quinta-feira, 22 de março de 2012

Modelo Aryane Steinkopf posa para a Playboy nas ruas de São Paulo




por Omelete

Aryane Steinkopf, ex-Panicat, é a capa de abril da Playboy. O detalhe é que fez as fotos em pleno trânsito de São Paulo. Ousou caminhar em plena Avenida Paulista, nas escadas da estação Consolação do metrô e em frente ao prédio do Conjunto Nacional. Não chegou a parar o trânsito porque em SP isso já acontece normelmente, mas deixou motoristas e pedestres extasiados. Os celulares, claro, foram acionados e aí está o flagrante.

Mazzaropi: 100 anos escrevendo a história do cinema nacional

por Eli Halfoun
Sempre que se falar em cinema nacional devemos lembrar do Amácio Mazarropi, um dos pioneiros da hoje bem sucedida indústria história cinematográfica brasileira. Foi Mazzaropi quem ajudou a popularizar os filmes brasileiros e deu para a nova indústria de filmes a cara mais brasileira que poderia ter. Mazzaropi levou para as telas a simplicidade caipira de um povo. Até acredito que foi a partir dos filmes de Mazzaropi que a hoje popular música sertaneja foi redescoberta e até reinventada. Esse ano Mazzaropi completaria 100 anos e a data não será esquecida: o velho e sempre caipira, primeiro cineasta brasileiro a ter seu próprio estúdio, será homenageado no I Festival Internacional de Cinema que será realizado em Campos de Jordão, São Paulo, de 27 de abril a 5 de maio. É claro que a homenagem será cinematográfica com a exibição de alguns de seus filmes, como, entre outros, "Sai da Frente", "Candinho" e "Nadando em Dinheiro". O ingênuo cinema de Mazzaropi está superado, mas jamais poderemos deixar de reconhecer que foi graças a esses filmes que o cinema nacional realizou uma produção industrial, apesar de todas as dificuldades que enfrentou e enfrenta. Mazzaropi também enfrentou, mas nunca deixou de acreditar em seus filmes, ou seja, no nosso cinema. (Eli Halfoun)

Arte é a nova energia do que ficou velho e superado

por Eli Halfoun
Economizar energia é fundamental. Mas é preciso reduzir o consumo sem que isso signifique privar a população de usar normalmente os hoje fundamentais e confortáveis eletrodomésticos. Foi o que aconteceu em Cuba quando uma campanha do governo possibilitou que a população trocasse seus velhos aparelhos pelos novos e de baixo consumo. O que estava velho e superado não foi para o lixo: ganhou nova utilidade sem que com isso fosse necessário usar a energia elétrica: aristas plásticos do país se encarregaram de transformar os velhos eletrodomésticos em modernos objetos de arte que já ganharam a visita e o aplauso de muitas pessoas em Paria, Madri, Milão e, é claro, Havana. A exposição, que reúne 53 geladeiras reaproveitadas, recebeu o nome de "Monstruosos Depenadores de Energia" e poderá ser vista no Brasil, mais precisamente no MuBE de São Paulo, em novembro. Talvez com essa exposição o mundo enfim entenda que nem tudo o que está velho é para ser esquecido e descartado. Especialmente seres humanos, que sempre podem passar por uma renovadora transformação. (Eli Halfoun)

Vinicius de Moraes dá samba e poesia na União da Ilha 2013

por Eli Halfoun
O desfile das escolas de samba para 2013 já entrou no ritmo com a escolha dos enredos e os primeiros esboços de fantasias. A União da Ilha vai mostrar que Vinicius de Moraes dá samba e dos bons. O poetinha será o enredo da escola que promete fazer desfilar no Sambódromo muitos e famosos amigos que Vinicius colecionou durante, principalmente, sua trajetória musical. Com Vinicius não faltarão amigos e nem ex-mulheres. (Eli Halfoun)

