por Gonça
Continua repercutindo a morte da treinadora Dawn Brancheau, atacada pela baleia orca macho Tilukum, no Sea World, Flórida. Uma tragédia. Mas a questão principal vai além do triste episódio: já está na hora de uma legislação internacional que condene e proiba qualquer pessoa ou país de manter animais selvagens em cativeiro. Nem em Zoológicos, apenas se forem instituições destinadas à preservação das espécies. O Brasil tem dado bons exemplos. Alguns municípios e estado proibem, por exemplo, o uso da animais em circo. Não tenho certeza se já foi votado, mas um projeto de lei havia sido aprovado em comissões do Congresso para tornar a proibição válida para todo o país. No exterior, a Espanha está sob pressão para acabar com as touradas. Há forte oposição à matança de animais em arenas até no próprio pais. E há muito o argumento de que a "tradição cultural" justifica a barbárie já caiu por terra.
terça-feira, 2 de março de 2010
Gelo de Vancouver esquenta audiência da Record
por Eli Halfoun
Talvez tenha sido aquele calor infernal que nos fez suar durante dias o responsável maior pela pioneira transmissão em TV aberta (Record) dos Jogos Olímpicos, com transmissões ao vivo diretamente de Vancouver, Canadá. Aquele monte de gelo (sem dúvida um alento psicológico para o nosso calor de mais de 40 graus) fundamental para todas as provas acabou dado à Record uma audiência que nem ela esperava: a emissora ficou em segundo lugar transmitindo as competições e até que enfim o vice é motivo para festa e entusiasmo: a Record está tão empolgada com o resultado (de audiência, é claro) que se prepara para outra transmissão de esporte olímpico: em 2011 será a vez dos Jogos Pan Americanos de Guadalajara, no México e a Record promete o mesmo empenho que mostrou em Vancouver reunindo 80 profissionais para as 80 horas de competição e 20 horas de informação.Apesar de toda aquela geleira dessa vez a Record não entrou numa fria.
Talvez tenha sido aquele calor infernal que nos fez suar durante dias o responsável maior pela pioneira transmissão em TV aberta (Record) dos Jogos Olímpicos, com transmissões ao vivo diretamente de Vancouver, Canadá. Aquele monte de gelo (sem dúvida um alento psicológico para o nosso calor de mais de 40 graus) fundamental para todas as provas acabou dado à Record uma audiência que nem ela esperava: a emissora ficou em segundo lugar transmitindo as competições e até que enfim o vice é motivo para festa e entusiasmo: a Record está tão empolgada com o resultado (de audiência, é claro) que se prepara para outra transmissão de esporte olímpico: em 2011 será a vez dos Jogos Pan Americanos de Guadalajara, no México e a Record promete o mesmo empenho que mostrou em Vancouver reunindo 80 profissionais para as 80 horas de competição e 20 horas de informação.Apesar de toda aquela geleira dessa vez a Record não entrou numa fria.
segunda-feira, 1 de março de 2010
Cadê o Sean?
por JJcomunic
Já repararam como a mídia pega um caso igual cachorro abocanha um osso e, depois, quando a coisa perde o sabor simplesmente some das páginas. Fizeram um tremendo carnaval em cima do menino Sean, ouviram psicólogos, fizeram faixas, passeatas, novelão. Ameaçaram transformar o caso em um conflito BrasilxEstados Unidos, quase que a Sexta Frota desembarca aqui ou o Bope vai pra lá. Como, aparentemente, o menino se adaptou à rotina com o seu pai, deixa de ser notícia, deixa de dar ibope, deixa de vender jornais e revistas, deixa pra lá...
Já repararam como a mídia pega um caso igual cachorro abocanha um osso e, depois, quando a coisa perde o sabor simplesmente some das páginas. Fizeram um tremendo carnaval em cima do menino Sean, ouviram psicólogos, fizeram faixas, passeatas, novelão. Ameaçaram transformar o caso em um conflito BrasilxEstados Unidos, quase que a Sexta Frota desembarca aqui ou o Bope vai pra lá. Como, aparentemente, o menino se adaptou à rotina com o seu pai, deixa de ser notícia, deixa de dar ibope, deixa de vender jornais e revistas, deixa pra lá...
