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quarta-feira, 31 de julho de 2019

É o marketing, estúpido! - Quando presidentes "perebas" levam a bola pra casa. Documentário mostra quando a política tenta se apropriar do futebol

Cena do documentário "Memórias do Chumbo: o futebol nos tempos do Condor".
Foto:Reprodução

Como ferramenta para a busca da popularidade dos ditadores brasileiros, o  futebol cumpriu seu papel compulsório nos anos 1960-1970.

Campanhas de relações públicas das tropas escaladas para a comunicação dos governo introduziram Costa e Silva e Médici nos estádios e bastidores da então CBD e penduraram os generais na fama de alguns craques da seleção.  O envolvimento do governo com a seleção que se preparava para a Copa do México, encontros com jogadores até para almoços em palácio fartamente fotografados e o advento da Loteria Esportiva fizeram parte dessa ofensiva de marketing político.

O tema é tão atual que o atual inquilino do Planalto, o notório Bolsonaro, com a popularidade em baixa, segundo repetidas pesquisas, tem se escalado para assistir jogos do Palmeiras, do Flamengo e da seleção brasileira. Provavelmente nunca assistiu tanto futebol na vida. Em várias ocasiões, entrou em campo e recebeu vaias das torcidas, com alguns aplausos dos seus fanáticos seguidores.

Um bom momento para ver o documentário “Memórias do Chumbo: o futebol nos tempos do Condor”, produzido pelo jornalista e historiador Lúcio de Castro para o canal ESPN.

A referência à Operação Condor - aliança dos órgãos de informações do Cone Sul para assassinar políticos e militantes da esquerda - está presente no documentário que dedica um capítulo a cada um dos países envolvidos no braço do terrorismo de Estado, com a participação da CIA,  promovido pelas ditaduras do Brasil, Argentina, Chile e Uruguai.

O DOCUMENTÁRIO “MEMÓRIAS DO CHUMBO : O FUTEBOL NOS TEMPOS DO CONDOR" ESTÁ AQUI

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Piquet na ESPN sobre comparação com Senna; "Eu estou vivo. O que é melhor que isso?"


Tricampeão mundial de Fórmula 1 em 1981, 1983, 1987, Nelson Piquet é um dos maiores pilotos da história da categoria. Foi tão rápido e agressivo nas pistas quanto foi fera na briga de foice dos bastidores e certeiro em entrevistas e declarações. Para o competitivo Piquet, a imagem que interessava era a dele no pódio. Relações-públicas, marketing de bom moço, diplomacia, fair play, nada disso era com ele.

Piquet e Ayrton Senna polarizam até hoje os torcedores e até parte da mídia especializada. Ambos são tri, tinham estilos diferentes ao volante e comportamentos opostos. Senna era uma espécie de genro que as mães sonhavam. Piquet era o bad boy, mas curiosamente um bad boy superligado à família. Hoje, é o patriarca que se orgulha de reunir à mesa sete filhos, cada um deles ainda com quarto próprio na sua casa.

No último fim de semana, a mídia marcou os 30 anos da conquista do tri por Nelson Piquet. Mas a melhor entrevista foi a da ESPN (o que não surpreende, na polarização entre Piquet e Senna, a Globo sempre teve um lado), com Piquet sem autocensura acelerando mais do que nunca, ouvido por Gustavo Faldon e Vladimir Bianchini com ESPN UK.

Confira alguns trechos.

* Sobre os adversários mais difíceis: "No começo tinha Alan Jones e Carlos Reutemman na Williams, tinha a briga com a Brabham. Depois veio (Gilles) Villeneuve na Ferrari, (René) Arnoux e Prost na Renault."

* Sobre conflitos com engenheiros das equipes: "Tem uma história engraçada da minha primeira corrida no Rio de Janeiro pela Williams. Depois do primeiro treino, eu falei para meu engenheiro o que precisava fazer, mostrei o que estava errado. E no treino seguinte estava igual. Eu perguntei 'Qual o seu problema?'. Ele disse 'Eu não acho que você estava certo'. Eu disse 'Estou cagando para o que você acha, eu quero desse jeito'. E disse ao Patrick (Head) que não precisava de engenheiro, que eu e meus mecânicos faríamos as mudanças. Eu era assim. Eu sabia o que tinha que fazer. "

* Sobre imagem, gerenciamento da carreira e comparação com Senna; "Eu nunca tive um assessor, um advogado para fazer contrato, eu mesmo fazia. Eu estou cagando para o que falam de mim ou não, não leio revistas. Eu gosto de dirigir e é isso. E me divertia. Eu não me preocupo com o que pensam. Me perguntam se acho eu ou Ayrton Senna melhor e eu falo 'Eu estou vivo'. O que é melhor que isso? Eu não me importo. Eu tive essa vida e hoje tenho uma vida muito melhor. Ganho mais dinheiro agora do que há 20, 30 anos atrás na F-1. Eu tenho sucesso, tenho uma vida boa e relacionamentos. Tenho sete filhos, todos juntos, todos têm um quarto na minha casa. Todos juntos no Natal. O que é melhor do que isso?"