Ronaldo está de olho nas placas comerciais nos estádios de futebol

por Eli Halfoun
Comercialmente o futebol não é cobiçado apenas pelo o preço do passe de jogadores, patrocínio nas camisas e cargos bem remunerados. Entre as muitas coisas que merecem cobiça fora de campo, estão as placas comerciais colocadas em torno do chamado tapete (nem sempre tão tapete assim) verde. Um dos principais desafios que a 9Nine, a empresa de Ronaldo Fenômeno terá pela frente para cuidar de todos os interesses da Brahma relacionados ao futebol, será a tentativa de conquistar, via CBF, o contrato exclusivo para a utilização das placas pela cervejaria. A exclusividade do espaço-placas ainda é do ex-repórter, hoje empresário, J. Hawilla, que ainda em seu tempo de repórter vislumbrou nas placas um grande negócio e fez fortuna com ele. Um verdadeiro gol de placa. (Eli Halfoun)

quarta-feira, 21 de março de 2012

Denunciar é o principal e mais importante papel da imprensa

por Eli Halfoun
Noticiar e opinar não são as únicas e principais funções do jornalismo. Uma das mais importantes (talvez a mais) é a prática do jornalismo de denúncias, o jornalismo investigativo (o José Esmeraldo já escreveu - e bem - sobre isso). Essa era uma prática exercida diariamente na época em que atuei por muito tempo como repórter: havia sempre uma preocupação, quase obrigação, de buscar fatos que mostrassem (ns verdade empurrassem) para a necessidade realizar investigações oficiais e de não permitir que os leitores continuassem a ser enganados e o país a ser vergonhosamente roubado. Muitas investigações foram feitas através de denúncias levantadas pelos jornais. De uns tempos para cá o jornalismo investigativo perdeu força porque os jornais passaram a ser uma espécie de prees-realise dos acontecimentos, como se isso fosse suficiente para fazer um bom jornalismo de verdade. Há muito para denunciar nesse país e continuo acreditando que esse é o mais importante papel da imprensa. Felizmente o jornalismo de denúncias (só vale se as denúncias estiverem fundamentadas, ou seja, se existirem provas) está voltando. A recente reportagem (reportagem é isso) do “Fantástico” sobre a vergonhosa manipulação do dinheiro público provocou uma imediata reação da população e até que enfim das autoridades: mostrou que só com o jornalismo exercendo um papel realmente investigativo será possível evitar que muitas coisas continuem acontecendo abusivamente nesse país da ainda impunidade. O “Fantástico” levantou a bola e agora cabe à população ficar de olho até que os responsáveis pelas absurdas falcatruas sejam realmente punidos. É muito importante também saber que o jornalismo do “Fantástico” pode vir a fazer toda a imprensa redescobrir uma de suas principais funções: a de denunciar. Talvez as denúncias feitas pela imprensa não acabem com a corrupção, mas sem dúvida tornarão bem mais difícil continua entrando impunemente nesse jogo sujo. (Eli Halfoun)

É o fim: “House” diz adeus em maio nos Estados Unidos. Brasil ainda verá muitas reprises

por Eli Halfoun
Os fãs do Dr. House, o Sherlock Holmes da medicina, podem ir preparando os lenços brancos para se despedirem de um dos mais fascinantes personagens das séries de televisão. A Fox (produtora do seriado) marcou para o próximo dia 21de maio a exibição do último episódio do seriado. “House” chega ao final depois de oito temporadas (desde 2004) exibidas com sucesso em 38 países. O seriado deu ao ator Hugh Laurie, além de milionários contratos, nada mais nada menos do que 38 prêmios de melhor ator, incluindo dois cobiçados Globo de Ouro.  Não se sabe ainda quando o último episódio será exibido no Brasil, mas como a Universal Channel e a Record, que o exibem por aqui costumam reprisar os episódios constantemente é muito provável que por aqui “House” continue no ar por muito tempo até que o último episódio seja exibido e reprisado dezenas de vezes. Enquanto a Fox deixar. (Eli Halfoun)

Vem aí o Prêmio Contigo! MPB Brasil...


