terça-feira, 23 de março de 2010

Família Adams fica mais monstruosa com nova versão em 3D

por Eli Halfoun
Repaginar o passado parece ser uma garantida fórmula de sucesso. Pelo menos, no cinema. Está sendo assim com a nova versão de “Alice no País das Maravilhas” e promete ser assim com “A Família Addams” que Tim Burton, o mesmo diretor de Alice, quer levar ao cinema em uma versão em 3D, segundo informações do site americano “Deadline Hollywood”. O diretor decidiu que usará como inspiração as ilustrações originais feitas por Charles Samuel Addams (veja a reprodução ao lado), que criou os personagens na década de 30. Está decidido também que o longa será feito em stop motion, técnica que filma cada cena segundo por segundo. Se fosse uma nova versão de “Os Dez Mandamentos”, de Cecil B. DeMille ia demorar anos.

Olha a figa: Serra só acredita em guru argentino

por Eli Halfoun
Pelo menos na hora da crendice, o governador de São Paulo, José Serra, não é tão nacionalista quanto quer mostrar. Enquanto todos os nossos políticos recorrem aos “bruxos” made in Brasil, Serra só ouve e só acredita em um guru argentino (espera-se que não seja o mesmo de Maradona) que mora em Buenos Aires e que quando a coisa complica é convocado por Serra para vir ao Brasil. Aqui a dupla mantém encontros discretíssimos. Parafraseando o filósofo do futebol Neném Prancha, dá até para lembrar que se crendice ganhasse eleição teríamos um bando de presidentes de uma só vez.

Frisson?

por José Esmeraldo Gonçalves
Caramba! Arnaldo Jabor parece deprimido hoje na sua crônica no Globo. Escreveu umas coisas meio bobas, confessa que está sem assunto, diz que não entende o Brasil, mas sem querer querendo, como Chapolin Colorado, revela alguma coisa parecida com seu ponto de vista histórico. Não escreveram neste blog outro dia sobre as "zelites"? Pois é isso: a câmera do Jabor está montada no tripé da elite, sem duplo sentido, por favor.
Não acredita? Veja a trucagem que ele faz do Brasil em cinco décadas:
Antes de 64 - "nos animava a construir um país, romanticamente. Era ilusão? Era. Mas tinha gosto pela vida".
Durante a ditadura - "aquele verde-oliva que nos cercou como uma epidemia de vil patriotismo? Era terrível? Sim. Mas nos dava o 'frisson' de lutar contra o autoritarismou ou de sermos "vítimas" das porradas da História."
Anos 70, pós-Tancredo, Collor e Plano Real - "Já passei pelas drogas e desbundes da contracultura, pelo depressivos anos cinzentos post-mortem de Tancredo, passei pelos rostos amarelos e verdes do impeachment, pelo azul da esperança do Plano Real".
"Frisson" de levar porrada, azul da esperança, depressão pós-Tancredo? Sei não, parece texto da grãfina de nariz de cadáver do Nelson Rodrigues (que ele gosta de citar, aliás).
Se tiver paciência, vá lá e leia. O cineasta tem pensatas inacreditáveis. Entre outras coisas, diz que "O povão prefere um autoritarismo populista". Povão quem?, cara-pálida...

Lembra da música? "Fingimos que fumos e voltemos...


