domingo, 1 de abril de 2012

Eike Batista acumula prejuízos, mas ainda está bilionário

por Eli Halfoun
Se continuar acumulando prejuízos como vem acontecendo ultimamente não demora muito o mega-empresário Eike Batista não poderá mais orgulhar-se, como costuma fazer, de ser um bilionário, mas apenas mais um milionário. Cálculos feitos pelo portal de economia Economática revelam que as seis empresas de Eike listadas na Bolsa registraram no ano passado prejuízo de R$ 1,2 bilhão. A perda maior foi, ainda segundo a Economática, da OGX com R$ 482,2 milhões. Prejuízo não parece ser novidade para Eike: em 2006 suas empresas perderam R$ 93,8 milhões; em 2008 o prejuízo foi de R$ 337 milhões; em 2009 de R$ 432,8 milhões e em 2010 de R$ 447,9 milhões. Nada que preocupe tanto: Eike ainda tem muito dinheiro para ganhar, para gastar e para perder. (Eli Halfoun)

Corinthians quer ser sofisticado com time de pólo a cavalo

por Eli Halfoun
O Corinthians se orgulha de ser um time popular de imensa e fiel torcida (às vezes exagerada no comportamento). Isso não impede que queira ser esportivamente também um clube de elite. Embora saiba que em nenhum outro esporte terá os seis milhões de torcedores (segundo recente estimativa) que possui no futebol, resolveu criar uma equipe de pólo a cavalo, o que a maioria da torcida popular nem deve saber o que é. A equipe estréia já em abril e é certo que terá como capitão Calão Mello, que é integrante da seleção brasileira e que recentemente participou de um amistoso em São Paulo com o príncipe inglês Harry. O Corinthians quer literalmente criar moda com seu novo esporte: em junho colocará a venda modelos de roupas ligadas ao pólo, como, entre outras ofertas, camisas, calças e botas. Para popularizar o esporte, o clube decidiu que transmitirá jogos em programas especiais da TV Corinthians e em emissoras por assinatura. Com os torcedores do pólo a cavalo costumam ser mais sofisticados e educados seria bom o clube dar aulas de comportamento para seus torcedores, o que, aliás, anda faltando também para o futebol. (Eli Halfoun)

Só faltava essa: futebol procura novos craques pela internet

por Eli Halfoun
“Craque se faz em campo” - essa máxima do futebol começa a não fazer mais sentido quando se toma conhecimento de um projeto que tenta encontrar novos craques da bola através da internet. Não adianta enganar nos vídeos porque os “artistas” selecionados depois serão testados ao vivo. O projeto é internacional e tem o ex-jogador português Figo, que também foi craque no Barcelona, como diretor e principal incentivador da “bola virtual”. Figo, aliás, estará aqui em maio como informa Daniel Brunet em O Globo, para fazer o projeto andar. Nem precisará trabalhar muito: no Brasil todo mundo se acha craque e adora bater uma bolinha. (Eli Halfoun)

“Casseta” voltou, mas a turma não foi tão fundo como prometeu

por Eli Halfoun
O merecido descanso (para eles e para nós) foi grande e era de se esperar que a boa turma do “Casseta e Planeta” retornasse cheia de novidades, mas não foi isso o que se viu na volta do programa. A turma não foi tão fundo como prometeu e anunciou: deixou no público um gostinho de promessa não cumprida, como os políticos sem, graça também costumam deixar. O novo “Casseta e Planeta” não mostrou nada de absolutamente novo . Foi um programa comum e quase sem graça. É pena que uma turma tão talentosa não tenha conseguido encontrar ainda a nova fórmula renovadora. É como se tivesse estancado no meio de um brilhante caminho. Pode ser que nos próximos programas as coisas melhorem. Afinal essa competente turma que renovou o humorismo na televisão terá sempre o compromisso (quase obrigação) de renovar sempre. Ainda bem que eles e nós sabemos que têm capacidade para seguir em frente buscando sempre um novo e necessário caminho para o humorismo que ensinaram a fazer. E certamente não esqueceram. Parece apenas que continuam de férias. (Eli Halfoun)

sábado, 31 de março de 2012

Arpoador às escuras. É a Hora do Planeta


O movimento simbólico de apagar as luzes por uma hora em todo o mundo marcou a noite no Arpoador. Música e performances, como a das silhuetas acima, garotas contornadas por leds, a tecnologia de iluminação de baixo consumo. Céu de lua e estrelas (vai ver tinha criança que, sem o reflexo de parte das luzes da cidade, enxergava astros e constelações pela primeira vez).


