de qualquer outro ministro ou presidente. Essa necessidade de dizer que eles são negros parece mostrar quanto ainda convivemos com o racismo (é inconsciente), mesmo que lutemos muito para eliminar contra esse terrível absurdo. Tudo bem que a constante referência pode ser também uma forma de mostrar o quanto os negros são capazes e como estão conquistando com méritos lugar de destaque na sociedade mundial. Não me lembro de ter lido uma única vez a citação de que Pelé é o primeiro negro a ser considerado o atleta do século, assim como não se repete com a mesma insistência que se faz com os negros que Dilma Roussef é a primeira mulher a governar o país. Essa é agora apenas uma referência histórica, assim como Barbosa é o competente ministro e Obama o presidente de uma das maiores potências do mundo. Na importa se são negros, brancos ou amarelos. Importa é que são capazes e competentes e pelo que se saiba nem capacidade e nem competência têm cor. No começo o fato de ambos serem negros poderia ser apenas uma notícia porque se tratava da primeira vez. Eles realmente abriram um importante espaço para que outras negras conquistas aconteçam, mas até quando citaremos o fato de ser a primeira, a segunda ou a terceira vez que isso acontece? Não é preciso citar: basta olhar para ver, o que não muda nada na admiração e respeito que temos por eles e suas eficientes presenças profissionais e humanas. Ou será que para agir corretamente teremos de dizer que fulano é o décimo branco a ser isso ou aquilo. (Eli Halfoun) 

Estados Unidos fecham 203 jornais em quatro anos

por Eli Halfoun

Fechamento de jornais não é um fenômeno que ocorre só no Brasil, que já viu deixarem de circular entre outros, o Jornal do Brasil e mais recentemente o Jornal da Tarde e o esportivo Marca. Jornais têm saído de circulação também nos Estados Unidos onde desde 2008 foram fechados 203 veículos. Não é como pensam muitos um massacre da mídia eletrônica, mas sim um massacre econômico, especialmente nos EUA que como se sabe enfrentou e enfrenta uma grave crise. Por aqui o grupo do Jornal da Tarde não confirma que o fechamento do jornal tenha sido uma imposição da mídia eletrônica. O que se diz é que foi uma decisão determinada por problemas econômicos, de concorrência em bancas e de adequação na empresa. O Grupo "Estadão" decidiu investir mais no carro-chefe que é o jornal "O Estado de São Paulo". A mídia eletrônica incomoda, mas ainda levará muito tempo para massacrar (se conseguir) toda a mídia impressa. (Eli Halfoun) 

Paul Anka no Brasil em 2013 para vários shows

por Eli Halfoun

Quem vem ao Brasil para várias apresentações no ano que vem é o cantor Paul Anka que aos 73 anos continua atraindo um bom público para seus espetáculos. A viagem de Anka está sendo bancada pelo amigo e empresário e amigo Naji Nahas. Os dois estiveram juntos em recente festa que Nahas promoveu no Cassino Conrad de Punta Del Este. Aliás, Naji Nahas estaria comprando parte do controle do Conrad. É o primeiro dos muitos investimentos que planeja fazer em países sul americanos, onde os investimentos costumam ter bom retorno, mesmo que pouca gente acredite nisso. (Eli Halfoun)

Público só viu um trailler do estupro de Jéssica em “Salve Jorge”

por Eli Halfoun

Quem achou forte a recente cena do estupro da personagem Jéssica (Carolina Dickman) em "Salve Jorge" não viu nada: a cena sofreu muitos cortes determinados pela direção da Globo que ao examinar antes o que havia sido gravado considerou a cena muito violenta. A edição com cortes teria sido determinada pessoalmente por José Roberto Marinho que considerou o que viu antecipadamente de muito mau gosto. Só sobrou o que foi ao ar e assim mesmo a cena correu o risco de ser totalmente vetada. Depois desse corte voltaram a circular nos bastidores comentários de que essa não é a primeira vez que José Roberto Marinho interfere em uma novela: o que se comenta é que partiu dele a ordem de cortar o beijo gay que chegou a ser gravado para a novela "América", da mesma e excelente autora Glória Perez. A novela "Salve Jorge" anda cortando um dobrado para emplacar audiência, o que, aliás, sempre acontece nos primeiros capítulos de qualquer novela. A grande audiência de uma novela só acontece quando já exibiu quase a metade de todos os seus capítulos, ou seja, depois que a trama cai na boca do povo. Antes disso o público não se empolga e não perde tempo. (Eli Halfoun)

