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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

O último ritual: morre Charles Manson, o guru que mandou matar a atriz Sharon Tate...


Suástica na testa. l.A.
Há poucas horas, Debra Tate, irmã da atriz Sharon Tate, recebeu uma ligação do Departamento de Correção e Reabilitação de da Califórnia. Era um funcionário da prisão avisando da morte de Charles Manson, aos 83 anos, de causas naturais.

O telefonema fechou um ciclo que começou nos dias 9 e 10 de agosto de 1969, quando Manson e seguidores da sua seita assassinaram nove pessoas, aleatoriamente, em bairros ricos de Los Angeles. Entre as vítimas estava a atriz Sharon Tate, 26 anos, casada com o diretor Roman Polanski, de quem esperava o primeiro filho.

A caminho do julgamento. Reprodução Instagram
No final da década de 1960, Charles Manson liderava um culto apocalíptico - à Rolling Stone, ele contou que se "inspirou no Beatles" e se descreveu como uma reencarnação de Jesus Cristo, "não me importa se vocês acreditam ou não" - e seus seguidores esperavam que a onda de crimes fosse atribuída a negros e desencadeassem uma guerra racial na cidade nas grandes cidades. Desse apocalípse, ele acreditava que nasceria o "novo mundo".





A  morte de Sharon Tate ocupou a mídia mundial. Revistas conservadoras como a Life e a Manchete generalizaram a tragédia e atribuíram os crimes aos "hippies". Para Life, era o 'a face escura da vida hippie"; para a Manchete, "a fúria assassina dos hippies". O Sunday News apostou em ritual; o Globo em oferenda a Satã.

Manson foi condenado à morte em 1971. Posteriormente, quando a Califórnia aboliu a pena de morte, teve a sentença comutada para prisão perpétua.

Ele jamais se declarou arrependido.

Nos últimos anos, em foto dos arquivos policiais e em vídeos no you Tube, apareceu com uma suástica tatuada na testa.