Cuidado: estamos virando escravos da balança
por Eli Halfoun
Você abre o jornal ou a revista, liga a televisão ou o rádio, conversa com desconhecidos, com amigos ou com parentes e tem sempre alguém indicando uma infalível dieta para emagrecer rapidamente, mas nem sempre saudavelmente. Assim como a violência que nos atormenta cada vez mais, os regimes, especiais ou não, também viraram uma espécie de conversa obrigatória em qualquer reunião social. Resultado: como se já não bastassem os muitos problemas que enfrentamos no dia a dia, criamos uma exagerada preocupação com a estética e acabamos eliminando um de nossos maiores prazeres: o de comer, além de virarmos escravos da balança (e não só a comercial).
Enquanto uma grande camada da população ainda corre exaustivamente atrás de um prato de comida, a classe média, de uma maneira geral, está correndo das comidas. E correndo para cima da balança ou sistematicamente pra frente do espelho porque ser gordinho nos dias atuais chega a ser uma ofensa física. É verdade que tem muita gente que precisa realmente submeter-se a um severo regime ou mesmo a uma dessas modernas cirurgias que grampeiam o estômago. Esses são vítimas da obesidade mórbida, definição, aliás, que faz qualquer gordão entrar em desespero e sentir-se à beira da morte. O excesso de peso cria, sim, vários problemas, mas poderia ser tratado pelos médicos sem tanta dureza.
A obrigação de emagrecer está enchendo os consultórios dos endocrinologistas, mas como tem muita gente (a maioria) que não pode pagar as caras consultas ou as exorbitantes mensalidades dos planos de saúde, endocrinologistas criaram os 10 mandamentos para emagrecer e manter-se com uma boa saúde. Anote aí:
1) Coma para viver e não para morrer;
2)Transforme sua casa num mini-spa. É mais fácil ceder à tentação se ela não estiver próxima. Nada de “aperitivos”, altamente calóricos, em casa;
3)Evite os três “as”: açúcar, álcool e amido (macarrão, pão, batata, etc.);
4) Exercício é tortura. O que são 30 minutos num dia de 24 horas;
5) Não faça a “dieta da fome”, procure se alimentar em horários regulares, com especial atenção para o café da manhã;
6) Tente mudar seu estilo de vida, diminuindo o stress e a tensão diária; 7)Exagere nas verduras (de preferência orgânicas) e água (mineral);
8) Corte as gorduras: evite carnes vermelhas, as partes escuras do frango, leite e manteiga. Cuidado com gordura vegetal hidrogenada usada em sorvetes, batatas chips, etc.;
9) Alimento bom é assado, grelhado ou cozido;
10) Encontre substitutos para a comida. Que tal um hobby, caminhar, namorar?
Quem conseguir seguir esses mandamentos terá, certamente, mais tempo de vida. Mas será que vai realmente viver?
Você abre o jornal ou a revista, liga a televisão ou o rádio, conversa com desconhecidos, com amigos ou com parentes e tem sempre alguém indicando uma infalível dieta para emagrecer rapidamente, mas nem sempre saudavelmente. Assim como a violência que nos atormenta cada vez mais, os regimes, especiais ou não, também viraram uma espécie de conversa obrigatória em qualquer reunião social. Resultado: como se já não bastassem os muitos problemas que enfrentamos no dia a dia, criamos uma exagerada preocupação com a estética e acabamos eliminando um de nossos maiores prazeres: o de comer, além de virarmos escravos da balança (e não só a comercial).
Enquanto uma grande camada da população ainda corre exaustivamente atrás de um prato de comida, a classe média, de uma maneira geral, está correndo das comidas. E correndo para cima da balança ou sistematicamente pra frente do espelho porque ser gordinho nos dias atuais chega a ser uma ofensa física. É verdade que tem muita gente que precisa realmente submeter-se a um severo regime ou mesmo a uma dessas modernas cirurgias que grampeiam o estômago. Esses são vítimas da obesidade mórbida, definição, aliás, que faz qualquer gordão entrar em desespero e sentir-se à beira da morte. O excesso de peso cria, sim, vários problemas, mas poderia ser tratado pelos médicos sem tanta dureza.
