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sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Mídia - "Tentar atirar", "tentativa de magnicídio", "aponta a arma"... Jornais evitam a expressão "tentar matar" e não chamam de terrorista o acusado do atentado contra Cristina Kirchner

 

A Folha é criticada nas redes sociais por minimizar em título na edição de 2-9-2022 o atentado e tentativa de homicídio contra Christina Kirchner. A arma do terrorista ficou a centímetros do rosto da vice-presidente, mas a Folha preferiu um "tentar atirar" em vez de "tentar matar". A pistola estava carregada com cinco balas. E o terrorista apertou o gatilho duas vezes. A arma falhou, a intenção, não.

O Globo usa a palavra atentado

O Estadão optou pelo "aponta a arma", mas usou o termo "atentado', no subtítulo. 

Clarín, que se opõe a Cristina, escolheu chamar de "atentado" 

La Nacion foi de "intenção de magnicídio'.



A polícia argentina investiga as ligações do brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, que tentou assassinar a vice-presidente da Argentina Cristina Kirchner, com grupos neonazistas. Algumas dessas relações ele exibe no corpo. Há tatuagens so "Sol Negro", alegoria nazista que também enfeita membros do Batalhão Azov, da Ucrânia, e é adotada por grupos neonazistas da América do Sul. Há informações de que ele tem a tatuagem de uma suástica, mas os investigadores não confirmam ainda essa informação. Por postagens nas redes socias, o terrorista, no mínimo, se identifica com a ultra direita. 

ATUALIZAÇÃO em 3-9-2022: Nos títulos de hoje, Globo e Folha chamam o atentado de "ataque". Estadão dá destaque à palavra atentado. A palavra terrorismo ainda não foi usada.