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segunda-feira, 18 de maio de 2020

Carnaval 2021 - Na torcida para que o corona deixe o samba sair e o Rio vá à revanche contra a pandemia

A Banda de Ipanema informa que só voltará a sair no carnaval quando houver uma vacina à disposição da população. Não é possível prever, ainda, o impacto da pandemia em 2021, mais precisamente em fevereiro, daqui a nove meses. E não é cedo para começar a falar nisso. O fato é que as escolas, principalmente, estão na expectativa, aguardando o que julho e agosto, meses importantes no cronograma de planejamento e preparação dos desfiles, vão mostrar.

Há cientistas trabalhando intensamente em vários países em pesquisas avançadas. Se não surgir até o fim do ano um coquetel de medicamentos ou uma imunização que detenha o coronavírus, blocos e escolas de samba poderão enfrentar restrições ou até cancelamentos inéditos, como o que anuncia  Banda de Ipanema. Este seria o pior cenário.

No livro "Metrópole à Beira-Mar, o Rio Moderno dos Anos 20, o escritor e jornalista Ruy Castro conta que em 1919, após superar a Gripe Espanhola, os cariocas viveram o carnaval da revanche, a grande desforra contra a peste.

Quem sabe, 2021 não repete a dose?

Fotomemória da Sala de Imprensa do Sambódromo, 2007 - Alex Ferro edita fotos da Manchete de carnaval, sob as vistas de parte da equipe: em pé, Alice Massuca, Jussara Razzé, Marcos Dvoskin, João Salomonde e Orestes Locatel. Sentados: Alexandre Loureiro (de costas) e Alex, que chefiou a equipe de fotógrafos da agência Pedra Viva, e o designer Gustava Vidal (de camisa branca).  Ao fundo, Chico iSilva, da Agnews. Foto de Rudy Trindade
Pouco mais de um século depois, o carnaval, muito além da festa, é uma indústria que cria milhares de oportunidades de trabalho, principalmente para jornalistas. Este ano, eram mais de 2 mil credenciados na avenida, sem contar os profissionais mobilizados para cobrir os blocos ao longo de de um mês.

Por enquanto, é torcer para que o vírus deixe o samba sair e cenas como a da foto se repitam no sambódromo no ano que vem. Depende dos cientistas. O samba no pé está nas mãos deles.