Deu na Fatos & Fotos, há 44 anos: ditadura assassina o estudante Edson Luís

Capa da edição 375 da Fatos & Fotos com a cobertura do assassinato
 e enterro
do estudante Edson Luis.

Enterro de Edson Luís. Reprodução Fatos & Fotos

Enterro de Edson Luís. Reprodução Fatos & Fotos
por José Esmeraldo Gonçalves
Há 44 anos, no dia 28 de março de 1968, a ditadura mlitar matou um jovem de 18 anos. Edson Luís de Lima Souto havia chegado ao Rio apenas um mês antes. Pensava em trabalhar e concluir o Artigo 99. Edson fazia alguns "bicos" como faxineiro e frequentava o restaurante dos estudantes, no Calabouço. Naqueles dias de março, o Calabouço era alvo de protestos: os estudantes pediam melhores instalações e melhor comida. Naquela noite, uma quinta-feira, aconteceria mais uma passeata. Edson estava na fila do bandejão, queria sair mais cedo para ajudar na preparação de cartazes. Alertada sobre o protesto, a polícia invadiu o restaurante. Tiros, gritos. Antes que pudesse escapar, Edson foi encurralado e abatido à queima-roupa. A bala varou o coração. O corpo do estudante foi carregado pelos colegas até a Santa Casa de Misericórdia e, em seguida, para a Assembleia Legislativa. Foi decretada uma greve geral e, no dia seguinte, milhares de estudantes compareceram ao velório do colega. Três repórteres da Fatos & Fotos - Helena Beltrão, Carlos Castilho e Edson Cabral - e sete fotógrafos - Juvenil de Souza, Nicolau Drei, José Martins, Jorge Aguiar, Armando Rosário, Milton Carvalho e Moacir Gomes -  foram destacados para cobrir a morte e o enterro do estudante e, nos dias seguintes, os protestos no Centro da cidade. A revista foi para as bancas rapidamente - a velocidade era uma das características da Fatos & Fotos - com uma capa dramática e a chamada em uma faixa amarela: A Morte de um Estudante. A Tragédia do Rio que Abalou o Brasil. Nos anos seguintes, os assassinatos promovidas pela ditadura virariam uma cruel rotina. E, sob a mão pesada da censura, jamais voltariam a ser capa de revista. Ao fim daquele ano, o regime editaria o AI-5. Prisões, sequestros, torturas, perseguições, desaparecimentos, atentados como o da OAB e da bomba do Riocentro e assassinatos seriam os instrumentos da ditadura nos 17 anos de chumbo que ainda viriam após a morte do menino Edson Luís. O Brasil que naquele dia chorou a morte de Edson Luís ainda não sabia que o futuro próximo lhe reservava muito mais sangue e lágrimas.
(N.R: Em vários posts e registros - como o da recente reunião, no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, dos fotógrafos que trabalharam nas revistas da extinta Bloch - este blog, como não podia deixar de ser, tem demonstrado indignação com o sumiço do arquivo fotográfico que pertenceu às revistas Manchete, Fatos & Fotos, Geográfica, Amiga, Desfile etc. Pois é. Entre o material sumido há fotos como essas acima reproduzidas. Momentos importantes da vida brasileira ameaçados de se perderem para sempre. Se o desaparecimento do acervo incomoda, é surpreendente o silêncio de instituições do porte de um  Ministério da Cultura, Arquivo Nacional, Biblioteca Nacional, Museu da Imagem e do Som e, tratando-se de importante memória jornalística, a nossa Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

Mercado de revistas aquecido: novos títulos nas bancas

O Brasil ganha destaque entre as economias mundiais e isso se reflete no mercado de revistas. Muitas publicações - algumas já se consolidam no mercado com bons índices de vendas - são dirigidas à classe C, que emergiu como consumidora no embalo das políticas sociais do governo Lula. Recentemente , a editora  editora Condé Nast (Vogue, GQ, Traveler, Style, entre outras) se associou à Editora Globo. Depois da GQ, a dupla lança a Glamour. A Details deverá ser a próxima a ganhar edição brasileira. A Carta Editorial já publica a  Harper's Bazaar nacionalizada. E deve chegar em breve às bancas a L'Officiel (Escala).

