segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Anotações de viagem-3: Londres, verão nota 10

por Lenira Alcure
Acabo de copiar uma citação de Proust afixada num cartaz em frente a uma igreja Unitarian ( não sei o que é isso) em Notting Hill Gate: “A viagem mais importante não é a que se faz descobrindo novas terras, mas aquela em que abrimos os olhos para o mundo perto ou longe,de uma nova maneira”. Mme de Stael, que viveu entre os sécs 18 e 19, escrevia suas impressões da Itália com a mesma idéia, a de que uma paisagem vale a pena pelo que aprendemos da presença humana ali. Sem pretensões de chegar a esses ilustres imortais, meu bisavô Chiquinho~aconselhava às filhas (13!): “A educação de uma moça só está completa quando ela viaja!” Guardei a lição e minhas viagens sempre tiveram razões muito pessoais, algo com antigas paixões que assim vão sendo alimentadas. No ano passado, fui a Reims, completando meu circuito Joana d’Arc, cuja história toda ilustrada li aos 9 anos, meu primeiro livro em francês. Em 1970, fui a Grécia graças às aulas do Prof. Junito, na PUC. A Istambul, fui motivada pelo quadro que herdei da minha bisavó Lissinha e que hoje está na minha sala. Em 1990. atravessei a Dinamarca para ver a casa de Hans Cristian Anderson.
Dia 30 de julho
Meu verão europeu começou hoje, exatamente às 12:32, quando desci da estação do metrô de Leicester Square e pela primeira vez desde que saí do Brasil, senti calor. Dentro e fora da estação, uma grande quantidade de guichês ofereciam lugares de última hora para mais de 30 peças em cartaz. Fiz como todo mundo, uma fila entre muitas para tentar uma entrada para Mousetrap. Não havia lugares, só para segunda, no segundo upper circle, um balcão longe do palco, e sem direito ao desconto dos velhinhos. A própria vendedora me aconselha a procurar na bilheteria, o teatro ficava ali perto, just on the corner.
Por que logo a Mousetrap, 56 anos em cartaz? Por causa de Mrs. Bee Duffell ( não estou bem certa de tantas letras dobradas, but who cares?. Mrs Bee, a lovely old Irish woman has passed away already). Ela foi uma das velhinhas da peça nos anos 70, e também minha professora de inglês naquela época. Eu já havia voltado ao Brasil quando ela me enviou a Playbill que tenho até hoje, com o seu nome no elenco.
Back to London, 2011: não foi fácil encontrar o St Martin Theatre: de novo a história dos mesmos nomes em diferentes locais: são ruas, praças, ruelas, passagens, tudo St Martin, o que me fez andar em círculos, passando várias vezes pelo mesmo lugar até encontrar um bondoso gentleman, mais ou menos contemporâneo de Mrs. Bee, quem sabe até mesmo enviado por ela, e que me deu a indicação precisa. Cheguei. Há um lugar, fila D 15, melhor impossível, mas sem desconto, 41 libras. A do Upper Circle era 34! Não hesito. Agora é esperar até segunda, anoto as indicações para não me perder de novo.
Faz calor, o termômetro indica 24 graus, vou me desembaraçando das várias camadas de roupa. Em compensação, o peso da mochila aumenta. Saio leve e vou almoçar, num restaurante que me parece inglês. Mas o prato que escolho é francês, salmão sobre um risoto com aspargos, peço uma taça de rosé também francês, harmonia cromática com a comida.
Dali vou até London Bridge, procuro o Globo ou melhor The Globe, o teatro reconstruído como na época de Shakespeare. Nem tour, nem peça, tudo sold out. Compro entrada para uma palestra no domingo: “Read are not Dead”. Sigo o conselho da Laís e mais à frente, logo ali, entro na Modern Tate, onde está uma exposição de Miró.De quebra, aproveito a bela vista sobre o Tamisa do alto do prédio. Preciso voltar. Marquei com a Simone, que também foi aluna da PUC, em frente á estação de Convent Garden.
De novo, dou voltas e voltas, como na véspera: se entro por um lado e a saída é no outro, já não sei onde estou, perco as referências, meu fio de Ariadne se rompe. Duas moças me salvam, também estão indo ao Convent, vamos de ônibus. Encontro Simone e o fim de tarde é ótimo. Atravessamos para o outro lado do Tamisa, nós e uma festa de gente pelo sunny day. O panorama visto da ponte é maravilhoso, com a torre do Big Ben, e a silhueta da House of Parliament em contraste com o azul cobalto que vai tomando conta deste pedaço de céu londrino. Sentamos para um lanche, há música por toda parte, performances ao ar livre e outras, não, só para convidados, como a Vintage Party, que descobrimos nas roupas de época de alguns participantes.
Dublin que me perdoe. Mas Londres no verão é nota 10.

