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quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Catar - Copa do Mundo na era do passe curto

"Matadinha" é moda.
 
por Niko Bolontrin

"Houve uma época em que trocar passes curtos na própria metade do campo era tática para gastar tempo. Muitas vezes, o time que fizesse isso era alvo de vaias. Bom, apague isso. Todas as seleções que jogaram até agora na Copa do Catar valorizam a troca de passes curtos e a consequente posse de bola. 

A posse de bola é tão glorificada que os locutores anunciam a todo momento as estatísticas do que chamam domínio de campo mesmo que não resulte em gols. 

Os mais antigos devem lembrar dos passes de 40 metros de Gerson ou Didi. Esqueçam, no futebol moderno raramente algum jogador faz isso, talvez só o goleiro ao repor a bola com um chutão e nos recorrentes cruzamentos sobre a área 

Em muitos momentos, a constante troca de passes curtos lembra o futsal e um dos fundamentos da modalidade: aquela "matadinha"  com a sola do pé antes de rolar a bola para o companheiro mais próximo. 

No futsal isso faz sentido: o espaço é restrito, a bola é pesada, a trave pequena e o time toca a bola até encontrar uma brecha para o chute a gol.  

Estou falando mal do jogo atual? Não. O futebol também tem modas e fases. 

Acima, falei de Gerson e Didi. O estilo de cada um seria útil atualmente? Pelé, por exemplo, se fosse treinado por um Guardiola teria que voltar para marcar e tentar retomar bola. Garrincha? Também teria de participar da "transição", voltar quando o time perdesse a posse de bola e trocar passes para abrir linhas de defesa de até cinco homens como é comum agora. Garrincha talvez até pudesse jogar aberto e driblar para vencer laterais e zagueiros, mas não o tempo todo porque o treinador à beira do campo passaria o jogo sinalizando para ele voltar.

É isso que temos. Se não gostar reclame do Rinus Mitchel que, em 74, mandava o craque Cruyff voltar para recuperar a bola no esquema do fabuloso carrossel holandês. Ou mande uma mensagem para Pepe Guardiola, Klopp, Tuchel, Ancelotti...

Comentario de J.A.Barros

Se o futebol evoluiu, não posso afirmar com certeza. 

Sou dos tempos em que via Zizinho pegar a bola no meio de campo e ir driblando o " inimigo" até ao gol. 

Sou do tempo em que via Pelé, em lances espetaculares, dar um chapéu no seu primeiro marcador, na entrada da área, dar outro chapéu no segundo marcador, dentro da área, e por mim, em frente ao goleiro, dar um terceiro chapéu nele e sozinho em frente ao gol vazio, cumprimentar com a cabeceada, o estádio e fazer o gol que marcou a sua rica e memorável historia no futebol,brasileiro. 

Sou dos tempos em que via no sagrado templo do futebol carioca, o Maracanã, Zico, na corrida, matar a bola com o lado do pé direito, continuar na corrida com a bola dominada e com o chute indefensável marcar mais um gol na sua fantástica carreira de jogador de futebol. 

No futebol de hoje, antes do jogador chegar em frente ao gol, a bola precisa correr, a começar pelo goleiro, de pé em pé, por todos os jogadores, para tentar finalizar as jogadas em frente ao gol do "inimigo ". 

Se tá certo ou não, o que vou dizer?:

 - Ah, é o futebol moderno, e o jogo fica mais corrido e é aquela corrida dos jogadores querendo bater o record dos 100 mentros rasos. 

O futebol fica mais corrido, mais bonito?. 

Francamente, não sei