“Avenida Brasil”: o melhor caminho da moderna Branca de Neve Mel Maia e da madrasta má Adriana Esteves

Mel Maia, a pequena atriz da novela Avenida Brasil. Foto:TV Globo/Divulgação
por Eli Halfoun
A novela “Avenida Brasil” estreou com muita ação e uma boa repercussão com o público, especialmente através de postagens no Twitter. Isso não quer dizer que a novela de João Emanuel Carneiro terá uma ação movimentada durante toda a trama ou que será um sucesso incontestável. A experiência nos tem mostrado que muitas vezes novelas que começam bem não conseguem manter o mesmo ritmo, o que, com o tempo, faz diminuir o interesse do telespectador. A Branca de Neve moderna interpretada pela menina (7 anos) Mel Maia não precisava ser tão maltratada. Mesmo que isso fosse fundamental para o desenvolvimento da trama da novela. A crueldade poderia ter sido menor: o público não gosta de ver também na ficção a mesma violência infantil que recheia o noticiário real diário. Crianças não devem nascer para sofrer e é isso, ou seja, crianças felizes, o que o telespectador quer ver nas novelas. Tragédias infantis já são cruéis demais no dia a dia que infelizmente os adultos continuam construindo. No inicio falou-se muito em um importante personagem jogador de futebol. Até agora o Tufão de Murilo Benício mostrou pouco futebol e é um craque completamente fora da realidade porque está gordinho e consegue passear pelas ruas e até por uma lotada rodoviária sem ser abordado por um único admirador, o que, convenhamos, é quase impossível para um craque de futebol. A Branca de Neve moderna (trocou a floresta pelo lixão) interpretada por Mel Maia se impõe com destaque graças ao inegável talento da menina atriz que tem tido uma atuação impecável, o que mostra uma vez mais que a Globo sabe preparar muito bem através dos ensinamentos da ex-Narizinho Rosana Garcia.
Além de Mel Maia o outro destaque de “Avenida Brasil” é até agora a participação de Adriana Esteves, perfeita como a madrasta má e dissimulada (exatamente como a de Branca de Neve) Não me parece exagero, embora ainda seja muito cedo, afirmar que Adriana Esteves vive até agora o seu melhor momento na televisão e tem tudo para consagrar-se definitivamente como uma grande (pequena no tamanho) atriz. Se a novela e o autor continuarem deixando. (Eli Halfoun)

Deu no IG: outro "mião"...

Primeiro, o eleitor mandou pra casa, democraticamente, à base da falta de voto, Arthur Virgílio, Heráclito Fortes, Serra, Tarso Jereissati e outros líderes da oposição. Depois, saindo da política e entrando na área criminal, bate-papo telefônico demoliu Demóstenes. Agora, Agripino é alvo de denúncias. Não reclamem que a oposição não existe. Existe. E aparentemente está muito viva.

Deu no Portal Imprensa: ligações perigosas

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sexta-feira, 30 de março de 2012

Fotógrafos ex-Manchete revoltados com o sumiço do acervo de imagens da extinta Bloch

Ex-funcionários da Bloch reunidos na sede do Sindicato dos Jornalistas, no Rio. Foto: Guilherme Póvoas

José Carlos Jesus (presidente da Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores), ao fundo, presta informações sobre andamento dos processos e reivindicações junto à massa falida da empresa. Foto: Guilherme Póvoas
Após comprador do material que fazia parte das revistas de Adolpho Bloch ter desaparecido, assembléia de ex-funcionários discute possibilidades em relação aos direitos dos jornalistas

