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quinta-feira, 29 de março de 2018

Mídia sob ameaça anatômica: se depender de Gilmar Mendes, editor da Folha está impedido de trabalhar sentado...



por O.V.Pochê
O Supremo vive dias de alta ansiedade e baixa performance. Em bate-boca e entrevistas, alguns ministros sobem nas togas e armam confusões. Ontem, data vênia, o barraco sobrou para a Folha de São Paulo. O que era previsível. Dependendo do teor da causa e do voto, alguns ministros entram na mira da mídia. Gilmar Mendes, que já foi  "queridinho", agora é visto como "o bad boy" a ser marcado sob pressão. Já foi odiado pela esquerda, hoje é detestado pela direita. Provavelmente, se votar como os editoriais e colunistas pedem, voltará à lua-de-mel com a mídia. Enquanto isso não acontece, ele é a bola da vez. E está com a defesas permanentemente armadas. A pergunta do repórter da Folha - se o STF pagou sua passagem para evento privado em Portugal - pode ser considerada de rotina em se tratando de viagens de autoridades, mas o ministro não gostou. A vítima foi o editor da Folha que, se cumprir a ordem da autoridade, vai ter que trabalhar em pé. Repórteres não usam mais bloquinhos. a maioria grava as entrevistas em smartphones. Daí, quando o ministro recomenda o procedimento "enfiar na bunda" está se referindo não a um simples pedaço de papel, mas a um objeto - o celular - de incômodo volume. Não se sabe se o editor da Folha recorrerá a um habeas corpus para descumprir a "sentença".