A obrigação de emagrecer está enchendo os consultórios dos endocrinologistas, mas como tem muita gente (a maioria) que não pode pagar as caras consultas ou as exorbitantes mensalidades dos planos de saúde, endocrinologistas criaram os 10 mandamentos para emagrecer e manter-se com uma boa saúde. Anote aí:
1) Coma para viver e não para morrer;
2)Transforme sua casa num mini-spa. É mais fácil ceder à tentação se ela não estiver próxima. Nada de “aperitivos”, altamente calóricos, em casa;
3)Evite os três “as”: açúcar, álcool e amido (macarrão, pão, batata, etc.);
4) Exercício é tortura. O que são 30 minutos num dia de 24 horas;
5) Não faça a “dieta da fome”, procure se alimentar em horários regulares, com especial atenção para o café da manhã;
6) Tente mudar seu estilo de vida, diminuindo o stress e a tensão diária; 7)Exagere nas verduras (de preferência orgânicas) e água (mineral);
8) Corte as gorduras: evite carnes vermelhas, as partes escuras do frango, leite e manteiga. Cuidado com gordura vegetal hidrogenada usada em sorvetes, batatas chips, etc.;
9) Alimento bom é assado, grelhado ou cozido;
10) Encontre substitutos para a comida. Que tal um hobby, caminhar, namorar?
Quem conseguir seguir esses mandamentos terá, certamente, mais tempo de vida. Mas será que vai realmente viver?
Record quer mais força com Sansão e Dalila
por Eli Halfoun
A Record está mesmo apostando alto nas minisséries bíblicas: “Rainha Esther” nem bem estreou e a emissora iniciou a pré-produção de “Sansão e Dalila”, segundo seriado do gênero de uma série de oito programados pela emissora. Sansão, que tinha a força nos cabelos, e Dalila foi um par de grande sucesso cinematográfico produzido em 1949 por Cécil B. DeMille e estrelado por Victor Mature e Susan Hayworth. No Brasil, o tema chegou ao cinema com o filme “Nem Sansão, Nem Dalila” dirigido pelo mestre Carlos Manga e estrelado pelo grande Oscarito acompanhado, é claro, do também genial Grande Otelo. Para seu seriado, a Record ainda não fechou o elenco: a idéia era usar o musculoso Alexandre Frota interpretando Sansão, mas o aproveitamento de Frota esbarra nas tatuagens que ele exibe pelo corpo. Sansão não tinha nenhuma, o que prova que naquele tempo havia melhor bom senso com uso do próprio corpo.
A Record está mesmo apostando alto nas minisséries bíblicas: “Rainha Esther” nem bem estreou e a emissora iniciou a pré-produção de “Sansão e Dalila”, segundo seriado do gênero de uma série de oito programados pela emissora. Sansão, que tinha a força nos cabelos, e Dalila foi um par de grande sucesso cinematográfico produzido em 1949 por Cécil B. DeMille e estrelado por Victor Mature e Susan Hayworth. No Brasil, o tema chegou ao cinema com o filme “Nem Sansão, Nem Dalila” dirigido pelo mestre Carlos Manga e estrelado pelo grande Oscarito acompanhado, é claro, do também genial Grande Otelo. Para seu seriado, a Record ainda não fechou o elenco: a idéia era usar o musculoso Alexandre Frota interpretando Sansão, mas o aproveitamento de Frota esbarra nas tatuagens que ele exibe pelo corpo. Sansão não tinha nenhuma, o que prova que naquele tempo havia melhor bom senso com uso do próprio corpo.
Tessália em close
Livro sobre fotos roubadas da Biblioteca Nacional
"Cinco anos depois do furto, apenas 101 das quase 800 imagens foram recuperadas e ninguém foi responsabilizado pelo crime. A artista Rosângela Rennó lançou o livro "2005-510117385-5" (o título é o número do inquérito policial que apura o roubo). A publicação traz fotografias recuperadas, a maior parte delas da Coleção D. Thereza Christina Maria, nome dado à biblioteca particular do imperador D. Pedro II e por ele doada à Biblioteca Nacional após a proclamação da República em 1889.
No livro, estão reproduzidas as 101 fotografias roubadas que foram devolvidas à Biblioteca Nacional entre 2006 e 2008. Rosângela desenvolveu o de livro de artista em dois formatos distintos: um com características de álbum, com pranchas soltas, de grande formato e tiragem limitada e outro em offset, com tiragem de 500 exemplares, para distribuição entre as principais bibliotecas do país.
