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segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Jaguar (1932-2025) - Em 1957, o cartunista que seria um dos fundadores do Pasquim publicou sua primeira página exclusiva na antiga revista Manchete, da qual foi colaborador



 

Em 1957, Jaguar dangou uma página na Revista Manchete. Reprodução da edição


por José Esmeraldo Gonçalves  

A edição 271 da antiga Manchete trazia uma página assinada por Jaguar. Ele já havia colaborado com a revista que chegara às bancas em 1952.  A novidade oferecida ao leitores era a página exclusiva do cartunista que faria história a partir de junho de 1969, quando foi um dos fundadores do Pasquim e deu traços ao Sig, o rato implacável e inesquecível.  O jornal foi um fenômeno de vendas, soube fazer a hora e, usando o humor como arma, tornou-se um símbolo da luta contra a ditadura. Os gorilas entendiam de pau de arara e não sabiam lidar com humor. Chegaram a prender toda a redação invocando as mais variadas desrazões. No caso do Jaguar, o "crime" foi uma charge que parodiava o grito da Independência e botava D. Pedro pedindo mocotó às margens do Ipiranga. Odiaram a piada. 
Em cada uma das milhares de charges que criou Jaguar imprimia seu estilo único e certeiro. Difícil escolher a melhor. Entre aquelas que mais gosto e que resume humor com gotas precisas de acidez e bouquet de ironia vai essa abaixo reproduzida do Pasquim.