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segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Há 16 anos foi decretada a falência da Bloch Editores...

O prédio, assinado por Oscar Niemeyer, que sediou as revistas da extinta Bloch, na Rua do Russell.

Este dia 1° de agosto marca, infelizmente, 16 anos da falência da Bloch Editores.

Um drama na época, um drama em curso até hoje.

Ao longo de quase duas décadas, os ex-funcionários tiveram muitas vitórias e muitas decepções.

Em 2012, uma comissão de ex-funcionários da Bloch
foi recebida pela Juíza Maria da Penha Nobre Mauro,
da 5ª Vara Empresarial, e pelo então
Promotor do MP, Luiz Roldão de Freitas.
Se tem o que comemorar, a Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores atribui o justo reconhecimento dos seus direitos à atuação e à integridade de pessoas como a Juíza Maria da Penha Nobre Mauro, do ex-Promotor Público, atualmente Procurador de Justiça Luiz Roldão, e à vigilância e isenção do Ministério Público`.

Em 2012, como evidência de um tratamento respeitoso e ético, a Juíza Maria da Penha e o então Promotor do Ministério Público, Luiz Roldão de Freitas, receberam representantes dos ex-funcionários, entre os quais Murilo Melo Filho, José Carlos Jesus (presidente da CEEBE), José Alan Leo Caruso, Roberto Muggiati,  Jileno Dias, Arminda de Oliveira Faria, Zilda Ferreira, Genilda Tuppini, e o presidente do Sindicato dos Gráficos do Rio de Janeiro, Jurandir Calixto Gomes.

Em 16 anos, o pagamento dos valores principais de indenização à maioria dos credores trabalhistas foi uma das operações efetivadas pela Massa Falida da Bloch Editores, assim como pagamento de algumas parcelas da correção monetária, restando, atualmente, pendências da quitação correspondente à referida CM.

Em paralelo, a CEEBE tem a lamentar certos ganhos por parte dos representantes da extinta empresa (caso do destino das obras de Arte que integravam o Museu Manchete) e a resistência do atual síndico no que diz respeito ao pagamento dos resíduos da correção monetária devida aos credores trabalhistas cujos processos foram concluídos.

Na caso das obras de arte, o acervo que pertencia ao Museu Manchete acabou dividido entre a Massa Falida e os herdeiros de Adolpho Bloch e aguarda leilão público.

Quanto à quitação da correção monetária devida aos ex-empregados, alega-se, como obstáculo, que alguns ex-funcionários ainda não receberam o valor principal das suas demandas. A CEEBE tentou, em vão, obter a informação exata de quantos processos aguardam habilitação. Há cerca de três anos, seriam apenas 100 processo inconclusos. No momento, a atualização dessa informação é negada aos credores trabalhistas. Essa centena ou, talvez, menos, de processos seria a razão apontada para impossibilitar o pagamento de mais uma parcela da correção das indenizações a cerca de 3 mil habilitados e suas famílias ou herdeiros.

Reunião da CEEBE no Sindicato dos
Jornalistas. À mesa, dirigindo os trabalhos,
Nilton Rechtman, José Carlos Jesus e Jileno Sandes

É vaga, igualmente, ou, pelo menos, não é esclarecida, segundo a CEEBE, a situação dos alugueis de um grande prédio, em São Paulo, pertencente à Massa Falida da Bloch Editores, que, se quitados, viabilizariam o pagamento devido aos sacrificados credores trabalhistas.

Os ex-empregados da Bloch, que se reúnem periodicamente no auditório do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro, demonstram não perder o espírito de luta, muito menos a esperança e a confiança na Justiça.
Mas a incerteza estará presente ao longo deste dia 1° de agosto de tristes lembranças.
Foi há 16 anos...

Ex-funcionários da Bloch Editores reunidos em assembleia no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ).