Chefes de Estado lançam moedas na Fontana di Trevi. Reprodução RAI |
Em Roma, faça como os romanos, reza o ditado. Mas romano que se preza nunca jogou moeda na Fontana di Trevi, uma das mais famosas fontes do mundo, emoldurada por um imponente conjunto de esculturas barrocas, inaugurada há quase 260 anos, em 1762.
O costume de jogar moedas na fonte – garantindo ao viajante uma volta à Cidade Eterna – foi reforçado pelo turismo de massa nos anos do pós-guerra e exaltado em 1954 pelo filme Three Coins in the Fountain/A fonte dos desejos, um dos primeiros realizados em CinemaScope. O melhor do filme foi a canção da dupla Jule Styne e Sammy Cahn, vencedora do Oscar, que mereceu sua melhor interpretação na voz de Frank Sinatra, OUÇA AQUI
https://www.youtube.com/watch?v=B1FZpyUfM5g
Anita Ekberg em Dolce Vita. Foto Divulgação |
Em 1960, o diretor italiano Carlo Campogalliani lançou o filme Fontana di Trevi, uma comédia insossa. A grande referência cinematográfica da Fonte de Trevi é a cena da Dolce Vita, de Fellini, em que a atriz sueca Anita Ekberg se banha à noite em suas águas, na companhia de um embasbacado Marcello Mastroianni. VEJA AQUI
https://www.youtube.com/watch?v=The8Xi6fKOE
Neste domingo, encerrando a cúpula do G20, os chefes de estado foram à Fonte de Trevi jogar sua moedinha, seguindo a tradição: com a mão direita, de costas para a fonte. Mas não foi uma moedinha comum e sim a moeda de um euro cunhada especialmente para a ocasião, com a imagem do Homem Vitruviano de Leonardo da Vinci. (O presidente brasileiro não acompanhou a turma, visitou a fonte na sexta-feira com o filho e membros da comitiva.) Em 2016 foram recolhidos um milhão e meio de euros, que foram destinados a projetos de beneficentes.
Em 2020 foi decidido que a fonte será cercada por uma barreira de vidro com um metro de altura para protegê-la de comportamentos inadequados e de vandalismos de alguns dos milhões de turistas que todos os anos visitam Roma.