Foi intensa, e continua, a campanha para privatizar os grandes aeroportos brasileiros. Só os rentáveis, claro, porque a maioria, nas cidades mais distantes ou de menor movimento, vai ficar mesmo na conta pública da Infraero. Aeroportos devem mesmo ser de operação privado. O ideal era que os concessionários cuidassem sozinhos, até construíssem, sem recorrer a dinheiro público. Mas isso é difícil. No Brasil, o empresário privado precisa ser urgentemente... privatizado. Alguns aeroportos já privatizados estão fazendo obras. Será para o público em geral ou apenas para privilegiados? Há dúvidas. O aeroporto de Guarulhos, por exemplo., está investindo em uma área vip para as classe mais altas. Custa caro para entrar lá. O pessoal endinheirado terá privilégios e prioridades. Os manés vão continuar na galera. Diz a Folha que quem pagar a grana preta para entrar no espaço Vip terá "cerimonial" para check in, despacho de bagagens etc. A ANAC deve, se é que quer, fiscalizar isso porque a "preferência" pode facilmente se transformar em fura-fila, lugar em vôo quando os mortais comuns não conseguirão, facilidade para embarcar antes etc. Quem vai gostar é aquela famosa colunista que deixou de viajar para o exterior porque até o porteiro dela tinha ido para a Europa. "Perdeu a graça", segundo ela. No espaço vip, pelo menos, não terá que cruzar com o povão que passou a viajar de avião. E, vale lembrar, taxas de embarque para a turma pé-no-chão já aumentaram e vão aumentar mais. Segura, peão! Pode isso, Arnaldo?
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