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terça-feira, 21 de junho de 2016

"Senzala" de grife em São Paulo: marca de roupas chiques é flagrada explorando trabalho escravo


MTE/Divulgação

BBCBrasil/Reprodução
A "Revolução Coxinha" tem projeto em andamento no Congresso para "aliviar" a lei que pune trabalho escravo. O texto quer retirar da legislação o trecho que protege a dignidade do trabalhador e que, além do descumprimento da legislação trabalhista e da manutenção de trabalhadores em virtual "cárcere privado", como muitas vezes acontece, permite, enquadrar formas degradantes da "escravidão contemporânea".

Os frequentes flagrantes incomodam alguns grupos de construção civil, do agronegócio (incluindo políticos proprietários de fazendas, segundo inquéritos existentes) e de confecções, que estão entre os exploradores de mão de obra irregular em condições desumanas.

Ontem, em São Paulo, foi "estourado" mais um desses esquemas infames. De acordo com o relatório da inspeção do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Brooksfield Donna (Via Veneto) é a real "empregadora" dos trabalhadores escravizados e é responsável "pelos ilícitos trabalhistas constatados".
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quarta-feira, 8 de julho de 2015

Analista político revela que golpistas da "'Revolução Coxinha" já preparam o EC ("Estado Coxânico") que substituirá o governo de Dilma Rousseff.

por Omelete (analista político que já se prepara para o exílio)
Ok, não é segredo que a tentativa de golpe está em andamento. Hoje mesmo, colunistas defendem com entusiasmo a "legitimidade" de a oposição ocupar o Palácio do Planalto. Mas ou as "forças revolucionárias" do poderoso movimento não se entendem, houve uma falha na senha ou, ainda, uma curto-circuito na comunicação. O fato é que Aécio Neves, em entrevista à Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, declarou-se "Presidente da República". Ele respondia a uma pergunta sobre o impeachment e, antecipando-se à anunciada queda de Dilma, apressou-se em anunciar sua chegada ao "puder".

O susto 
A declaração foi classificada como "ato falho", mas assustou muita gente principalmente por causa de uma coincidência: Dilma está nesse momento na Rússia para reunião com os Brics, que incluem, como se sabe, a China. Em 1961, com a renúncia de Jânio, João Goulart, o vice, estava na China em visita oficial. Os conspiradores já estavam em ação e tentaram aproveitar a oportunidade para antecipar o golpe que daria em 1964. Cogitaram até em mandar caças abaterem o avião de Jango para impedir que este tomasse posse. Alguns oficiais-generais não concordaram com o açodamento civil e a ditadura foi adiada, embora por pouco tempo. Analistas tranquilizam a população e acham que a declaração de Aécio jamais poderia ser uma senha já que a "Revolução Coxinha" ainda não dispõe de uma tropa organizada para tomar as ruas e não houve resposta a um email enviado pelo "Supremo Comando Coxinha" (SCC) para o Departamento de Estado solicitando o reforço dos porta-aviões da Sexta Frota americana.

As divisões blindadas "Tramontina" e "Rochedo", entre outras, já estão prontas para a blitzkrieg das panelas rumo ao Palácio do Planalto

Felizmente, o arsenal do golpe, por enquanto e pelo que se sabe, acumula apenas panelas de vários calibres. Mas não subestimem as panelas. Os "revolucionários" já montaram várias divisões do tipo "panzer" denominadas Tramontina, Rochedo e Panex, além dos esquadrões de panelas importadas como as francesas Mauviel e Staub, a alemã Silit, a espanhola Garcima e a inglesa Gordon Ramsay.

Cantis dos "revolucionários" já estão abastecidos com champanhe.
Um "revolucionário" indiscreto comentou com um amigo, durante um jantar em uma elegante cobertura nos Jardins, em São Paulo, que já estava se preparando para a "guerra civil" e tinha em casa 50 cantis já devidamente abastecidos com champanhe, a roupa de cama de seda oriental para as trincheiras já estava passada e os cremes para a pele já guardados na mochila de combate. Faltava apenas providenciar o catering do Fasano para a boia no front ou o food truck que vai seguir as tropas. Milhares como ele, segundo o futuro combatente, aguardam apenas que os comandantes digam a senha para o "Dia C", da "Revolução. Coxinha" que implantará no Brasil o "Estado Coxânico".