Anotações de viagem-4: Londres, teoria geral dos ovos...

por Lenira Alcure
Domingo, 31 de julho
Reflexões sobre a minha improvável Teoria Geral dos Ovos (rooms) Japoneses no Éden Plaza Kensigton, onde estou hospedada: parodiando Orwell, todos os ovos são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros. Mudei para o quarto andar, com direito a janela. Continua um ovo, mas é um ovo aberto, com uma pequena janela sem vista para o parque, mas de todo modo menos claustrofóbico. Deram-me agora uma double, depois que eu reclamei da algazarra que me acordou cedo, vinda do maids room, ao lado. O ovo útero já não assombra mais. A cama é maior, mas o espaço ficou ainda mais apertado. Mas me arranjo bem, treinada desde o colégio interno quando dormia num quarto desse tamanho.
Estou indo a Candem Town. Amigos, me desculpem os fans, não vou procurar a casa da Amy Winehouse, para onde as procissões continuam fluindo. Pulo a pobre Amy, sigo direto ao Market. Hoje o dia está mais quente. Acho que faz 26º. Almoço em uma das barracas, na dúvida entre uma paella valenciana e um curry indiano. Acabo decidindo pela Índia, porque a vendedora é mais simpática: Namastê para ela.
O local é um point nos domingos, uma multidão se acotovelando, não resisto e compro uma mochilinha que dobra toda. Não sei se vai dar tempo para a palestra em O Globe, para a qual já comprei o ingresso ( 5 libras). A estação de metrô está fechada para a volta. E agora? Sofro a síndrome de abstinência do fio de Ariadne. A história li em criança, num dos livros de Monteiro Lobato: a namorada do Teseu deu a ele fio que desenrolado ao logo do percurso permitiu ao herói entrar e sair da caverna do Minotauro pelo mesmo caminho.
Descubro um ônibus que vai até Lancaster Gate. Mudo o programa: é para lá que eu vou. Tento achar o endereço onde morei, 49 Lancaster Gate. De novo, são milhares de LG, vou margeando o Hyde Park, hesito, retomo a caminhada. Finalmente, chego, está lá a antiga Casa do Brasil em Londres. Nenhum sinal de vida à porta. Tento o vizinho, um hotel no número 50. Pergunto se o 49 também faz parte do hotel. Não, ele me explica, são apartamentos particulares.Tiro fotos na frente do prédio. Sem saudosismo piegas, estou contente, é bom ter passado, lembrar os bons momentos ali vividos. Sem tristeza: good memories last for ever.
A alma leve como passarinho, pego um ônibus até Notting Hill Gate. Poderia ser Nothing Hill gate, porque não há nada lá. Tomo outro, na direção de Kensigton Gardens. Passo pelo Princess Diana Memorial Walk. Não, amigos, bypasso essa homenagem também. Desço em outro mais antigo, o Prince Albert Memorial , um tanto kitsch para o meu gosto, e em frente sigo para o Royal Albert Hall.
Nos anos 70, o local estava meio caidaço, explica a guia do tour para o qual consigo a última entrada disponível. Jovem e solta, ela contagia o pequeno grupo pelo entusiasmo. O Hall é todo ele magnífico, inaugurado pela rainha Victoria em homenagem ao príncipe Alberto, marido e príncipe consorte, morto aos 42 anos, de tifo (!!!). A reforma é dos anos 90 e ali acontecem concertos de todo tipo, dos clássicos aos mais modernos ( Beatles e Frank Sinatra já se apresentaram lá) e também eventos esportivos, espetáculos de dança e performances diversas.Em julho e agosto, o Hall recebe as BBC Promenades, com concertos de música clássica todos os dias. O de hoje é com uma Filarmônica da Rússia. Dos 5.220 lugares que o Hall comporta, mil são colocados á disposição de interessados no dia de cada concerto, por apenas 5 libras. 800 desses lugares na verdade ficam atrás das galerias, sem direito a assento. Obrigada, de pé nem sem pagar. Mas nós do tour assistimos a uma parte do ensaio, nas poltronas ao lado do camarote da Rainha. Os 26 parentes e convidados desse camarote devem seguir três regras: roupa de gala, nada de bebidas ou comidas, nada de dança, também. Mas -explica a guia- , o protocolo foi quebrado durante a visita do então presidente sul-africano Nelson Mandela. Ele apareceu sem gravata e quando a orquestra começou a tocar músicas africanas, não agüentou e dançou como sempre faz. Parece que, no inicio, a Rainha ficou impassível. Depois de algum momento, as royal mãos começaram a marcar o ritmo e daí a pouco, ela ondulava também, um modo elegante de permitir ao ilustre convidado a quebra do protocolo.
Faço um lanche na cafeteria do Hall, muito British e só aberto para quem tem conivite, no nosso caso, o ticket do tour (7,50 libras para seniors...). Dali sigo a pé, agora já sei onde estou, sigo a Queengate a partir do Parque, menos de 10 minutos e estou no hotel. Sai para jantar num restaurante libanês aqui perto. Volto, preciso dormir. Amanhã, terei muita coisas por fazer. Mas acho que agora só dou notícias do Algarve, ou quem sabe, no Brasil mesmo. Até mais.

