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quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Assassinaram o camarão

Ilust. MLVview
por O.V. Pochê

O grande personagem da política brasileira nessa semana foi o camarão. Foi também a grande vítima. Camarão, como se sabe, sofre de um tipo de constipação. Tanto que carrega as fezes na "cabeça" por uns tempos. 

Bolsonaro sofreu um entupimento e apontou o crustáceo como o vilão da vez. A crise se resolveu com a chegada de um doutor desentupidor, um rotorooter hunano, que veio da Bahamas só para extraditar o cocô presidencial e o camarão em anexo. 

Bolsonaro não informou o que foi feito do indigitado responsável pelo atentado intestinal à República. Pode ter sido torturado e morto implacavelmente. Mas deveria ser preservado para o futuro Instituto Bolsonaro, que certamente será formado após o mandato do titular. Colocado em uma vitrine junto com Leite Moça, álbum de música sertaneja, foto do Véio da Havan, cheques da rachadinha, celular do Bebiano, nudes de Trump e sermão de Malafaia, o camarão seria um resumo simbólico das afinidades e melhores realizações do Boçalnato do Planalto.

Relembre sucesso dos Originais do Samba agora transformado em marcha fúnebre do camarão. Clique AQUI

Foto RCA-Divulgação

Assassinaram o Camarão


Assim começou a tragédia
No fundo do mar
O caranguejo levou prêso
O tubarão
Siri sequestrou a sardinha
Tentando fazer confessar
O guaiamum que não se apavora
Disse:-Eu que vou investigar...

Vou dar um pau nas piranhas
Lá fora
Vocês vão ver
Elas vão ter que entregar...(2x)

Logo ao saber da notícia
A tainha tratou de se mandar
Até o peixe espada
Também foi se entocar...

Malandro foi o peixe galo
Bateu asas e voou
Até hoje eu não sei
Como a briga terminou..(2x)

Assassinaram o Camarão...

domingo, 25 de março de 2018

Em 1968, o Rio cantava o samba doido de Stanislaw Ponte Preta



"Foi em Diamantina"... há 50 anos. Em março de 1968, "O Show do Crioulo Doido" fazia sucesso no Rio, mais precisamente no Teatro Toneleros.  Em cena, Stanislaw Ponte Preta, Quarteto em Cy, Oscar Castro Neves e Alegria. Na pele do seu personagem imortal, Sérgio Porto contava no palco os motivos e as razões pelas quais não só o crioulo mas todos nós endoidávamos naqueles tempos de chumbo. 

"O samba do crioulo doido", composto pelo Ponte Preta em 1966, foi gravado originalmente pelo Originais do Samba. Dois anos depois, o Quarteto em Cy fez nova versão da música que satirizava os sambas-enredos e a ginástica que os compositores das escolas de samba tinham que fazer para dar balanço e ritmo a figuras históricas.

Demônios da Garoa e Simonal, entre outros também cantaram o drama do sambista atrapalhado.

O calendário das Certinhas do Lalau, 1968.

Na foto reproduzida da Fatos & Fotos, Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta) quebrava a cabeça para escolher as Certinhas que Valentim fotografava e...

...a revista publicava todo ano. Acima, Vera Viana e Sonia Dutra. 

Em janeiro daquele mesmo ano, Ponte Preta lançou o Calendário das Certinhas e a sua traidcional lista das Dez Mais Certinhas.

Sérgio Porto partiu em  setembro de 1968, um pouco antes do AI-5 abater o humor que restava. 

O Teatro Toneleros não existe mais. 

O samba do crioulo doidaço e as curvas certinhas entraram para o índex do politicamente incorreto.

Mas a expressão samba do crioulo doido ficou: virou sinônimo de confusão, de situação fora de ordem, de bagunça. 

OUÇA O "SAMBA DO CRIOULO DOIDO 
NA GRAVAÇÃO DOS ORIGINAIS DO SAMBA NO CANAL DO CLUBE DO SAMBA
 NO YOU TUBE .