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quinta-feira, 30 de novembro de 2017
Jornal Última Hora é tema de romance premiado...
por Ed Sá
Redações são panelas de pressão de notícias. Mas não apenas de notícias. A vida também ferve naquelas salas e corredores.
O escritor e advogado potiguar José Almeida Júnior viu no jornal Última Hora uma fonte de inspiração para mixar ficção e realidade. O romance que resultou da incursão ao passado de um dos mais importantes diários dos anos 1950/1960 foi lançado pela Record e acaba de ganhar o Prêmio Sesc de Literatura 2017. O personagem central de "Última Hora" é Marcos, um jornalista mal pago que troca um subemprego em um jornal comunista para trabalhar no Última hora de Samuel Wainer. Carlos Lacerda, Getúlio Vargas, Nelson Rodrigues e o próprio Wainer, em meio a crises políticas, tortura, delações e assassinatos cruzam os caminho do protagonista.
O escritor contou em entrevista publicada no Blog da Editora Record que escreveu as cenas da tensa batalha institucional vivida por Getúlio Vargas no mesmo momento em que tramitava o processo de impeachment de Dilma Rousseff.
- "Alguns comparam o que aconteceu no Brasil em 2016 ao golpe de 1964. Mas acho que 2016 se assemelha mais a 1954. Em 1964, o principal discurso foi o do combate ao comunismo, embora também se falasse em corrupção. Em 1954, o discurso anticorrupção foi o eixo principal para a derrubada de Getúlio Vargas. Após o atentado contra Carlos Lacerda na rua Tonelero, a crise se aprofundou e um sistema de justiça foi montado pela Aeronáutica para apurar os crimes. Com o apoio da grande imprensa, a investigação começou a atropelar procedimentos legais, o que ficou conhecido como República do Galeão. Não à toa, em 2016, falou-se em República de Curitiba", conclui o autor.
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