Reprodução Manchete. Clique na imagem para ampliar. |
por O.V. Pochê
Por falar em Jackie Onassis, não haveria muito em comum entre a sofisticação jet-setter da ex-primeira-dama da Casa Branca e a controvertida figura com carimbo da Ceilândia autodenominada Mijóias. Agora há: o gosto por se apoderar de jóias caríssimas presenteadas por visitantes oficiais, pertencentes por lei aos respectivos patrimônios nacionais e não às pessoas físicas em questão.
Em 1974, ainda no âmbito das investigações do Caso Watergate, a justiça constatou a falta de colares com esmeraldas, rubis e diamantes, cintos de platina, casacos de pele etc no acervo da Casa Branca. Foi comprovado que Jackie embolsara o tesouro. No mesmo ano, ela foi obrigada a devolver todas as peças, conforme a Manchete registrou.
Antes de Jackie O, Pat Nixon também afanou preciosidades do acervo da Casa Branca.
Aviso aos navegantes: não vale a defesa do esquema Mijóias do clã usar esses precedentes como justificativa para a mão leve que subtraiu as preciosidades que vieram da Arábia Saudita. Registre-se que as peguetes oficiais de Nixon e Kennedy devolveram os tesouros e não tentaram repassá-los em obscuras negociações no mercado paralelo de receptação internacional e não vestiram placas de "vendo ouro" para negociar o que não lhes pertencia.