O projeto teve a aprovação e o apoio institucional da Fundação Biblioteca Nacional e a autorização da Polícia Federal — que ainda mantém aberto o inquérito criminal de número "2005-510117385-5" para a apuração do roubo. Leia a introdução do livro de Rosangela Rennó: "Em algum momento entre 02 de abril e 14 de julho de 2005, durante uma greve de funcionários da Fundação Biblioteca Nacional, 946 peças, entre elas 751 fotografias, foram furtadas da Sala Aloísio Magalhães, local conhecido como Divisão de Iconografia da FBN. Não havia sinal de arrombamento. Os autores do furto trabalharam com sutileza, escolhendo autores e temas, esvaziando álbuns, substituindo fotografias, para que o crime só fosse descoberto algum tempo depois. Passados quatro anos, com uma investigação criminal ainda em curso, apenas 101 dessas fotografias foram recuperadas, e todas elas foram encontradas mutiladas, pois os criminosos tentaram, de diversas maneiras, apagar as marcas de registro de patrimônio da FBN. Alguns meses antes da greve e do furto, outro setor da FBN foi vítima de um golpe de outra natureza: do Laboratório de Fotografia e Digitalização da FBN foram furtados os principais discos rígidos dos computadores, nos quais vinham sendo arquivadas todas as reproduções digitais do acervo da Divisão de Iconografia. Da mesma maneira, nenhum vestígio foi deixado na cena do crime, os autores do furto não foram encontrados e ninguém foi punido."
Fonte: Assessoria de Comunicação/Secretaria de Políticas Culturais/Ministério da Cultura. A reprodução da foto de J.O.L Niemeyer/Coleção Dona Thereza Christina Maria/Biblioteca Nacional mostra a Colônia Dona Francisca, em 1866, núcleo da cidade de Joinville.
No livro, estão reproduzidas as 101 fotografias roubadas que foram devolvidas à Biblioteca Nacional entre 2006 e 2008. Rosângela desenvolveu o de livro de artista em dois formatos distintos: um com características de álbum, com pranchas soltas, de grande formato e tiragem limitada e outro em offset, com tiragem de 500 exemplares, para distribuição entre as principais bibliotecas do país.
O projeto teve a aprovação e o apoio institucional da Fundação Biblioteca Nacional e a autorização da Polícia Federal — que ainda mantém aberto o inquérito criminal de número "2005-510117385-5" para a apuração do roubo. Leia a introdução do livro de Rosangela Rennó: "Em algum momento entre 02 de abril e 14 de julho de 2005, durante uma greve de funcionários da Fundação Biblioteca Nacional, 946 peças, entre elas 751 fotografias, foram furtadas da Sala Aloísio Magalhães, local conhecido como Divisão de Iconografia da FBN. Não havia sinal de arrombamento. Os autores do furto trabalharam com sutileza, escolhendo autores e temas, esvaziando álbuns, substituindo fotografias, para que o crime só fosse descoberto algum tempo depois. Passados quatro anos, com uma investigação criminal ainda em curso, apenas 101 dessas fotografias foram recuperadas, e todas elas foram encontradas mutiladas, pois os criminosos tentaram, de diversas maneiras, apagar as marcas de registro de patrimônio da FBN. Alguns meses antes da greve e do furto, outro setor da FBN foi vítima de um golpe de outra natureza: do Laboratório de Fotografia e Digitalização da FBN foram furtados os principais discos rígidos dos computadores, nos quais vinham sendo arquivadas todas as reproduções digitais do acervo da Divisão de Iconografia. Da mesma maneira, nenhum vestígio foi deixado na cena do crime, os autores do furto não foram encontrados e ninguém foi punido."
Fonte: Assessoria de Comunicação/Secretaria de Políticas Culturais/Ministério da Cultura. A reprodução da foto de J.O.L Niemeyer/Coleção Dona Thereza Christina Maria/Biblioteca Nacional mostra a Colônia Dona Francisca, em 1866, núcleo da cidade de Joinville.
