Mostrando postagens com marcador os descobridores do Recreio dos Bandeirantes. Manchete. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador os descobridores do Recreio dos Bandeirantes. Manchete. Mostrar todas as postagens

sábado, 8 de maio de 2021

Fotomemória: quando os cariocas descobriram o Recreio dos Banderiantes. E Jacinto de Thormes registrou para a Manchete

 


Os frequentadores pioneiros do Recreio dos Bandeirantes. Foto Manchete

O Hotel Recreio era um "balneário" para férias de famílias e fins de semana. Ao perceber que a praia havia sido "descoberta", equipou-se com mesas, cerveja gelada e drinques da moda: Ponche de Champagne,  Moscow Mule (com vodka), Gin Daisy, Banana Daiquiri (rum) e o mix de bebidas  Grasshopper 

Em 1960, o Arpoador era a praia mais badalada do Rio de Janeiro. Significava dizer que atraía muita aglomeração - essa palavrinha hoje contaminada pela Covid-19. O repórter Jacinto de Thormes, da Manchete, foi a campo, ou melhor, à praia, descobrir para onde o pessoal estava indo. 

Thormes foi parar no Recreio, quase deserto, com raras construções ou casas de veraneio e um hotel que ainda era considerado "balneário". Chegar lá não era pra qualquer linha de ônibus. Era preciso ter carro ou Lambretta, veículo que, depois da onda dos transviados - os playboys que aprontavam em duas rodas - foi adotado por "rapazes de família". Os carros nacionais ainda não eram maioria nas ruas e a orla exibia os importados Buick, Cadillac Eldorado, Bel Air, Mercury... 

A região era tão desconectada da cidade que era chamada se "sertão carioca".  Hoje está perfeitamente integrada à cidade, tem até BRT e milícia.

 O que Jacinto de Thormes e a Manchete mostraram em oito páginas foi uma caravana de alegres desbravadores. Mereciam uma placa. Ou apenas o sertanista Cândido Rondon merece ser lembrado nos anais do ramo?

P.S - Quem não foi injustamente esquecido nos créditos da reportagem foi o fotógrafo que acompanhou Jacinto de Thormes. O editor "marcou touca", como se dizia na época.