Virgem do leilão mostra se vale quanto pede nas páginas da Playboy

por Eli Halfoun

Demorou menos do que se esperava: Catarina Migliore, 20 anos, a brasileira que botou a virgindade em leilão poderá estar em breve nas páginas da Playboy. Não é só: além de uma quase mundial popularidade (pelo menos na internet) a brasileirinha está perdendo também a virgindade com o trabalho: tem recebido convites para participar de desfiles de moda (a TNG pela qual desfilaria ao lado de Rodrigo Lombardi acabou cancelando sua participação na última hora). (Eli Halfoun)

Record News muda esquema e demite 40 profissionais

por Eli Halfoun

As mudanças que deixarão a Record News só com jornalismo significarão a demissão de no mínimo 40 profissionais de todas as áreas da emissora. A mudança está sendo imposta pela total falta de audiência e em consequência enorme prejuízo. A nova programação só não eliminará o telejornal apresentado por Heródoto Barbero e será quase toda completada com o jornalismo da Record, digamos, convencional. Quer dizer: quem ficar terá de trabalhar para as duas emissoras e receber só de uma. Em português claro o nome disso é exploração. (Eli Halfoun)

Carolina Dickman fica na reserva para conquistar Rodrigo Lombardi em “Salve Jorge”

por Eli Halfoun

Pode transformar-se em mais do que especial a participação de Carolina Dickman como intérprete da personagem Jéssica em "Salve Jorge". Inicialmente ela ficaria poucos capítulos, mas a autora Glória Perez teria decidido (ela desmente as especulações e garante Nanda como estrela) prolongar sua permanência para guardá-la como uma espécie de trunfo caso o público não se mobilize com o romance entre Morena (Nanda Costa) e Teo (Rodrigo Lombardi).  Se o romance não emplacar a autora recorrerá para Jéssica (Carolina) e faria um triângulo amoroso que, aliás, sempre funciona em novela triângulo amoroso só aborrece mesmo é na vida real. (Eli Halfoun)

sábado, 10 de novembro de 2012

Em 11 segundos...

A antiga sede da Bloch Editores na rua Frei Caneca.  Reprodução Revista Manchete

E a implosão do prédio. Reprodução Globo on line

Em uma fração de tempo, o prédio da rua Frei Caneca, no Estácio, sede da Manchete antes da construção dos edifícios da rua do Russell, virou pó. Foi às 7h da manhã de hoje. Estava abandonado há 12 anos desde que foi incorporado ao patrimônio do Banco do Brasil em função de dívidas da extinta Bloch Editores. O governo estadual anuncia que construirá no local um conjunto habitacional. Outra versão diz que ali será erguida uma nova Cidade do Samba para escolas dos grupo de acesso. No antigo prédio funcionaram durante os anos 50 e 60 a administração, redações e gráfica da Bloch.  Um local especial era o estúdio fotográfico. Certamente por lá passaram quase todas as celebridades da época. Foram produzidas ali milhares de páginas de moda, culinária, capas de revistas. Como as duas páginas duplas abaixo, de 1967, reunindo os principais nomes da música popular brasileira.  De Nara Leão a Chico Buarque, de Edu lobo a Sérgio Ricardo...
Reprodução Revista Manchete

Reprodução Revista Manchete


Veja fotos da implosão do prédio da Frei Caneca. No Globo on line. Clique AQUI

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Manchete acontece nas estantes... Leia no jornal Valor