Projeto quer fim da corrupção. Será aprovado?
por Eli Halfoun
“Chega de corrupção”. É o que promete projeto que será votado em breve (que seja rápido) pelo Congresso (será aprovado?) e que já tem fortes apoios como, por exemplo, o do senador Eduardo Suplicy que diz: “Há um clamor popular contra a corrupção. Sou a favor do projeto, mas é de bom senso que seja considerada a condenação pela Justiça na segunda instância para a eliminação de candidatos com “fichas sujas”. A sociedade estará mais segura se for assim, evitando-se, por exemplo, suspeitas de perseguição política com ações iniciais”. Mesmo com vários apoios (a maioria, como sempre, da boca pra fora) é de bom senso que o Congresso aprove o projeto, o que sabemos todos será muito difícil. Se levarem ao pé da letra talvez não sobre quase ninguém por lá. O que, convenhamos, seria muito bom.
“Chega de corrupção”. É o que promete projeto que será votado em breve (que seja rápido) pelo Congresso (será aprovado?) e que já tem fortes apoios como, por exemplo, o do senador Eduardo Suplicy que diz: “Há um clamor popular contra a corrupção. Sou a favor do projeto, mas é de bom senso que seja considerada a condenação pela Justiça na segunda instância para a eliminação de candidatos com “fichas sujas”. A sociedade estará mais segura se for assim, evitando-se, por exemplo, suspeitas de perseguição política com ações iniciais”. Mesmo com vários apoios (a maioria, como sempre, da boca pra fora) é de bom senso que o Congresso aprove o projeto, o que sabemos todos será muito difícil. Se levarem ao pé da letra talvez não sobre quase ninguém por lá. O que, convenhamos, seria muito bom.
Paris Hilton? Nein doch!, nein doch!
A censura venceu. O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) suspendeu a veiculação da campanha da cerveja Devassa Bem Loura, da Schincariol, com a americana Paris Hilton. Deram um reward na maquina do tempo? Voltamos à Alemanha do "nein doch" ("certamente não"), o carimbo que tudo proibia? Lá fora essa censura talibã tem sido motivo de piada. Em tempo: você é livre para ver e rever o filme da Paris Hilton AQUI
Um recado para políticos corruptos
por Eli Halfoun
“As investigações sobre o DEM devem funcionar como um recado para a classe política” - quem diz isso é o diretor da Policia Federal, Luiz Fernando Corrêa, animado com os resultados obtidos na Operação Caixa Preta de Pandora que acabou colocando na prisão o governador (agora afastado e, espera-se que definitivamente, José Roberto Arruda, de Brasília.) Para o diretor da Polícia Federal “o que aconteceu é bom para a democracia. Quando o Estado demonstra capacidade de agir, leva um alento para o cidadão. É bom que isso tenha ocorrido num ano eleitoral porque o cidadão vai prestar mais atenção”. O delegado diz ainda que “não há mais impunidade no país”. Calma, delegado: ainda falta prender muita gente. Haja cadeias
“As investigações sobre o DEM devem funcionar como um recado para a classe política” - quem diz isso é o diretor da Policia Federal, Luiz Fernando Corrêa, animado com os resultados obtidos na Operação Caixa Preta de Pandora que acabou colocando na prisão o governador (agora afastado e, espera-se que definitivamente, José Roberto Arruda, de Brasília.) Para o diretor da Polícia Federal “o que aconteceu é bom para a democracia. Quando o Estado demonstra capacidade de agir, leva um alento para o cidadão. É bom que isso tenha ocorrido num ano eleitoral porque o cidadão vai prestar mais atenção”. O delegado diz ainda que “não há mais impunidade no país”. Calma, delegado: ainda falta prender muita gente. Haja cadeias
Uma festa para cariocas de todo o Brasil
por Eli Halfoun
Todas as emissoras de televisão aqui plantadas exibiram imagens do Rio visto do alto para comemorar os 445 da cidade. Foi um cartão postal em movimento provando que o Rio é mesmo a Cidade Maravilhosa, sem dúvida a mais bela do mundo. Por mais que visto e vivido de perto - o Rio mostra também que está longe de encontrar soluções definitivas para seus muitos (alguns enormes) problemas - é difícil não se emocionar com essa cidade sem dúvida abençoada pela natureza de Deus, mesmo quando vira um inferno urbano. Apesar de todos os problemas dos quais outros estados também não estão livres, é um privilégio morar no Rio e um orgulho ser carioca mesmo que não se tenha nascido aqui. Assim como suas imensas belezas, o Rio tem um coração enorme que bate forte (certamente em ritmo de samba) para fazer cariocas da gema todos os que o procuram. O Rio é uma festa que já dura 445 anos e não tem dia e nem hora para acabar. Todo dia é dia de Rio. Toda hora é hora de ser carioca. (Foto:Jussara Razzé)
Futebol: time bom não precisa de goleiro
por Eli Halfoun
Comentaristas profissionais de futebol (agora perto da Copa do Mundo todo mundo acha que é) são unânimes em afirmar que o espanhol Barcelona é hoje o melhor time do mundo e o que joga mais bonito. A prática do futebol tem mostrado que é muito difícil definir o que é um time bom. Diante de variadas teses, é o técnico Joel Santana (grande ex-zagueiro do Vasco) quem, com simplicidade e em poucas e sábias palavras, dá a melhor definição e diz tudo. Fala Joel: “Time bom é aquele em que o goleiro não joga”. Com uma invejável experiência Joel dispensa páginas de referências: “Eu não tenho currículo, eu tenho testamento”.