por José Esmeraldo Gonçalves
...oi nóis aqui traveis". Discute-se, hoje, a diversidade das mídias. Um debate que se tornou mais forte (da mesa do bar à sala de aula) com a chegada do Kindle, o livro virtual. Há quem diga que as novas mídias vão conviver com as antigas plataformas (para usar o pedante substantivo tecnocrata). Que uma não elimina a outra. E os exemplos são enumerados: o rádio não extinguiu o jornal; a TV não acabou com o rádio; a internet não vai desligar a TV... Fico com a corrente que aposta nessa rica diversidade, que vai sobreviver por muitas décadas. Muda o alcance de cada uma: a TV tem mais audiência do que o rádio; a internet, à medida em que o acesso se torna universal, já abala a audiência da TV. Há um empurra-empurra na ponta da produção de informação mas do lado de cá sobram mais opções para o freguês. O Kindle nada mais oferece do que uma atualização do modo de se ler um livro e deve atrair mais leitores para... o livro.
Vida que segue. Veja essa notícia de hoje: a fábrica da Polaroid voltou a produzir filmes para as câmeras fotográficas instantâneas. Fãs do equipamento se uniram a investidores e reabriram uma linha de montagem. Em vários países, gravadoras voltaram a produzir discos de vinil. Obviamente, tudo isso em escala limitada à demanda menor, mas viva. Há gosto e função para tudo: a moto não acabou com a bicicleta, o relógio digital não fez os ponteiros sumirem do mercado, o cartão de crédito não acabou com a cédula...
Os jornais publicam, às vezes, anúncios de mimeógrafos a álcool Facit. Aqueles que usávamos no colégio para imprimir manifestos. E não são equipamentos antigos, são ofertas atuais. Fiquei curioso e perguntei a um gerente de compra-e-vendas da empresa. "É isso mesmo", confirmou o rapaz. "Continuam fabricando porque muitas escolas ainda usam o mimeógrafo, que é muito mais barato do que tinta de impressora".
Para concluir, uma historinha que circula por aí: a do menino que viu pela primeira vez uma máquina de datilografia e contou, espantado: "Mãe, o vovô tem um computador que já vem com impressora.
Pois é isso aí: a Polaroid é a digital que já imprime a foto. Na hora. Não precisa levar o pen-drive à loja da esquina.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Deu no IG: Serra e Roriz estão "ficando"


“FHC se propôs a ser o intermediário entre o candidato do PSDB a presidente, que estão dizendo que é o Serra, e eu”, disse o ex-governador. Roriz foi antecessor do governador cassado José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), que está preso sob acusação de ter montado uma rede de corrupção no Distrito Federal. Arruda teria passado a operar um esquema com empresas de informática iniciado na gestão de Joaquim Roriz. Em 2007, senador eleito pelo PMDB, Roriz foi obrigado a renunciar para não perder o mandato. Na ocasião, ele foi acusado de quebra de decoro após a divulgação de gravações telefônicas, feitas pela Polícia Civil do DF já sob o comando de Arruda, que o mostravam negociando a partilha de R$ 2,2 milhões."
Leia mais no IG. Clique AQUI 

Lady GaGa já faz parte da história da música nos EUA

por Eli Halfoun
Não tem pra ninguém: aos 23 anos de idade e com apenas dois anos de carreira, Lady Gaga acaba de realizar um feito inédito na história musical dos Estados Unidos. É a primeira artista (entre homens e mulheres) a conseguir emplacar seis sucessos seguidos em primeiro lugar entre as mais vendidas do país. Na última semana, o topo da parada dos singles estava novamente ocupado por Lady Gaga com a música “Telephone”. Não é só: a jovem cantora, que muitos consideram “meio louquinha” está sendo considerada também a rainha do marketing: para o clipe de “Telephone” conseguiu, além da participação especial de Beyoncé, uma série de merchandising que pagou a produção do clipe e ainda deixou algum em caixa.

Selton Mello: “poucos diretores sabem dirigir atores”

por Eli Halfoun
Encontrar novos caminhos profissionais não significa necessariamente abandonar os outros. Selton Mello entendeu isso e embora esteja sendo reconhecido como um excelente diretor de cinema não pretende encostar sua carreira como ator, reconhecido como melhor de sua geração no cinema. Selton quer continuar representando e faz uma revelação: “Não quero apenas dirigir no futuro, gosto de atuar, mas confesso que fui dirigido poucas vezes na minha vida. São poucos os diretores que gostam de dirigir atores e quer sabem faze-lo”. Selton mais do que ninguém pode começar a mudar definitivamente essa história.