A propósito do lançamento do livro "Memórias de um Sobrevivente: A Verdadeira História da Ascensão e Queda da Manchete", o jornal Valor publica uma matéria sobre o assunto e uma entrevista com o autor do livro, Arnaldo Niskier. O texto destaca uma particularidade: a trajetória e o fim da Manchete, da TV e das demais revistas da extinta Bloch tem inspirado vários livros com enfoques diferenciados. Do "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", passando pelo "Irmãos Karamabloch", "Rede Manchete, aconteceu virou história", "Seu Adolpho Bloch" e, agora, a obra assinada por Arnaldo Niskier. E vem mais por aí: universitárias de São Paulo preparam um livro sobre a escola de fotografia que a Manchete representou para gerações de profissionais. O sucesso, o fim surpreendente e dramático e os bastidores de um dos maiores impérios editoriais do Brasil exercem um forte fascínio sobre leitores, jornalistas, estudantes de comunicação e pesquisadores. Aconteceu, virou literatura.

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"Uma revista e seu dono"
Por Matías M. Molina | Para o Valor, de São Paulo
Adolpho Bloch e Juscelino Kubitschek na piscina do Copacabana Palace, em dezembro de 1970: sempre muito amigos, mesmo depois da cassação dos direitos políticos do ex-presidente
Para Samuel Wainer, Adolpho Bloch, o editor da revista "Manchete", era "apenas um gráfico", "um gráfico excepcional, que até contribuiu para o embelezamento das publicações brasileiras. Mas só. Na história da imprensa em nosso país, Bloch é um acidente, um erro de revisão."
Apesar da opinião pouco lisonjeira de Wainer, Bloch e suas empresas jornalísticas ainda são lembradas e foram objeto de vários livros nos últimos anos, num país em que são raras as obras sobre a imprensa - embora não tantos como os dedicados ao próprio Wainer e seu jornal "Última Hora".
Há quatro anos foram lançadas três obras. "Aconteceu na Manchete: As Histórias que Ninguém Contou", uma coletânea de reminiscências de jornalistas que lá trabalharam. Arnaldo Bloch publicou "Os Irmãos Karamabloch: Ascensão e Queda de um Império Familiar", em que expõe, com inesperada candura, as ambições, emoções e relações conflituosas de uma família disfuncional - "solidamente unida pela desunião", segundo Otto Lara Resende. Mostra também a figura carismática, voluntariosa, intempestiva, rigorosa, centralizadora, complexa e arbitrária de Adolpho Bloch. A expressão Karamabloch, numa referência aos "Irmãos Karamazov" de Dostoiévski, também do fazedor de frases Otto Lara Resende, resume bem o conteúdo do livro. Ainda em 2008 foi lançada "Rede Manchete: Aconteceu, Virou História", sobre o desastroso e curto período de vida da TV Manchete.
Em 2012 foram publicadas as "Memórias de Um Sobrevivente: A Verdadeira História da Ascensão e Queda da Manchete", de Arnaldo Niskier, jornalista que trabalhou nas Empresas Bloch, ex-secretário de Educação do Estado do Rio de Janeiro e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL).
Como livro de memórias, não faltam referências ao autor. Fica-se sabendo que ele foi "sempre o primeiro aluno da turma, jamais passando de ano com média inferior a nove", que do segundo para o terceiro ano ginasial sua "média global bateu o recorde de 9,6, e só não foi mais alta por causa de uma matéria". Que "eu era o mais jovem professor catedrático do Brasil". E que na revista "Manchete Esportiva" "havia dois repórteres em condições de fazer a cobertura daquela Copa (na Suécia em 1958), Nei Bianchi e eu". Ele também lembra o dia em que foi "homenageado por motivo de minha posse na presidência da Academia Brasileira de Letra" e como, nesse mesmo dia, um discurso mencionou "o meu passado de dificuldades extremas".
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO SITE DO VALOR. CLIQUE AQUI

Time inova na cobertura do furacão Sandy

Reprodução
A edição da Time logo após a passagem do Sandy foi lançada com três opções de capa: duas focalizando a eleição americana e outra dedicada aos transtornos provocados pelo furacão. Até aí, nada demais. A inovação ficou por conta da cobertura. A revista escalou cinco duplas de repórteres e fotógrafos para registrar o caos. Só que os fotógrafos deixaram as Canon e Nikon em casa e usaram iPhones para captar o drama dos novaiorquinos. Com essa logística, os fotógrafos atualizavam em tempo real o site e as páginas da revista na rede social. 
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Memórias da redação:Aconteceu na...

