Jean-Paul Belmondo e Laura Antonelli no Corcovado, em 1974. O ator quis ficar incógnito da cidade. Manchete o localizou. Foto Frederico Mendes/Manchete |
Em 1963, ele filmava "O Homem do Rio" e posou para Manchete na Praça Maupa. Foto de Antonio Nery/Manchete |
Belmondo brincalhão: em frente ao Museu Naval, o ator faz continência para um oficial. Foto de Antonio Nery/Manchete |
por Jean-Paul Lagarride
"Ele estava cansado". Foi o comunicado do advogado de Jean-Paul Belmondo quando os repórteres indagaram sobre a causa da morte do ator. Ele morreu hoje, em casa, em Paris, tranquilamente, segundo a família, aos 88 anos. Belmondo fez 80 filmes. Um deles, "O Homem do Rio", de Philippe de Broca, filmado no Brasil. Sua carreira inclui de filmes da nouvelle vague, como "O Acossado" e "Pierrot Le fou", de Goddard, a "A Sereia do Mississipi", de François Truffaut, "Borsalino, de Jacques Deray, "Os Miseráveis, de Claude Lelouch.
Cena do último filme de Belmondo, em 2008. Foto Divulgação |
Em 2001, um derrame o deixou gravemente incapacidado por sete anos. Só voltou a filmar em 2008 sob a direção de Francis Huster em "Un homme e son chien", uma refilmagem de "Umberto D", de Vittorio De Sica. Em 2017, ele participou da comédia "Coup de Chapeau". E em 2019 participou do documentário "Le Fantôme de Laurent Terzieff".
Belmondo veio ao Rio em outras duas ocasiões, além dos dias que passou na cidade para as filmagens de "O Homem do Rio". Em uma das visitas, acompanhado da atriz Laura Antonelli, quis ficar incógnito, mas Manchete o achou. Ficou irritado ao ser fotografado, mas logo recuperou o humor.