 Em parceria com a rádio MPB FM (90,3), a revista Contigo cria mais uma premiação. Trata-se do Prêmio Contigo MPB Brasil de Música, previsto para acontecer no dia 16 de julho no espaço Multicultural Miranda, no Complexo Lagoon, no Rio de Janeiro. Haverá troféus para melhor álbum MPB, melhor álbum pop rock, melhor álbum samba, melhor álbum regional, melhor DVD, instrumentista, artista independente, top digital, música do ano, melhor cantor e melhor cantora. O MPB se soma aos outros prêmios promovidos pela Contigo!: TV, em sua décima-quarta edição, de Cinema Nacional, sétima edição, de Teatro, sexta edição, e o Prêmio Contigo de Talentos, segunda edição.

Olha só o Maraca como vai ficar...

Foto Divulgação
Foto Divulgação
Foto Divulgação
A empresa Fernandes Arquitetos e Associados divulgou hoje algumas fotos do Maracanã, tal como estará ao término das obras. Só tem um problema: essas bandeirinhas da torcina brasileira poderão ser vistas, talvez, na Copa das Confederações, em 2013. Na Copa do Mundo de 2014, pela tabela ingrata com o Rio, a Seleção Brasileira só pisará no gramado do novo estádio se chegar à final. O que, nessa marcha lenta do estranho time do Mano Menezes, é improvável. .

Arquivo da Manchete: agora oficialmente sumido

O livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou" reúne reproduções de imagens históricas publicadas pelas revistas da extinta Bloch. Muitas delas feitas pela mítica Rolleiflex. A câmera da foto pertenceu ao Departamento Fotográfico da empresa e foi adquirida em venda pública de "sucata" da empresa falida. 
por Gonça
Agora a Justiça assina embaixo: o acervo fotográfico que pertenceu à extinta Bloch Editores está oficialmente desaparecido. José Carlos Jesus, presidente da Comissão de Ex-Empregados da Bloch Editores (Ceebe), recebeu informações do setor jurídico do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, que move ação para localização, interrupção de eventuais vendas de fotos e anulação do leilão que transferiu o acervo da Massa Falida para um particular. Segue a confirmação do desaparecimento, segundo o SJPMRJ.
"Foi expedida Carta Precatória para citação/intimação do Arrematante em Teresópolis. Segundo informações da Oficial de Justiça, o mesmo não foi localizado. Estamos aguardando a devolução da precatória para que possamos dar andamento ao processo, com expedição de ofícios para fins de localização do arrematante.A Massa Falida já foi citada e intimada da decisão".
José Carlos de Jesus sugere uma pista: no último domingo, em matéria sobre os 50 anos da canção "Garota de Ipanema", o jornal O Globo publicou duas fotos cujos originais pertenciam ao arquivo da Bloch. Um boa ajuda seria o o jornal informar como e de quem adquiriu as imagens de Tom e Vinicius, no terraço da casa deste último, no Jardim Botânico, e de Helô Pinheiro, que inspirou a "Garota", na Praia de Ipanema.

Guilherme Barros na Isto é Dinheiro

por Gonça
Guilherme Barros, um dos mais bem informados jornalistas de economia do Brasil, assina uma nova coluna na revista Isto é Dinheiro. Como diz o anúncio em página dupla publicado nos principais veículos neste fim de semana, "Guilherme leva a você informações privilegiadas sobre os bastidores da economia, finanças, negócios, política, consumo e tudo o mais que possa interessar a investidores, empresários e executivos". Além da coluna impressa, o jornalista publica um blog no site da revista. A propósito, Guilherme é filho de um dos autores deste blog, J.A.Barros, lendário Diretor de Arte de O Cruzeiro, Manchete, Fatos & Fotos, Manchete Esportiva, entre outras importantes publicações. 
Conheça o blog do Guilherme Barros. Clique AQUI