Motivado pelas fotos que Nelio Barbosa Horta enviou (post abaixo), Roberto Muggiati, ex-diretor da Manchete e da Fatos & Fotos, colabora com a seção Memórias da Redação, deste blog, enviando a imagem acima, já no prédio da Rua do Russell. Relata Muggiati: "Prosseguindo o "debate" F&F, mando esta foto de fevereiro de 1970 da redação no 7º andar do Russell. O autor é o Antônio Trindade. A partir da esquerda: Evaldo, Muggiati, Ézio (Barbone) Speranza, Paulo Perdigão, Argemiro Ferreira; sentados: Sérgio Augusto e Cândido, o paginador.  Nas paredes, duas telas do Francisco Brennand (até os cinzeiros eram do Brennand...). Foi essa a época em que a equipe sofreu um "desmanche" pelo Oscar. O Perdigão e o Sérgio Augusto fizeram cara feia para a comida do 3º andar: chamaram o Arroz de Braga de "arroz de praga". O Oscar não gostou e demitiu os dois. Depois, ao saber que o tio do Perdigão - que morava no prédio ao lado - era ministro do Superior Tribunal Militar, readmitiu o Perdigão, só ele. E o Argemiro, que estava de férias - e nada teve a ver com a história, - ao se reapresentar ao trabalho, já na portaria foi convidado a "passar pelo DP" pelo Paulinho (o bedel da época, nada a ver com o Paulinho da Pesquisa, que veio depois). Cada foto, uma história. Um abraço, Muggiati". (Foto: Arquivo Pessoal RM) 



























quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Memórias da redação. Aconteceu na....



Na redação da Fatos & Fotos, na rua Frei Caneca: Cordeiro de Oliveira, o ex-marido da Lélia de Oliveira, Nilo Martins, Orlandinho Abrunhosa, Nelio Horta, Laerte Morais Gomes, Leo Schlafman, Paulo Henrique Amorim, Hedyl Valle, Robertinho (barbeiro). Na mesa: José-Itamar de Freitas e Ney Bianchi. Foto: Arquivo Pessoal NH









Leo Schlafman, Jaquito, Arnaldo Niskeir, Nilo Martins, Pilha, Claudio Mello e Souza, Macedo Miranda, José-Itamar de Freitas, Evaldo, Ney Bianchi , Ezio Speranza e Laerte Gomes. Foto: Arquivo Pessoal NH
SAUDADES DA "FREI CANECA"