domingo, 31 de julho de 2011

Falta de bebida pode ter sido a causa da morte de Amy Winehouse

Amy Winehouse na capa da Contigo!
por Eli Halfoun
“Ter parado completamente de beber durante três semanas teria sido um choque letal para seu corpo minúsculo” – essa é a nova hipótese levantada em torno da morte (ainda sem laudo oficial) de Amy Winehouse. A informação-especulação é do jornal inglês “The Sun” com base em entrevista de fonte próxima à família da cantora. O “mui amigo” revela ainda que Amy teria ignorado conselhos médicos para largar o uso da bebida gradualmente “para que seu corpo não sofresse com a abstinência de forma muito violenta”. A imprensa inglesa informa ainda que Amy Winehouse teria ido a uma consulta médica um dia antes de morrer. Já era muito tarde. (Eli Halfoun)

“Globo Repórter”: o caminho é o resgate da reportagem nacional

por Eli Halfoun
Os 41 anos de exibição (estreou nos anos 70) não fizeram o Globo Repórter envelhecer (jornalismo de boa qualidade nunca envelhece) e o programa se mantém não só com sucesso, mas também como uma referência de jornalismo-documental na televisão. O “Globo Repórter” foi criado com inspiração (talvez cópia seja a palavra exata) no “60 Minutes”, jornalístico da CBS News e no início tentou ser “cinema na TV” com programas (documentários) dirigidos por cineastas. Aos poucos entendeu que precisava estar mais próximo do telespectador e passou a ser um programa de reportagens, formato que mantém inalterado. É verdade que às vezes o programa exagera na exibição de temas científicos que falam de futuros avanços, mesmo sabendo que o telespectador está mais interessado no hoje do que no amanhã. O “Globo Repórter acerta em cheio quando busca temas brasileiros, ou seja, os que tem mais a ver com seu público. Como aconteceu, por exemplo, no programa que mostrou como o brasileiro criativo é capaz de enfrentar qualquer dificuldade para superar-se e transformar-se em um fenomenal artista de rua, que, afinal, é o palco de todos nós. O ‘Globo Repórter" fez uma reportagem e não um documentário. Essa deveria ser sempre a característica do programa. Principalmente quando coloca em cena brasileiros que sem duvida servem de exemplo para outros brasileiros. (Eli Halfoun)

