segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Mídia - Globo diz amém para evangélicos e adere ao sertanejo

Até há alguns anos, a Globo não virava suas câmeras  para o chamado universo evangélico nem seus microfones captavam a música sertaneja. No quesito costumes, o grupo Globo se posicionava como progressista, como demonstravam as cenas ousadas e os temas de gênero incluídos em novelas.

Esse tempo passou. 

E o executor da nova estratégia global seria o diretor Amauri Soares, que assumiu o posto em março de 2023. 

No campo religioso, séries bíblicas, concursos de música gospel já despontam na programação; na música, além de série ficcional sobre uma jovem que luta pelo sucesso como cantora, documentários lamuriosos contam a trajetória de ídolos sertanejos. 

O que move a Globo não é a fé nem o gosto musical. É a busca pela audiência. A TV aberta, principalmente tem que matar um boi por dia para segurar os números em quedas na última década. A Globo Play é  máquina voraz de consumo de conteúdo. O música sertaneja dar una força nisso. E séries biblicas, concursos de música gospel e introdução de personagens carolas em novelas cumprem a mesma missão mercadológica. 

Obviamente, a estratégia implica em custos, um deles é a censura. A tesoura tem cortado cenas gravadas de beijos gays e cortado trechos de roteiros antes mesmos de serem gravados.

A propósito, aparentemente o último reduto ainda imune à música sertaneja é o Rock'n Rio, do qual a Globo é parceira. Como dizia o jargão dos colunistas de antigamente, "não será surpresa" se Gustavo Lima, Luan Santana e outros subirem no Palco Agro Pop. 


2 comentários:

Estevão disse...

Quem diria que eles brigavam com o bispo Macedo e agora corem atrás das ovelhas.

Corrêa disse...

Não sou isso. Esses dois grupos são bolsonaristas. A Globo mostra posições bem próximas dos bolsonaristas em economia e política. Observem