Deu na Trip: Eduardo Faustini, o repórter que desmascarou a corrupção



por JJcomunic
A matéria acima foi publicada na revista Trip. no ano passado. Trata-se de um perfil do repórter investigativo Eduardo Faustini. Foi ele o autor da matéria do "Fantástico", no último domingo, que passou para milhões de brasileiros um impressionante retrato da corrupção. Eduardo é jornalista premiado por várias outras matérias de denúncias. Por isso, anda com seguranças e não pode mostrar o rosto.
"Você conhece este homem? Há 15 anos, todo domingo, ele invade a sua casa – mas você nunca o viu. Com uma câmera escondida, denunciou políticos, traficantes e picaretas de toda sorte. Em sua primeira entrevista, ele fala do assassinato de Tim Lopes, da violência carioca e de como é viver no limite entre a vida e a morte. É hora de você conhecer de verdade Eduardo Faustini, o repórter sem rosto do Fantástico".
Leia a matéria completa no site da revista Trip. Clique AQUI   

Gaugamela outra vez?

deBarros
O Irã é a bola da vez. Depois das eleições nos EUA, agora em novembro, tambores de guerra vão ressoar em todo Oriente.  Sinais de fumaça são vistos por trás das Montanhas Rochosas Uma nova batalha de Gaugamela se travará nas planícies persas e um novo senhor da Ásia Menor ascenderá aos olhos do Mundo Novo.
Flávio Josefo, historiador hebreu, que conseguiu fugir de uma Jerusalém em chamas, narra toda a saga do povo hebreu da fuga do Egito e das muralhas da Babilônia até os seus últimos reis. Batalhas sangrentas se travaram entre os povos que habitavam das colinas de Sion aos vales do Tibre e do Eufrates chegando às margens do Nilo. E vieram os gregos e macedônios incendiando cidades e matando  centenas, milhares de pessoas. E vieram os romanos e suas legiões com suas lanças e gládios  conquistando o mundo que conheciam e não conheciam. Do norte da África aos leitos dos rios que corriam nas terras dos Godos, Visigodos, e outras tribos germânicas  vencidas e submetidas às garras da poderosa Águia Imperial.
Vieram os bárbaros da Mongólia, vieram Ghengis Khan e os Átilas. Hunos ferozes sedentos de sangue invadiram a Europa chegando às portas de Roma. Diante dela depuseram suas lanças e às suas terras voltaram. Mas o mundo continuou suas guerras. Na Europa, Normandos e Vikings sacaram suas espadas de suas bainhas e se atacaram até à morte. Vieram, a guerra das Rosas, a dos Trinta anos e a dos Cem anos se sucederam. As Cruzadas ensanguentaram as terras de Abrahão na defesa de Jerusalém, a Cidade Santa, pelos Cavaleiros Templários. Deum apud, gritavam esses Cavaleiros da Morte e se lançavam ao combate. Napoleão transformou a geografia do mundo europeu. As guerras napoleônicas derrubaram tronos e coroas debaixo da espada e criaram novas testas coroadas. Uma nova onda de batalhas percorreu o solo europeu. Se não trouxe a pax romana trouxe um novo pensamento que mudou a face do mundo. A Europa, sempre desejosa de sangue, viu a 1ª Guerra Mundial se travar mais uma vez em seus campos. Em seguida veio a 2ª Guerra devastando a Europa derramando sangue em seus campos e planícies, agora trazendo em suas entranhas novas armas de destruição em massa. A Bomba Atômica, num clarão aterrador, ilumina os céus do Japão destruindo cidades e matando milhares e milhares. O deus da guerra se satisfazia com a sede de sangue dos homens. E vieram outras guerras. Vidas humanas eram imoladas no altar dos deuses que pediam mais sangue. E o Senhores da Guerra sorrindo atendiam aos seus desejos. Hoje, no mundo, vive-se uma paz suspeita de retardar uma nova guerra que se avizinha nas planícies de Gaugamela. Se vier, que seja então a última batalha que o homem irá travar antes do seu fim.