Sucesso faz “O Astro” ganhar mais uma semana

por Eli Halfoun
Apesar de críticos e telespectadores mais antiquados acharem que a nova versão de “O Astro” está apelando para a baixaria com cenas de sexo (não há, convenhamos nada de exagerado para o horário), a Globo está bastante satisfeita com a audiência da novela (tem dado uma surra na nova edição de “A Fazenda” da Record) e não pretende fazer qualquer mudança no texto de Geraldo Carneiro e Alcides Nogueira . Pelo contrário: está decidido que “O Astro” ganhará mais uma semana de exibição e os autores já preparam a continuação. “O Astro” tem um elenco afiado, roteiro perfeito e uma realização que nada deixa a desejar. É, portanto, a maior homenagem que a Globo e o público poderiam prestar a Janete Clair, autora da versão original. (Eli Halfoun)

sábado, 30 de julho de 2011

Dilma promete Copa inesquecível

Dilma Rousseff na Marina da Glória. Reprodução TV Globo


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Blatter no Rio

Presidente da FIFA, Joseph Blatter abre o evento.


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A largada para a Copa de 2014: sorteio das eliminatórias no Rio

O espaço montado na Marina da Glória. Mídia mundial presente. Reprodução TV Globo


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Anotações de viagem-2: de Dublin a Londres