Paulo José: uma lição de vida e de arte no cinema

por Eli Halfoun
A força do homem é que faz com que ele reaja contra todos os obstáculos que a vida tenta lhe impor. O ator Paulo José é um exemplo: lutou (e luta) contra o mal de Parkinson que embora tenha colocado alguns limites em sua trajetória artística não o impede de seguir em frente. Depois de ter participado de mais de 40 filmes (o primeiro foi “O padre e a moça” em 1965, Paulo realiza agora um velho sonho: interpretar um palhaço no filme de mesmo nome dirigido por Selton Mello. Vencendo até mesmo o descrédito de médicos, Paulo José submeteu-se a um tratamento que o deixou bem e até ensinou: “O Parkinson obriga a ser mais conseqüente, ensina a ficar mais concentrado. Passei a escrever melhor e ganhei habilidade musical, hoje ouço melhor uma melodia”. Se aprendeu com a doença, Paulo José também ensina com sua experiência artística: “No cinema você faz cara de nada e o espectador é que preenche os significados. Vi “O Cheiro do Ralo”, que eu ainda não tinha visto. O Selton (Mello) tem uma interpretação altamente cinematográfica, não faz cara de nada! Mas para isso é preciso ter talento, sentir muita coisa por dentro! Se não fica apenas um ponto vazio, você olha naqueles olhos e não vê nada”.

Na década de 50 não existiam os ...

deBarros conta
Nunca nesse país aconteceu uma campanha contra os mijões e também mijonas – como não? –como nesse último Carnaval. A imprensa falada, escrita e televisada desaguou no mercado campanhas e mais campanhas contra os mijões e mijonas. Eram eles os grandes vilões que encharcavam os muros, árvores e postes com seus líquidos e dejetos nojentos empestiando a cidade com seus cheiros acres e os narizes dos carnavalescos.
Há algumas décadas atrás isso não acontecia. E por que não acontecia? Na década de cincoenta para lembrar uma, em cada esquina no centro da cidade e em cada bairro tinha um bar ou um botequim e em cada um desses estabelecimentos sempre tinha um banheiro. Logicamente, diante disso, não existiam esses tão famosos mijões e mijonas e as cidades não fediam.
Ora, o que aconteceu nas nossas cidades, para que de repente surgisse essa figura, hoje cantada em verso e prosa, do mijão ou da mijona? O que aconteceu foi que os botequins e bares, tão abundantes em outras épocas foram deixando de existir para surgir, com uma velocidade incrível, um novo comércio de pastéis e sucos. Hoje, cada esquina do centro da cidade e cada esquina dos bairros foram tomadas pela pastelarias e casas de sucos e vitaminas. Até aí tudo bem. Mas o problema é que essas casas muito bem montadas e até elegantes simplesmente não têm banheiros. E por que não tem banheiros? Acho que essa pergunta deveria ser feita aos prefeitos, que permitiram conceder alvarás para esses novos estabelecimentos sem que o banheiro fosse obrigatório. Que vá um dos mijões ou mijonas a uma dessas pastelarias ou casas de sucos e peça permisão para ir ao banheiro? O coreano nem vai levantar a cabeça para lhe responder com muita má vontade que a casa não tem banheiro. E a gente, na época dos botequins, achava o português grosseiro e mal educado. Diante disso, o que que o mijão ou mijona tem que fazer?
Alguma coisa em que ser feita sim mas não achar que os grandes culpados sejam aqueles que precisam se desapertar e fazer as suas necessidade em lugares públicos, porque, na verdade, não tiveram outra alternativa. As campanhas deveriam ser feitas contra essas pastelarias e casas de suco obrigando-as a instalarem banheiros em suas lojas. Se essa resolução não acabasse de vez com os mijões e mijonas diminuiria consideravelmente o número de desperados por um banheiro ou, no jargão popular, o mictório.

Dia Mundial da Água

Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992, hoje é comemorado o "Dia Mundial da Água". A palavra de ordem é economizar o líquido precioso. Eu apóio...

Deu na Folha...

...empresas continuam usando substâncias proibidas ou mudanças da fórmula sem autorização. na composição de agrotóxicos. A fiscalização do governo flagrou a irregularidade em seis empresas, entre as quais a alemã Bayer. Agora pergunta se eles cometeriam tal crime ambiental na Alemanha, que policia e criminaliza esse tipo de infração. Além da Bayer, as envenenadoras são: Basf, Ilhabras, Syngenta, Nufarm e Milenia Agrotóxicos. O processo deve resultar em multas? Mas empresas poderosas pagam multa no Brasil?

