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sexta-feira, 20 de maio de 2016

Peido apocalíptico prejudica aula em colégio da Tijuca e se transforma em questão nacional

Reprodução Whatsapp



por Omelete 
Um aluno do Colégio Palas, na Tijuca, no Rio, foi advertido, por escrito, por supostamente ter soltado um peido (ou pum, na versão infantilizada adotada por aí) devastador em plena sala de aula. Segundo o comunicado enviado ao responsável pelo estudante, a continuação da aula foi prejudicada pela atmosfera do ambiente depois do petardo orgânico. O fato não é inusitado, mas ter resultado em advertência formal provavelmente é coisa inédita na didática nacional.

Há vários pontos a comentar sobre o incidente:

- O gás resultante deveria ter sido analisado. Parece ser mais poderoso do que os gases de pimenta e paralisante utilizados para controlar multidões ou em defesa própria. 

- Não fica claro se o gás foi poderoso ou se foi de intensidade razoável e a ventilação da sala é que é precária. 

-Aparentemente, o autor da advertência foi seriamente afetado pelo gás, só assim se explica ter escrito "mal odor". Vai precisar passar por uma reciclagem respiratória. 

- Não foi informado se o petardo foi do tipo sonoro ou da categoria silencioso, considerada mais mortal.

- O comunicado pede que "tal fato não volte a ocorrer". Não foi divulgado que tipo de precaução será tomado: o aluno usará cueca a vácuo?; só será autorizado a peidar na hora do recreio e do outro lado do pátio?; seguirá dieta de astronauta? (dizem que a NASA foi obrigada a desenvolver tecnologia especial para o problema ou as viagens espaciais seriam inviabilizadas); nem se o colégio criará uma área especial denominada Espaço Pedagógico para Liberação de Gases Pessoais Categoria Arrasa-Quarteirão.

O caso é serio. Segundo a revista Mundo Estranho publicou certa vez, uma pessoa normal empesta o ambiente de 12 a 25 vezes por dia, liberando até 1 litro e meio de gases. Boa parte das pessoas tem preferência por abrir a válvula dentro de elevadores. Daí a preocupação: se o gás da Tijuca interditou uma sala, caso teor semelhante seja solto em uma elevador as consequências podem ser catastróficas.

Com a repercussão do caso nas redes sociais, fala-se que o governo Temer e os ministérios da Educação e do Meio Ambiente devem se pronunciar sobre o grave incidente.

Parece mesmo um caso típico para estudo dos novos dirigentes.

Especula-se que, finalmente, Temer criará o órgão que Chico Buarque sugeriu há muito tempo: o Ministério do Vai Dar Merda. O titular não foi escolhido mas sabe-se que será do PMDB, cujo programa partidário tem capítulos dedicados ao assunto.