sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

O paraíso é aqui... no caixa das verbas públicas

 



(O texto a seguir é uma análise do Panis). A Carta Capital mostra a fantástica máquina fiscal do longo braço politico-financeiro das igrejas evangélicas. Com a ajuda de políticos de todos os partidos, pastores obtém benefícios incalculáveis nas esferas federal, estadual e municipal. A cobiça, como define a revista, experimenta uma constante escalada ao longo do tempo. 

A dinheirama entra na megasacola em forma de isenções de impostos, de dotações, "subvenções sociais" e de "convênios" com órgãos públicos. São entidades de "assistência", de terceirização, clínicas de "desintoxicação", creches, eventos apoiados etc. 

A boiada financeira passa praticamente sem fiscalização. E, diante do poder político da máquina evangélica, é difícil considerar que haverá no futuro uma investigação de lavagem desse dinheiro não carimbado. O campo é  fértil. A existência da "legalização" de quantias de origem duvidosa e até criminosa já foi constatada em casos noticiados pela mídia. No ano passado, em São Paulo, uma organização criminosa foi acusada de comprar sete igrejas evangélicas com o objetivo de tirar o diabo da ilegalidade do corpo dos seus lucros.

A cascata de isenções não é apenas fiscal, é moral, ética e penal. Há líderes religiosos com os pés tão fincados na terra que gastam mais tempo como CEOs da máquina política e financeira do que preocupados com ativos espirituais. 

A bíblia menciona o céu como lugar de felicidade, onde não há sofrimento ou pecado. Pois muitos privilegiados já chegaram lá. O paraíso está no caixa do dinheiro público. 

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

O voo dos masoquistas e a ajuda do Papai Brasil às companhias aéreas

Passageiro de avião no Brasil paga caro para sofrer desde o momento em que adentra o aeroporto. Na verdade, o pobre diabo faz o check in sem ter 100% de certeza se vai embarcar e decolar. Tudo pode acontecer. Uma greve deixa passageiros no chão em dezenas de aeroportos brasileiros. Detalhe: a greve foi na Argentina.

Ocorre que as companhias aéreas trabalham atualmente como os lotações dos anos 50/60 do século passado. Para as novas gerações, eu explico. Os lotações eram ônibus precários e montados em chassis de caminhões usados e que paravam em qualquer lugar. Barulhentos e pilotados por motoristas enlouquecidos que ganhavam por "viagem" e por isso disparavam no trânsito "costurando" o engarrafamento na velocidade mais alta possível. Um mesmo veículo podia rodar a cidade por mais de 16 horas com o motor fumegando. 

As companhias aéreas já dispuseram de aeronaves em reservas que podiam cobrir emergências como essa da greve na Argentina. Não mais. O avião que decola de Buenos Aires atende a vôos domésticos no Brasil. Assim, o passageiro que esperava seguir de Fortaleza para Natal fica mofando no aeroporto porque "seu" jato está parado em Ezeiza. E isso acontece com frequência a cada evento que paralisa a malha.

Os jornais noticiam que o governo prepara ajuda para as companhias aéreas. O serviço é ruim e o preço das passagens é exorbitante. Há momentos em que um bilhete da ponte-área Rio-São Paulo custa mais caro do que uma passagem São Paulo- Nova York. Mesmo assim, os executivos estão fazendo lobby para que o governo inhete dinheiro e subsídios na operação. Até o momento Fernando Haddad, ministro da Fazenda com a responsabilidade do equilíbrio fiscal resiste. 

É curioso. Os neoliberais pregam o estado mínimo e a privatização de tudo, até das próprias mães, se necessario, mas adoram subsídios e mamatas amigas. De preferência se parte da verba pública de "ajuda" pagar os bônus milionários dos executivos que em milagre contábil brasileiro costumam ser premiados até quando alegam prejuízos.




Abin, a Gestapo de Bolsonaro exportou dados de milhares de brasileiros

 


terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Todo dia um brasileiro sai de casa e encontra um coach ou um religioso. Quem é o malandro e quem é o otário?

 


Correspondente-marinheiro navega na internet

 

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Tudo muda. A palavra de ordem é corte de custos. O jornalismo brasileiro já teve correspondentes que fizeram história. Na TV, Silio Boccanera, Sandra Sandra Passarinho e Pedro Bial. No meio impresso, o brilhante Reali Jr, entre muitos outros. Atualmente, são poucos. A maioria só sai da redação para gravar "externas" em frente à sucursal ou em pontos turísticos das capitais. Um dos correspondentes em Nova York costuma ler seu relato. No telepromter ou direto do portal do New York Times? Vai saber. Essa tendência se agravou durante a pandemia da Covid, o financeiro gostou, e o pessoal passou a cobrir guerras, por exemplo, apenas atravessando a calçada. Um ou outro ainda é escalado para cobrir eventos como os encontros de Davos e assemelhados em forma de jornalismo declaratório que as chefias parecem adorar. No mais, salve a internet. Os correspondentes internacionais dão like.