* Sobre Felipe Massa, Rubens Barrichello e Brasil sem piloto na F1: "A Fórmula 1 se tornou popular no Brasil por causa do Emerson (Fittipaldi). Emerson veio aqui e ganhou a Fórmula 3, chegou na F-1, ganhou o título e depois disso milhares de brasileiros vieram atrás, eu, o Senna. Barrichello estava num caminho bom e teve o acidente em Ímola e depois disso virou um segundo piloto. Massa vinha num bom caminho e depois disso teve o acidente, bateu a cabeça e eu fui o primeiro a dizer que ele estaria acabado. Ele continuou, mas perdeu aqueles 0,2s, 0,3s que precisava para ser competitivo. Eu sei porque aconteceu comigo também. Sem um brasileiro na F-1 certamente, com as crises e os governos não colocando dinheiro. Porque a F-1 não é baseada numa promotora para ter o dinheiro e pagar...a F-1 é paga pelos governos, cidades, que querem ter seu nome porque a F-1 é uma grande publicidade. E se o governo não está preparado, não acho que teremos Fórmula 1 no Brasil."

VEJA O VÍDEO DA ENTREVISTA NA ESPN, CLIQUE AQUI

sexta-feira, 14 de abril de 2017

ESPN X Vasco? Esse jogo é zero a zero...


por Niko Bolontrin 
Um bate-bola onde ninguém tem razão. Eurico Miranda proíbe a ESPN de entrar em São Januário. Nenhum profissional da emissora pode cobrir o dia a dia do clube. Mais do que presidente do clube Eurico é um torcedor. Isso não é novidade.
Mas quer saber o motivo?
Um apresentador da ESPN, Rafael Ribeiro, resolveu achar "exagerada" a comemoração dos vascaínos após o time se classificar para a final da Taça Rio. O Vasco postou nas suas páginas das redes sociais o tradicional grito de "Casaca" puxado por Eurico. Qual é a do apresentador? Comemorar é ilegal?

Seria motivo de crítica se isso fosse feito no meio da torcida adversária como provocação e indução à violência. Mas nas redes sociais?

Eurico erra ao privar o torcedor do Vasco de saber sobre o seu clube nos canais da ESPN. E Rafael Ribeiro pisou na bola. Se foi movido por clubismo, ressentimento, pirraça, má avaliação do que é cometário jornalístico relevante ou não, o que que tem de "exagero" gritar "Casaca"?

O Vasco teria que pedir licença à ESPN? Mandar um whatsapp pro âncora perguntando como e até que ponto pode comemorar um gol, uma classificação, um título? Enviar uma menagem pelo Face? "Querida ESPN, estamos aqui pensando em comemorar um gol que o Vasco acaba de fazer. Sabemos que o jogo nem é tão importante assim, mas é hora de soltar um grito entalado na garganta. O que o Rafael Rodrigo acha? Dá pra quebrar esse galho? Ficamos no aguardo, a galera está aqui ao meu lado esperando sua resposta. Fiquem com Deus". 

Talvez o Rafael Rodrigo não faça a menor ideia, mas se fosse ao Google saberia que o "Casaca!" está perto de comemorar 100 anos. Surgiu no começo do século passado entre os remadores vascaínos, na Lagoa, e celebrava tanto vitórias em provas ou títulos como era o grito de confraternização da Turma da Fuzarca, que o futebol do clube adotou.

Uma boa solução seria o apresentador só abrir a boca quando tivesse certeza e Eurico reconsiderar a atitude, liberar a ESPN e receber a equipe em São Januário com um amistoso CASACA!, CASACA!, CASACA"! 



quinta-feira, 12 de julho de 2012

Rumo às Olimpíadas: antes do pódio, atletas deixam o uniforme de lado


A surfista brasileira Maya Gabeira. Reprodução ESPN Magazine
A equipe americana de vôlei feminino. Reprodução ESPN Magazine
Na capa da revista da ESPN, a lutadora Ronda Rousey. Reprodução
Às vésperas das Olimpíadas, a revista americana ESPN publica ensaio com ateltas oliímpicos americanos (no pacote entrou a surfista brasileira Maya Gabeira). As fotos ousadas repercutem na internet. Entre outros atletas, as imagens da seleção de vôlei feminina. Sem uniforme. 

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Em tempo de Pan, a Body Issue mostra as mais belas atletas com destaque para a goleira Hope Solo


por JJcomunic
Não deixa de ser uma maneira de festejar esporte. A revista Body Issue acredita que belaza também é modalidade. Na seleção, destaca-se a bela goleira da seleção feminina de futebol dos Estados Unidos. Confira nos links abaixo:
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