Comentaristas profissionais de futebol (agora perto da Copa do Mundo todo mundo acha que é) são unânimes em afirmar que o espanhol Barcelona é hoje o melhor time do mundo e o que joga mais bonito. A prática do futebol tem mostrado que é muito difícil definir o que é um time bom. Diante de variadas teses, é o técnico Joel Santana (grande ex-zagueiro do Vasco) quem, com simplicidade e em poucas e sábias palavras, dá a melhor definição e diz tudo. Fala Joel: “Time bom é aquele em que o goleiro não joga”. Com uma invejável experiência Joel dispensa páginas de referências: “Eu não tenho currículo, eu tenho testamento”.
Midlin fez da vida uma biblioteca. Ele partiu. Seus livros ficarão para sempre. Como ele queria
por Eli Halfoun
Como os mais de 38 mil livros que reuniu durante 80 anos, José Midlin deveria ficar para sempre em uma estante especial ao lado de obras raras, como ele, para ser consultado por quem busca sabedoria através da literatura. Midlin, que morreu, aos 95 anos, ontem, em São Paulo, foi o mais importante bibliófilo que o Brasil conheceu. O acervo que deixou terá a finalidade na qual sempre acreditou: passará de mão em mão e levará a muiitos conhecimento e arte. A coleção reunida por ele estará disponível na biblioteca da Universidade de São Paulo que os recebeu como doação em 2009. Midlin era um apaixonado por literatura e sempre quis que seus livros pudessem ser de todos. Dizia com sabedoria: “Nunca me considerei o dono desta biblioteca. Sou apenas o guardião destes livros que são um bem público.”
A biblioteca era sua casa onde viveu como sempre gostou: cercado dos livros que começou a colecionar aos 13 anos de idade já com sabedoria literária: o primeiro livro da coleção foi “Discours sur Histoire Universelle”, escrito em 1740 por Jacques-Benigne Bossuel. O livro faz parte da história da literatura mundial na qual Midlin merece um capítulo especial. Afinal, ninguém valorizou tantos os livros e, portanto, a vida literária quanto ele.
Como os mais de 38 mil livros que reuniu durante 80 anos, José Midlin deveria ficar para sempre em uma estante especial ao lado de obras raras, como ele, para ser consultado por quem busca sabedoria através da literatura. Midlin, que morreu, aos 95 anos, ontem, em São Paulo, foi o mais importante bibliófilo que o Brasil conheceu. O acervo que deixou terá a finalidade na qual sempre acreditou: passará de mão em mão e levará a muiitos conhecimento e arte. A coleção reunida por ele estará disponível na biblioteca da Universidade de São Paulo que os recebeu como doação em 2009. Midlin era um apaixonado por literatura e sempre quis que seus livros pudessem ser de todos. Dizia com sabedoria: “Nunca me considerei o dono desta biblioteca. Sou apenas o guardião destes livros que são um bem público.”
A biblioteca era sua casa onde viveu como sempre gostou: cercado dos livros que começou a colecionar aos 13 anos de idade já com sabedoria literária: o primeiro livro da coleção foi “Discours sur Histoire Universelle”, escrito em 1740 por Jacques-Benigne Bossuel. O livro faz parte da história da literatura mundial na qual Midlin merece um capítulo especial. Afinal, ninguém valorizou tantos os livros e, portanto, a vida literária quanto ele.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
E Ronaldinho Gaúcho, Dunga?
deBarros conta
Se seguirmos o raciocínio do colunista de futebol Renato Mauríco Prado, vamos entender que Ronaldinho Gaúcho não será convocado para integrar a Seleção Brasileira que irá a Copa na África do Sul, em junho deste ano.
