Foto FIFA/Divulgação |
por Niko Bolontrin
A França é a sede da Copa do Mundo de Futebol Feminino 2019, que começa do dia 7 de junho. Alguns veículos reabrem a discussão sobre sexismo no esporte. Há queixas sobre as premiações de valores bem mais baixos do que para a divisão masculina, tratamento inferior às atletas em acomodações etc.
A Fifa alega limitações financeiras e argumenta que o futebol masculino tem visibilidade e receitas muito maiores de patrocinadores, bilheterias e cessão de direitos para TV.
A entidade máxima do futebol parece impaciente com o crescimento relativamente lento do futebol feminino, pelo menos em termos de rentabilidade e de globalização. Há países onde a modalidade cresce exponencialmente, como Suécia, Alemanha e Estados Unidos, mas engatinha ou inexiste em outros, seja por motivos religiosos ou de machismo arraigado. Recentemente, um dirigente sugeriu que as mulheres jogassem com shorts mais curtos e justos. Foi criticado pelo comentário inadequado e revelador do preconceito.
Capa da Placar, 1995: "Garotas batem um bolão": o futebol feminino era visto com "sexy". |
A Copa do Mundo da França certamente dará um impulso à modalidade e deverá ter mais espaço na mídia brasileira. Em 2015, apenas o SporTV e a TV Brasil transmitiram os jogos da seleção feminina brasileira. Anuncia-se agora que o SporTV transmitirá todos as partidas e a TV Globo cobrirá os jogos do Brasil. Essa é a oitava edição do torneio. Os Estados Unidos foram três vezes campeões, a Alemanha duas vezes, Noruega e Japão completam o pódio. A melhor colocação do Brasil foi um vice em 2007, na China, quando perdeu para a... Alemanha por 2x0.
Pelo menos, não deram o vexame dos 7 X 1.