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sexta-feira, 8 de abril de 2022

Brasil cria a corrupção na robótica. O cinema lançou robôs inesquecíveis, mas não ousou inventar androides ladrões

R2-D2, C3-PO, os robôs de Star Wars


Sonny, de Eu,Robô


A primeira robô do cinema: a Maschinenmensch de Metrópolis


Robby, de Planeta Proibido, de 1956.

Rosie, a robô dos Jetsons

A bela Sean Young no papel da replicante humanoide do filme Blade Runner

por José Esmeraldo Gonçalves

Se depender de Brasília, o Brasil terá um robô em cada esquina para as mais variadas tarefas. Vamos finalmente deixar na poeira os mais famosos robôs do cinema. R2-D2, C3-PO e BB-8, as máquinas inteligentes de Star Wars; Marvin, o androide de O Mochileiro das Galaxias; Andrew, o robô doméstico de O Homem do Bicentenário; Sonny, o quase humano do filme Eu, Robô; T-800, o quase invencível androide do Exterminador do Futuro; Rachael, de Blade Runner; Robby, que apareceu no filme Forbidden Planet, de 1956. Tem mais: o inesquecível robô B-9 de Perdidos no Espaço, autor do bordão "perigo, perigo". Vale lembrar HAL, o computador de 2001, Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick. Não tinha pernas nem rodinhas e muito menos aspecto humano, seu visual era apenas uma lente, mas mandava e muito na nave Discovery One. E finalmente, o pioneiro entre as criações da ficção cientifica cinematográfia, a Maschinenmensch, a "máquina humana" do filme Metrópolis, de 1927, dirigido por Fritz Lang. O cinema criou dezenas de robôs, alguns mocinhos outros vilões.  Não me recordo de androides corruptos. Pois a corrupção brasileira leva a robótica para o mundo do crime. A Folha de São Paulo denuncia mais um escândalo do governo Bolsonaro e dos seus apoiadores da Câmara dos Deputados. Dessa vez coisa de ficção científica. Espertos emplacaram uma venda de kits de robótica para escolas públicas que não têm nem o básico para oferecer boa educação. A Educação, aliás, está na mira dos ladrões. Depois dos pastores que intermediam verbas federais em troca de propina e da licitação de ônibus escolares superfaturados (suspensa a tempo pela TCU), o ataque da mão leve agora vem em nome da alta tecnologia. 

Nesses golpes há sempre uma "boa intenção" embutida. No caso, era a formação de supostos jovens "cientistas". Mas o objetivo mesmo foi meter a mão em dinheiro público. 

O grande risco agora é o ativo laboratório de corrupção do Brasil construir seus próprios robôs especializados em roubalheira hi-tech. Não precisarão mais apelar para "laranjas". Terão seus próprios "laranjas mecânicas". Nada mais de dinheiro na cueca transportado por humanos. Humanoides farão o trabalho sujo sem risco para o político envolvido. Participar ao vivo de reuniões sobre propinas? Dispensável. Um androide vai lá e combina o jogo. Correr em becos carregando mala de dinheiro? Coisa do passado. Um veículo controlado à distância vai lá e faz o carreto dos naços de propina. 

Agora sim, o Brasil é o país do futuro.