Manhã de segunda...

domingo, 21 de março de 2010

A futura entrada da estação do...

...metrô na rua Teixeira de Mello com acesso por elevador ao morro do Cantagalo.

Nem todos são porcos, caro prefeito

Mas não sujar a cidade às vezes demanda uma certa boa vontade...

Primeiro domingo de outono, praia quase vazia

Pop art...


Está na Pinacoteca de São Paulo. A exposição Andy Warhol, Mr. America foi aberta aos paulistanos neste sábado e fica em cartaz até 23 de maio. São 44 filmes, 26 pinturas, 58 gravuras, 39 fotos e duas ilustrações. A mostra foi organizada pelo The Andy Warhol Museum. Se vem ao Rio? Não consegui confirmar. Alguém sabe? (Reproduções/Divulgação)

É tempo de festa com gente boa que fez a Manchete acontecer

por Eli Halfoun
Nem os mais severos críticos da empresa deixam de reconhecer que o jornalismo da Bloch Editores ou, como preferem muitos, da Manchete, fez história - aliás, contada nos bastidores no livro “Aconteceu na Manchete”, que é sem dúvida um documento histórico da comunicação no Brasil. Dois dos autores do livro fazem a festa de todos os ex-funcionários da Bloch esse mês: o colunista boa gente José Rodolpho Câmara e o talentoso diretor de arte J. de Barros, assíduo colaborador desse blog, completaram 80 anos de idade, a maioria dos quais dedicados a fazer brilhar ainda mais as edições da revista Manchete, entre outras. (na foto, Barros, em primeiro plano, e José Rodolpho)

Cena carioca

por Gonça
Ontem, no calçadão. A catadora espera um ônibus parar no sinal e coloca sob as rodas traseiras do veículo dois grandes sacos plásticos com centenas de latinhas de cerveja e refrigerante vazias. Sinal aberto, o ônibus acelera e pufffftttt... latas bem amassadas, ela arruma tudo em um saco só, libera o outro, ganha tempo e espaço e parte para recolher mais um lote na areia. Uma solução criativa para a árdua tarefa de amassar as latinhas, uma a uma.      

sábado, 20 de março de 2010

Céu de outono: primeiro dia

As "zelites" querem é mais...

por Gonça
O Brasil avança mas as "zelites" não querem largar o osso. O país continua com péssima distribuição de renda e a mídia comercial, aliada aos grupos políticos e econômicos de sempre, se dedica a combater e cair de pau em qualquer iniciativa para melhorar as condições de vida da população. Para as "zelites" tudo é assistencialismo. Continua pregando o que dizia Delfim Neto, o czar da ditadura: "primeiro, o bolo tem que crescer, depois, ser distribuido". Se dependesse disso, se o governo Lula não se esforçasse para inverter essa tendência, milhões de pobres teria virado miseráveis e cerca de 30 milhões de brasileiros não teriam subido de classe como até as estatísticas da oposição provam.
Mas veja como a situação é cruel, apesar da recente preocupação social do governo: 
Cinco cidades brasileiras estão entre as 20 mais desiguais do mundo. Relatório apresentado no 5º Forum Urbano Mundial da Organização das Nações Unidas (ONU), no Rio, revela que Goiânia (10ª), Belo Horizonte (13ª), Fortaleza (13ª), Brasília (16ª) e Curitiba (17ª) são as que apresentam as maiores diferenças de renda entre ricos e pobres no País. O documento "O Estado das Cidades do Mundo 2010/2011: Unindo o Urbano Dividido" também informa que o Brasil é o país com a maior distância social na América Latina. O Rio, na 28ª posição, e São Paulo, na 39ª, também são cidades com alto índice de desigualdade, de acordo com o relatório.
Não basta reclamar, faça sua parte: não vote em partido ou político que vai governar apenas para ricos e dondocas.