O clique mais famoso do repórter fotográfico Orlando Abrunhosa foi na Copa do Mundo de 1970, na estreia da seleção brasileira. Naquele jogo, contra a então Tchecoslováquia, Pelé, após marcar gol ao receber lançamento de Gérson, comemorou com o clássico soco no ar enquanto Tostão e Jairzinho corriam para abraçá-lo. O instante, fotografado por Orlando, que trabalhava na revista Manchete, viajou o planeta e virou até selo comemorativo.
Na última sexta-feira (30/3/2012), o repórter fotográfico estava no auditório do Sindicato dos Jornalistas com mais cerca de cem profissionais, entre jornalistas e gráficos. Eles, junto com outros 300 colegas, estão em busca de pagamentos devidos do tempo em que trabalhavam na Bloch Editores. Enquanto isso, o negativo em preto-e-branco que eternizou a comemoração do ataque da seleção de 1970 tem paradeiro desconhecido, junto com outras 12 milhões peças do acervo da extinta empresa de Adolpho Bloch.
“É uma situação complicada. E não recebi nada pela fotografia”, lamenta o jornalista, que fez história na imprensa brasileira com sua Nikon F. O acervo da Bloch Editores foi arrematado por R$300 mil num leilão em 2010. Neste ano, a Justiça tentou notificar o comprador do material após ação do Sindicato dos Jornalistas, mas não o encontrou. Assim, oficialmente, fotografias que registraram momentos preciosos da história do Brasil e do mundo estão desaparecidas.
“Alguns repórteres fotográficos disseram que irão à polícia apresentar queixa-crime pelo sumiço das imagens”, A revolta é grande não só pelos diretos autorais que não foram respeitados – daí o motivo da ação movida pelo Sindicato – mas também pelo desrespeito com a história da imprensa.
A Massa Falida de Bloch Editores ainda aguarda decisões da Justiça sobre processos relativos a pagamentos de salários, FGTS e horas extras. O promotor que acompanhava o caso. Dr. Luiz Roldão de Freitas Gomes Filho, hoje Procurador da Justiça Cível, foi substituído pelo Dr. Carlos Cerqueira Chagas na 5a. Promotoria de Massas Falidas. Mas a juíza responsável pela 5ª Vara Empresarial da Comarca da capital é a mesma, Dra. Maria da Penha Nobre Mauro, assim como a Síndica Dra. Luciana Trindade da Silva. Os ex-empregados continuam confiantes com o apoio recebido das autoridades responsáveis pela massa falida.
“Esperamos que o novo promotor dedique a merecida atenção aos trabalhadores”, destaca o presidente da Comissão de Ex-funcionários, José Carlos Jesus, que agradeceu a atuação e o interesse do promotor Dr. Luiz Roldão de Freitas Gomes Filho. A propósito do anunciado sumiço do arquivo fotográfico, Dr. Luiz Roldão demonstrou sua surpresa já que o endereço e contatos do comprador devem obrigatoriamente constar dos documentos legais da massa falida. Em nome dos colegas, José Carlos ainda dirigiu um agradecimento especial à juíza Dra. Maria da Penha Nobre Mauro.
Fonte: Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro 
Veja o site do SJPMRJ, Clique AQUI

Censura no Facebook: página do premiado filme "Slovenian Girl" é detonada. Distribuidora protesta

Cena de Slovenian Girl. Nina Ivanisin no papel de uma universitária que se prostitui.
Nina Ivanisin, 19 anos, no cartaz do filme "Slovenian Girl", banido do Facebook sob a alegação de "pornografia".
por JJcomunic
A distribuidora de filmes Tucumán publicou em seu site uma nota de repúdio contra censura no Facebook. A página do longa "Slovenian Girl" foi bloqueada sob alegação de conteúdo erótico por mostrar uma menina em pose sensual. A "menina" é a premiada atriz Nina Ivanisin, de 19 anos, protagonista do longa. Leia a nota de repúdio:
"A Tucumán Distribuidora de Filmes e seus colaboradores estão extremamente consternados e lamentam a atitude intolerante demonstrada pela rede social Facebook. A “fanpage” criada para o filme “Slovenian Girl”, foi bloqueada por ter uma imagem que segundo os incompreensíveis critérios do site “viola o Guia de anúncios do Facebook”. A imagem (uma atriz vestida, levantando a saia e deixando a calcinha à mostra) sugeriria pornografia. O Facebook tem feito frequentes censuras a imagens de arte confundindo-as com pornografia. E pelo visto a incompreensão apenas cresce. A imagem, que sequer possui nu, é o cartaz do filme e é, inclusive, divulgado na Europa. Possui os nomes do filme e da distribuidora, a ficha técnica e os louros adquiridos pelo filme. É triste ver o desrespeito a todos que idealizaram e trabalharam nessa obra que foi considerada o melhor filme europeu de 2010 pela European Film Academy. O Facebook não precisa ser uma polícia dos bons costumes."
No filme, Alexandra é uma jovem de Krsko, uma pequena cidade na Eslovênia, que estuda letras na Universidade de Ljubljana. Ela planeja ganhar o mundo. Trabalhando como prostituta, sua vida segue do jeito que queria, mas uma morte acidental a colocará em risco e a pensar no que vem fazendo para conquistar sua independência.
Nada muito diferente do contexto de um filme como "Bruna Surfistinha", pode exemplo.
Veja o trailer de Slovenian Girl. Clique AQUI