domingo, 21 de janeiro de 2024

Memória da mídia: no tempo em que jornal Ultima Hora era o "carioca perfeito"

 

O anúncio acima foi publicado na Manchete. Uma nova campanha do extinto Ultima Hora divulgava nos anos 1970 o posicionamento do jornal como "carioca" com o objetivo de se diferenciar do então forte Jornal do Brasil e o poderoso O Globo. O UH aninciava como colunistas nomes como Artur da Távola, Zuzu Vieira, Gilda Muller, Marisa Raja Gabaglia e Daniel Más. Foi uma das inúmeras tentativas de reerguer o jornal que, em 1991, pediu falência.  O Arquivo Público do Estado de São Paulo colocou na internet o acervo do Ultima Hora, edições de São Paulo e Rio de Janeiro. 

Mídia: o "dá ou desce na GloboNews"

Reprodução X



segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

A Guatemala é aqui?

 

Eu

Atualização em 17/1/2024
Reprodução O Globo

Comentário do blog: os vândalos de 8 de janeiro foram contidos mas um bolsão golpista de deputados e senadores assedia a democracia. Projetos de interesse da sociedade são bloqueados em troca de iniciativas de interesse pessoal ($$$) das "suas excelências". 



Startup da malandragem

 

Reprodução X

domingo, 14 de janeiro de 2024

Uma coisa e certa: essa crônica de Sérgio Augusto no Estadão não é sobre Neymar

 

Reprodução Estadão. Clique na imagem para ampliar.

É o que todo contribuinte deveria fazer: abrir uma igreja-MEI

 

Reprodução X.

Justa reivindicação. Se abrir uma startup religiosa você terá direito a um monte de isenções. Além disso, pode botar a Ferrari e a mansão no Morumbi em nome da igreja neopentecostal. O jatinho e a casa em Miami também podem estar a serviço da evangelização. Se sobrar dinheiro, e sempre sobra, você investe em Bitcoins. O salário do jardineiro da mansão também pode ser incluído nas despesas religiosas, o motorista, idem. Se faltar verba no fim do mês, não se preocupe, peça uma emenda a um deputado da bancada da bíblia. Outra opção é abrir uma clínica de recuperação de dependentes químicos e descolar verbas federais, estaduais e municipais. Depois disso é só assinar a compra de uma cobertura na Quinta Avenida, em NY, ou na Avenue Foch, em Paris. E ainda vai sobrar um troco. Pode apostar. Isso é crítica à igreja? Claro que não. Este post se refere à indústria política montada no Brasil com a ajuda de políticos de todos os partidos.



Já ouviu falar na "Diretiva Hannibal"? Dorrit Harazim explica no Globo de hoje

 

Reprodução O Globo. Clique na imagem 
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sábado, 13 de janeiro de 2024

Os Gulags de Zelenski

 

Leia no Brasil 247 

https://www.brasil247.com/

Fotomemória, Anos 1980: Carequinha na Rede Manchete

 

Foto Rede Manchete/Divulgação

"Em 18 de julho de 1915, George Savalla nasceu em um picadeiro de Circo. Aos 5 já encarnava o Palhaço Carequinha. Na era do rádio ficou famoso apresentando e cantando para as crianças. Nos anos 50 e 60 pela Rede Tupi, apresentou por 16 anos o Programa Circo do Carequinha. Suas músicas eram sucesso em todo o país. No início dos anos 80 apresentou seu programa na Rede Manchete (foto). Partiu em 2006 depois de 90 anos divertindo crianças e adultos".


Fonte: Heróis da Televisão

Zagalo segundo Clarice Lispector em Diálogos Possíveis na Revista Manchete

 

 LEIA NA COLEÇÃO DIGITAL DA REVISTA MANCHETE NA BIBLIOTECA NACIONAL

Zagallo em fotos da Revista Manchete

 

1962: Zagallo chega ao Chile. Foto de José Avelino




1963: Zagallo e o poderos time do Botafogo com Manga, Quarentinha,
Nilton Santos, Rildo, Garrincha, Amarildo... Foto Nicolau Drei
 



1970: Zagallo comanda o Tri. Foto de Jáder Neves

1974: Surpreendido pela Holanda, Zagalo encara a derrota.
Foto Frederico Mendes

Em 1998: o drama na França. Zagallo não resistiu às pressões "desescalou" Edmundo e
escalou Ronaldo combalido para a final contra a França .  