Ainda em Dublin, em frente aos prédios centenários do Trinity College, fundado pela rainha
Elizabeth I para evitar a influencia ‘papista’ do Vaticano sobre seus jovens súditos. Alguns ex- alunos de que o Trinity hoje se orgulha nem sempre foram bons estudantes, nem menos bem comportados: Samuel Beckett, Oscar Wilde, James Joyce, J.Swift.
por Lenira Alcure
29 de julho
Eu ia escrever sobre os dois últimos dias na Irlanda. Mas cheguei hoje à tarde e Londres, 41 anos depois de ter morado aqui por sete meses, de repente tornou a minha Irlanda pequenina... Estou em uma das mil e umas Queensgate (os ingleses adoram isso, pegam um nome só e batizam uma porção de ruas, uma perto da outra com um mesmo nome e um nickname geralmente abreviado: tem a Queensgate square, a Q plaza, a Q.terrace e por aí vai. Uma loucura. Um amigo meu daquele época dizia que a Inglaterra é um Portugal que deu certo!! Faz sentido.
Bem a saída de Dublin foi tranqüila. Nada do horror que passei na vinda. Mas o trasnsfer que contatei do Brasil não deu certo. No fundo, acho que eu queria mesmo era ver meu nome num cartaz daqueles que a gente vê nas saídas dos vôos de chegada. Alguém me esperando em Londres!! No show up! Bem acabei pegando o expresso para a Victoria Station. No problems at all. E de lá um táxi, total: 24 pounds e alguns cents, em vez dos 70 que eu ia pagar. Agora, quero ver se eles me vão cobrar no cartão, alegando que meu telefone estava desligado.
Agora, o hotel: o Éden Plaza Kensigton por fora é uma bela mansão no melhor estilo Georgiano, o surrounding magnífico. (Sorry, periferia, e os amigos que devem estar me achando muito pernóstica. Estou entrando no clima do bairro).
Voltando ao Éden, por fora é o que eu já disse. Por dentro, uma caixa de ovos japoneses, com atendentes indianos: são 800 ovos, quero dizer 800 rooms!! O quarto é mínimo, mas o aproveitamento de espaço fantástico. Consegui me meter aqui com as minhas duas malas, meus casacos, não sei quantas quinquilarias, ligar o computador e o carregador da câmera. Gente, pra que mais espaço?? E 90 libras por dia é um preço mais do que conveniente na Londres atual. (Quando eu morei aqui em Lancaster Gate, que é também um ótimo endereço, pagava 12 libras por semana, com direito a café da manhã e jantar!!!Não foi à toa que foi a época mais feliz da minha vida, vivi um dos meus grandes amores e amei essa cidade também.
Back to the present: depois de tudo arrumado fui ao Victoria e Albert Museum, que fica a duas ou três quadras daqui. Por acaso, eu tinha lido numa dessas colunas de turismo que durante o verão, na última sexta do mês, o museu fica de portas abertas até as 10 da noite. Foi um deslumbramento. Além do prédio,simplesmente uma das jóias da Coroa ( nossa, como veio tanta riqueza do que foi o maior império do mundo!) o Friday Late Summer Camp Idea oferece de tudo um pouco: tive uma aula sobre o Hamlet de Shakespaere, no meio da grama, dez ou quinze atentos alunos (eu inclusive) e no final fiquei sabendo por uma das moças presentes que era o diretor da Shakespeare Society, assim em mangas de camisa, explicando e narrando com encantamento. Nem vou contar das outras oficinas que fucei, mas do MIDI (Musical Instrument Digital Interface) karokê, com um ‘charming retrô’, segundo o prospecto e todo mundo cantando Let it be, Yesterday... Imagine, vocês, que emoção! Vou tentar enviar algumas fotos, mas ainda não transferi da câmera). Eram 9:40, já estava escurecendo, por onde eu havia entrado tinha fechado. Me encaminharam pela main entrance, e aí acabei me perdendo. Na rua, uma moça tentou me ajudar com o GPS do telefone dela, achou o meu hotel, mas eu não. Acabei mesmo vindo de táxi, tarifa 2 por causa do horário, 6 libras!!!!
Por hoje chega, são muitas digressões. E eu não acabei de escrever as minhas outras impressões dublineses, com a decepção de não ter visto a Torre Martello, onde começa o Ulisses de Joyce, nem o cemitério de Glasnevin, onde acaba (tenho o livro há mais de 20 anos, nunca tive coragem de ler, será o projeto dos pr, se alguém quiser me fazer companhia, ótimo). Também não vi o celebrado verde mar da Irlanda, mas sim o plúmbeo espelho d’água refletindo as nuvens baixas que encobriam o céu. Adorei poder usar o ‘plúmbeo’, tem tudo a ver, cor de chumbo mesmo.!
Last, but not least: descobri que viajar sozinha pode ser um antídoto para ao menos retardar o Alzheimer. Tem que se estar atento a tudo, incorporar novos conhecimentos de todo tipo, falar três línguas quase que ao mesmo tempo, enfim um mega exercício para despertar os preguiçosos neurônios.
E amanhã, lá vou eu conhecer o Globe, de Londres!! Bye, folks. I’m going to sleep.

Gisele Bundchen em cartoon

Gisele Bundchen, heroina de desenho animado no Canal Cartoon.
Sucesso nas passarelas e nas objetivas dos grandes fotógrafos, Gisele Bündchen agora é heroina de desenhos animados do canal por assinatura Cartoon. Em 26 historinhas de 4 minutos, a modelo é a protagonista que defende o meio ambiente. A série estreia em setembro.

Anotações de viagem-1: Dublin

Em férias, a professora de Comunicação e jornalista Lenira Alcure - uma das autoras do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou" - passou por Dublin. De lá, enviou para os amigos suas impressões de viagem, que o blog compartilha com seus leitores. Observem que o texto tem um saboroso - e saudoso - estilo de carta, que talvez seja mesmo o meio ideal e autêntico para transmitir os prazeres de uma viagem. Pois aí está a carta da Lenira. Cybercarta moderna, que chegou por email...

Dublin: em frente à sede gótica de um banco
por Lenira Alcure
Dublin: num primeiro momento, fiquei imaginando que as pessoas aqui
passam o dia comendo e bebendo, tantos bares e restaurantes, de todos
os tipos e origens, a preços convenientes. Engana-se quem pensar que
Dublin é uma opção para os mais velhos. Os jovens enchem a cidade,
com suas mochilas, as roupas descoladas e o gosto pelos contrastes que
o ambiente oferece.
Se Bordeaux é uma pequena Paris, a capital irlandesa é um cantinho de Londres. As duas cidades chegaram ao apogeu na mesma época (sécs18 e 19), graças às riquezas provenientes do comércio marítimo com o Novo Mundo. A arquitetura de uma e outra reflete as respectivas influências.
Aqui, como em Londres, os prédios cor de tijolo se alinham próximos às grandes construções de linhas e tons severos. O lúgubre dos granitos e outros tipos de pedras escuras está nos grandes prédios, muitos deles abrigam hoje grandes Bancos, os vampiros do mundo moderno: não por acaso Bram Stocker, o criador do Drácula, nasceu e viveu por aqui. Mas esse lado gótico que encanta jovens de todos os países se ilumina pela profusão das cores fortes em portas e janelas das casas adjacentes: grenás, verdes, amarelos, laranjas,vermelhos.
Meu hotel fica no Temple Bar, o local mais animado da cidade. Tive de trocar de quarto, porque o primeiro me fez ficar uma noite sem dormir. O atual dá para a Upper Exchange Street, uma ruazinha que o motorista árabe não encontrou no dia em que cheguei e acabou me deixando com duas malas na porta do Turkish Bar ao lado do letreiro Hotel e diante de uma campainha que ninguém atendia. O jeito foi deixar as malas sozinhas no bar e pedir ajuda ao garçom em outra sala. Foi quem me mostrou o caminho e ainda me serviu de carregador. Minha coluna sinceramente lhe será sempre grata. O quarto é ótimo. De bom tamanho, super confortável, banheiro novinho e com chuveiro!!! Nada como o terrível ‘telefone’ que encontrei no Les 4 Soeurs, o simpático hotel bordelês (ops! Não confundir, as irmãs fazem gênero família!).
O primeiro dia foi de programa light para compensar a terrível viagem: 13 horas entre vôo, táxis e aeroportos, fazendo e desfazendo as malas, jogando um bocado de coisas fora até chegar ao peso permitido (10 quilos na mão, uma só valise, sem bolsa nem nada, é uma só e 15 no porão. Saí do Rio com 14 quilos na maior e 9 na menor. Certo? Não, errado. Pagar o excesso? Compensar uma pela outra? A gentil ( não é ironia, era mesmo gentil) senhora do balcão da Ryanair foi taxativa: era preciso arrumar tudo de novo! Uma novela, abrir duas malas, trocar daqui e dali, duas, três vezes. Mas no final, deu certo. A Ryanair ganha dinheiro de todo o jeito. Os preços são realmente low, mas eles vendem tudo: comida no avião, loteria, perfumes, quinquilharias chinesas. Uma feira! E ainda tocam trombetas (literalmente!) na aterrissagem aos solavancos, mas rigorosamente no horário. A companhia se orgulha de vários recordes, o de menos acidentes e da pontualidade. Enfim, cheguei. E agora, vou conhecer a terra de James Joyce, Bernard Shaw, Johnathan Swift, Edna O’Brien, Oscar Wilde, para citar alguns. 
Para conhecer um pouco da inland do país, já havia escolhido uma excursão parte trem, parte ônibus. Pena que o dia amanheceu nublado e a vista do trem junto ao mar ficou prejudicada. Mas os locais visitados valeram a pena. Vi campos enormes, verdes e beges de todos os tipos, uma cidade medieval encantadora (Kilkenny). Nosso grupo de apenas 10 pessoas permitiu que se fizessem pequenos grupos: no meu, éramos três, uma japonesa, um de Taiwan e eu. Mas os demais também se relacionavam.
Hoje vou começar o tour de Dublin com o meu ticket 2 dias hip hop: ônibus de dois andares passam por 23 pontos da cidade a cada 15 minutos. Dá para descer, ver o que interessa e voltar a ronda. São tantas coisas que tenho pena de só ter mais 48 horas. Por isso, vou parando por aqui.

Suspense na vida real... faltam 72 horas

Até terça-feira, dia 2, o Congresso americano deve aprovar, ou não, a elevação do endividamento público. Se Obama vencer a queda de braço, a moratória estará pelo menos adiada; se perder, as consequências serão mundiais. Os economistas e analistas de risco, a julgar pelos trôpegos comentários na TV, não estão bem certos do que vai acontecer. Por enquanto, praticam o velho esporte - são bons nisso - do chutômetro. Se houver o rebaixamento da classificação dos títulos da dívida americana, um dos países favorecidos deverá ser a Alemanha, que tem os seus “bunds” em alta conta. É o qaue dizem. Mas ao mesmo tempo alertam que se o volume de investidores for grande, faltarão "bunds" para os "refugiados". A China poderia ser outro destino, mas o fato de estar "pendurada" em títulos do governo americano não favorece a confiança dos investidores. Em tudo isso, é espantosa a posição dos republicanos. No poder, com Bush e companhia, os republicamos armaram essa arapuca financeira, gastando os tubos em guerras que buscavam "armas de destruição em massa" inexistentes. O que se vê agora é uma brutal reação às políticas sociais de Obama, à sua intenção de taxar grandes empresas em vez de penalizar o contribuinte, à sua reforma da saúde pública que de tão destroçada deixa cerca de 30 milhões de americanos desprotegidos e um toque de racismo. tal como já apareceu na campanha e, recentemente, quando para responder a ataques americanos, o presidente teve que mostrar sua certidão de nascimento para provar que é cidadão dos Estados Unidos. De olho na sucessão, a oposição torce pelo caos. Alguma semelhança?  

Neymar também guarda dinheiro na cueca. Muito

por Eli Halfoun
Não é, ainda, em campo, um craque mundialmente reconhecido (ele chega lá), mas de qualquer maneia nosso jovem jogador começa a seguir os consagrados passos de Cristiano Ronaldo e David Beckman: assim como o craque português e inglês, Neymar também será garoto-propaganda de cueca. Cristiano Ronaldo e Beckman posaram para a internacional Calvin Klein e Neymar aparecerá de cuequinha nas campanhas da brasileira Lupo: acaba de assinar contrato de quatro anos por R$4,4 milhões. Como se vê, esse negócio de guardar dinheiro na cueca dá certo. Quando é honesto. (Eli Halfoun)

Oitentão, Silvio Santos ainda é um bem pago garoto-propaganda

por Eli Halfoun
Aos mais de 80 anos, Silvio Santos continua sem um garoto... e garoto propaganda bem pago: mesmo depois de concretizar a venda das lojas do Baú para a empresária Luiza Trajano (do Magazine Luiza), Silvio continuará ligado ao seu velho e pioneiro negócio: foi contratado para anunciar as lojas do Baú (até que virem Luiza) em seus programas no SBT. Silvio sempre foi, aliás, o mais constante garoto-propaganda na programação da emissora e faz esse trabalho com remuneração extra, ou seja. Recebe cachês como qualquer contratado de agência, o que significa desconto de Imposto de Renda na fonte. Essa é uma prática adotada também nas Organizações Globo em relação aos seus diversos e independentes economicamente segmentos: o jornal paga preço de tabela para anunciar na emissora e a emissora paga cash os anúncios publicados no jornal assim como os veiculados na Rádio Globo. O dinheiro corre de mão em mão, mas acaba sempre nas mesmas e poderosas mãos. (Eli Halfoun)

Gaveta neoliberal


Há surpresa nisso? Essas agências neoliberais criadas nos anos 90 vieram exatamente para isso. Todo o poder ao "mercado", o cidadão que se dane. A matéria saiu em O Dia. São mais de 10 mil reclamações de usuários de planos de saúde engavetadas pela ANS.
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E a eleição, estúpido