Sem pressa de pedir a saideira...

por Gonça
Uma das qualidades do bom cronista, além de escrever bem, claro, é captar sentimento, ser uma antena parabólica a dar voz a milhões de vozes. O texto do escritor Ruy Castro (Folha de São Paulo, hoje) é um desses momentos: o cronista como porta-voz de sensações que não lhe são exclusivos. Ruy, como muitos jornalistas, era um frequentador de bares e botequins do Rio de Janeiro desde os tempos da Ipanema mítica. Bares e botecos, como bem sabemos, têm alma, além de mesas, cadeiras e paredes. "Você sente que o mundo mudou quando, ao voltar a seu bar favorito depois de longa folga, não reconhece ninguém ao redor", escreve Ruy.
Devo dizer que não abandonei os bares, nem os bares me abandonaram. Frequento pé-sujos tradicionais, que ainda resistem no Rio, mas gosto de conhecer botequins novos. O problema, a essa altura, é, como diz o Ruy, voltar a um bar dos velhos tempos, pedir um chope e olhar em volta. Vem na pressão mas com um colarinho de saudade. Ué, cadê a turma? Aquela mesa era a preferida do Henrique Diniz, o Riff gostava de ficar na entrada, o Sergio de Souza, o mais perto possível dos tira-gostos, o Monteirinho ficava falando sobre os títulos de sacanagem que bolara naquele dia para o jornal popular que editava, para o Lulu, que morava em Paris, o importante era o chope bem tirado no verão carioca, o qual não perdia um. E os garçons? Cadê o Mesquita, gente boa que nos atendia e a quem apelidamos de "o pior garçom do Rio de Janeiro"? Boas lembranças e boa turma, que pediu a saideira mais cedo e foi embora de vez sem pedir licença. Outros mudaram de bares ou simplesmente cantaram, como Zeca Pagodinho, o "deixa a vida me levar". Mudaram, casaram, trocaram a cidade grande pelo interior, cansaram da agitação dos botecos... Márcia, Christina, Denise, Tânia, Graça... querem mais é paz, deletaram a mesa do bar e estão logadas no  facebook. Alguns e algumas, muitos, resistentes, mantêm a rotina. Vida que segue. Nos vemos no sábado, no Braca, no Chico&Alaíde, no Belmonte, no Devassa, no Bar Luís, no Bar Brasil, no Cosmopolita, na Academia da Cachaça, no Capela, no Lamas, no Planalto, na Taberna, na Adega. Por aí...         

Carro velho da princesa Kate fica encalhado em leilão

por Eli Halfoun
Nem o fato do carro ter pertencido a Kate Middleton, a atual Duquesa de Cambridge, fez com que nenhum colecionador topasse pagar 200 mil reais por um velho carro Golf. Esse foi o preço mínimo estabelecido para o lance inicial do leilão que colocou o modelo 2001 à venda. O preço absurdo foi estabelecido por uma única razão: o carro pertenceu a Cartherine (Kate) Middleton, que o comprou em 2001 pouco depois de conhecer seu atual marido, o duque (ex-príncipe) William. Kate usou o carro até 2007, ano em que o presenteou ao irmão. Em 2009 a família Middleton vendeu o Golf para uma loja de carros usados, que agora tenta revendê-lo em Leilão com um preço supervalorizado que não atraiu nenhum comprado. Ganância demais não é lucro nem esperteza. É simplesmente burrice, o que, aliás, nossos comerciantes já deveriam ter aprendido. (Eli Halfoun)

No futebol, a emoção quente vem da ”geladinha”. É Lula quem diz

por Eli Halfoun
Enquanto se prolonga a inútil discussão (provavelmente entre um gole e outro de uísque ou vinho) em torno da liberação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios e em torno deles durante a Copa do Mundo do Mundo de 2014, o ex-presidente Lula (felizmente livre do câncer) entrou em cena para com uma única e definitiva declaração marcar sua opinião: "Sem cerveja não há emoção. Sem emoção não há torcida". Não é bem assim, mas a verdade é que a cervejinha faz parte da presença dos torcedores nos estádios. A briga é inútil porque de uma maneira ou de outra o torcedor sempre encontrará um jeito de consumir a "geladinha", mesmo que seja a quilômetros dos estádios. O torcedor sempre poderá vir com a latinha na mão e só jogar fora (vazia, é claro) quando estiver próximo do estádio, ou seja, será até divertido driblar tranquilamente a fiscalização. (Eli Halfoun)

Sem Chico e sem Millor o Brasil está muito mais triste...

por Eli Halfoun
Não foram poucas as declarações que li (lemos) afirmando que "com as mortes de Chico Anysio e de Millor Fernandes, sem dúvida dois gênios quer nos farão muita falta, o Brasil "ficou mais burro". Talvez até tenha ficado mais burro, mas com toda certeza ficou bem mais triste. Chico fez a vida transbordar de alegria através de toda capacidade artística, especialmente seus mais de 200 inesquecíveis personagens. Millor Fernandes encheu o jornalismo de cultura e de humor e mais do que isso de pensamentos que sempre fizeram o público rir, pensar e refletir. Foram sem dúvida de uma vida intensa que pertenceu muito mais ao público do que a eles mesmos. Por isso não morreram. Apenas partiram. Jamais deixarão de estar vivos através de tudo que criaram fazendo da eternidade de cada um deles e a nossa mais completa. Definitiva. (Eli Halfoun)

Protesto contra os zumbis da ditadura acaba em pancadaria

Uma página dupla bastante sugestiva. De um lado, a abertura das investigações sobre o assassinato do jornalista Vladimir Herzog preso e torturado pela ditadura militar. Do outro, "zumbis" de um regime que matou, perseguiu, torturou opositores e distribuiu privilégios e benefícios às custas dos cofre públicos a muitos dos seus adeptos e a empresas-parceiras, a notória face corrupta que a censura da época tentou esconder. Foi no Centrro do Rio, nas imediações do Clube Militar que promovia uma reunião dos aliados civis e militares da ditadura, uma espécie de pagode de assombrações. Para amanhã, 31 de março, data do golpe, os saudosos da ditadura prometem um novo espetáculo: um salto coletivo de paraquedas, na Barra, denominado "Brasil, acima de tudo". Não por coincidência, uma dublagem do tristimente famoso "Deutschland über alles", da Alemanha nazista.   
Foto: Reprodução O Globo

Subserviência em troca de fogão, geladeira, iPad, jatinho e, segundo as gravações, 1 "mião" ou 2 "mião"

Foto: Reprodução O Globo
O Globo de hoje divulga outros trechos das gravações das conversas do senador da oposição, então líder do DEM, Demóstenes "Niágara", que era badalado pela mídia como uma espécie de Madre Teresa de Calcutá ou Irmã Dulce  da política. Em meio a toda a combinação, chama a atenção a subserviência do senador. "Anota uma lei aí. Vc podia dar uma olhada". Imagine a cena: o senador saca de uma caneta (provavelmente recebida de presente) e escreve lá a "ordem"."Pois é, você tinha que trabalhar isso aí". "Dá uma olhada aí". Demóstenes balbucia: "Vou fazer o que você quer". E ainda se tratam por "doutor" e professor", ofendendo, de quebra, duas categorias.  

Deu no Portal Imprensa...

Censura e retaliação. Reprodução

GQ BRasil comemora uma ano. Deborah Seco na capa...