Até há alguns anos, a Globo não virava suas câmeras para o chamado universo evangélico nem seus microfones captavam a música sertaneja. No quesito costumes, o grupo Globo se posicionava como progressista, como demonstravam as cenas ousadas e os temas de gênero incluídos em novelas.
Esse tempo passou.
E o executor da nova estratégia global seria o diretor Amauri Soares, que assumiu o posto em março de 2023.
No campo religioso, séries bíblicas, concursos de música gospel já despontam na programação; na música, além de série ficcional sobre uma jovem que luta pelo sucesso como cantora, documentários lamuriosos contam a trajetória de ídolos sertanejos.
O que move a Globo não é a fé nem o gosto musical. É a busca pela audiência. A TV aberta, principalmente tem que matar um boi por dia para segurar os números em quedas na última década. A Globo Play é máquina voraz de consumo de conteúdo. O música sertaneja dar una força nisso. E séries biblicas, concursos de música gospel e introdução de personagens carolas em novelas cumprem a mesma missão mercadológica.
Obviamente, a estratégia implica em custos, um deles é a censura. A tesoura tem cortado cenas gravadas de beijos gays e cortado trechos de roteiros antes mesmos de serem gravados.
A propósito, aparentemente o último reduto ainda imune à música sertaneja é o Rock'n Rio, do qual a Globo é parceira. Como dizia o jargão dos colunistas de antigamente, "não será surpresa" se Gustavo Lima, Luan Santana e outros subirem no Palco Agro Pop.
2 comentários:
Quem diria que eles brigavam com o bispo Macedo e agora corem atrás das ovelhas.
Não sou isso. Esses dois grupos são bolsonaristas. A Globo mostra posições bem próximas dos bolsonaristas em economia e política. Observem
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