Entre os países onde as leis islâmicas estão acima das constituições, o Egito é considerado até moderado em termos de liberdades individuais. Imagine se não o fosse. A cantora egípcia Shaimaa Ahmed, a Shyma, foi condenada a dois anos de prisão por “incitar a depravação e a libertinagem”,
O motivo? Um videoclipe da música "I have issues" onde ela aparece degustando uma banana e lambendo uma maçã indignou as bancadas religiosas locais. Um videoclipe de Anitta no Cairo renderia prisão perpétua os apedrejamento.
VEJA O VÍDEO DE SHYMA, CLIQUE EM
https://www.youtube.com/watch?v=toAy1iClD9I
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017
quarta-feira, 30 de abril de 2014
Racismo no esporte: NBA dá exemplo à FIFA e à CBF e mostra que campanhas só não bastam...
(da Redação)
Dois fatos mostram que só ações efetivas contra o racismo poderão combater os imbecis que se manifestam nos estádios. Nos Estados Unidos, a NBA logo afastou do esporte o milionário dono do Los Angeles Clippers, que foi multado em 2,5 milhões de dólares, não poderá mais frequentar estádios, os patrocinadores do clube suspenderam contratos e ele terá de vender a franquia do clube. Reação justa e à altura. Só faltou a cadeia e perder a namorada que posou ao lado Magic Johnson, motivo da declaração racista do empresário pilantra.
Já o Villarreal, da Espanha, finalmente se rendeu às pressões e reagiu ao racismo, banindo o torcedor do seu estádio. O clube, o Villarrea, que apontou o torcedor para a polícia, mostrou que quando querem os dirigentes identificam facilmente um autor de agressões racistas. Já a Federação Espanhola permanece passando a mão na cabeça dos agressores com a surrada desculpa de que foi um "ato isolado". Há que diga que os clubes não devem ser responsabilizados a pagar por um ato de um ou mais torcedores. Não é bem assim. Se o clube não se omite, aponta o agressor, denuncia à polícia e o afasta do seu estádio mostra que não está conivente com o racismo. Ok, está limpo. Se, ao contrário, como tem acontecido com frequência na Europa e no Brasil, se omite e lava as mãos, merece ser punido. Com a agravante de que no Brasil racismo é crime previsto no Código Penal (a propósito, é bom que os torcedores estrangeiros que vêm para a Copa sejam informados desse importante detalhe). Cabe também aos jogadores, que no episódio do Daniel Alves mostraram ativa solidariedade, passarem da intenção para a ação. Parar o jogo após um agressão racista é uma forma de protesto. Simples: a bola só volta a rolar depois que o torcedor ou torcedores idiotas forem retirados do estádio direto para a delegacia. Os jogadores do Los Angeles Clippers foram à quadra e tiraram a camisa do clube em repúdio ao racismo. Gestos como esse dos atletas do basquete americano e de Daniel Alves, que transformou a banana em símbolo do repúdio à intolerância, são importantes e simbólicos. Mas devem ser acompanhados de punições legais e efetivas.
Atualização: Segundo o site Superesporte, a policia espanhola acaba de deter o torcedor que lançou uma banana em direção do lateral DAniel Alves. Identificado como David Campayo Lleo, ele é funcionário do Villarreal.
segunda-feira, 28 de abril de 2014
Racismo no futebol: só cadeia e punições pesadas vão coibir as agressões. Campanhas só não bastam. Se um jogador é vítima de racismo no estádio, seu time deveria parar o jogo
(da Redação)
A Espanha é, no momento, o foco de episódios racistas em jogos de futebol. A vítima mais recente foi Daniel Alves, do Barcelona, ontem. Ao se posicionar para cobrar um escanteio, ele foi alvo de uma banana atirada por um torcedor do Villa Real. Com digna ironia, Daniel comeu a banana e cobrou o escanteio. Cobraria outro, em seguida, que resultou no gol da virada do Messi. Valeu como resposta. As agressões se repetem e não se tem notícia de qualquer repressão aos intolerantes por parte das autoridades esportivas ou civis do país. Se, no Brasil, em casos semelhantes, as punições são brandas - embora racismo seja crime previsto no nosso Código Penal - a Espanha deixa corre livre o preconceito. Há um pouco de História por trás desse comportamento - a Espanha foi aliada de Hitler e viveu muitos ano sob a ditadura fascista de Franco, que ainda tem muitas "viúvas" no país e até deixou como "herança" uma família real nomeada pelo ditador e atualmente envolvida em casos de corrupção. A Fifa limita-se a campanhas que já se revelaram inócuas. Os racistas lá fora e aqui no Brasil não se deixam levar por faixas, cartazes e anúncios bem-intencionados. Está na hora de rever o regulamento. O juiz deve obrigatoriamente paralisar a partida diante de manifestações racistas. Se os dirigentes não identificarem para a polícia através de vigilantes ou de câmeras internas o torcedor ou torcedores racistas o clube deve perder os pontos do jogo, sem prejuízo de outras punições. A atitude de Daniel Alves foi significativa mas não basta. Se a Fifa não cria punições imediatas para esses casos, caberia aos jogadores sentar em campo e se recusar a dar continuidade ao jogo enquanto o torcedor ou torcedores racistas não saírem da arquibancada direto para a cadeia.
ATUALIZAÇÃO - Em gesto inédito na Espanha, o Villa Real tomou a iniciativa de banir do seu estádio o torcedor responsável pela agressão a Daniel Alves. É importante a atitude do clube, assim como as manifestações de apoio ao jogador nas redes sociais, mas é pouco. O caso é de polícia e de retaliação que doa no bolso dos responsáveis. Um bom exemplo deram os patrocinadores do Los Angeles Clippers que suspenderam os contratos de publicidade após manifestação racista do dono do clube de basquete, o empresário Donald Sterling. É bom que grandes marcas sejam cobradas nas redes sociais por apoiar clubes ou entidades como a Fifa, a CBF e outras que não tomam providências pesadas em casos de intolerância racial. Nesses casos, não vale brincar. Nem mesmo como fez recentemente o presidente do São Paulo ao declarar em entrevista à rádio Bandeirantes que o meia Kaká, do Milan, poderia ser contratado nesta temporada. O sujeito, Carlos Miguel Aidar, respondeu literalmente: "Gostaria muito de ter Kaká de volta. Tem a cara do São Paulo, alfabetizado, tem todos os dentes na boca, fala bem, joga bem, faz gols, mas não tem como competir com os árabes e os chineses. Se der para trazer, esse é um jogador que cai feito uma luva no São Paulo". Sem comentários. .
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