terça-feira, 20 de março de 2012

Irmãs nas capas da VIp e da Bazaar


Patricia Barros é capa da Vip, de abril. Optou por uma carreira na TV (é protagonista da novela "corações Feidos", do SBT), ao contrário...
da irmá mais famosa, a modelo Ana Beatriz Barros (acima, na Bazaar) que brilha em passarelas e estúdios fotográficos

Deu no Globo: Arnaldo Niskier lança livro sobre Adolpho Bloch

Está na coluna do Ancelmo, de hoje. O escritor e jornalista Arnaldo Niskier, com importante história profissional na Bloch, desde os seus tempos de Manchete Esportiva no fim do anos 50 e com atuação em praticamente todas as revistas da editora, onde foi diretor de jornalismo, entregou à Nova Fronteira os originais do livro "Memórias de um Sobrevivente", sobre sua trajetória na Bloch e a longa e próxima convivência com o amigo Adolpho Bloch. No ano em que a revista completaria 60 anos, Niskier resgata fatos, bastidores e o "folclore" da Manchete.

Um game que simula campanhas políticas...

O site da MTV americana: política para jovens. Reprodução
por JJcomunic
Um boa ideia para motivar os jovens eleitores. A MTV americana bolou o "Power of 12"', um site que agrega notícias, opiniões, documentários e um game chamado "Fantasy Election 12". No jogo, os participantes formam suas equipes de marketeiros e assessores e vivem fatos e estratégias típicas de uma campanha política.  
Leia mais. Clique AQUI

Deu no Ancelmo...

Reproduçõa O Globo

"Fantástico" mostra a face empresarial da corrupção

por Gonça
A matéria do Fantástico flagrando a corrupção ao vivo e em cores foi um perfeito exemplo do legítimo jornalismo investigativo. Sem conotação de matéria política de "oposição" ou "situação", rotúlos que só favorecem os corruptos e acabam desqualificando muitas denúncias, a reportagem do jornalista Eduardo Faustini foi de alto interesse social. Revelou como funciona um "esquema" do qual, claro, se tem notícia, mas nunca assim, às claras, com a overdose de cinismo dos empresários envolvidos. Claro que o "esquema" identificado no Rio é padrão em muitos estados e municípios, governados por seja lá que partido for. A corrupção é endêmica. Nos últimos anos, a Polícia Federal desvendou o crime organizado em diversos setores. Há políticos de um lado e empresários do outro, grandes e pequenos empresários que geralmente são poupados até na exposição à mídia. Há várias lições a extrair. Uma delas, quanto à onda de terceirização desregrada,  um dos instrumentos neoliberais, ao lado das privatizações, para o sonhado desmonte do Estado. É prática geral hoje e que parece passar longe de qualquer fiscalização. Governantes pregam a terceirização como uma forma de baixar custos. Falso. Quase sempre transfere recursos públicos para bolsos privados. Um exemplo recente? Uma empresa terceirizada contratada para fazer a manutenção de um frota de carros pública, no Rio, superfaturou tanto que o dinheiro desviado daria para repor toda uma frota nova de veículos. Há casos em que a terceirização se justifica, há casos em que representa custo maior. E é óbvio também que há centenas de empresas de serviços honestas. Mas não essas que se aproximam de políticos em geral, até financiam suas campanhas e ganham contratos privilegiados. A prppsito, o avanço exagerado da terceirização do setor público está diretamente ligado a essa "retribuição" devida pelo político àquele que abasteceu seu caixa de campanha.
Não foram poucas as empresas privadas que desmontaram setores inteiros e o entregaram a terceirizadas para descobrir, depois, que as despesas cresceram em vez de diminuir. Também são frequentes os casos de processos trabalhistas contra empresas terceirizadas que deixam de cumprir suas obrigações e com pepino das indenizações sobrando para o contratante, seja público ou privado. Outra lição a tirar do episódio relatado pelo Fantástico é quanto à atuação da Justiça. Normalmente, passada a indignação e a repercussão, os acusados são liberados, processos são arquivados e os envolvidos, como ficou demostrado agora, partem para novas operações ilegais. Dá a impressão de que a polícia e a sociedade estão engajadas na luta contra a corrupção mas parte do judiciário ainda não se motivou a fazer uma cruzada contra essas figuras. Quando da conhecida Operação Mãos Limpas, na Itália, o governo, por exigência da sociedade, criou uma força-tarefa de policiais, investigadores, juízes e promotores. Isolou os corruptos, buscou nas instituiçõe aqueles fichas-limpas e deu-lhes condições para agir. E, também lá, a luta continua. Hoje mesmo o Globo noticia uma ação da polícia contra magistrados que vendiam sentenças para a máfia.
A desfaçatez dos empresários mostrada no Fantástico só prova que essa turma tem costas quentes. Muito quentes.
Do ponto de vista jornalístico, outra observação a fazer: esse tipo de matéria investigativa praticamente sumiu do Jornal Nacional, que em outrtas fases marcou muito pontos nessa área. O Fantástico, programa de variedades, se destaca nesse segmento. E não é de hoje. O programa de domingo sempre levanta boas pautas na linha investigativa.    