Dunga, agindo assim, criará uma grande celeuma nos meses e talvez anos, que se seguirão, até a próxima Copa.
Vamos pensar nas seguintes hipóteses:
Dunga convoca Ronaldinho Gaúcho para integrar a Seleção. O Brasil vai a final e ganha a Copa numa final com a Argentina, com grande exibição de Ronaldinho.
Todos os jornalista e colunistas da mídia em geral vão querer para eles o mérito da convocação do jogador que Dunga não queria convocar.
Dunga não convoca Ronaldinho Gaúcho para a Seleção e perde a Copa numa final eletrizante com a Argentina.
Todos os jornalistas e colunistas massacram o Dunga e o culpam pela derrota, por não ter convocado Ronaldinho Gaúcho.
Terceira e última hipótese:
Dunga convoca Ronaldinho Gaúcho para a Seleção como titular e numa final espetacular com a Argentina, sem Ronaldinho conseguir mostrar o seu melhor futebol, o Brasil perde a Copa de 2010, na África do Sul.
Todos os jornalistas e colunistas vão atacar e massacrar o Dunga por ter convocado o Ronaldinho Gaúcho, que não vinha jogando um bom futebol há muito tempo. O Barcelona o tinha vendido a0 Milan, exatamente por essas razões.
Dunga, como o técnico da Seleçào não poderia ignorar esse fato.
Dunga, ganhando ou perdendo a Copa, será o grande perdedor.
Futebol também é cultura no Centro Cultural BB
por Eli Halfoun
Falta pouco para o início da Copa do Mundo na África e é claro que daqui pra frente futebol será o tema de quase tudo. Quem quiser saber mais sobre o assunto não pode perder “Brasil: futebol e livros” que acontece a partir dessa terça-feira no Centro Cultural Banco do Brasil com as participações de, entre outros, Flávio Carneiro (autor do livro “Passe de Letra”) e Roberto Porto (autor de “Botafogo: 101 anos de histórias, mitos e superstições”). Os encontros se estendem até o dia 8 de junho, às terças-feiras e a cada duas semanas dois escritores estarão juntos para falar de seus livros. Serão oito encontros mediados pelo jornalista e escritor Marcelo Moutinho e pelo radialista Edílson Viana Teixeira. É mais um gol de placa do nosso maravilhoso futebol que não se destaca só em campo.
Falta pouco para o início da Copa do Mundo na África e é claro que daqui pra frente futebol será o tema de quase tudo. Quem quiser saber mais sobre o assunto não pode perder “Brasil: futebol e livros” que acontece a partir dessa terça-feira no Centro Cultural Banco do Brasil com as participações de, entre outros, Flávio Carneiro (autor do livro “Passe de Letra”) e Roberto Porto (autor de “Botafogo: 101 anos de histórias, mitos e superstições”). Os encontros se estendem até o dia 8 de junho, às terças-feiras e a cada duas semanas dois escritores estarão juntos para falar de seus livros. Serão oito encontros mediados pelo jornalista e escritor Marcelo Moutinho e pelo radialista Edílson Viana Teixeira. É mais um gol de placa do nosso maravilhoso futebol que não se destaca só em campo.
Terra bruta
por Gonça
Fui ao sul do Chile por duas vezes, nos invernos de 2002 e 2003. A foto ao lado foi feita no Andes, a 80km de Chillán. Ontem, durante o noticiário sobre o terremoto que deixou mais de 300 vítimas no país, vi cenas de Concepción e Chillán, a 401km de Santiago. O epicentro do tremor foi ali perto. Na época, fiquei impressionado com a favelização das periferias das duas cidades. Fazia muito frio e era chocante ver à margem da estrada que levava aos Andes famílias inteiras de pedintes ao lado de uma fileira interminável de barracos ou habitações toscas.
A imagem que a mídia passa do Chile é outra: diz que o modelo econômico implantado pelo ditador Pinochet é o mais eficiente da América do Sul. Esquece de dizer que o tal modelo não distribui renda, concentra, ao contrário.
