por Omelete
Sei lá porque, sei lá se Freud explica, se Garrastazú justifica, mas a mídia, nessa semana, deu de viajar ao inconsciente e resgatar slogans de inspiração fascista dos tempos da ditadura, aquela que foi posta, ou bosta (é o corretor selecionando a palavra certa...), no poder após um golpe, o outro, o não gourmetizado.
A Tribuna do Paraná trouxe de volta o "Pra Frente Brasil". E o Globo se inspirou no "Ame-o ou Deixe-o" para titular uma matéria.
Tenho várias sugestões para títulos. A próxima manifestação dos coxinhas da Av. Paulista pode ser resumida em "Povo Limpo é Povo Desenvolvido". A próxima foto de Temer, Renan, Cunha, Maia e Aécio juntos pode receber o título "Eu te amo, Meu Brasil, Eu te amo".
Para a notícia sobre o processo de Cunha que não anda vale um "Ninguém Segura este País".
O flagrante do próximo ministro manuseando pacotes de dinheiro suspeito pode ter apenas uma legenda: "Brasil, conte comigo".
A Fiesp que no passado financiou centros de tortura da ditadura, segundo documentos da Comissão da Verdade, entrou na linha ufanista e publicou nos jornais um anúncio que mais parece uma viagem no tempo, mais precisamente à Estação 64. O texto apela a "braços dados" e a "todos juntos", como na musiquinha de Miguel Gustavo, "todos juntos, vamos, pra frente Brasil...".
Desse jeito, a música-ambiente dos elevadores e corredores do Palácio do Planalto vai ser Don& Ravel, Simonal e os samba-enredo da Beija Flor nos carnavais do mestre-sala da ditadura Garrastazú Médici.
ATUALIZAÇÃO EM 7/9/2016 - FALTOU DIZER...
A vitória do Brasil contra a Colômbia também foi comemorada no Globo ao estilo Médici |