Austrália combate o nazismo

 

Reprodução X 



Reconhecimento facial: o uso público e o risco de abuso privado

Reprodução

A cada dia, a tecnologia de reconhecimento facial é incorporada a redes de câmeras em áreas públicas e privadas no Brasil. São instrumentos importantes para a segurança. No Rio de Janeiro, foram usadas câmeras especiais em Copacabana, durante o réveillon. O sistema teria ajudado a coibir furtos e roubos, mas ainda mostrou falhas que podem levar a erros graves. Pelo menos uma pessoa foi identificada, detida e, em seguida, solta porque o banco de dados acessado assinalou que se trataria de um indivíduo procurado, embora o mandado de prisão estivesse inválido. A vítima já não devia contas à justiça. Ocorreram no Rio, em outras ocasiões, anteriores à nova tecnologia, casos de falsa identificação em álbuns digitais de fotos em delegacias que resultaram em prisões injustas também posteriormente anuladas por juízes. No caso, as fotos supostamente apontadas por testemunhas não correspondiam à pessoa inocente e presa. É necessário, à medida em que as redes de câmeras se espalhem, que os critérios sejam aperfeiçoados, os bancos de imagens e dados unificados e mantidos atualizados.

O reconhecimento facial é hoje uma ferramenta indispensável, por exemplo, na liberação de acesso a edifícios, autenticação em contas bancárias ou quaisquer outros aplicativos, reconhecimento de suspeitos ou identificação de pessoas desaparecidas. A tecnologia busca particularidades faciais que diferenciem um individuo de outro, converte a imagem em dados e tenta localizar um rosto correpondente em grandes bancos de imagens.  

Há, contudo, o risco da aplicação equivocada e há grupos que fogem à Lei Geral de Proteção de Dados operando bancos de imagens ilegais. Em Brasília, segundo o portal Metrópoles, motoristas foram stalkeados por câmeras clandestinas. A investigação mostrou que falsas empresas privadas instalaram uma rede de câmeras pela cidade e em rodovias do DF. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), segundo o Metrópoles, identificou um esquema criminoso que monitorava o trânsito. Através de métodos sofisticados, os hackers captavam placas e levantavam dados e trajetos dos motoristas e os revendiam a interessados. Autoridades foram monitoradas e sabe-se que um delegado de polícia do DF passou a receber ameaças de hackers após ter seu carro monitorado. 

No Rio de Janeiro, há registros de intimidação de pessoas por parte de "bancos de imagens" em grupos de whatsapp privados de restaurantes, supermercados e do comércio em geral. O problema é que nem sempre os alvos que os grupos selecionam terão cometido alguma irregularidade ou crime. Um desentendimento qualquer, reclamar da conta e do serviço, por exemplo, ou uma suspeita infundada pode levar alguém a ter a foto inserida no tal banco de dados informal. A imagem é compartilhada, espalha-se nos grupos e a grande maioria dos integrantes do esquema privado de vigilância provavelmente nem sabe porque o alvo está listado ali. Mesmo assim, a pessoa passa a ser fotografada sucessivamente em outros estabelecimentos. Indivíduos que não cometeram qualquer crime, embora não abordados, são intimidados pela situação inusitada, tornam-se "marcados", são seguidos ostensivamente. Situações de risco podem acontecer com origem em um "banco de dados" ilegal e tão informal quanto perigoso. 

Vale lembrar que a Lei Geral de Proteção de Dados assegura o direito à privacidade e à proteção de dados pessoais, por meio de práticas transparentes e seguras, garantindo todos os direitos fundamentais. E isso é aplicável a todas os agentes ou empresas que coletam e tratam dados pessoais de terceiros. Além disso, a transparência é fundamental: devem ser adotadas regras claras e de fácil acesso para a captação de dados e imagens pessoais.

Aguarda aprovação na Câmara dos Deputados um projeto de lei que pretende regulamentar o uso do reconhecimento facial, mas a proposta se refere apenas às forças de segurança pública e não enquadra o uso policialesco da tecnologia por grupos privados. Uma boa pauta para a mídia é levantar o funcionamento do reconhecimento facial, na prática, tanto nas instalações públicas quando privadas e "informais", como no exemplo citado acima. Quanto mais os abusos forem identificados, mais a tecnologia será útil para a segurança pública.      



sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Bolsonarista queria levar Moraes ao cadafalso

Reprodução X

O comentário a seguir é do blog. A simbologia da forca no caso da ameaça ao ministro Alexandre Moraes não é fantasiosa nem gratuita. A extrema direita estadunidense indica a forca como o destino dos adversários democratas. Já encenaram uma condenação dessas diante da Suprema Corte. 

A inspiração dos supremacistas brancos vem da Ku Klux Klan que enforcava pretos em macabras cerimônias até o começo dos anos 196O. Depois disso passaram a celebrar o assassinato impune de afroamericanos por policiais brancos  especialmente nos estados racistas do sul do país.

Aqui, através de contatos frequentes com a extrema direita dos Estados Unidos, até mesmo realizados por "embaixadores" com mandatos, o fascismo bolsonarista cópia métodos e práticas dos radicais trumpistas.  O atentado planejado contra Alexandre Moraes foi mais um exemplo. Estima-se que a campanha eleitoral desse ano para a disputa da presidência dos Estados Unidos será violenta. E, caso Trump se candidate efetivamente e vença o frágil Joe Biden, seu mandado será caracterizado pela vingança. Nesse caso, vamos precisar de todos os patuás dos orixás do universo iorubá.