Confirmado em mais de 3 milhões de acessos: a era Bolsonaro tem finalmente uma trilha sonora intelectual e musicalmente à altura e o Ministério da Educação tem seu hino. "Caneta Azul" é o hit do momento.
Postada no dia 3 de outubro, a canção composta pelo maranhense Manoel Gomes virou sucesso desbancando medalhões em números de cliques na internet. O refrão é algo como
"Caneta azul, azul caneta/Caneta azul tá marcada com minhas letra/Caneta azul, azul caneta/Caneta azul tá marcada com minhas letra". A letra descreve um "drama popular": o triste extravio de uma caneta. "Eu perdi minha caneta e eu peço, por favor/Quem encontrou, me entrega ela/A professora, ela veio brigar comigo/Porque eu perdi a última caneta que eu tinha/Não brigue, professora, porque eu vou comprar outra canetinha".
Duvida? Ouça AQUI
Caneta, aliás, é aparentemente um fetiche da nova era. Bolsonaro ostentava um Bic até se indispor com Emmanuel Macron e descobrir que a caneta é francesa. Resolveu trocá-la por uma Compactor alegando ser produtor brasileiro. Não é. É alemã, terra de outra desafeta do Bozo, Angela Melker.
Tá difícil. Nem o Curinga dá jeito na bagunça.
Para livrar os ouvidos do passado musical do país, registre-se que já houve outros azuis em nosso céu (que não eram de anil, nem de índole varonil...)
Que o digam Tim Maia (AQUI) e Elis Regina (AQUI)