Mas essa é outra história. Chillán, que tem um cemitério que parece desproporcional ao tamanho da cidade, sabe muito bem de terremotos. Sofreu abalos de grande magnitude em 1751, 1835, 1939, 1953, 1960 e agora. Tanto que tem um apelido local, é a "cidade em movimento". O terremoto de 1939 deixou marcas até hoje visíveis e uma perda que os mais velhos não esquecem: a destruição da catedral da cidade (na reprodução ao lado, pouco antes de ir abaixo).
Na época, milhares de casas foram ao chão. Mais de cinco mil pessoas morreram, segundo o número oficial. Mas os moradores afirmam que foram cerca de 29 mil vítimas fatais. O cemitério parece lhes dar razão. O noticiário não informa ainda os danos de Chillán na atual tragédia. Sabe-se, apenas, que um muro da prisão foi derrubado e 200 detentos pularam fora.
Em meio ao destino geológico, impressiona a frequência de terremotos não apenas na região de Concepción. Os chilenos sofreram em 1965, 1971, 1985, 1995, 1997 (em março e outubro), 2005, 2007, abril e maio de 2009, estes dois últimos sem vítimas. Dizem os geólogos que muitos outros virão. Com um mapa longitudinal (não é à toa que o político Marco Maciel tem o apelido de "mapa do Chile"), o país esta assentado sobre uma placa instável à beira do Pacífico. Os abalos costumam se refletir em praticamente todo o território, segundo os especialistas. Mas Chile é muito mais bem preparado para enfrentar uma tragédia dessas do que o Haiti. As construções, principalmente em Santiago, levam em conta o histórico de terremotos e têm fundações mais apropriadas.
Que os chilenos resistam a mais essa tragédia.
Fui ao sul do Chile por duas vezes, nos invernos de 2002 e 2003. A foto ao lado foi feita no Andes, a 80km de Chillán. Ontem, durante o noticiário sobre o terremoto que deixou mais de 300 vítimas no país, vi cenas de Concepción e Chillán, a 401km de Santiago. O epicentro do tremor foi ali perto. Na época, fiquei impressionado com a favelização das periferias das duas cidades. Fazia muito frio e era chocante ver à margem da estrada que levava aos Andes famílias inteiras de pedintes ao lado de uma fileira interminável de barracos ou habitações toscas.
A imagem que a mídia passa do Chile é outra: diz que o modelo econômico implantado pelo ditador Pinochet é o mais eficiente da América do Sul. Esquece de dizer que o tal modelo não distribui renda, concentra, ao contrário.
Mas essa é outra história. Chillán, que tem um cemitério que parece desproporcional ao tamanho da cidade, sabe muito bem de terremotos. Sofreu abalos de grande magnitude em 1751, 1835, 1939, 1953, 1960 e agora. Tanto que tem um apelido local, é a "cidade em movimento". O terremoto de 1939 deixou marcas até hoje visíveis e uma perda que os mais velhos não esquecem: a destruição da catedral da cidade (na reprodução ao lado, pouco antes de ir abaixo).
Na época, milhares de casas foram ao chão. Mais de cinco mil pessoas morreram, segundo o número oficial. Mas os moradores afirmam que foram cerca de 29 mil vítimas fatais. O cemitério parece lhes dar razão. O noticiário não informa ainda os danos de Chillán na atual tragédia. Sabe-se, apenas, que um muro da prisão foi derrubado e 200 detentos pularam fora.
Em meio ao destino geológico, impressiona a frequência de terremotos não apenas na região de Concepción. Os chilenos sofreram em 1965, 1971, 1985, 1995, 1997 (em março e outubro), 2005, 2007, abril e maio de 2009, estes dois últimos sem vítimas. Dizem os geólogos que muitos outros virão. Com um mapa longitudinal (não é à toa que o político Marco Maciel tem o apelido de "mapa do Chile"), o país esta assentado sobre uma placa instável à beira do Pacífico. Os abalos costumam se refletir em praticamente todo o território, segundo os especialistas. Mas Chile é muito mais bem preparado para enfrentar uma tragédia dessas do que o Haiti. As construções, principalmente em Santiago, levam em conta o histórico de terremotos e têm fundações mais apropriadas.
Que os chilenos resistam a mais essa tragédia.
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