por Nelio Barbosa Horta
Ao mesmo tempo em que são fechados jornais e revistas tradicionais e que marcaram época na imprensa brasileira  em todos os tempos, como por exemplo a Manchete, a Fatos &Fotos, o Jornal do Brasil, o Jornal da Tarde e uma infinidade de outras  publicações, soubemos que o antigo prédio da Manchete, onde funcionavam suas primeiras gráficas  será implodido neste sábado.
Não posso deixar de lembrar,  com saudade,  daquela época, anos 50, onde tudo acontecia e as situações mais incríveis ficaram gravadas na nossa memória.  Era um tempo onde tudo se improvisava, uma  adorável improvisação que  poderia ser classificada hoje como uma grande competência que nos fez ganhar dois Prêmios Esso, com o José–Itamar de Freitas (Por quê o homem mata?) e o Ney Bianchi com matéria de esporte. Lembro dos fechamentos, enquanto aguardávamos a chegada das matérias, havia um "racha" na Redação, que só parava quando o "Marechal", secretário do seu Adolpho, aparecia e encontrando todos suados, dizia: O barulho está chegando na sala do patrão...ele vai descer! Isto é, subir...
Depois, havia o "fino da boia", que era um lanche preparado carinhosamente pelo "seu" Dias, do Restaurante que ficava no último andar e onde a Manchetinha, cadela do "seu" Adolpho, circulava tranquilamente.
O arquivo de fotos, chefiado pelo "seu" Aron, ficava ao lado da Redação da  Fatos&Fotos.  Eles sofriam com as "peladas": Tinha o "seu" Manoel, a Thereza, que acabou se casando com o Justino Martins, Editor da Manchete, a competente Creuza, o Cesar  e mais uma dedicada equipe que, infelizmente, não lembro mais dos seus nomes. Os infografistas, naquele tempo, só desenhistas, eram o Raphael Wasserman e  o Haroldo Zaluar. Na diagramação havia o Ezio Speranza, um gênio na arte de criar e na velocidade do fechamento, o Joel Ghivelder, irmão do Zevi, eu e o Laerte Moraes Gomes, um  maranhense  gozador que pegava no pé de toda a Redação.
Houve um dia, num fechamento "daqueles", em que eu e o Leo Schlafman  que era redator, ficamos  sozinhos, dando as últimas "pinceladas" em uma matéria. Notamos que havia um estranho vazio em volta, ninguém para nos fazer companhia. Só percebemos o que estava acontecendo quando entraram na Redação dois esbaforidos bombeiros, mandando que nós corrêssemos porque o prédio estava em chamas!  Eu e o Léo descemos correndo as escadas, a Redação ficava no sexto andar, atravessamos toda a área da frente onde havia o incêndio e chegamos à rua. Todos nos esperavam, aguardando alguma explicação. Nós não sabíamos o que estava acontecendo...
Houve um período em que o "seu" Oscar Bloch, diziam,  estava proibido de entrar no prédio por ordem expressa do "seu" Adolpho. Eles haviam brigado no escritório, que ficava bem na frente do prédio, e "seu" Oscar tinha que ficar,  diáriamente no botequim, do outro lado da rua.  Mas foi por pouco tempo, eles eram tio e sobrinho, presidente e vice de Bloch Editores. Neste mesmo botequim, um fotógrafo, que tomava café, percebeu um bueiro à sua frente se levantando...  Era um preso que fugia. Imediatamente pegou a máquina, fez as fotos que lhe renderam mais um Prêmio Esso. Os presos, do Presídio  que ficava ao lado, eventualmente fugiam pelas escadarias da Manchete e ganhavam a liberdade.
Houve um episódio, que me contaram, não sei se é verdadeiro,  que o "seu" Adolpho, demitiu um rapaz que veio trazer uma correspondência e que estava tomando café, no horário do "expediente".  O rapaz teria dito, "seu "Adolpho eu nem trabalho aqui"...
O estúdio chegou a funcionar lá,  onde eram produzidas as famosas fotonovelas da Revista "Sétimo Céu" que tanto sucesso faziam.
Foi uma época adorável, onde todos trabalhavam, as revistas saiam e eram disputadas pelos leitores, num tempo em que "fechamento" era só mais uma edição, sem o medo de sair das bancas ou do desemprego. 
(Nelio Barbosa Horta, de Saquarema)

Mitt Romney ou Mico Romney: a mancada do derrotado... perdeu, playboy

Uma histórica "barriga": a manchete precipitada do Chicago Tribune dava Dewey como vitorioso mas quem foi para a Casa Branca, em 1948, foi Harry Truman. Reprodução
Já Mitt Romney pagou um mico digital. O derrotado preparou um site que o dava como vitorioso. O republicano teve que ser deletado duas vezes: na corrida à Casa Branca e na internet. 
O candidato derrotado Mitt Romney, coitado, acreditou nas pesquisas e montou uma site que já o dava como vitorioso e estava pronto para entrar no ar tão logo atingisse o número de delegados suficientes para levá-lo a ser o inquilino da Casa Branca. Perdeu, playboy. A mancada passa à história ao lado de outra grande "barriga": o famoso anúncio, pelo Chicago Tribune, da falsa vitória de Thomas Dewey, em 1948. Apesar de virar manchete precipitada, Dewey foi derrotado por Harry Truman naquelas eleições. Além do mico, Dewey e Romney, têm em comum o fato de serem republicanos.