A senha é "o tucano pousou"
Quanto ao significado do fato de Aécio "assumir"a Presidência da República em entrevista, provavelmente jamais será desvendado. Era a senha para o golpe e a tropa "coxinha" que só sintoniza as FM de Miami não ouviu? Foi um simples "ato falho"? Será que alguém avisou ao candidato derrotado nas últimas eleições que Dilma tinha deixado o país e ele entendeu que o cargo estava vago?  Ou pode ter sido trolado em uma pegadinha: um bolivariano gozador ligou pro mineiro imitando a voz do Aloísio Nunes dizendo que "o tucano pousou", que já estava sentado na cadeira de Dilma no Palácio do Planalto e que ele podia vestir a faixa? Provavelmente só saberemos a verdade quando eu estiver no exílio e o Wikileaks revelar as gravações da NSA americana sobre o misterioso episódio nos estúdios da emissora.

OUÇA NA GRAVAÇÃO O MOMENTO EM QUE AÉCIO PRONUNCIA A FRASE ENIGMÁTICA NA RÁDIO GAÚCHA. CLIQUE AQUI

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Adesivo do golpe: as forças que querem derrubar Dilma Rousseff acabam de ganhar um símbolo. O logotipo da "gloriosa Revolução Coxinha" já está nas ruas.

por Flávio Sépia
Entre as chamadas classes mais endinheiradas, Dilma Rousseff nunca teve tanto apoio, mesmo quando a sua popularidade alcançou melhores índices. Quanto mais perto do topo da pirâmide, mais ódio a primeira mulher presidente despertava. A crise econômica, política, administrativa e as denúncias de corrupção sempre expostas quando miram o governo e sempre escondidas quando atingem partidos de oposição (casos do metrô de SP, mensalão mineiro, caso Cachoeira, esquemas de sonegação e, mais recentemente, o escândalo que envolve um governo do PSDB, o de Beto Richa, no Paraná), tudo isso junto e misturado acossa o governo Dilma. Por outro lado, a presidente também se distanciou das organizações da sociedade, dos movimentos populares, únicas forças capazes de oferecer apoio a um governo que não pretenda paralisar programas sociais e levar o país a abrir mão de conquistas importantes para a população. A razão principal desse afastamento é a opção que o governo fez por um arrocho que atinge exata e prioritariamente os não-privilegiados.
Recém-eleita democraticamente, é claro que Dilma deve ter seu mandato respeitado. As instituições estão ativas, o Congresso está aí, para o bem e para o mal derrotando o governo sob o comando de dois políticos antes execrados e que, ao confrontarem Dilma, ganharam o apoio súbito e entusiasmado da oposição e da mídia. Viraram paladinos da República. Os tribunais superiores estão funcionando, com algumas instâncias até empenhadas em apertar o cerco à presidente. Onde isso vai dar? Não se sabe. Mas há sinais de que os caminhos que se abrem são perigosos. Não é mais segredo e nem os "conspiradores" falam em voz baixa - ao contrário, a ala mais à direita ainda do PSDB já assume abertamente que trabalha para derrubar Dilma Rousseff - que a "Revolução Coxinha" avança e, para isso, "meios legislativos e judiciais" (tal como no Paraguai, Honduras e Ucrânia, países que sofreram golpes com aparência "legal") são acionados, enquanto a mídia de mercado cuida do trabalho junto à opinião pública. Já há um clima de caça a quem não concorda com o pensamento dominante de "Delenda Dilma".
Campanha financiada: o adesivo que simula "penetração"
estava à venda em um site de eComércio.
Opositores de Dilma criam
a marca do golpe: "Revolução Coxinha" já tem logotipo.
Foto: Reprodução
Que o digam, Jô Soares, pela entrevista com Dilma, e Marieta Severo, por ousar apontar ações positivas dos governos do PT e por não concordar com o golpe; o passageiro agredido em uma avião por estar lendo a Carta Capital;  o jovem ameaçado na rua por usar camisa vermelha, o ex-ministro Guido Mantega, que foi alvo de xingamentos, palavrões e, por pouco não sofreu agressão física em um hospital e em um restaurante; o envio de "agentes" provocadores a congressos ou eventos ligados ao PT com o claro intuito de criar situação crítica e potencialmente arriscada. Tais casos apontam para uma escalada. E cada vez fica mais claro que há uma coordenação de atos e uma visível demonstração de que, nos próximos meses, os limites do bom senso serão ultrapassados.
Se faltava um logotipo à campanha organizada para o golpe contra Dilma, não falta mais.
O adesivo da "Revolução Coxinha", talvez o que melhor retrata o nível dos conspiradores, já está nas ruas.  

A PROPÓSITO, LEIA NA CARTA MAIOR, ARTIGO DE LÉA AARÃO REIS, CLIQUE AQUI