Raul Gil: uma lição de respeito aos calouros. A televisão precisa aprender

por Eli Halfoun
Programas de auditório sempre foram vistos com restrições pela crítica que os considera fora de moda e, na maioria das vezes, apelativos. Programas de auditório jamais sairão da moda e com eles os programas de calouros que supostamente procuram dar espaço para novos talentos, o que nunca aconteceu em grande escala. Duvido que alguém aponte um canto ou cantor de sucesso que tenha sido lançado e projetado por um programa de calouros (não vale quem consegue cantar fazer um showzinho aqui, outro ali). Nem por isso os programas deixam de ser importantes na medida em que ainda abrem espaço (pelo menos uma vez) para muitos sonhadores artísticos. Programas de calouros têm lugar cativo na televisão principalmente porque costumam ser de baixo custo de produção e que tem como “arma” o poder de fazer com que o público se transforme em torcedor e em crítico, escolhendo esse ou aquele candidato. A história da televisão brasileira está repleta de programas de calouros e nela cabe lugar de destaque para o “Programa Raul Gil” que sempre buscou encontrar calouros talentosos e não competidores que transformem o programa em um grande desrespeito e um humorístico de mau gosto. O “Programa Raul Gil” leva a sério o critério de entregar ao público e ao júri candidatos que se não chegarem a ser artistas de sucesso pelo menos podem mostrar (nem que seja uma única vez) que sabem cantar, inclusive tendo de enfrentar a opinião de jurados que ali estão muito mais para encontrar defeitos do que para reconhecer virtudes. Essa questão de jurados sempre foi complicada já que as opiniões são divergentes (só funciona se for assim) e de uma enorme responsabilidade se levarmos em conta que uma crítica mais contundente pode fazer um iniciante de talento desanimar de continuar tentando realizar seu sonho artístico. Nesse tipo de competição vocal e musical desistir também faz parte do jogo, mas estar consciente de que insistir é fundamental para quem quer seguir em frente. (Eli Halfoun)

NBC lança e-books com programas e séries antigas

por JJcomunic
A NBC criou uma editora de e-books, a NBC Publishing, para lançar no mercado conteúdos de programas antigos. Pretende fornecer material livros carregados de vídeos para tablets e e-readers. A rede americana dá um bom exemplo para a Globo, Record (que ainda tem em arquivos imagens históricas), Canal 100, Cinédia e tantos outras empresas que detém parte da memória visual do país.