Obama daqui a quatro anos...

A revista Bloomberg Business fez uma projeção sobre as dificuldades que Obama enfrentará para fazer deslanchar a economia dos Estados Unidos nos próximos quatro. Os editores fizeram a capa com uma imagem photoshopada do presidente americano tal como estará em novembro de 2016. Viu o post logo aí abaixo? Pois é, para a Bloomberg, Obama vai ficar um tanto cansado. Michelle não estará tão feliz... 

A diferença entre Obama e Romney é...

Deu no Creativity On Line. O preservativo da marca Durex fez um polêmico anúncio de oportunidade logo depois de confirmada a vitória de Obama sobre Romney nas eleições americanas. Usando sua conta no Sina Weibo, um microblog chinês, a Durex mostrou Michelle Obama, feliz, fazendo um amplo gesto e, logo abaixo, uma triste Ann Romney, mulher do derrotado, simbolizando a "bimba" do marido. Na legenda: "A diferença entre Obama e Romney".
Veja no Creativity. Clique AQUI

Fator previdenciário que atrapalha a vida dos aposentados pode estar com os dias contados

por Eli Halfoun

Quando os senhores deputados federais estiverem em Brasília e decidirem fazer o que lhes é obrigação (ou seja, trabalhar) finalmente poderá chegar ao fim raso o pesadelo econômico que atormenta os aposentados há anos. O deputado Marco Maia (PT-RS), presidente da Câmara enfim colocou na pauta de votação o projeto de substituição do fator previdenciário – uma matemática que só o INSS entende e que parece ter sido criado para deixar quem se aposenta cada vez com o benefício menor. Se a substituição for aprovada, será um momento histórico já que o misterioso fator tem sido defendido pela Previdência com todo o tipo de argumento e desculpa.

A luta apenas começa: se a substituição do fator previdenciário for aprovada depois será preciso que o governo sancione a nova lei, o que significa permitir e autorizar novos ajustes na Previdência do setor privado. Na Câmara acredita-se que não haverá um definitivo "não" por parte do governo porque a negativa significará um retrocesso social e político do país que avançou tão. Além do mais não pega nada bem em tempo de eleição presidencial. De qualquer maneira, os aposentados ainda terão de esperar muito. Pode ser que para alguns nem dê tempo. (Eli Halfoun)

Brasil mostra a sua cara de sucesso também no cinema

por Eli Halfoun

A luta foi grande e demorada, mas finalmente o cinema nacional está sendo acreditado e visto pelo público. Com poucas exceções, todos mais recentes lançamentos obtiveram excelentes bilheterias. Agora a vez é da comédia "Até que a sorte nos separe", do diretor Roberto Santucci. Em quatro semanas de exibição o filme estrelado por Leandro Hassun conquistou dois milhões de espectadores. Santucci que já tinha feito sucesso com "De Pernas para o ar 1 e 2" parte agora para um novo filme: "Dia dos Namorados"' com Heloísa Perissé. Quem também promete um novo filme é José Padilha, o diretor de "Tropa de Elite". Padilha vem aí com "Curumin, o homem que queria voar" - um documentário sobre a vida de Marco Archer, o brasileiro que foi condenado à morte na Indonésia por tráfico de drogas, mas quem está voando cada vez mais alto e finalmente é o nosso cinema. Daqui a pouco nem precisaremos ver tantos "abacaxis" importados. (Eli Halfoun)