Aparentemente, a mídia e a oposição queriam Lula de pijama tomando sua cachacinha em São Bernardo. Caiu a ficha e agora a parceria está apreensiva. É freudiana a irritação da turma ao ver o operário fazendo política. Lula viaja, faz palestras, participa de inaugurações e não esquece o povão (ao contrário da palavra de ordem lançada pelo seu antecessor). Será que Lula está em campanha? Uau, agora descobriram: Lula está em campanha. Qual é a dúvida? Ano que vem tem eleição para prefeito. E as pesquisas apontam o operário como o político com maior capacidade de transferência de votos nas eleições municipais. Para redobrar o chilique da mídia, Lula foi convidado para a abertura da Assembléia Geral das Nações Unidas. Fato raro, tratando de ex-presidente. Tem gente perdendo as penas tucanas hoje ao ler o jornal.

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Censura nacional



Primeiro, o DEM - partido que tem origem no DNA da Arena da ditadura - entrou com uma ação na Justiça; depois, o governo, através do Ministério da Justiça, agiu administrativamente e não emitiu a classificação para o filme, o que na prática impede sua exibição em circuito nacional. Isso tem um nome: é censura. E esta, sim, é obscena. Lembra os tempos em que Sarney proibiu o Je Vous Salue, Marie, além de outras intervenções da ditadura. O longa-metragem Serbian Film é polêmico, mas quem quiser vê-lo tem esse direito. E a classificação está aí precisamente para que obras como esse sejam indicadas somente para adultos. O filme dirigido pelo diretor Srdjan Spasojevic conta a história de um ator pornô aposentado que participa de uma produção erótica de arte. Sem saber, ele está, na verdade, em um snuff movie, produções onde há estupros reais e violência.  Mas Serbian Film é... um filme. Alô autoridades, as cenas são simuladas e em algumas delas são usados até robôs. Quem viu, diz que o filme é ruim. Se for ruim mesmo, a censura acaba chamando atenção para uma obra que nem merecia ser vista. O Brasil já passou por essas trevas, em que o governo dizia aos cidadãos o que podiam ler, ver e ouvir. Um tempo que não deixou saudades. 
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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Adriane Galisteu na Playboy: duas capas divulgadas

A versão ousada...


...e o close comportado

Agora a realidade precisa copiar a ficção. Urgentemente

Natalie (Deborah Secco) e Cortez (Herson Capri) em Insensato Coração. Foto TV Globo/Divulgação
Marco Aurélio (Reginaldo Farias) em Vale Tudo. Foto TV Globo/Divulgação
por Eli Halfoun
Ainda há muito a fazer, mas não se pode negar que em matéria de impunidade as coisas começam mudar no país que, apesar dos pessimistas, está muito melhor em tudo. A recente cena da condenação do banqueiro Horácio Cortez (Hérson Capri) na novela “Insensato Coração” era inviável em outros tempos quando nem mesmo na ficção nenhum poderoso endinheirado desonesto era condenado. Autores de novelas costumam dizer que procuram fazer tramas que se aproximem ao máximo da realidade e se esse tipo de condenação ainda não é comum, a novela mostrou que estamos mesmo mudando: há alguns poucos anos os ladrões escapavam tranquilamente (em “Vale Tudo”, o desonesto personagem interpretado por Reginaldo Farias fugia tranquilamente e ainda por cima dava uma banana para o país). Agora o que se mostra é esses momentos estão chegando ao fim. Tudo bem que a realidade ainda não é assim em todos os casos. Se as novelas costumam copiar a realidade, vamos torcer para que pelo menos em matéria de roubalheira a realidade comece a copiar a ficção. Mais dia menos dias todos os ladrões e corruptos graúdos estarão na cadeia. Haja cadeia. (Eli Halfoun)

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Novas fotos de Amy Winehouse: fotógrafo Terry Richardson abre seus arquivos

Amy Winehouse. Fotos de Terry Richardson. Reproduções do site

O fotógrafo Terry Richardson publica no seu site uma série de imagens menos conhecidas da cantora Amy Winehouse. Veja mais. Clique no link acima.