Disney promete novos filmes para a série “Guerra nas Estrelas”

por Eli Halfoun

Se a Walt Disney concretizar a compra da LucasFilm e em conseqüência os filmes da série "Star Wars" ("Guerra nas Estrelas") está decidido que produzirá uma nova série de filmes com o tema, o primeiro deles para ser lançado em 2015. A compra da LucasFilm fará a Disney Production investir U$ 4 bilhões, que acredita recuperará rapidamente só com os novos "Star Wars". Se não recuperar vai realmente ver estrelas. (Eli Halfoun)

STF e Câmara divergem sobre quem cassa o mandato dos condenados pelo mensalão

por Eli Halfoun

Os deputados condenados no julgamento do mensalão podem acabar criando uma nova batalha entre o Judiciário e o Legislativo. Na queda de braço política, a Câmara defende a tese de que a última palavra sobre a cassação de mandatos é dela. Já o Supremo Tribunal Federal acha que a cassação é automática, até porque a Constituição determina em seu artigo 55 que, entre outros casos, "perderá o mandato o deputado ou senador que sofrer condenação criminal em sentença em julgado". Não importa de quem é a decisão. O que importa aos brasileiros é ver os é tirar os políticos nocivos à sociedade fora de circulação. Quanto antes, melhor. (Eli Halfoun)

Regina Duarte assume que tem encantamento por Dilma Rousseff

por Eli Halfoun

Regina Duarte em fase de comemoração de seus 50 respeitáveis anos de carreira tem evitado falar sobre política e assim assumir sua preferência na próxima eleição presidencial. Nem precisa: leia o que ela disse sobre Dilma Rousseff, provável candidata à reeleição, em entrevista para Mônica Bergamo na "Folha de São Paulo". Fala Regina: "eu tenho encantamento por ela, desde o início. Na política internacional, me impressionou muito como ela entrou firme defendendo umas coisas legais. Tem uma frase dela de que eu gosto: "o controle da mídia é o controle remoto". É uma postura democrática muito bacana, agente fica orgulhosa de ter uma mulher ali". Ela e quase todo o povo brasileiro. (Eli Halfoun)

Viagens pelo Brasil inspiram novo livro de Ignácio Loyola

por Eli Halfoun

Aos 76 anos, o escritor Ignácio de Loyola Brandão está aproveitando os dados e experiências que recolhe nas muitas viagens (todas para palestras e eventos literários) seu novo livro (já publicou mais de 30). Com o título de "Ler, Viajar, Comer", Loyola reúne crônicas sobre as viagens. Fala principalmente de hábitos de brasileiros de regiões diferentes e suas comidas. A idéia foi inspirada em outro livro famoso: o "Comer, Rezar, Amar", de Elizabeth Gilbert que ganhou até versão cinematográfica estrelada por Julia Roberts. Loyola espera que os cineastas brasileiros se animem com seu novo livro. (Eli Halfoun)

Até o Vaticano abençoa o novo filme de James Bond

por Eli Halfoun

James Bond, o agente secreto (nem tão secreto assim) britânico está em alta no Vaticano: o jornal "L'Osservatore Romano" publica em sua última edição cinco artigos falando de "Skyfall", o novo filme (estrelado uma vez mais por Daniel Craig) de 007. Os artigos são repletos de elogios e todos consideram esse um dos melhores filmes da série. James Bond já estrelou (com vários atores) 23 filmes desde os anos 50 quando foi exibido o primeiro filme. É a primeira vez que o agente inglês ganha a benção do Vaticano. De onde se conclui que até o Papa viu o filme e pelo visto não dormiu durante a projeção. (Eli Halfoun)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Mais um jornal impresso se vai...

Desta vez, é o Marca Brasil-SP. De propriedade do Grupo Ejesa, que tem no seu portfolio O Dia, Meia Hora, Marca Brasil-RJ e o Portal IG, o esportivo circula amanhã pela última vez. Vão-se mais empregos.

Não mostra mas insinua...

Capa da edição de novembro da Playboy da África do Sul. Precisa legenda?